About Us escrita por Rayssa
Notas iniciais do capítulo
A imagem do capítulo é a linda Deenise e o Scorpius, weee. Espero que gostem ;3
A porta foi aberta com força e uma mulher alta adentrou o consultório batendo seus saltos, porém, sua entrada foi totalmente ignorada pelo homem sentado atrás da mesa.
– Malfoy! - a voz da mulher finalmente fez com que o homem colocasse a carta sobre a mesa e prestasse atenção ao que estava a sua frente.
– Deenise, a que devo a desonra? - ela bufou.
– Ah, só queria ver a sua cara cínica. - o loiro franziu o cenho e ela revirou os olhos. - Hipócrita como sempre, e burro também.
– Se eu fosse burro, não seria um medibruxo em minha posição, mas você sabe disso, então, fala logo o que você quer! - o loiro endireitou-se na cadeira e colocou as mãos sobre a mesa. - E só avisando, a sessão para crianças e futuras mamães não é essa. - a loira bufou e mexeu nos cabelos.
– Vou ser direta... - ela colocou a bolsa cara em cima da mesa e sentou-se em frente ao homem. - A sua namoradinha realmente achou que eu não vejo jornais trouxas? - o loiro franziu o cenho, aquilo não fazia o menor sentido.
– Isso é ser direta? - a mulher tomou folego.
– Rose Weasley realmente achou que iria começar a sair com você e ainda iria entrar para o profeta diário? - o loiro se engasgou com a própria saliva.
– Eu e a Rose somos só amigos. - ela puxou a bolsa e tirou um papel de dentro, jogando-o em frente ao loiro. - Que porra é isso?
– Um jornal trouxa, lê. - o loiro pegou o jornal.
"Albus Potter festeja seus 22 anos."
Logo abaixo da manchete havia várias fotos paradas de Albus e todos que estiveram na festa, entretanto, uma das fotos estava em destaque e logo abaixo dela estava escrito:
"Albus Potter, sua prima Rose Weasley, e o namorado dela/melhor amigo do aniversariante Scorpius Malfoy roubaram a cena na pista de dança, onde o casal chamou a atenção de todas por sua sensualidade e romance."
– Ahn? - o loiro olhou para a mulher com olhos arregalados.
– Ainda vai tentar mentir para mim? Ela realmente acha que eu vou contratar a mulher que me roubou de você? - o homem bufou.
– Acredite no que quiser, mas, deixe Rose fora disso, ela não tem nada a ver. Principalmente quando foi você quem me traiu. - Deenise bufou.
– O que você queria?! Não fazíamos amor a dois meses! - Scorpius quase riu.
– Claro que não fazíamos, eu estava trabalhando feito um rato para poder pagar nossa lua-de-mel, o seu casamento dos sonhos, e todas as coisas para o nosso apartamento enquanto você gastava todo o seu dinheiro consigo mesma. - ele levantou-se e ela arregalou os olhos. - Vai se fuder Deenise, você não merece ser mãe, eu realmente achava que suas viagens fossem de negócios, mas você ia se encontrar com o irmão da Emma, achando que eu nunca ia descobrir de nada! - a loira estava fervendo de raiva.
– Olha aqui... - ela levantou-se.
– Olha aqui você. - ele apontou o dedo em sua face. - Eu amei você, eu considerava você tudo para mim, não me importei com os seus surtos de raiva e ciúmes, a sua avareza, nada disso me incomodava porque eu te amava, mas agora, todo o amor se tornou em desprezo, e eu tenho nojo de você e pena dessa criança. Você é apenas uma vadia fútil que sabe trabalhar, então, se você não vai aceitar a Rose, você é que está sendo ridícula e infantil. Ela é excelente no que faz e uma ótima profissional, você que vai perder. - a mulher sentia que lagrimas iriam descer de seus olhos a qualquer momento, ela não se considerava merecedora de tais palavras, colocou a mão sobre o ventre.
– Se antes ela tinha alguma chance de entrar, você acabou de faze-la perder. - então, puxou sua bolsa e saiu a passos largos, segurando as lágrimas que pediam passagem para o seu rosto.
(...)
– Bem vinda a seção de esportes do profeta diário, em que posso ajudar? - a ruiva sorriu docemente para a secretária.
– Eu tenho uma entrevista com a Srta. Pucey. Rose Weasley. - a secretária arregalou os olhos.
– Você é famosa. - a ruiva suspirou, ela sabia disso, todos a consideravam uma sobrevivente. - Como esta seu irmão? - antes que a ruiva pudesse responder alguém falou.
–Não seja metida Mérida. - a ruiva virou e encontrou uma mulher com o longo cabelo loiro, olhos esbugalhado e um sorriso arrogante. - Rose! Quanto tempo querida, como estas? - a ruiva sorriu.
– Deenise. - ela saudou, só então a ruiva lembrou o porquê de não ir com a cara de Deenise, ela era arrogante, falsa e extremamente idiota, ela lembrava muito bem de ter feito um discurso sobre ela e Scorpius para Albus e o homem da relação, ele terminava com "Vocês se merecem, dois imbecis prepotentes". Ela realmente queria retirar o que disse para o Malfoy. - Estou ótima e você?
– Ótima. - ela sorriu. - Eu vou ser mamãe, sabia? Estou namorando Cameron Von Pollen. - a ruiva tentou sorrir ternamente, mas foi mais difícil do que parecia.
– Parabéns. - o sorriso saíra meio torto, mas era o suficiente.
– Certo, vamos até o meu escritório, sim? - Ela não esperou resposta, saiu andando e Rose foi atrás.
Adentraram à grande sala, decorada de forma vintage e luxuosamente exibicionista, onde todos os móveis eram adornados e o dourado prevalecia em todo lugar, extravagante.
– Bela sala. - a ruiva assobiou.
– Obrigada, sou apaixonada por ela. - Rose assentiu, a loira apontou a cadeira e a outra seguiu, após sentadas, a entrevistadora começou. - Vão ser poucas perguntas, mas são extremamente importantes, pronta?
– Claro. - a loira sorriu.
– Você tem alguma experiência na área de jornalismo?
– Sim, quando eu estava em Hogwarts escrevi 5 artigos para o pasquim, 8 para o profeta diário, 3 para o JMM, 3 para uma revista infantil trouxa, e fui editora chefe do jornal de hogwarts durante os três últimos anos. – a loira sorriu.
– Após hogwarts, alguma coisa? – a ruiva suspirou.
– Infelizmente não, tive que fique cuidando de meu irmão, então, não tive como. – Deenise assentiu e rabiscou algo no papel.
– Alguma experiência com emprego? – Rose assentiu.
– Trabalhei como vendedora na floreios e borrões por um verão, e na Gemealidades Weasley no outro verão. – ela mordeu o lábio e a loiro franziu o cenho.
– Algo mais sério? – a outra negou. – Alguma experiência com esportes? – a ruiva suspirou.
– Esportes sim, não físicos, mas acredito que você queria saber de algo como quadribol, certo? – a loira assentiu. – Então, não.
– Hum, por que você quer trabalhar aqui? – a ruiva suspirou.
– É meu sonho, desde sempre quis ser jornalista, e trabalhar aqui seria uma honra, se me contratar não irá se arrepender, cumprirei todos os prazos, e... – a loira interrompeu.
– Entrarei contato. – Deenise disse. – Está liberada.
– Obrigada. – Rose quis muito completar com um vadia assim que viu que em seu papel haviam rabiscos de um desenho, mas engoliu as palavras e saiu a passos lentos. – Foi um prazer te conhecer Mérida. – ela disse ao passar pela secretária.
– O prazer foi meu. – a ruiva acenou e voltou o seu caminho porta afora.
– Bu. – assim que saiu do prédio a voz a fez pular de susto e arregalar os olhos.
– Merlin! – disse assustada.
– Não, sou só eu, Scorpius. – a ruiva franziu o cenho e encarou o loiro.
– O que diabos você está fazendo aqui? – ele sorriu de canto e passou o braço ao redor dos ombros dela.
– Preciso falar com você. – suspirou, enquanto caminhava e fazendo a ruiva fazer o mesmo. – Tá afim de um cerveja amanteigada?
(...)
– Vão querer o que? – o homem de aparência engraçada perguntou.
– Duas cervejas amanteigadas. – o homem assentiu, e saiu. – Então, o que você queria me dizer Scorpius? – ele suspirou.
– Desculpe-me... – ele encarou as mãos que estavam sobre a mesa. – Você não vai conseguir o emprego. – a ruiva franziu o cenho.
– Certo. – ela deu de ombros, mesmo sendo algo que queria muito, já esperava por isso. – Como você sabe?
– Deenise foi conversar comigo hoje mais cedo. – ele continuou a olhar para as mãos. – e trouxe isso. – ele levou a mão até o casaco e retirou de lá um jornal trouxa, entregou para a ruiva ainda sem olhar. A mulher agarrou o papel e encarou as figuras por alguns segundos, entendendo o que estava acontecendo.
– Ela acha que estamos juntos. – mordeu o lábio.
– Isso, e depois veio com um papo louco para cima de mim, então, nós tivemos uma discussão, ela acabou dizendo que se você tinha alguma chance de ganhar o emprego, eu tinha acabado de fazer você perder. – a ruiva colocou a mão sobre a de Scorpius, fazendo com que ele a encara-se.
– Que idiota. – deu de ombros, e o loiro franziu o cenho.
– Não tá brava? – a mulher negou.
– Por que estaria? – o homem suspirou.
– Só desacostumado com essa situação. – ela mordeu o lábio inferior, tinha algo que ela queria muito perguntar, mas não sabia se deveria. – Fala logo, o seu olhar te entregou. – a mulher tirou a mão de cima da do loiro e tomou ar para começar a falar.
– Suas bebidas. - homem engraçado voltou, e Rose percebeu que o olhar do homem sobre ela, fazendo com que ela sorrisse envergonhada.
– Obrigada. – ela disse, e ele sorriu, fazendo com que suas covinhas aparecerem, antes de se retirar.
– O que foi isso? – Scorpius sentiu uma sensação estranha, mas sua voz saiu em tom de brincadeira.
– O que foi o que? – ela franziu o cenho, enquanto levava o copo de cerveja amanteigada aos lábios, e ele finalmente reconheceu a sensação que estava sentindo, aquilo era claramente, ciúmes.
– Você e o garçom estavam claramente flertando comigo bem aqui. - a ruiva se engasgou com o líquido.
– O que? – sua voz estava alguns tons mais alta que o normal, demonstrando seu tom de incredulidade, enquanto tomava ar pelo recém engasgamento.
– Você ouviu. É estranho Rose, nada contra você flertar, mas, comigo aqui é... – na verdade, Scorpius não tinha um motivo concreto para não querer que ela flertasse, ele simplesmente não gostava. – muito Deenise. – a ruiva levantou as sobrancelhas, sem entender o que ele queria dizer.
– O que a Pucey tem a haver com isso? – ele bufou.
– Ela flertava com outros homens em minha frente, de propósito, para me deixar puto. – a ruiva considerou uma lembrança dolorosa, e suspirou.
– Sem problema, eu nunca flerto com ninguém mesmo. – ele sorriu torto.
– Ah Rose, o que você acha de eu te bater no xadrez bruxo? – a mulher gargalhou.
– Claaaaaaro, assim como eu fiz contigo durante todos os nossos anos de Hogwarts? – ele assentiu.
– Na minha casa ou na sua? – Rose jogou o cabelo ruivo para trás, e pela primeira vez desde que eles se encontraram, aquela era a Rose cheia de confiança e personalidade que ele conhecia muito bem.
– Sua.
(...)
– Bem vinda ao apartamento mais arrojado e não visitado de toda a Ottery St. Catchpole. – Rose revirou os olhos e adentrou o local.
– Uau. – disse ao perceber como tudo estava perfeitamente arrumado e bem decorado.
– Obrigado. – ela bateu no ombro do homem. – Que foi?
– Não foi um elogio... – Scorpius virou para a mulher e levantou as sobrancelhas. – É lindo, mas eu ainda não tinha elogiado. – ele riu pelo nariz.
– Claro. – ele puxou a varinha e com um aceno da mesma puxou o jogo para uma mesa no centro da sala. – Tem comida na geladeira, quer alguma coisa? – a mulher arregalou os olhos por alguns segundos e entendeu.
– Lanna. – ele assentiu.
– Cara, essa geladeira é muito útil, sério. – a mulher caiu na gargalhada. – Vem. – ele a puxou para a cozinha, abrindo a geladeira assim que chegou.
– O que tem ai? – ele encarou a geladeira, e ela começou a espiar por cima do ombro dele.
– Suco de abóbora, pudim, torta de frango, ... – ele suspirou. – acho que não preciso de uma resposta. – a mulher tentou ver o que era, mas sua visão estava corrompida pelo corpo do homem, que retirou um bolo de chocolate colocando-o sobre a mesa, fazendo os olhos da ruiva brilharem.
– Você está absolutamente certo. – ele mexeu a varinha, fazendo com que os pratos e talheres voassem até a mesa, servindo o bolo para os dois.
– Xadrez e bolo de chocolate, duas coisas que tínhamos em comum que não mudou.
– Se você ainda for a mesma pessoa de antes, ainda temos muito em comum, muito mesmo. – ele suspirou e fez os pratos os seguirem para a mesa do xadrez.
– Você ainda é minha versão feminina, sim? – ela franziu o nariz.
– Nem vem com essa Malfoy, nunca fui sua versão feminina, sempre fui mais inteligente e divertida que você. – ela sentou na cadeira e ele revirou os olhos.
– Ahaaaam... – ele sentou-se a sua frente. – Até nossos gostos por pessoas eram iguais.
– Exclusão a Deenise e Albert McLaggen. – ao ouvir o ultimo nome, o homem franziu o nariz.
– Qualé Weasley, você sempre teve um péssimo gosto para namorados. – ela deu de ombros.
– E você para namoradas. – ele teve que rir.
– A nossa maior diferença sempre foi o gosto profissional, eu sempre quis ser medibruxo e você jornalista, mas éramos decididos sobre isso. – ela fingiu dar de ombros.
– Essa não era a nossa maior diferença... – ela negou com a cabeça. – Eu sempre fui muito superior a você no xadrez bruxo.
– Que nada.
– Prove! – ele sorriu malicioso, estava com as brancas, então, fez sua jogada inicial.
(...)
– Você não era tão boa quando estávamos em hogwarts. – Scorpius bufou, e sorriu maliciosa.
– E você não era tão ruim. – após cinco vitórias consecutivas de Rose, eles decidiram descansar.
– Claro, eu raramente jogo xadrez bruxo, meus amigos e ex-noiva não gostavam muito do jogo, só jogava quando mamãe vinha me visitar. – a ruiva sorriu ternamente.
– Sinto falta da Astória, ela sempre concordava comigo. – ele riu pelo nariz.
– Eu devia ter escutado quando ela dizia que Deenise não era uma boa garota, que não servia para mim. – Rose deu de ombros.
– Eu nunca gostei dela. – o loiro caiu na gargalhada.
– Você gostava de Deenise tanto quanto eu gostava do McLaggen. – ela assentiu. – Tanto eu quanto você estávamos certos. – a ruiva negou.
– Eu dizia que vocês se mereciam, assim como você dizia de mim. – ele suspirou ao mesmo tempo em que a mulher bocejou, então ela a puxou para deitar a cabeça em seu colo, e ela foi de bom grado. – Estávamos errados.
– É, estávamos. – ele encarou os olhos azuis brilhantes da mulher que sorria ternamente. – Você ainda não me disse como ficou tão boa. – ela deu de ombros.
– Era um dos meus únicos passatempos com Hugo depois do acidente... – seu sorriso desapareceu, e seus olhos demonstravam culpa.
– Você sabe que não é culpada, né? – a cabeça dela mexeu em sinal de negação.
– Eu poderia ter evitado tudo, mas... – suspirou. – não vamos falar disso, ok? Não quero ficar vivendo no passado, como fiz até agora. – ele alisou os cabelos ruivos dela.
– Tudo bem. – sorriu ternamente, fazendo uma sensação de conforto invadir o corpo de Rose, sentindo-se aquecida por dentro, segura por fora. Scorpius não era mais aquele garotinho, ele não tinha mais aquele porte infantil. Seus olhos ainda eram azuis em momento de felicidade, e cinzas em momentos de sobriedade, profundos, enlouquecedores, mas ele não tinha mais aquele ar bobalhão, tinha um ar confortável, nesse momento, Rose notou o quão livre de todo o resto ela se sentia quando estava com ele, era tranquilo, e essa tranquilidade é que fez com que ela caísse no sono com Scorpius alisando seu rosto e cabelo.
Após alguns segundos, Scorpius notou que ela estava dormindo, colocou-a em seus braços e a levou até o seu quarto, deixando-a em sua cama, e se sentou na poltrona, deixando que Morfeu o levasse para o mundo dos sonhos.
Aquela foi a primeira noite desde o dia D que Rose conseguiu ter bons sonhos, porque pela primeira vez ela se sentia segura, e pela primeira vez em três meses, Scorpius dormiu sem a sensação de solidão aterradora.
*
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