A Viagem nas Sombras + Audiolivro escrita por R G Assis


Capítulo 33
Nico


Notas iniciais do capítulo

acarstais, Anna Valdez e Claudia12. Por vocês, desisti de dormir cedo hoje, para antecipar a postagem do capítulo 33. Espero que gostem. E muito obrigada pelos comentários!!!!
Vocês são d+

"Não entre em pânico." O Guia do Mochileiro das Galaxias



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Audiolivro - Capítulo 33

XXXIII

Nico

A escuridão dominava a mente de Nico, poucos fleches de luz vinham de repente, ele podia ver muito mal através dos “olhos” dos mortos.

Após ingerir a semente, Nico esperou, não tinha noção do tempo que passara, só sabia que apertava tão forte o colar que sua mão começava a doer, Nico achava que já sentia o sangue escorrer entre os dedos.

Mas não era nisso que Nico pensava, Nico queria desesperadamente proteger Reyna, nunca tivera essa necessidade de proteger tanto alguém, nem com Bianca, nem com Hazel, nem com Percy, Reyna era única e agora Nico sabia disso.

Gradualmente sua mão afrouxou o aperto, isso já era o efeito da semente, seus pensamentos tão nítidos, agora estavam ficando enevoados, suas percepções foram falhando, seus batimentos parando, até Nico entrar em um estado de repouso e paz.

Nico tinha esquecido da sensação, quando ficara preso no jarro dos gigantes gêmeos a única sensação que tinha era o pânico, agora era diferente, Nico sentia uma paz, apesar da guerra e tudo mais, Nico estava em paz consigo mesmo.

Suas reflexões duraram por um bom tempo, até Nico conseguir canalizar o poder necessário para evocar o exército de esqueletos e quando o fez, pode ver através dos “olhos” dos mortos.

Nico fez os esqueletos emergirem de uma fenda que conseguiu abrir, convocara o máximo de esqueletos que pôde, conseguiu ver o caos que estava o acampamento em fleches de visão, Nico mandara-os não só atacarem os monstros, mas alguns deixou para proteger os campistas.

A estratégia romana parecia dar certo, a formação se mantinha firma, mas mesmo assim, foi um alivio quando os esqueletos chegaram. Nico via o susto em cada rosto, assim que os esqueletos emergiram, os campistas acharam que eram mais guerreiros de Gaia, mas assim que os esqueletos começaram a atacar os monstros, eles ganharam a confiança e em poucos minutos, gregos, romanos e esqueletos lutavam lado a lado.

Nico procurava incessantemente por Reyna, estava procurando através dos “olhos” dos mortos, vendo o que cada um via, era como ver a guerra por partes, um pouquinho em cada perspectiva. Não encontrou Reyna em terra.

Começando a ficar preocupado, mesmo sentindo que Reyna estava bem, Nico continuou procurando, até que viu no céu um pégaso negro, aquele era Blackjack, o pégaso de Percy e nele Reyna estava montada. Nico sentiu o alivio ao ver a sua imagem borrada, mas achou estranho Blackjack deixar Reyna montá-lo.

Para Nico ter uma visão melhor, Nico concentrou tudo em um só esqueleto, deixando os outros no piloto automático, assim pôde ver quando um gigante das neves, bateu em Reyna, fazendo ela e Blackjack caírem em espiral.

Nico teve um momento de pânico quando viu a cena, mas logo passou, quando Blackjack conseguiu abrir as assas e pousar, meio desajeitadamente. Nico viu o pégaso mancar, devia ter se machucado na queda, Reyna parecia estar intacta.

Reyna dispensou Blackjack, mandando-o embora e continuou com a luta em terra. Definitivamente, pensou Nico, Reyna era uma verdadeira guerreira, tudo que ela enfrentava era destruído, quem diria que Reyna e Hedge formariam uma bela dubla.

O treinador era o melhor, sério, se eles não estivessem em guerra e a vida da garota que Nico gostava não estivesse em perigo, Nico tinha certeza que daria umas boas gargalhadas, Hedge agora estava montado em cima de um telquine, batendo na cabeça dele com o bastão berrando “morra”, Anemone iria se divertir com o pai, pensou Nico.

Apesar da quantidade, vencer os telquines foi fácil para Reyna e para o treinador, em poucos minutos todos já tinham sido desintegrados. De repente Nico sentiu um tremor de algo realmente grande se locomovendo, Nico mandou o esqueleto olhar em volta e bem a sua frente apareceu um drakon, ele estava atacando vários semideuses despreparados.

Reyna logo viu o que tinha de ser feito e chamou à atenção do drakon, Reyna correu exatamente na direção do esqueleto que Nico usava como seu avatar, passando como uma bala por ele, já o drakon, não foi delicado, atropelou o esqueleto o deixando em pedaços.

Nico perdera a visão, tudo tinha ficado escuro novamente, apressadamente Nico tentou ver por outro esqueleto, mas não tinha nenhum perto da onde Reyna correra e além disso todos estavam ajudando a matar os monstros.

Nico esperou um grupo de esqueletos acabar com uma campe e mandou um seguir Reyna. Enquanto o esqueleto andava, naquela velocidade de zombie, Nico não havia sentido nada, Reyna estava bem, até que uma dor cortou o peito de Nico, Reyna devia estar ferida, Nico sentia sua força vital diminuir.

Fazendo o esqueleto andar o mais rápido possível, Nico esperou pela visão, passou pelo drakon preso no refeitório e viu a Atena Partenos emitir um brilho dourado e bem aos pés da estátua estava Reyna caída, abraçando uma muda de arvore, Nico não entendeu o que via, até ver o bastão caído do lado de Reyna. Não! Era o treinador Hedge! Nico sabia que sátiros se tornavam mudas de arvores quando morriam, mesmo assim, Nico não podia acreditar que ele tinha partido.

Prestando mais atenção em Reyna, Nico percebeu o quão ferida ela estava, seu lado esquerdo sangrava, seu braço estava em carne viva, Nico viu a sua jaqueta derretida no chão. A respiração de Reyna estava diminuindo a cada segundo, ela já tinha perdido a consciência, sua força vital era quase nula, Nico não podia acreditar, isso não podia estar acontecendo, Reyna não podia estar morrendo.


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Notas finais do capítulo

Tentem não me odiar muito, ok.
Nem entrar muito em desespero.
Esperem pelo final!