Percy Jackson e as alianças de Ouro escrita por Ana Paula Costa


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, perdoem minha demora. Sou muito viciada em animes, e por isso tenho pouco tempo pra postar aqui.
Mas prometo que pelo menos amanhã de tarde o próximo capítulo, cheio de surpresas estará ai pra vcs lerem.
Bjos.



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Não esperada que a noite acabasse desse jeito- ou melhor- que o dia começasse daquele jeito.

Annabeth estava calada á um bom tempo desde que chegamos na delegacia. Respondemos todas as perguntas que nos fizeram, sempre dizendo que não roubamos nada. Annabeth inventara uma história de que veio buscar sua herança na Inglaterra, mas não convenceu os policiais. Decidimos então deixar tudo como estava e esperar para ver o que acontecia. A embaixada Norte Americana estava para chegar, e provavelmente, para a lei, cumpriríamos pena nos Estados Unidos.

Os policiais iam e vinham atendendo á ocorrências de uma delegacia cheia logo pela manhã. A história de que países europeus o crime não existe estava se tornando águas passadas. Em vários lugares em que visitamos na madrugada havia placas de “Cuidado com os batedores de carteiras” espalhadas em vários lugares. O crime estava cada vez mais presente nos países de primeiro mundo,o que nos fazia de certa forma parte deles.

–Não fazemos parte desse mundo- comentou Annabeth de repente. Ela olhava inerte para as muitas pessoas que se sentavam á mesa do delegado, uma de cada vez- Nós temos uma causa justa para isso.

–Eu sei

– Nós não vamos voltar com um mandado de prisão por termos pego algumas peças.- Ela se levantou e caminhou até o delegado. Por preocupação, eu a acompanhei. Ficamos cara a cara com o senhor barbudo que jogava seu copo de isopor no lixo. Ele nos encarou alguns instantes antes de nos dar palavra.

– Esperem sentados enquanto a embaixada não chega.

–O senhor não entende...

–Quem não está entendendo é –ele olhou para as mãos de Annabeth- a senhora. Por favor, queiram se sentar e deixar que a embaixada do seu país resolva o caso de vocês- ele se virou e se conduziu até sua mesa.

–Annabeth- chamei, pegando seu braço- Melhor nós...

Ela se desvencilhou da minha mão e puxou o delegado pelo ombro, virando-o até que ficasse de frente para ela.

Annabeth começou a estalar os dedos com impaciência. Faziam anos que nós não precisamos usar a névoa, eu nem me lembrava quando fora a ultima vez. Mas poder usa-la agora com sucesso seria excelente.

Os olhos do delegado começaram a ficar leitosos e sem foco, ele tentava se concentrar num ponto fixo no rosto de Annabeth, e isso fazia rugas surgirem em sua resta.

–Precisamos que o senhor limpe nossos arquivos, estão cometendo um engano- ordenou ela com a voz rígida.

–Tem razão- O delegado concordou, se desvencilhando do aperto das mãos de Annabeth- Estamos equivocados.

Ele correu até os arquivos sobre a bancada da delegacia e procurou por papeis. Annabeth se manteve estalando os dedos.

–Quais são seus nomes?

–Percy Jackson e Annabeth Chase- respondi.

–Ah sim, sim...- ele procurou nossos nomes nos arquivos enfileirados e organizados em ordem alfabética- Aqui está- o delegado pegou duas pastas com nossos nomes e fotos, se dirigiu até o picador de folhas e o ligou, colocando cada uma das folhas dentro dele.

Annabeth estalou ainda mais forte os dedos.

–Agora os arquivos no computador.

Da mesma forma que antes, o delegado estava completamente submisso á névoa, obedecendo sem pestanejar cada ordem de Annabeth. Eu não sabia da força que estalar os dedos podia fazer, não me lembrava de alguma vez ter visto alguém fazer tudo isso estando apenas preso na névoa.

Como se pudesse ler meus pensamentos Annabeth se aproximou e disse:

–Quanto mais velho você for melhor a névoa irá funcionar. Tente.

Estalei os dedos assim como Annabeth fizera. Uma vez, quando éramos crianças, Thalia me disse que Quíron nunca me ensinaria controlar a névoa. Depois de muitos anos frequentando o acampamento e depois de muitas aulas de esgrima e outras matérias, cheguei a mesma conclusão que ela: Thalia tinha razão. Foi por isso que Annabeth me ajudara. Quando tínhamos dezesseis anos e já estávamos namorando, ela passou a me ensinar aos poucos como se fazia. Nós íamos até lojas de doces e persuadimos as moças atrás dos balcões para nos dar alguns doces de graça. As vezes fazíamos nosso treinamento sentados no banco da praça, onde qualquer pessoa que passasse se tornava nossa cobaia. Fora assim que eu aprendera a controlar a névoa- com a minha namorada, não com meu professor.

–Agora fique atento nos olhos dele. Se lembra como faz? - disse ela- Se achar que ele está voltando á si eu ajudo.

O delegado estava sentado diante do computador central da delegacia. Alguns policias assistiam que caras feias ou mesmo sem entender se o chefe estava ficando maluco ou se chegara a conclusão de nossa inocência. Estavam tão desconfiados que quando percebemos estavam praticamente sentados ao lado do delegado, bisbilhotando as coisas que fazia.

–Ei!- Annabeth os espantou- Não querem ver seu chefe zangado, querem?

Eles fizeram que não e se afastaram, também vitimas da névoa.

–Pronto. Tudo apagado, como pediram.

–Excelente- disse eu- posso parar agora?

–Não- respondeu Annabeth, me puxando para fora da sala de espera- Vamos para fora. Continue a estalar os dedos.

Corremos para fora da delegacia, alguns policiais que passavam por nós nos olhavam com interesse, mas davam de ombros. Continuei a estalar os dedos até virarmos a esquina.

–Agora vamos fazer uma coisa que podíamos ter feito á muito tempo- Annabeth caminhou até o meio da rua e olhou para cima, com a voz alta ela chamou pelo nosso motorista, que apareceu com nossa mini limusine atrás dela.

–Chamaram?- Kelvin abaixou o vidro escuro do carro e sorriu, destravando as portas para nós.

Depois de horas andando e sem nada no estomago, estar dentro de uma limusine aconchegante e cheia de comida era como estar no paraíso. Pedimos que Kelvin nos levasse até o Hyde Park, onde esperávamos que Erodíte ainda estar nos esperando.

Enquanto nosso motorista dirigia de vagar pela cidade, comíamos tudo o que tínhamos direito. Acabamos com dois pacotes de salgadinhos e uma caixa de chocolates. Fora as caixinhas de suco que ficava no frigobar.

–Chegamos.

Descemos de nossa pequena limusine e corremos para dentro do parque, que a essa hora da manhã as pessoas faziam suas atividades físicas e as que trabalhavam ali começavam seus expedientes.

Procuramos pela cupido em todos os lugares possíveis, cheguei até a levantar um pouco a água da represa para ter certeza de que ela não estava ali dentro. Annabeth subiu em algumas arvores e eu continuei procurando por baixo. Tudo isso em vão.

–Era de se esperar que ela não estivesse- comentei

–Ela avisou que não ficaria muito tempo.

Peguei sua mão, meio decepcionado por tudo aquilo, ter a feito passar por tantas coisas desnecessárias para depois chegarmos á esse ponto. Não encontrar Erodíte era uma fatalidade, agora tudo o que tínhamos que fazer era ir para casa e nos consolar por já estarmos noivos.

–Está tudo bem- Annabeth apertou minha mão e encaixou meu braço por cima de seus ombros- Estamos juntos, lembra? Não importa o que aconteça, se você estiver comigo está tudo certo.

Ela sempre tentava ser otimista, mas na maioria das vezes era eu quem a consolava dizendo que enquanto nós estivéssemos juntos tudo estaria perfeito. Muitas vezes eu me encontrei nessa posição, Annabeth achando que tudo estava perdido ou preocupada com o que poderia acontecer. Eu pegava suas mãos e a abraçava. Agora era ela que me oferecia o ombro.

–Você tem razão. Sempre tem.

Quando voltamos para o carro pedi para Kelvin nos levar para casa, ele assentiu e ligou o motor. Annabeth esticou os bancos e se deitou, deixando espaço para que eu me deitasse ao seu lado.

Dormimos por um bom tempo, ela encostada em mim como costumava fazer. Apesar da velocidade com que o carro mágico emprestado por Zeus se movia, dormir daquele jeito, com Annabeth em meu abraço não tinha preço. Aquelas poucas horas de sono foram essenciais. Eu poderia ficar o dia todo aqui, no conforto da limusine, com a minha amiga, namorada, noiva e esposa aninhada e aconchegada em mim. Ela dormia tão tranquila, tão bonita que paria um dos anjos das pinturas que vimos no British Museum.

Apesar de tudo estávamos em segurança, estávamos indo para casa juntos. E mesmo que por uma noite sentir que estávamos de novo numa aventura, correndo para um propósito fora fantástico. Há muitos anos eu não me sentia assim, desde que derrotamos Gaia. Eu estava disposto á voltar para o acampamento, e quando eu tivesse filhos ia deixar que eles corressem pelo gramado do acampamento unificado e que se divertissem no meio dos pégasos e brincassem com os sátiros e Ninfas. Assim como fora importante para mim, queria que fosse para eles, além de prepara-los para a vida de um meio meio- sangue.

Senti a aceleração do carro cessando, os pistões se afrouxarem ao redor dos pneus e a leveza do freio. Estávamos na frente de casa. Me levantei ainda desnorteado por causa do sono, Annabeth se esticou e se sentou, arrumando a barra do vestido.

–Chegamos?- perguntou ela, sonolenta.

–Acho que sim.

Olhei pelo vidro da janela, nosso prédio estava á nossa espera. A primeira coisa que eu faria quando chegasse em casa era tomar um banho e me enfiar na cozinha, ainda morto de fome.

–Então vamos, acho que sobrou bolo.


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Notas finais do capítulo

comentem pessoal. Beijoes



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