S.o.s. escrita por Vespertilio


Capítulo 13
Boa noite


Notas iniciais do capítulo

Tô muito ZZZzzzZZz essa semana. Desculpa pela demora, e essa é a não sei que ésima vez seguida que eu peço isso BUT.
Ah! Sejam lindos e maravilhosos e me mandem parabéns no dia 15, okay? AUHSUAHSUAH
Sem mais delongas, vamos ao capítulo...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/480613/chapter/13

Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada. Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue;outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés. Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho…o de mais nada fazer.

– Você tem uma cama realmente confortável. – Isabella murmurou pela enésima vez desde que entrara naquele quarto.

– Eu sei Bella. – Revirei os olhos sentando-me ao seu lado.

– Desculpe. – Deu de ombros. – Só acho que... Bem, vamos dormir.

– Sabe qual o melhor dessa cama, Bella? – Ela me olhou esperando que continuasse – Não serve só para dormir.

– Não dormir seria ótimo... – Murmurou e eu tive certeza de que aquele era um de seus pensamentos mais íntimos. Dos que ela soltava às vezes, quando estava distraída de mais dentro de si para prestar atenção ao seu redor. – Digo, que o que eu quis dizer, quando eu disse antes, é que dormir, dormir seria ótimo.

– Tenho certeza de que eu escutei um “não” antes. – Aproximei meu rosto do dela, só para vê-la ficar mais vermelha. – Tudo bem, eu sei que você está morrendo de vontade de me beijar novamente. – Recebi um olhar furioso. – Qual o problema em admitir?

– Desculpa, Cullen, eu não minto.

– Ótimo, porque eu também não.

Dito isso eu não pensei em mais nada. Apenas envolvi seu rosto com minhas mãos e grudei nossas bocas. E aquela sensação veio novamente, a sensação que me fazia sentir flutuar. Era como se eu estivesse embriagado, como se eu estivesse envolto em nuvem de sensações místicas, que eu não conseguia decifrar, apenas sentir. E eu queria sentir.

Nos seis meses em que ela passara trabalhando como minha auxiliar, tudo o que mais desejava e ansiava desde que ela pisara na minha sala, era fazer aquilo. Beija-la. E eu a estava beijando, pela segunda vez. Pela segunda vez entrando em êxtase. Eu sempre achei engraçado como o corpo pode te enganar, pois ele engana. Eu estava sendo enganado. A sensação que eu tinha era de estar indo ao céu, mesmo estando num completo inferno. Era ela quem fazia aquilo comigo. Essa é outra coisa que eu sempre achei engraçada, alguém ter o poder de confundir tanto, a ponto de ser anjo e seu diabo.

– Edward... – Sussurrou com a voz cortada, quando separei nossos lábios para recuperar o fôlego.

– Sim, esse é o meu nome.

– Se você me beijar de novo, eu juro que vou parar de resistir e aí tudo vai parar na merda, todos nós. Então, Cullen, não faça isso.

– Isabella, será que você não entende, nós já estamos na merda. – Sorri acariciando seu rosto. – E, não foi você mesma que disse que queria abraçar o Capeta. Então, estou aqui.

– Acontece que agora eu não quero não abraçar o Capeta. – Fiz uma Careta, e ela riu diante do meu protesto mudo. – Eu quero beija-lo, mas meu pai não me criou para praticar tamanha heresia.

– Tudo bem, a gente não conta nada a ele. Será outro segredo nosso.

Ela sorriu e eu fiz a minha parte naquela cena de amor um tanto clichê, beijei-a novamente.

**********

– Não precisa nem me dizer o quão boa foi sua noite. – Charlie disse assim que eu entrei na sala de jantar.

– Uh... – Foi a coisa mais inteligente que eu consegui dizer enquanto sorria amarelo.

– Tudo bem, meu filho. – Meu sogro devolveu-me o sorriso – Eu sei bem como são essas coisas. Afinal, eu tive três filhas... E vocês fazem muito barulho.

– Quem faz barulho? – A voz de uma sorridente Isabella ecoou atrás de mim.

– Nós.

– Nós? – Indagou de cenho franzido.

– Sim, você e esse noivo, marido, ou sei lá o que... Fazem bastante barulho quando...

– Pai! Por favor!

Gargalhei alto. Eu poderia me acostumar facilmente àquele clima de brincadeiras e descontração à mesa do café da manhã. Uma família grande e barulhenta, conversando qualquer besteira, antes de mais um dia de trabalho ou escola. Comi rapidamente, afinal minha folga havia acabado, e eu tinha um longo dia de trabalho pela frente. Onde sonhos eram só sonhos, numa estadia bem longe da realidade.

– Pai, você vai ficar bem, não vai? – Isabella perguntou ao levantar-se da mesa.

– Claro que vou, Isabella. Não fui eu quem já quase se afogou na privada, não é?

Minha noiva revirou os olhos e eu dei mais uma risada espontânea. Seguimos em silêncio para o elevador do prédio, que, surpreendentemente, parecia estar somente a nossa espera. Chegamos ao estacionamento em pouco tempo, fui até o carro e procurei pelas chaves. Deveriam estar no bolso, mas não estavam. Bufei furioso e fiz o caminho de volta para meu apartamento, eu as havia esquecido. Provavelmente largadas no sofá da sala. Eu sempre fazia coisas assim. Desde criança.

– Está tudo bem, Jacob. – Ouvi a voz de Charlie assim que eu cheguei perto da porta, muito provavelmente ele estava falando ao telefone com seu médico. – Eu sei, eu sei que eu corro riscos, mas você sabe que isso foi necessário. – Abri a porta de cenho franzido, aquelas palavras não faziam sentido algum para mim. Charlie, que não percebeu minha entrada, continuou a falar – Minha filha não vai ficar com raiva de você, Jake. Fique tranquilo. Ao fim disso tudo ela vai nos agradecer. – Parou para ouvir a voz do outro lado. – Eu também sei que você é um médico sério, e que nuca mentiria para família da sua melhor amiga e para ela, se não fosse necessário.

– Mentir? – A pergunta escapou desmedida da minha boca – Sobre o que vocês estão mentindo? Que diagnóstico?

– Edward. – Meu sogro virou-se para mim e desligou o telefone.

– Eu acho que temos que conversar, hã?

– Bem, eu tenho mesmo algumas coisas a dizer para você. E, o quanto antes, melhor.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu tô um pouco destruída por causa de Agents of S.H.I.E.L.D., isso significa que eu voou demorar bastante pra postar o próximo capítulo, por motivos de depressão pós fim de temporada. Well, é isso.
Vejo vocês nos comentários?
PS:. O capítulo original era BEM maior, mas eu apaguei ele sem querer. E tive preguiça de escrever tudo de novo... Então, ou eu vou editar esse capítulo ou posto o resto do próximo, okay? Beijos de luz