A Viagem nas Sombras + Audiolivro escrita por R G Assis


Capítulo 32
Reyna


Notas iniciais do capítulo

Como já terminei, não faz sentido esperar muito pra postar.
Então aqui está o capítulo 32 que estou postando no mesmo dia que o 31.

"Morrer.. será uma enorme aventura." Peter Pan



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Audiolivro - Capítulo 32

XXXII

Reyna

Reyna e o pégaso negro giravam enquanto caiam, antes que batessem no chão, o pégaso conseguiu abrir as asas e retardou a queda, mas mesmo assim os dois caíram de mau jeito, Reyna não sofrera nada grave, mas o pégaso negro havia quebrado a pata.

Levantando com somente três patas, o pégaso queria que Reyna o montasse novamente, mas ela não o fez, ao invés disso, mandou-o embora, com certa relutância ele o fez. A batalha parecia mais equilibrada agora, com os guerreiros esqueletos, a esperança cresceu no coração de Reyna. Eles poderiam vencer esta guerra, eles realmente poderiam vencer. Nico ficaria bem.

Diversos pensamentos felizes invadiram a mente de Reyna e a partir daquele momento, Reyna sabia exatamente o que faria quando encontrasse Nico novamente, com um sorriso, Reyna voltou para a batalha.

Dracaenaes, campes, cães infernais, tudo isso Reyna enfrentava um por um e vencia todos, quando um grupo grande de telquines atacaram Reyna, o treinador Hedge foi a seu auxilio, ele estava assustador, com aquele bastão, vinha correndo que nem um psicopata atrás dos telquines, os gritos de “morram” e as expressões de Hedge já foram o suficiente para botar pra correr aquelas pobres criaturas, Reyna já estava sentindo pena deles.

Nunca em sua vida Reyna pensaria que lutaria lado a lado com um fauno... sátiro, pra ela eles eram seres preguiçosos e imprestáveis, que só sabiam comer e correr atrás das dríades, mas treinador Hedge mudou essa visão que Reyna tinha, ele era corajoso, amoroso, destemido, qualidades que Reyna sabia que o pequeno Anemone ficaria orgulhoso de herdar do pai.

Mesmo a luta estando equilibrada, parecia que ainda tinha uma quantidade excessiva de monstros que não parava de vir, Reyna não sabia se eles parariam de vir, talvez eles só conseguiriam vencer essa guerra, após os outros derrotarem Gaia, se fosse realmente isso, Reyna rezava para eles conseguirem logo.

Um grande estrondo retumbou pelo acampamento, algo grande estava vindo, Reyna teve uma visão muito boa de onde estava, do drakon que corria cuspindo acido, a criatura estava atingindo muitos campistas, Reyna precisava tira-lo de lá.

Correndo a toda velocidade, Reyna passou na frente do drakon chamando sua atenção, a isca deu certo e ele começou a segui-la para longe dos confrontos principais, Reyna correu em direção ao pavilhão do refeitório, tinha de ser rápida, seu plano era despistar o drakon no meio das colunas, ele era muito grande para passar e se passasse ficaria preso.

Cuspindo acido, o drakon tentava acertar Reyna, mas ela era muito hábil em desviar, estava quase chegando nas colunas quando houve uma explosão, fazendo com que Reyna cambaleasse e perdesse a velocidade, dando assim a oportunidade que o drakon queria e assim o acido atingiu todo o lado esquerdo de Reyna.

Mesmo muito ferida, Reyna conseguiu correr entre as colunas e como previsto o drakon estava tão rápido que não conseguiu parar e ficou preso, Reyna saiu pelo outro lado, torcendo para as colunas serem fortes.

Cambaleando Reyna percebeu que sua armadura e a jaqueta de Nico a protegeram de ter o lado esquerdo de seu corpo derretido. Sua perna sangrava muito, Reyna tinha de tirar a jaqueta, pois o acido já tinha corroído o tecido e já queimara seu braço colando a jaqueta em sua pele, Reyna teve de puxar com força, descolando a jaqueta e arrancando pedaços de pelo de seu braço esquerdo que estava em carne viva.

Reyna olhou para o lado e viu Tyson e Sra. O’Leary correndo para matar o drakon, enquanto ainda estava imobilizado. Ajoelhando-se Reyna percebeu que estava na frente da Atena Partenos e uma luz dourada era emitida da estátua.

Tentando se levantar Reyna ouviu um zumbido passar pela sua cabeça, olhou em volta e viu a manticora que Clarisse avisara que estava vigiando o acampamento, com um movimento rápido, outro espinho veio em direção à Reyna, que estava muito debilitada para desviar, o espinho acertou em seu ombro, Reyna gritou, a dor era lancinante, acompanhada da dor das queimaduras.

Caindo de joelhos novamente, Reyna viu o seu fim nos olhos cruéis da criatura, aqueles breves segundos em que a manticora levantava a cauda e se preparava para dar o golpe final direto em seu coração, passaram em câmera lenta, bastou um piscar de olhos de Reyna e o espinho foi lançado, Reyna se preparou para o golpe e para a dor, mas ela não veio, abrindo os olhos Reyna viu o que desviara o espinho.

Treinador Hedge salvara sua vida, o espinho tinha atravessado o peito do treinador, sangue escorria pela sua boca, Reyna não podia acreditar no que estava acontecendo, ele não poderia estar morto, não poderia! Era impossível! Mas lá estava, o corpo do treinador caiu na relva seca, as palavras vieram tão rápidas e claras na cabeça de Reyna, quanto o espinho “Um amigo, por amor lutará, E sua vida perderá.”

Hedge morrera por Reyna, as lágrimas vieram rápido, com suas ultimas forças, Reyna estava decidida a matar aquele que tirara a vida de seu amigo, correndo de encontro a manticora, Reyna desviou como nunca de todos os espinhos lançados e por fim a dor da perda foi mais forte que a dor física e Reyna decepou a cabeça da criatura, que voltou ao pó.

Tentando voltar para onde o corpo de Hedge estava, Reyna não viu mais seu corpo, mas uma muda de árvore que ela não soube identificar, cambaleando Reyna tirou o espinho do ombro e se ajoelhou na frente da pequena muda, que um dia fora um sátiro.

Os sentidos de Reyna estavam entorpecidos, já não sentia dor, estava anestesiada, pegou a muda com a mão direita e aninhou a seu corpo, Reyna não conseguia mais se mexer e tombou na grama.

As ultimas coisas que Reyna conseguiu ver antes de sua vista escurecer foram, a Atena Partenos com um brilho dourado incandescente que parecia se afastar da estátua, como um campo de força, uma mulher dragão vir em sua direção, mas está foi parada por esqueletos, Reyna ainda conseguiu ver vários esqueletos irem em sua direção, formando um escudo em volta de Reyna.

Estas foram as ultimas coisas que Reyna pode ver antes de perder a consciência, mas não sentiu medo, pois ficaria feliz de morrer com o treinador Hedge, seu grande amigo, enfim, pensou Reyna, tudo estava acabado.


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Notas finais do capítulo

Triste? Espero mesmo que tenha sido, tenho mais inclinação para tragédia do que para comédia.

Já que pedir não está funcionando... vamos para psicologia reversa.....
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Estão revoltados? Mande comentários, só que não.
Acham que eu sou má? Absolutamente, não mandem comentários
Enfim, não mandem comentários!!!!