Presa a Você escrita por Beatriz Dionysio


Capítulo 1
Casada com o inimigo


Notas iniciais do capítulo

Olá mais uma vez a vocês! Espero que curtam mais uma humilde história minha rs. Prontos para conhecerem o misterioso Dean e adorável Emma?Quero que me contem o que acharam do primeiro capítulo ok? Beijo beijo, *)



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Os profundos olhos azuis de Dean me despiam mentalmente, cambaleando até a grande cama king size coberta de pétalas de rosas a minha frente, tentava inutilmente soltar o maldito fecho de meu vestido. Rindo enquanto tropecei em algo vi Dean levantar e vir até mim, ele me ajudou com o vestido, abrindo-o habilmente. Bufei pensando em quantos vestidos ele já tinha aberto ao longe de sua vida de prostituto.

Rindo como se pudesse ler meus pensamentos, Dean começou a espalhar beijos em meu pescoço, descendo para minha clavícula, enquanto lentamente tirava meu vestido.

Eu não estava envergonhada por tê-lo me tocando assim, muito pelo contrario, ter suas mãos e seus lábios em mim era algo com a qual eu sonhava todas as noites. Virei-me para ele, seus olhos estavam escuros e ele tremia um pouco, eu sentia-me linda tendo-o olhando para mim assim, num misto de adoração e paixão.

Puxei o fecho de meu sutiã, libertando meus seios, sem nunca quebrar nosso contato visual. Não tive muito tempo para pensar, em milésimos Dean me tinha em seus braços, um tanto cambaleante devo admitir, e me levava até a cama.

O ajudei com seu terno e todo o resto. Quando nada mais nos atrapalhava, senti-me livre, amada. Seus dedos traçavam a lateral direita de meu corpo enquanto ele me beijava. Deliciando-me com seus lábios nos meus, emaranhava meus dedos em seu cabelo.

Dean deixou meus lábios e passou a traçar seu caminho até meu seio esquerdo. Quando ele capturou o mamilo já enrijecido não pude deixar de gemer. Isto era como eu me lembrava, era como em meus sonhos, só que um milhão de vezes melhor.

O barulho da TV tentava inutilmente me acordar, mas o sonho era tão real, tão maravilhosamente bom, que eu lutava com todas as minhas forças para mantê-lo, ignorando a dor em minha cabeça.

O aroma de rosas, a macies dos lençóis de seda e o conforto e calor dos braços que me embalavam fazia tudo mais fácil... Braços? Rosas? Andrew?

Fleches passaram por mim. As mãos dele, seu cheiro inconfundivel. Não, não.... por favor, não.

Lentamente abri os olhos, com medo do que iria encontrar. Deixei um soluço escapar quando percebi Dean Hunt emaranhado a mim. Acho que não preciso citar sua nudez enquanto dormia pacificamente, ou o sorriso em seus lábios.

Lembrando onde eles estiveram ontem anoite, corei bruscamente. O que eu havia feito? O que nós havíamos feito?

Uma lágrima silenciosamente escorreu por minha bochecha, a limpei e estiquei a mão para acorda-lo, ou tira-lo de cima de mim quando a vi. A aliança de ouro brilhava em meu dedo. Comecei a chorar desesperadamente. Dean incomodado por minha falta de silencio abriu seus belos olhos azuis ainda sorrindo, porém quando realmente olhou para mim, pulou da cama como se eu tivesse lhe dado um choque ou algo do tipo. Chorei ainda mais, tentando me cobrir com o lençol.

– Emma?

Não idiota sua mãe, é claro que sou eu.

Apenas assenti enquanto derramava mais e mais lágrimas.

– Deus, nós....? – o filho da puta nem se quer lembrava?

Balancei a cabeça afirmativamente, assumindo vários tons de vermelhos.

– Eu sinto muito... eu só... – Dean ainda estava nu ao lado da cama, em toda a sua glória. Corei ainda mais. Percebendo isso ele se desculpou e abaixou-se a procura de suas roupas. Não pude deixar de olhar seu traseiro e suas diversas tatuagens, ele era magnifico... Deus, o que estava acontecendo comigo?

– PUTA MERDA!

Acho que ele finalmente notou a aliança.

A espécie de um soluço misturado com o que pareceu uma risada me escapou. Dean voltou-se para mim, ele parecia pálido, embora ainda estivesse irritantemente lindo em sua cueca boxes preta. Passando a mão no cabelo como sempre fazia quando estava nervoso ele caminhou até a cama e afundou nela.

– Por favor diga que nós não nos casamos.

Dei de ombros, tirando a aliança para inspeciona-la. Meu estomago se contorceu quando eu li em seu interior: “ Dean e Emma Hunt Forever!”

Deixando-a em cima da cama, corri para o banheiro arrastando comigo o lençol. Debrucei-me sobre o vazo e despejei nele meu estomago. Lágrimas brotavam em meus olhos quando vi o anel que Andrew havia me dado a um ano em minha mão direita. De repente senti mãos segurando meu cabelo. Quando finalmente terminei Dean estava em pé ao meu lado estendendo uma tolha para mim, agradeci e a tomei notando que ela estava úmida. Não pude deixar de ficar surpresa com sua preocupação comigo, não é por que de repente estávamos casados que iriamos agir como tal ou algo do tipo, certo?

Ele deixou o banheiro encostando a porta atrás de si. Agradecendo mentalmente por meu momento de privacidade, escovei meus dentes com uma das dezenas de escovas de dente lacradas que encontrei e tomei um banho, ou pelo menos tentei já que cada parte de meu corpo estava deliciosamente dolorida, era como se Dean tivesse me marcado. Corei com esse pensamento, com o pensamento de que ele havia reivindicado sua esposa. Bufei enquanto abria a porta do banheiro, com cuidado para não mostrar mais do que já tinha mostrado ontem anoite, segurei o robe que encontrei a pouco, firmemente e fui a procura de meu vestido. Foi um tanto humilhante caminhar até ele enquanto sentia o olhar de Dean em mim.

Ouvi a porta do banheiro e enfim pude respirar novamente.

Minha cabeça ainda doía consideravelmente e tentar lembrar o que havia ocorrido ontem só fazia com que a dor piorasse. Vesti minhas roupas intimas e quando tentava inutilmente fechar a droga do vestido de noiva ouvi o som da porta do banheiro.

– Deixe-me ajuda-la com isso. – realmente devia ter algo errado com minha cabeça, Dean estava sendo gentil?

Quando suas mãos tocaram as minhas costas rapidamente me afastei quando senti as malditas faíscas. Eu tinha certeza que ele também sentira, já que me olhava de forma tão intensa. Balançando a cabeça como que para clarear seus pensamentos, Dean se aproximou novamente, cauteloso.

– Não vou machuca-la Em. – era estranho, mas eu acreditava no garoto problema.

Virei-me para que ele acabasse logo com a tortura. Dean teve o cuidado para não me tocar dessa vez. Agradecia mentalmente a ele, eu nunca iria deixa-lo saber o quanto suas mãos, seus braços rijos, seus profundos olhos azuis e sua boca, Deus aquela boca era divina... me perturbavam, Eu mencionei suas tatuagens? Ele estava diabolicamente usando apenas uma toalha em volta da cintura, seu cabelo estava úmido e gotículas de água escoriam por todo seu corpo em direção a...

Então ele riu, droga acho que fui pega encarando. Corando bruscamente fui a procura de minha bolsa, eu devia ter trazido uma.

– Esta em cima da poltrona.

Franzindo a testa para ele, caminhei arrastando o maldito vestido até o outro lado do quarto, aparentemente estava tudo ok, carteira de motorista, identidade, cartões de crédito, dinheiro...

– Emma?

– Sim?

– Eu me lembro.

– O que exatamente você quer dizer com isso? – perguntei virando-me para contemplar o deus grego tatuado.

– Me lembro de... – ele mexia os pés desconfortavelmente. Dean Hunt desconfortável com sexo? Acho que estou mesmo sonhando afinal. – Me lembro de ter feito amor com você.

Suas palavras me atingiram como um soco no estomago, um maldito soco bem dado. Desde quando o senhor prostituto fazia “Amor”. Não pude evitar, uma gargalhada escapou, e até mesmo lágrimas rolaram de meus olhos. Então a raiva me abateu, como aquele filho da puta ousava dizer aquilo?

Recuperando-me rapidamente o fitei, ele parecia magoado com meu ataque de risos. Caminhei até ele apontando um dedo bem no meio de suas fuças.

– Primeiramente Hunt, você não faz amor, você fode. Não tente me convencer do contrario, pois se bem me lembro a quase três anos atrás você cuspiu isso em minha cara logo após de eu ter lhe dado minha virgindade. Então NÃO DIGA QUE FIZEMOS AMOR PORRA, fizemos sexo, ou fudemos se você preferir, como qualquer outro casal estupidamente bêbado. E quanto a estas malditas alianças, iremos fingir que isso, toda essa merda nunca aconteceu entendeu?

Arranquei a minha aliança de meu dedo e a joguei em cima da cama. E sem mais uma palavra comecei a ir em direção a porta, não muito depois o senti pegar meu braço, como sempre quando ele me tocava, as malditas centelhas estavam lá. Bufando puxei meu braço para longe de seu alcance. Eu sabia que estava mentindo para mim mesma, o que aconteceu entre nós ontem foi tudo, menos uma simples foda.

– Então você apenas vai voltar para seu riquinho? Vai dizer a ele sobre o quanto gritou meu nome a noite toda Emma?

Por impulso o estapeei. Ele mereceu certo.

– Você não tem o direito de me dizer o que fazer ou não Dean, não ouse achar que tem pois não lhe dei essa liberdade. Eu amo Andrew e é com ele o meu lugar.

– Não foi o que pareceu quando trocávamos votos ontem Emmy, não tente negar. – cretino miserável, achava que usar meu apelido de infância faria alguma diferença. Estava pronta para uma resposta a altura quando Dean me puxou para ele, tão logo seus lábios beijavam-me com tamanho fervor, tentei afasta-lo mais era inútil, meus joelhos cederam e percebendo isso ele aproveitou-se de minha fraqueza para puxar-me ainda mais para ele.

Respire Emma, respire.

Não era tão fácil quando se tinha alguém como Dean tomando você tão possessivamente, como se estivesse tentando chegar a sua alma, para toma-la para ele, para marca-la tão profundamente que você nunca seria a mesma novamente. Eu conhecia a sensação, eu já passara por ela a muito tempo.

Recobrando o pouco de sanidade que ainda me restava consegui afasta-lo.

Lágrimas piscavam em meus olhos, mas eu recusava-me a deixa-las cair, não mas, não por Dean Hunt.

Enquanto corria para a porta vi o espelho no canto do quarto. Parei abruptamente e apenas fiquei ali enquanto as lembranças de ontem retornavam. Dean, eu e o restante da turma logo após o termino da apresentação no teatro fomos a um bar e depois nos deixamos aventurar em um dos muitos cassinos de Vegas. Antes da meia noite todos estávamos bêbados, e então começamos a atuar partes de nossa peça em uma das capelas atrás do cassino. Dean e eu infelizmente fazíamos par romântico, confesso que não o levava a serio devido a maneira com que ele foi posto em nosso grupo de teatro, apenas como uma forma de que ele não fosse expulso da faculdade, mas confesso que o garoto tem talento. Enfim estávamos lá quando ninguém menos que Elvis Presley apareceu para “consumar” o ato. Eu ganhei um vestido enquanto Dean ganhou um terno e a cerimonia fora feita. Eu ria muito e até mesmo recitei versos de Shakespeare para ele na hora dos votos.

Deus nós realmente tínhamos nos casado.

Não parando uma segunda vez, deixei o luxuoso quarto e em seguida o hotel e só então me permiti chorar.


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Notas finais do capítulo

Reviews? PS: Amanhã tem capítulo novo de Para Lembrar, bj bj amores.