Stay with me tonight (Dramione - Short Fiction) escrita por Ornitorrinca


Capítulo 3
I promised you - he said


Notas iniciais do capítulo

Juuu obrigada pela recomendação linda! Eu amei s2
E eu quero agradecer a todos vocês que favoritaram: Ju, Mari, Koda, Isabella e Luna Lovegood!
Obrigada também a vocês que estão acompanhando!
E deixa eu ir avisando, sei lá como que tá esse capítulo... digamos que eu dormi enquanto escrevia... tá triste a vida, eu sei HUAHSUAS
(Leiam notas finais!)



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Hermione’s pov

Ao ouvi-lo meu coração parou uma batida, para então disparar incontrolavelmente.

– Uow. – foi a resposta mais inteligente que consegui fazer passar por meus lábios. E então ouvi sua risada rouca, mordi meu lábio com aquilo.

– Essa é sua resposta? A Granger sem ter o que falar? Sério? – e então ele se aproximou mais e beijou meu pescoço, voltando a me olhar, com um sorriso brincalhão em seus lábios. Levei minha mão até sua boca, acariciando suavemente seu lábio inferior.

– Você não costumava sorrir assim.

– Assim como?

– Assim verdadeiro. – olhei-o nos olhos. – Era sempre tão sarcástico. – revirei os olhos à lembrança, o que o fez rir de novo.

– Eu mudei Hermione.

– Tô vendo. –revirei os olhos de novo e em reação o garoto estreitou os dele. Eu ri baixo.

– Você é insuportável. – Draco baixou seu rosto e mordeu minha bochecha de forma suave.

– Falou o ser mais aturável do mundo. – resmunguei em troca, fazendo-o rir outra vez.

Era fácil ficar em sua companhia. Eu gostava disso. Eu estava gostando de estar ali com ele, percebi com assombro. Antes que eu pudesse pensar demais no assunto, voltei a segurar na nuca do garoto, enrolando meus dedos em seus cabelos curtos. Me ergui em seu encontro e o beijei.

A sensação de embriaguez a muito se fora, eu estava mais do que consciente de meus atos. E eu simplesmente não me importava de estar beijando Draco Malfoy, eu estava mais do que satisfeita com aquilo. Tão cedo o beijo começou, ele parou ao ouvirmos uma batida na porta.

– Hum, com licença. – encarei seu rosto levemente corado, sorrindo timidamente ao finalmente me dar por conta que a mão do loiro estava sobre minha barriga, abaixo de minha blusa.

– Ok. – disse ele ligeiramente ofegante pelo beijo. Ele parecia confuso, eu ri baixinho, me levantando.

– Vou expulsar seja quem for que teve coragem de aparecer aqui a essa hora. – resmunguei para mim mesma, ao olhar o relógio sob a lareira.

– Hermione. – chamou Draco, me virei lentamente, a meio caminho da porta.

Ele se levantou e veio até mim, suavemente passou a mão por meu cabelo, ajeitando uma mexa rebelde atrás de minha orelha. Logo após selou meus lábios, mantendo seus olhos fechados no ato. Meu coração descompassou mais uma vez naquela noite. Ele parecia tão tranquilo!

– Eu tenho que... – apontei sem jeito para a porta. Ele piscou para mim.

– Vou na cozinha ver o que tem para comer.

Apenas revirei os olhos e pensei comigo mesma que tipo de coisa era essa que garotos tinham. Pareciam monstros comendo e ainda assim se mantinham com o corpo em forma. E então ouvi mais uma batida insistente na porta. Antes de abrir não pude evitar uma careta. O chão perto da porta estava gelado, e eu ainda me encontrava descalça.

– Ah, oi – me surpreendi ao abrir a porta.

– Oi. – Ronald me encarava. - Desculpa se te acordei.

– Não, tudo bem. – eu não conseguia controlar minha expressão surpresa.

– Eu, hum, posso entrar? – perguntou ele sem jeito. Não consegui não me desesperar, controlei todos meus nervos para não gritar com ele ou então não gritar comigo mesma. “CLARO QUE NÃO PODE ENTRAR, EU ESTOU COM DRACO MALFOY AQUI”, pensei comigo mesma. Quão estranho poderia ser isso?

– Na verdade estou com visita Rony. O que você precisa? – tentei soar tranquila e educada, mas até mesmo para meus ouvidos minha voz era tremula e culpada.

– Ah, desculpa. – garoto deu um passo para trás. – Eu só queria entender o que está acontecendo Mi. – sua voz era um sussurro agora.- Eu estou preocupado. Eu ainda te amo.

– Eu não sei se posso te dar o que precisa agora Ron, desculpa. – fechei os olhos, tentando colocar em ordem meus pensamentos.

– Você já é tudo que preciso. – seu olhar era desesperado.

– Desculpa Ron, eu não consigo mais. – sussurrei mortificada. – Eu acho que aconteceu tarde demais... – meu coração palpitava.

– Eu prometo melhorar Mi. – ele voltou a se aproximar, foi minha vez de me afastar um passo. – Eu faço o que quiser.

Balancei a cabeça negativamente. Vê-lo não me causava mais arrepios e o nervosismo que me trazia um ano atrás, percebi com admiração. Percebi que ele realmente demonstrou tarde demais seus sentimentos. Eu somente os havia alimentado por achar que ainda o amava, por achar que ninguém mais me desejava.

– Eu amo você, - nesse momento ouvi algo se quebrar na cozinha e virei meu rosto preocupada em direção ao barulho – mas não mais como eu já o amei. Você continua sendo meu melhor amigo, assim como Harry. Eu não acho que posso te dar o que quer Ron. Me desculpe, por favor.

– Eu... – o garoto parecia que iria chorar, aquilo me doía. Eu o amava como eu amava a um irmão. – Eu sei que foi tarde demais Hermione, mas eu vou te esperar para sempre.

– Não perca sua vida por minha culpa. Eu não acho que um dia eu volte a sentir o que já senti. – disse sincera, querendo acabar com aquilo. – Eu não quero mais, eu já sofri o suficiente para uma vida com tudo isso. – cruzei meus braços num abraço em mim mesma, finalmente me dando por conta do frio que entrava pelo céu aberto. – Me desculpe. – sussurrei novamente.

– Não Mi. Me desculpe você, por ter percebido que a desejava tarde demais.

Dei de ombros ressentida, ele simplesmente acenou a cabeça e girou sobre os pés, aparatando para longe dali. Eu jurava ter visto uma lágrima, mas não me culpei dessa vez. Suspirei aliviada. Eu não o amava. Isso definitivamente foi uma revelação inusitada e tranquilizadora.

Fechei a porta e fui em direção a cozinha. Ao chegar lá parei na porta surpresa.

– Que merda Draco! – esganicei me aproximando. – O que você fez?

Era obvio que aquela fora a razão do barulho. Draco se encontrava com a mão toda ensanguentada embaixo da torneira, enquanto um pote de vidro jazia no chão todo quebrado. Me cuidei para não pisar nos cacos.

– Apertei o vidro com um pouco mais de força que o necessário. – sorriu brincalhão. Dei um soco em seu ombro o fazendo olhar indignado. – O que foi?

– Você é um bruxo ou o que? Por que ainda está sangrando e meu pote está quebrado?

– Porque minha varinha está na sua sala e eu não queria interromper sua conversinha amorosa com o Weasley! – retrucou.

– Amorosa?

– Eu ouvi o “eu amo você”. Só estou esperando ser expulso. – deu aquele sorriso irônico que ele sabia tão bem usar. – Não sabiam que já estiveram juntos a sério.

– Você estava ouvindo minha conversa?

– Em partes.

Estreitei meus olhos o arrastando para a sala, pouco me importando com sua mão pingando água e sangue no chão, chegando lá peguei minha varinha que eu sabia ter deixado no sofá e sussurrei um feitiço de cura em sua mão, fazendo-a cicatrizar.

– Pelo menos ouviu a parte em que eu chutava a bunda dele? – tentei não soar indignada, mas foi em vão.

– Vocês ainda estavam juntos

? – perguntou indignado.

– Fico feliz por julgar tão bem meu caráter! – gritei agora. O que ele estava pensando afinal? Quem ele achava que era? Virei de costas e marchei para a cozinha, irritada.

Era bom sentir um sentimento que não fosse culpa pelo Ron, afinal. Ao chegar na cozinha fui direto para a geladeira, esquecendo momentaneamente do vidro, pisando sobre um.

– Ai, ai – tirei o pé do chão, olhando para ele, vendo um caco dentro de meu calcanhar. – Droga. –sussurrei pulando num pé só até o balcão. – Mas que inferno.

Ao me sentar vi ele entrando pela porta, com um olhar ligeiramente culpado. Estreitei meus olhos para ele e então levei minha mão até meu pé. Respirei fundo e segurei um pedaço do vidro puxando-o rápido, sem pensar duas vezes. Soltei um abafado “ah”.

– Hermione. – chamou Draco parecendo culpado. – Você se machucou.

– Jura Sherlock? – eu ainda estava zangada com ele.

– Sherlock? – perguntou, se aproximando de mim. Ele empunhava sua varinha, se aproximando de mim.

– É um cara aí. – então percebi sua proximidade. – Não se aproxime de mim. – estreitei meus olhos perigosamente.

– Não seja estupida. Só quero ajudar.

– Já ajudou o suficiente por uma noite Malfoy.

Ele ignorou momentaneamente minhas palavras, lançando um feitiço em meu pé. O mesmo que eu havia utilizado nele momentos atrás. Logo após, com um reparo ele concertou o pote.

– Você quer que eu vá embora então? – disse logo após limpar a bagunça que havia feito.

– Sim. – Não!

– Azar o seu. Eu prometi ficar. – agora ele voltava a se aproximar de mim, seu corpo a centímetros do meu. Tentei ignorar.

– E dai? Desprometa. – cruzei os braços em meus peitos, sabendo o quão infantil eu deveria estar parecendo.

– Malfoy é uma família de palavra, Granger.

– Não me importo. – sussurrei. Agora ele estava a milímetros de mim.

– Tem certeza? – o ar irônico dançava em sua face.

– Uhum. – disse já nem tão convicta. E ele percebeu.

– Desculpe por ter sugerido que ainda estava com ele. – ele beijou minha testa. – Eu sei que nunca o faria, e a pessoa mais correta que já conheci.

– Não desculpo. – respondi, parecendo uma criança mimada. Ele riu baixo.

– Vem. – disse ele, segurando-me pelas coxas e me puxando para seu colo.

Ele era forte, e eu gostava disso. Eu gostava de seu corpo firme, de seu temperamento difícil. Gostava do tom de seus olhos e da textura de seus lábios nos meus. E sobretudo eu amava o jeito como ele estava agindo comigo naquela noite, me fazendo esquecer de minha bolha particular de preocupação.

Draco me tinha em seu colo e então, sem permissão, seus lábios estavam em meu pescoço, sugando minha pele de uma maneira que fazia algo acender dentro de mim. Inconscientemente envolvi meus braços ao redor do pescoço dele, segurando em seu cabelo e o apertando mais contra meu corpo. Pude ouvir seu riso baixo contra mim. Mordi meu lábio para evitar um suspiro ao sentir a mordida de Draco em minha orelha.

– Draco. – sussurrei no pé de sua orelha segundo após.

Minhas pernas estavam firmes enroladas em seu corpo quando ele começou a caminhar. Sem delicadeza alguma, o garoto me colocou entre ele e a parede, apertando-me forte contra a mesma. Eu podia sentir cada parte de seu corpo acima da cintura pressionado contra mim.

Seus lábios adiantaram-se para minha boca, mordendo meus lábios e os puxando, para então beijá-los. Suas mãos acariciavam minha cintura e minha coxa. Suspiros incontidos saiam por entre meus lábios entreabertos. E então, tão cedo quanto começou, Draco me colocou no chão a sua frente. Seu olhos estavam brilhando com algum sentimento quando me encarou.

– Hermione. – disse ele, encostando sua testa na minha. – Se quiser parar fale agora, eu não acho que eu possa continuar com isso sem ir até o fim.

Sem jeito ele sorriu para mim e então encostou seu quadril contra o meu, me fazendo sentir o volume que já havia se formado sob suas calças. Então segurou-me pela nuca e empurrou-me novamente na parede, encostando sua testa na minha.

– Não lembro de já ter querido tanto alguém assim. – disse ele e então abriu os olhos e me encarou. – Fale algo. – pediu desesperado.

Eu me encontrava numa batalha interna entre minha vontade e a razão. A vontade venceu e sem falar uma palavra me afastei dele, o que o fez parecer decepcionado. Então puxei-o pela mão, arrastando-o escadas acima. Terminando de subir as escadas abri a primeira porta ao corredor a esquerda.

– Não faça com que eu me arrependa Malfoy.

Ele sorriu, parecendo satisfeito e me puxou para ele, selando meus lábios.

– Não farei. – puxou suavemente meu lábio inferior. – E eu realmente amo o jeito com que fala meu nome.

Eu sorri de canto.


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Notas finais do capítulo

Quero aproveitar para deixar aqui minha outra fic Dramione - para aqueles que ainda não tem: http://fanfiction.com.br/historia/425915/I_Bet_Ill_Get_You_Hermione/

Também quero divulgar (para quem ama o tio Rick) a fic de meu amigo, é sobre As Crônicas dos Kane e Percy e todas essas coisas lindas da mitologia s2 :
http://fanfiction.com.br/historia/482783/The_Revenge_Of_Apofis/capitulo/3/



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