O Garoto da Última Casa escrita por Bruna Ribeiro


Capítulo 18
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Oi ^^
Olha, eu não estou recebendo muitos comentários, e isso, sinceramente, é uma droga.Eu vejo que determinada quantidade de pessoas visualiza a história, então, eu presumo, que pelo menos um terço dessas pessoas devem estar lendo.Por isso, se você estiver lendo isso agora, comente por favor, não precisa ser algo grande e cheio de detalhes, pode ser algo como ''Eu gostei'', ''Continua'' ou, até mesmo, ''Precisa melhorar algumas coisas''.
Ah, se quiser recomendar, ficarei muitoooo feliz, e também pode me mandar um MP, sobre a história.Só me dê algum sinal de que está lendo ''O Garoto da Última Casa'', e gostando ou não.
Eu ficaria muito satisfeita, e isso não irá lhe matar, prometo.
Ah, acho que já desabafei o suficiente.
Obrigada á todos que leem e comentam e boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/472207/chapter/18

CAPÍTULO 17 - MAIS UM, ENTRE TANTOS, BABACAS

– Acorda! - ouvi e senti alguém me cutucar várias vezes - Acorda!Pirralha, você não está em coma, não é mesmo?

– Se eu estivesse, acredite, eu não iria responder - disse com uma voz rouca, e abrindo meus olhos com certa dificuldade.Olaf estava parado ao lado da minha cama e já até tinha aberto minha janela.

– Certo - ele sorriu -, vou me lembrar disso, mas agora...

– O quê?

– Vai logo para o banho, que eu estou com pressa.

– Pressa?

– Sim, você pode esquecer ás vezes, porém eu ainda sou adulto.E adultos sempre tem pressa.

– Tudo bem, adulto - ironizei a última parte - Me dê alguns minutos.

– Ah - ele olhou em seu relógio de pulso - Te dou segundo, vai logo.

E então fui.

...

Andar por aqueles longos e confusos corredores da - minha - escola, depois de saber alguns grandes segredos daquela cidade,e ter tido um sonho, no minimo assustador, era estranho.

Era diferente.

Era como se a qualquer instante eu fosse encontrar uma bruxa ou algo assim.

Eu não levei o livro comigo.Percebi que era fraca demais, para defendê-lo se alguma coisa acontecesse, e mesmo que Ashley ficasse com raiva, eu o tinha em minha casa.Bem escondido.

– Achei que ia faltar hoje - uma voz conhecida soou atrás de mim - Acho que se fizesse isso, ia pessoalmente na sua casa te buscar - Não precisava me virar para ver quem era o dono daquela voz, mas mesmo assim, o fiz.

William.

– Estou aqui - anunciei o obvio - Mas não trouxe você-sabe-o-que.

– Falando assim, parece que está traficando uma droga.

– O que não deixa de ser, só que essa é diferente.

– Uma droga bem mais importante e poderosa.

– Contou a Ashley?

– Contei - ele me disse - Ela queria ir te matar, por que pegou o livro e queria matar Georgia por deixar você pegar o livro, mas se acalmou e, até sorriu, quando disse que você conseguia o ler.

– Espero que ela não me mate mesmo.

– Por enquanto, não, ela não vai te matar.

– Esse seu ''por enquanto'', é o que me assusta.

– Nada é para sempre, senhorita Miller, até a sua segurança.

– É melhor ficar quieto.

– Pela primeira vez, concordo com você.

...

– Ashley eu sinto tanto - comecei, assim que vi a loira vindo em minha direção, seguida por Henry, Brad e Jessica - Olha, você me conhece, na verdade, não, você não me conhece, mas... - fui interrompida por uma abraço.Um abraço de Ashley.Até mesmo William, me olhou surpreso.

– Eu nem consigo acreditar - ela ainda não havia me soltado - Você consegue ler.

– Ler eu consigo mesmo. - falei

– Estou falando do livro - ela se afastou de mim e encarou meus olhos, num tipo de contato desconfortável - Você consegue, né?

– Olha, não é bem um consegue - respondi - Há textos em diferentes línguas e eu não entendo a maioria.

– Isso não é problema - ela quase riu - Eu e Georgia falamos vários idiomas, podemos ajudar.

– Vocês conseguem ver também?

– Não, você é, realmente, á única que consegue, até agora - disse ela - Mas você pode escrever as letras e traduzimos depois.

– Me parece uma boa ideia - falei.

– Agora eu tenho que ir - ela anunciou - Vou tentar falar com meus pais.

E então se foi, sem esperar resposta.Todos estávamos boquiabertos com o bom humor de Ashley, tanto é que, só paramos de olhar para a garota que mais parecia saltitar que andar, quando a mesma desapareceu em meio aos outros alunos.

– Ela apareceu... - William começou.

– Feliz - terminei.

– Ah, que fofo, já terminam até as frases um do outro - Jessica disse e Henry revirou os olhos.

– Você e seu ancestral são iguais - observei sem nem perceber o que tinha falado.

– O que disse? - mesmo só Jessica tendo falado, percebi que todos queriam saber.

– O quê?

– Sobre meu ancestral.

– Seu o quê?Ancestral?Que piração - falei meio incerta.Eu não sabia se a Horda iria querer que eu contasse alguma coisa.

– Você é pirada, faz sentido. - Jessica se aproximou alguns passos de mim - Agora fala o que quis dizer, Miller, antes que eu arranque de você.

– Gentil como sempre, Avery - falei

– Fala - mandou.Que filha da...

– Eu vi seu ancestral - revelei.Quer saber?Que se dane, se eu não podia falar isso, já falei - Vi os bruxos da Horda Dos Sete.

– Como assim? - William disse.

– Ah, meio que eu sonhei com eles - falei

– Não existe ''meio que sonhei com eles'' - Jessica fez uma falha tentativa em me imitar - Ou sonha, ou não.

– Eu sonhei, tá legal?

– Certo, Miller - William se virou para mim - Você deve estar enganada.Quando contei a história...

– Não estou, juro - prometi - Eu os vi, eles me disseram que entregaram o poder do livro á mim.

– Mas... - porque só uma vez, uma vez, William não podia acreditar em mim sem questionar?

– Eu acredito nela, William - Brad disse e eu sorri para ele - Ela não poderia conseguir ler o livro, a troco de nada.É claro, que eles iriam escolhê-la por algum motivo e sem dúvida falariam com ela.

– Eles estão mortos!- Jessica parecia alarmada.

– Eles me falaram que são os mais poderosos bruxos de todos os tempos, e que falar comigo depois da morte é fichinha perto do que faziam.

– Isso é impossível - Jessica andava de um lado para o outro agora

– Não é - falei - E é.

– Faça sentido - pediu a garota em minha frente.

– Você realmente está buscando sentido numa história que envolve bruxas? - perguntei - Eu não sei como, mas aconteceu.

– Porque você? - a pergunta de Jessica era retórica e ela parou de andar, bem na minha frente, com um olhar assassino - É uma magrela, com um cabelo esquisito, e uma pele sem cor.Porque você?

– Não sabia que necessitava de beleza, em assuntos como esse - respondi sorrindo fraco.

– Sempre precisa.

– Olha, eu não sei porque diabos eles me escolheram - me irritei - Sou feia, curiosa, intrometida, esquisita e tudo mais, porém eles me escolheram mesmo assim, então fique quieta e me deixe em paz.Eu não tenho culpa se nasci assim, eu não tenho culpa de ser uma aberração, não tenho culpe de estar aqui, e nem nada.Se quiser reclamar, reclame com eles.Ops, lembrei, eles me escolheram, e não á você - depois de falar minhas palavras cheias de puro veneno, eu sai de perto daquelas pessoas indo em direção a minha sala de aula.Agora era aula de biologia.

Dessa vez eu não me perdi, por que achei a professora Claire pelo caminho, e ela me ajudou a chegar na sala.

Quando eu entrei no local que seria a aula, o lugar já estava quase cheio, mas ainda faltava poucas pessoas, por isso a senhora Claire resolveu esperar mais alguns minutos.Algumas alunos conversavam animadamente no fundo, incluindo Felipe Cromwell, quem eu, recentemente, descobri fazer parte do mundo de bruxos e bruxas.

Me sentei o mais afastado dele.Queria descanso.

Não consegui, é claro.

– Hey, Alexis Miller - o garoto com cabelos encaracolados sentou na cadeira ao meu lado poucos minutos depois - Acho que já está mais informada sobre Owens, não é?

– Digamos, que agora eu sei, que o clima não é a única coisa louca por aqui - respondi sem olhá-lo.

– Não mesmo - Felipe concordou

O silêncio reinou por alguns minutos.Felipe não falava mais nada e eu também não.Pelo canto do olho via o Cromwell abrir e fechar a boca, como se pensasse em uma coisa para falar e depois a descartasse.

Dois alunos morenos entraram na sala de aula, conversando sobre jogos eletrônicos.

– Porque não anda com o resto de vocês? - quebrei o silêncio entre nós.

– Como? - a aula já tinha começado, por isso ele sussurrou para mim.

– Por que não anda com Ashley,Brad, Henry, Gabriel, Jessica e... William?

– Não merecem a minha magnífica presença - a humildade nunca tinha se quer chegado a porta de Felipe Cromwell, pelo visto.

– Tudo bem, minta, é mais fácil, certo? - falei baixo - Mas acredite em mim, William é melhor que você nisso, já estou me acostumando.

– William Hãnsel - pareceu pensar sobre o garoto dos olhos azuis escuros - O amaldiçoadinnho.Que coisa triste a história dele, não é?Tão novo, tão patético e tão babaca, e prestes á morrer.

– Não se pudermos evitar - disse de imediato.

– Acontece que não podem - Felipe se virou para mim e abaixou ainda mais a voz, até ficar apenas um leve sussurro, quase como se o vento estivesse falando - Os Hãnsel se matam á gerações, porque que, justamente nessa, William Hãnsel, um dos menos merecedores, escaparia?

– Porque... - eu ia falar do livro, porém me veio algo em mente.Se ele era um bruxo e não estava com o grupo de Ashley, não deveria ser á toa. - Eu estou aqui - Foi a primeira coisa que me veio na cabeça, e possivelmente a mais idiota também.

– Ah, você está - ela sorriu como nunca tinha visto - Quanta coisa, não é mesmo?William está salvo.

– Só digo que...

– Eu só digo que, William está perdido e sabe disso - me interrompeu - Pergunte ao Will, se ele acredita em uma mundana que não sabe de quase nada.

– Ele disse que sou a única chance - eu sei que não era para ter falado nada, entretanto ás vezes as palavras me dominavam, e não o contrário.

– Mas eu sei que em nenhum momento deve ter falado á você que será eficaz - rebateu - Ele não acredita tanto quanto eu, que você resolverá alguma coisa, mas não tem opção.É acreditar, ou acreditar.

– Não é verdade.Ele, pelo menos um pouco, acredita em mim. - disse entredentes

– Não sou um grande amigo de William, mas uma coisa eu sei - ele se virou e encarou a professora que explicava alguma coisa no quadro - Ele não é muito de mentir.Que tal perguntar diretamente á ele, se o nosso campeão acredita, pelo menos um pouco, em você?

– Talvez eu faça isso - na verdade, eu quis dizer ''Sim, eu farei isso''

Ele olhou para meu rosto por alguns segundo, e começou a rir.

Gargalhou, na verdade.

– Senhor Cromwell, não quer compartilhar a piada com o resto da turma? - a senhora Claire deu as costas para o quadro e encarou o rapaz.

– Me desculpe, senhora - pediu - Eu realmente estava tentando me concentrar, mas infelizmente a senhorita Miller aqui, tem ótimas observações - quê, idiota?

– Que tipo de observações? - a senhora Claire encostou uma das mãos na mesa.

– Tipo como suas calças jeans, fazem a senhora ficar ainda mais gorda - Que maldição, eu vou acabar com Felipe Cromwell!

– O quê? - ela parecia realmente irritada, e o resto dos alunos não ajudaram em nada rindo.

– Não fui eu, quem disse foi a Alexis. - Felipe apontou para mim.

– Quê? - falei - Não disse nada, senhora.Eu estava...

– Os dois para fora - ela cortou minhas explicações.

– Quê? - me levantei - Eu não fiz nada e preciso dessa aula.Tenho dificuldade em biologia.

– Da próxima vez, pense nisso antes de falar mal de minhas calças - ela me encarou com ódio - E ainda por cima, atrapalhando os alunos que querem aprender - ''Ninguém gosta da sua aula, ninguém quer aprender, além de mim'' eu queria falar.

– Mas eu não... - tentei

– Para fora os dois, antes que eu chame a direção - e então calados, saímos.

O que eu fiz?Assim que eu e Felipe fechamos á porta da sala atrás de nós, eu dei um chute, com toda a minha força, na perna do Cromwell.

Ele gritou e segurou a perna.

– Você enlouqueceu, garota?! - seus olhos me encaravam furiosos - Faça isso de novo e...

– E o quê, babaca? - me aproximei dele, e como suas coisas estavam no chão agora, por onde passava fazia questão de chutá-las para mais longe - Eu precisava daquela aula, e agora vou perdê-la, por que você fingiu rir feito um idiota.

– Eu não fingi - ele soltou a perna - Eu realmente estava rindo, rindo de você.

– Ah, é?O que fiz para tamanha gargalhada?

– Alexis Miller está, simplesmente, apaixonadinha.

– Ah, não me faça rir - disse - Você é o maior babaca, eu jamais me apaixonaria por você.

– Não estou falando de mim - falou, cruzando os braços em frente ao corpo e se encostando na parede do corredor vazio - Estou falando de outra pessoa?

– Quem?Jensen Ackles? - coloquei minhas mãos na cintura e cerrei os olhos, numa tentativa de parecer ameaçadora.Sim, eu só tentei mesmo - Eu realmente estou apaixonada por ele.Quem não?

–Estou falando de William Hãnsel - ele parecia mais entediado e eu apenas juntei as sobrancelhas - E você, pelo menos lá no fundo, deve saber.Ou não?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Estou com um novo projeto para uma história e minhas aulas começarão segunda, então, talvez eu demore um pouco para postar.Um vez por semana, talvez.Mas, para compensar, tentarei aumentar os capítulos.Por que além de tentar compensar, acho que meus capítulos estão ficando muito sem assunto.Tipo tem 1000 ou até 2000 palavras, mas trata de poucas coisas da história.E eu não acho isso legal.Vou tentar resolver.
Ah, como assim, Alexis?Jensen é meu, assim como Misha e Jared, pode parar com esse atrevimento.
Beijos pessoal.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Garoto da Última Casa" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.