O Garoto da Última Casa escrita por Bruna Ribeiro


Capítulo 17
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Oi,
por onde começo?
Minhas aulas vão começar em breve,então queria avisar que os capítulos vão diminuir nos finais de semana.Vão descer para dois, ou um.Mas isso só vai acontecer quando elas, efetivamente, começarem(as aulas)
Outra coisa.
Esse capítulo eu vou dedicar á 6 pessoas.
Elas são muito importantes para a história ''O Garoto da última Casa'' e eu sei, estão ajudando de todas as formas possíveis a realizar um sonho.A tirar essa história da internet e colocá-la em papel.Já pensou?Um livro?Um livro dessa história?Seria maravilhoso, por isso...
Jade,Yasmin, Ana Paula,Jaine, Gabriele e a senhora Guilhermina ( minha mãe ), esse capítulo é de vocês.



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CAPÍTULO 16 - AJUDA EXTRA?

Alexis Miller

– Tudo bem - mesmo estando um pouco perplexa, eu falei - Pode começar.

– O quê? - o garoto em minha frente disse - A te matar?Pode deixar.

– William, me conte sobre esse livro, e porque eu posso ver as palavras nele.

– Não sei porque você pode ver as palavras.

– Então pode começar a me contar sobre o livro.

– Certo - ele bufou e sentou em minha cama.Eu não sabia o que fazer, então apenas fiquei parada, em pé - Olha, eu acho melhor sentar.A história...

– Tá - cortei sua fala e sentei em seu lado - Me conte.Porque o nome é Horda Dos Sete?

– Se chama Horda Dos Sete, por causa das primeiras famílias bruxas em Owens - ele explicou - Eram elas: os Oliver, Gelles, Avery, Cromwell, Hooper, Philips e os Lancaster - Ele me olhou de lado, mas prosseguiu - Essas famílias ajudaram o fundador da cidade a criar uma certa segurança para as bruxas.

– O que não adiantou muito. - comentei - Muitas morreram, não foi?

– Não é bem assim - corrigiu - O poder das famílias ajudou sim, mas contra outros bruxos.A Horda tinha uma regra muito rígida em relação aos mundanos.Eles jamais poderiam machucá-los, e foi por isso que tudo aconteceu.

– Eles permitiram a morte de todas aquelas bruxas, e de pessoas inocentes também, por causa de uma regra?

– Não os julgue.Seu ponte de vista é diferente do deles - William apertou uma mão á outra - Eles não impediram a igreja, porém tentaram convencê-los sobre o julgamento, alegando que aqui não tinha nada disso, e que havia fiscalização e blá blá blá.Só que não funcionou e a igreja chegou em Owens.

– O que eles fizeram?

– A única coisa que conseguiram pensar - ele me olhou por alguns segundos, como se em seu olhar estivesse a resposta - Fugiram.

– Que idiotas!

– Miller, não julgue...

– Como posso não julgar?!Eles deixaram vários bruxos morrerem e fugiram.

– Por causa da regra...

– Uma regra idiota.A igreja estava matando aquelas pessoas, mataram até quem não tinha culpa, e eles não fizeram nada. - me levantei da cama revoltada.

– Para bruxos, Miller, uma regra é mais poderosa que uma promessa.Eles são muito firmes quanto á isso.É só olhar para Ashley e verá - ele se endireitou na cama, com alguns pulinhos.Acho que ele percebeu que era muito confortável, por que deu um leve sorriso em direção á mobília - Puxa que confortável essa cama.

– William! - repreendi

– O.k - concordou - A família Oliver, é a Primeira Família, ou seja, manda nas outras, até mesmo nas famílias que não participam da Horda.Por isso, Jessica, Brad, Georgia, Henry e todo mundo que faça parte do mundo dos bruxos, acata ás ordens de Ashley.Claro, com exceção de seus pais.Eles sim, são bem poderosos na cidade.

– Onde estão os pais de Ashley?Os de todos, na verdade.

– Todos os pais estão ''viajando á negócios'' - ele fez questão do movimento com as mãos, simbolizando as aspas.

– Como assim?

– Eles estão falando com outros bruxos ou algo do tipo, tentando achar informações úteis para acabar com a maldição.

– Já acharam alguma coisa? - eu quase pude ouvir esperança em minha palavras.

– Baboseiras, apenas - respondeu - Todos sabemos que o livro é a chave de todos os segredos.

– Porque o livro?

– Quando as famílias perceberam o perigo, antes de fugir - fiz uma careta.Eu ainda achava um absurdo a fuga deles -, eles escreveram o livro.Tinham medo do que poderia acontecer á eles.Escreveram tudo o que sabiam e tudo o que estavam aprendendo.

– É por isso que tem textos escritos em várias línguas?

– Basicamente - confirmou - Todos os membros dessas famílias foram obrigados á escrever o que sabiam, como um tipo de herança.

– Como assim herança?

– Eles não queriam que todo aquele conhecimento fosse perdido.Escreveram o livro e o esconderam em algum lugar.E há algum tempo, nós o encontramos.

– Uau, então deve ter coisas super importantes aqui.

– Miller, as coisas que tem nesse livro são muito mais importantes do que você imagina.

– E porque eu consigo ver as palavras?

– Dizem, que para o livro ficar protegido eles lançaram um feitiço nele.A família de Ashley, achava que era esse o feitiço.Deixar ele em branco.Era como se fosse um tipo de cadeado, e quando encontrássemos a chave, as palavras apareceriam.

– Eu não tenho chave.

– É sentido figurado. - ele me encarou - Mas alguma coisa você deve ter.O livro não deixaria você o ler, se não tivesse.

– Quando o abri pela primeira vez, estava em branco - revelei - Só quando o abri á poucas horas, foi que pareceu as palavras.

– Que droga.

– O quê?

– Odeio ficar curioso, e agora eu estou.Não sei porque aconteceu isso e quero saber.

– Bem-vindo ao meu mundo - ele sorriu fraco.

– Não é muto legal isso.

– Então - continuei -, o que aconteceu com as famílias, depois disso?

– Elas ficaram décadas longe e até souberam da maldição, no entanto não fizeram nada - disse - E claro, os primeiros bruxos morreram.Depois de um certo tempo, os descendentes se cansaram da fuga e voltaram, tentando reconstruir tudo, foi quando souberam que tudo era muito pior do que imaginavam.

– E o que eles acharam?

– Não ficaram nada contentes, é claro. - falou.O livro em minhas mãos estava ficando ensopado de suor, talvez porque o estava apertando com toda a minha força - Seu objetivo sempre foi defender e proteger Owens e eles falharam.A maldição não afeta só á mim ou minha família, ela faz com que uma parte de Owens seja afetada também, e isso pode significar o fim da cidade.

– Esse livro tem todas as respostas? - eu encarei o livro.

– Sim, as perguntas mais importantes do mundo podem ser respondidas com o livro.

– Você acha...?

– Que esse livro pode revelar uma solução para a maldição? - ele terminou minha fala - Acreditamos que sim.

– William! - chamei

– O quê?

– Eu posso ajudar.

– Como?

– Eu posso ler o livro e procurar a resposta.

O rosto cansado e abatido de William, pareceu ganhar um pouco de vida.Ele pareceu mais...normal.E então, ele sorriu, e pela primeira vez, eu percebi que era um sorriso verdadeiro.

– Sim, eu acho que pode.

...

Ficou decidido que nós nos encontraríamos com os outros na escola - amanhã - e contaríamos sobre o livro.

Quando William se foi, eu me sentei na cama e folhei cada folha daquele poderoso objeto.

Eu tinha as respostas das perguntas mais importantes do mundo em minhas mãos e isso era fantástico.Eu me senti necessária ao mundo, como nunca antes.

Quanto mais folheava o livro, mais percebia as palavras escritas em diferentes línguas nele.Tinha em chinês, inglês, espanhol, italiano, búlgaro, Português, Latim e outras línguas que eu não conhecia.

Eu tinha quase certeza que em uma dessas páginas, escrita em alguma dessas línguas, a solução para a maldição estava.

Eu poderia ajudar.Meu Deus, eu poderia.

Porque eu poderia?

Talvez fosse isso que a maldição queria dizer.

Uma hibrida pode ajudar ou não

Se assim fosse, então eu deveria ser mesmo a hibrida.

Droga.

Fiquei tanto tempo olhando para o livro, que mal percebi o cansaço do dia longo acumulado em mim.E então eu dormi.

''- Eu já vi crianças mais fortes que essa garota.Olhem só, parece um ossinho ambulante - escutei uma voz masculina ao meu redor, mas permaneci com os olhos fechados - Eu ainda acho que essa decisão foi errada.

– Ora, senhor Avery, fique quieto - agora era a vez de uma voz feminina falar - Alexis Miller, acorde.Eu sei que está desperta.

Então, mesmo não querendo, abri os olhos.

Eu estava deitada no meio de um salão grande, dourado e frio.Haviam letras escritas nas paredes e eu não reconheci em que língua estavam.Haviam também vários tipos de tronos ao redor, cada um do seu jeito.Em um eu podia ver várias rosas e almofadinhas, e em outro, vi cinzas e pele de animas.Em cima da minha cabeça brilhava um lustre em forma de triângulo, com algumas velas nas pontas.

Mas não foi isso que me assustou.O que me assustou foi encontrar 7 pessoas me encarando, ao meu redor.Eram 3 homens robustos e 4 mulheres delicadas.

– Olá Alexis Miller, está tudo bem? - uma das mulheres me cumprimentou.Ela tinha cabelos loiros e olhos azuis; usava um vestido branco e sorria de uma forma simpática.

– Deixa eu só tentar não ter uma ataque cardíaco por acordar em um lugar que não conheço, e já, já te respondo - eu disse

– Ora, garotinha, você ainda está dormindo - quem me revelou isso foi um dos homens.Se não me engano, o que me chamou de ossinho ambulante.Ele era alto e parecia o mais velho de todos.Tinha cabelos pretos e olhos âmbar, e estava vestido com uma roupa bem estranha e antiga, assim como todos.Só que, não sei dizer porquê, eu já não gostava muito dele, talvez seja por causa do apelido.Acho que não é muito agradável á ninguém, ser chamado de ossinho ambulante.

– Como posso acordar então? - me sentei no chão e lancei um olhar nada amigável á ele.

– Alexis - a loira simpática disse -, estamos aqui para ajudar.Esperamos esse momento á anos.E finalmente, ele chegou.Confesso que William poderia ter contado tudo isso antes...

– Quem são vocês? - perguntei

– Não prefere se levantar e... - a loira não terminou de falar.

– Eu estou dormindo e esse é meu sonho, então eu prefiro que me digam quem são.

– Eu sou Edith Oliver, a ancestral de Ashley Oliver - ela me disse e olhou para os outros encorajando-os a fazer o mesmo - E, por favor, não me interrompa duas vezes, de novo.

– E eu sou Etienne Gelles - falou uma mulher ao lado de Edith, com cabelos castanhos e olhos escuros, vestida com um vestido parecido com o de Edith, só que vermelho - Ancestral de Georgia Gelles - ela olhou para um homem ao seu lado, com cabelos castanhos e a pele cor de chocolate.

– Sou Peter Hooper - disse ele - Ancestral de Brad Hooper

– Me chamo Michel Cromwell - apresentou-se.Esse era um homem baixo, e em seus cabelos destacam-se os cachinhos - Ancestral de Felipe Cromwell - Ei, ei , ei, como assim Felipe Cromwell?Não era aquele garoto da minha sala?Ele também está metido nisso?

– Pode me chamar de Emilia, Emilia Philips - uma mulher um pouco atrás de mim, disse.Me virei e a olhei melhor.Ela tinha cabelos bem vermelhos e olhos verdes, com algumas sardas espalhadas pelo rosto - Ancestral daquele lindo garotinho, que cresceu tão rápido...

– Emilia! - repreendeu Edith

– Certo, ancestral de Henry Philips.

– Eu, garota - o homem que eu não tinha gostado falou -, sou Alaric Avery, descendente da única garota que pensa, naquela cidade.Sou ancestral de Jessica Avery - Só podia ser mesmo.

– E eu - uma voz feminina invadiu meu ouvidos e eu encarei a dona.Ela tinha cabelos castanhos bem claros, quase loiros, e seu olhos, tinham um tom de castanho escuro com um brilho único.Ela sorria para mim abertamente -, me chamo Blaine Lancaster.Sou sua ancestral.

Eu prendi a respiração e a fitei por mais tempo.

Ela era muito bonita e, também, bastante parecida com Olívia, a minha...ah, vocês sabem.

– Não temos tempo, Blaine, para reencontros familiares - Alaric disse - Vamos falar tudo de uma vez.

– Falar o quê? - eu quebrei o contado com aquela que se dizia minha ancestral.

– Alexis, confiamos á você o poder do livro. - Edith falou.

– O que foi um absurdo... - falou Alaric

– E preciso.Todos sabemos que você é a única que pode - Edith terminou - Alexis,você tem que ajudá-los, mas para isso temos que ajudar você.

– Vocês querem ajudar?Sério? - os encarei - Deixaram aquelas pessoas morrerem.Boas e más.

– Não tivemos escolha - Edith parecia batida e não me comoveu.

– Todas as pessoas tem escolhas.

– Acontece, ossinho, que não somos pessoas - Alaric disse - Somos muito mais que fracotes e...

– Queremos ajudar agora. - O ancestral de Brad interrompeu

– Não acham que é um pouco tarde?

– Nunca é tarde, Alexis! - minha ancestral exclamou - E queremos, verdadeiramente, ajudar.

– Como?

– Querida, quando acharmos que precisa de algum conselho, alguma dica, uma ajuda - Blaine falou -, entraremos em contato, podendo ser em sonho ou não.Só você consegue isso.

Consegue o quê?Ser estranha ao ponto de falar com gente morta?

– Vocês estão mortos - lembrei.Cara, eu estava pirando mesmo.Estava sonhando mesmo, toda noite, com gente morta?

– Infelizmente para o mundo, sim, estamos mortos - o ancestral de Jessica conseguia ser pior que ela.

– Somos os bruxos mais poderosos que o mundo já conheceu, Alexis - Edith era muito parecida com Ashley.Firme e gentil - Falar com você após nossa morte é muito fácil, perto de outras coisas que podíamos fazer.

– Então porque não fazem alguma coisa apara ajudar a cidade?

– É o nosso maior desejo, Alexis,- Edith se abaixou ao meu lado -, mas não estamos em nossa forma original, não podemos fazer muita coisa, apenas lhe ajudar, como está vendo.

– Porquê?

– É difícil usar poderes sem nossos anéis. - ela me disse.

– Anéis?

– Precisamos de nossos anéis para a canalização de nossas energias interiores - fiz uma careta e ela sorriu - Temos o nosso poder em forma de energia, dentro de nós, e precisamos dos anéis que cada família tem, para esse poder ser usado da forma que quisermos.Sem esse anel, é como se nosso poder ficasse preso dentro de nós.

– Mas isso o que tá acontecendo aqui - mexi os braços abrangendo toda a sala -, é um feitiço.Como conseguem?

– Esse feitiço foi feito antes de nossa morte. - esclareceu.

– Vocês sabiam sobre mim?Ou foi apenas na sorte? - repetindo as perguntas em minha cabeça, soavam meio idiota, eu confesso.

– Bruxos não jogam com a sorte - Alaric informou.

– Então - me lembrei de um detalhe - sobre o livro. A solução para a maldição pode estar nele?

– Não podemos dizer esse tipo de coisa. - a ancestral de Henry disse - Não podemos falar coisas que mudem o futuro, para o próprio bem de vocês.

– Certo, mas se vamos procurar de qualquer maneira... - tentei

– Alexis, não insista - Edith disse e eu me calei. O silêncio dominou o lugar por alguns segundos - Tudo bem , por hoje é só.Nós nos vemos em breve, Alexis Miller - ela então, se afastou de mim.

– Então, o que eu faço para ir embora? - perguntei

– Saia pela porta - o ancestral de Brad apontou para um lugar atrás de mim.Uma porta.

Levantei do chão e fui em direção aquela porta, do outro lado do comodo.Uma pequena e detalhada porta.

Parei em frente aquela saída, e virei dando uma olhada em direção aquelas ''pessoas''.

Os acentrais de Ashley, Brad, Georgia e Henry, me ecaravam sérios; o ancestral de Jessica entendiado e a... minha ancestral ainda sorria abertamente.

'Tenho que ir embora logo' pensei ' Ou vou enlouquecer'

E antes de fechar a porta, eu juro, vi Blaine sibilar, apenas mexendo os lábios, uma coisa para mim.

Sua resposta está no livro''


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Notas finais do capítulo

OMG.
A resposta está no livro?
Será?
Ou a Miller interpretou errado?



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