A Deusa Menor escrita por Vic Scamander


Capítulo 11
A Proposta parte 1


Notas iniciais do capítulo

Depois de fazer três continuações diferentes, achei melhor esta. Ah, vai ser postagem dupla!
Boa leitura Puf Pufs!



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POV LEO

Já faziam semanas desde a caça à bandeira. Semanas que eu estava à centímetros da boca daquela deusa menor. Eu tinha ficado muito constrangido, evitei a Lizie o máximo. Abbey estava ensinando pra ela tudo que nós, filhos de Hefesto fazíamos e eu estava grato por isso, toda vez que pensava no que aconteceu, ficava corado. Falei com Piper e ela disse que como Lizie não tinha um talento ainda definido, poderia ser que ela tivesse um “toque de Afrodite”. Afinal, eu mal a conhecia, mas confesso que Lizie é uma garota muito bonita, diga-se de passagem.

Um dia desses, estava levando alguns materiais do Bunker para a forja e passei pelo campo de treinamento de arco-e-flecha. Eu não era muito bom nisso. Olhei os filhos de Apolo praticando e vi a deusa menor paquerando o Michael. Depois veio a Drew. Eu sinceramente não sei o que essas garotas veem no Michael. Tá, ele é loiro, tem olhos claros e é filho do deus do sol, mas só. Eu mesmo sou literalmente mais quente que ele! Depois que o Michael foi dar atenção à Drew, vi Nico diAngelo sussurrar algo no ouvido de Lizie, não sei se ela estava absorta demais olhando para Michael ou se ela não se importou com o fato de Nico estar muito próximo dela.

Hoje, fui ver o lago e vi Lizie e Nico junto com os filhos de Afrodite na prainha. Naquele dia, fora Nico que atrapalhara um possível beijo. Desde lá, ele vem aperreando bastante Lizie, será que ele tinha ficado com ciúmes? Mas pera aí! Pelo que eu saiba o diAngelo era gay!

Oh, não. Não pode ser! Se ele era gay, ele tinha ficado com ciúmes dela, não de mim.

Estaria Nico, apaixonado por mim?!

POV NICO

– Precisava brigar de novo com a Drew, Lissabella?

– Você viu que ela me provocou! – retorquiu.

– Ela só encostou acidentalmente o remo no seu.

– E por sorte eu não me desequilibrei e caí no lago! Ora, não a defenda! Você estava lá junto comigo! – disse apontando o dedo na minha cara.

– Por isso tenho a certeza de que não foi nada demais. Isso é birra sua. Deixa de tolice, Lissabella! Olhe para você! Você é uma deusa e ela é uma filha de Afrodite! Por que ela iria querer mexer com você?

– 1º: Não sou tola! 2º: pare de me chamar de Lissabella! Pra você, Nicolas diAngelo, vossa majestosa deusa está perfeito! E 3º: ela está com inveja porque o Michael Yew prefere eu do que ela! – disse toda empolgada.

– Eu vou continuar te chamando de Lissabella, afinal você me chama de Nicolas! E o Michael Yew é o maior pegador do acampamento, deixa ele ficar com a maior baranga daqui, a Drew, eles são perfeitos juntos. – eu odiava Michael, botando charme em qualquer uma, até com a Hazel, que vinha aqui raramente, ele flertava! Não acredito que a Lizie estava caindo na dele, para uma deusa, ainda que sendo uma deusa menor, ela deveria ser mais esperta.

Ela fez uma cara pensativa e depois me fitou com uma expressão indecifrável.

– Vai ficar do lado da Drew, caveirinha? Olha que não foi ela que te ajudou a ganhar na caça à bandeira! E eu ainda te ajudei a polir aquela adaga na forja! Você estava sendo um imprestável e eu te fiz um favor! E agora fica de nhenhenhém contra mim!

– Ah, quer saber? Esquece! Pouco me importa esse triângulo entre você, o Yew e a Tanaka. Vamos, se aprece. Temos que levar essa canoa para onde estão as outras.

Nós tínhamos acabado de terminar uma aula de canoagem, sob a avaliação de Percy. Ele tinha me feito fazer dupla com a deusa porque nós meio que éramos intrusos lá. Estavam todos os filhos de Afrodite mais nós dois, pois sou o único filho de Hades e ela de Morfeu e Itília, acharam melhor deixar os “excluídos” juntos. O Sr.D me fez fazer as mesmas atividades que ela, exceto algumas, que eram exclusivas, como tentar controlar a maré, fazer crescer grama... apenas as atividades como arco e flecha (que eu costumava escapar, era muito chato!), colheita de morangos, trabalho nas forjas, canoagem e luta, nós fazíamos juntos.

– Ei! – gritou Percy correndo atrás de nós. Já estávamos na parte da praia em que o pessoal deixava as canoas.

– Hey, Percy. – disse Lizie.

– Vocês estavam discutindo? – perguntou. – Você estava com uma cara braba apontando o dedo para o Nico e tudo o mais, Lizie.

– Eu estava apenas demonstrando minha indignação com o cabelo do Nico. – olha, eu sei que o Percy é lerdo mas acho que ele não cairia nessa. Ela estava usando um tom bem sarcástico com ele.

– Ah, sei. Eu também não gosto muito do cabelo do Nico, já estava na hora de alguém falar que ele tem que cortar essa coisa, fica caindo em cima do olho e tudo mais, e nem parece que esse garoto tem um pente! – disse para Lizie. Ei! Eu gosto do meu cabelo!

– Cara, eu tava sendo irônica. É claro que a gente estava discutindo! Mas deixa pra lá.

– Ah, ta. Olha, eu e os outros conselheiros de chalé estávamos comentando que vocês andam brigando demais, Quíron não vai mudar os horários das aulas de vocês então acho melhor darem trégua.

– Quer saber, Percy? Vocês são uns maricas, ficam falando de mim pelas costas! Fala na cara, seu plâncton! Deveriam estar contentes porque eu estou colaborando e fazendo todas as aulas com os demais campistas e não fofocando por aí!

Ela bufou e saiu batendo o pé. Para irritá-la ainda mais gritei:

– Ei! Posso te acompanhar até os campos de morangos? – eu sabia que ela estava indo para lá, afinal, era a nossa vez de colher as frutas. Ela olhou para trás e gritou um estridente não. Até Zeus deve ter escutado!

Fiquei pensando no que Percy dissera. Uma trégua. Mas era legal irritá-la e ela também o fazia, me chamando de Nicolas e me criticando sempre que podia.

Comecei a andar lentamente até os campos de morangos. Enquanto inspirava o cheiro que era sentido mesmo de longe pensei: Perséfone. Ela me mandara uma mensagem semana passagem dizendo que poderia passar o fim de ano lá, com meu pai. Demoraria muito para chegar dezembro e eu queria voltar logo para o Mundo Inferior, mas toda vez que tentava viajar nas sombras para lá, a passagem estava bloqueada e as sombras me cuspiam de volta para o lugar de onde tentara me transportar.

Pera aí. Eu não podia viajar nas sombras até o Mundo Inferior, se eu contatar Hazel, de nada adiantaria porque ela não costuma fazer essas viagens e eu já tinha falado com os filhos de Hécate, mas nenhum levantou um dedo para criar um portal ou me levar nas sombras até lá. Filhos de Hécate poderiam fazer isso, mas eles tinham medo de desrespeitar meu pai e consequentemente a mãe deles.

Como único filho de Hades aqui, é seu dever tentar ensinar suas habilidades à Lissabella. Espero que faça o que pedi, senhor diAngelo.

As palavras que Quíron me disse pouco depois de eu chegar ecoavam em minha mente.

Eu tinha um plano. Saí correndo gritando por Lissabella e um sátiro assustado me avisou que ela estava numa das últimas fileiras de arbustos de morangos.

– Lissabela!

– O que você quer diAngelo?

– Tenho uma proposta para você.


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Notas finais do capítulo

Beijos!



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