Sobrevivendo pela Sorte escrita por Alexyana


Capítulo 12
Capitulo 12 - Tensão


Notas iniciais do capítulo

Oi oi gente. Como passaram o carnaval? Desculpe a demora para postar, é que eu estava viajando e lá não tinha um pc. Enfim, eu escrevi esse capitulo super ansiosa para postar, e mal revisei, então qualquer erro avise. Não esqueçam de comentar, eu amo comentaaaaaaarios! Ah, e muito obrigada pelas 1.826 visualizações.



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Tensão é o que predomina a prisão nos últimos dias. A espera de um ataque, o medo de perder alguém, a duvida de ficar ou não. E no momento todos esses sentimentos estão à flor da pele, já que Rick foi encontrar o Governador para um possível acordo. Estou torcendo com todas minhas forças para que isso dê certo.

Piter tem se enturmado na prisão, mas nem todos gostaram dele, principalmente Daryl e Glenn. Sim, Glenn, eu estranhei esse comportamento, já que no primeiro momento em que se falaram se deram bem. Eles vivem em conflitos sobre ficar ou não na prisão, ou que Piter é um inimigo, o que não é verdade.

Isso está me deixando totalmente revoltada, claro que ele não facilita nada, sempre respondendo de forma grossa, típico do idiota-retardado-do-meu-primo, mas eles deveriam dar uma chance a ele. Piter fala também que o Governador não irá se importar em matar mais algumas pessoas. Isso me assusta, devo dizer, mas pra quem convive com mortos vivos todos os dias deveria ser normal.

Tenho conversando bastante com Carl desde o beijo, mas não aconteceu nada demais, infelizmente. Mas nos últimos dias ele aparenta estar com raiva ou algo assim, acho que é porque sua irmã está em perigo, igual a todas as pessoas que ele ama aqui. E quando acabo de pensar isso trombo com ele e com Beth no corredor da prisão, aparentemente eles estavam indo guardar alguns mantimentos, já que várias latas caíram no chão.

– Oi, desculpe – peço enquanto pego uma lata de ervilha.

– Ok – diz ele friamente.

– Está tudo bem? – pergunto preocupada quando levanto junto com ele, que está com uma expressão rígida.

– É... Eu vou indo guardar as outras latas. – Informa Beth andando em direção ao armazém. Carl a acompanha com o olhar antes de me responder. Ok, isso me deixou com ciúmes.

– Meu pai tá com nosso inimigo agora, correndo risco de morrer a qualquer momento, então, não, eu não estou bem. – ele responde enquanto pega as latas dos meus braços.

– Eu sinto muito. Se vocês precisarem de ajuda com os mantimentos estou aqui. – Ofereço sorrindo.

– Não, obrigado, a ajuda de Beth já é o suficiente. – Responde ele, uma tristeza estranha me atinge fazendo que meu sorriso se desmanche.

– Ah... ok, se quiser conversar com algué...

– Foi só um beijo Katherine, não é como se eu te amasse. Então não precisa ficar toda preocupadinha comigo e pare de tentar se aproximar, eu não quero ser seu amigo. – Interrompe ele já andando em direção a que Beth foi, me deixando no meio do corredor com coração despedaçado.

Antes que eu possa refletir sobre esse “fora” que acabei de levar, Carol me chama para a cela. Rick, Daryl e Hershel chegaram, e pela cara deles a noticia não é boa. Estão todos aqui, aguardando ansiosamente a possível trégua, ou o anuncio de guerra. E Carl está do outro lado da sala, me ignorando completamente, acho que foi apenas uma ilusão achar que éramos amigos.

– Eu conheci o tal Governador – Fala Rick segurando um rifle. – Conversei com ele por um bom tempo.

– Só vocês dois? – Pergunta Piter. Rick concorda. – Devíamos ter ido quando havia chance. – Lanço um olhar desaprovador em sua direção, que é ignorado.

– Ele quer a prisão, quer que a gente suma. Ele nos quer mortos, pelo o que fizemos a Woodbury. – Completa Rick olhando para cada um de nós – Nós vamos pra guerra.

Certo, isso é muita coisa pra minha cabeça. Uma guerra, e guerras significam mortes e sofrimento. Decido tomar um ar na floresta enquanto as outras pessoas estão se afastando ou conversando sobre o que fazer, ignoro totalmente a possibilidade de avisar a Piter o Will que irei sair. Eu sei que não é seguro, mas eu simplesmente preciso disso. Pego meu machado na cela e ando pelo pátio em direção a lateral da cerca. Não há ninguém aqui fora, o que é muito bom. Corro rapidamente e passo pelo buraco.

Ando uns 10 minutos e percebo o quão idiota eu fui por sair da prisão nessas circunstâncias, ainda mais sem avisar ninguém. Então a fala de Carl começa a martelar na minha mente, “Foi só um beijo Katherine, não é como se eu te amasse”. Como eu sou idiota! O que eu achei que aconteceria? Ele se abriria comigo e assistiríamos o pôr do sol juntos? Mil vezes idiota. E mais idiota ainda por estar chorando por isso.

Lembro-me do beijo e como pareceu que ele gostava de mim naquele momento. Instintivamente coloco a mão no colar que aquele idiota me deu, uma raiva insana me atinge e arranco o colar do pescoço e jogo no chão em meio às folhas. Eu não preciso dele, eu não preciso de Carl, e muito menos do amor dele. Espero que ele se foda com a Beth. Mesmo assim recomeço a chorar de novo. Por que ele falou assim comigo? Eu não fiz nada pra ele... Será que beijo tão mal assim? Encho-me cada vez mais de perguntas, e não encontro nenhuma resposta.

Quando decido voltar para prisão ouço passos arrastados a minha esquerda, merda. São muitos, pelo menos uns 20 e um machado não será o suficiente. Começo a caminhar rapidamente, me afastando do grupo de zumbis, e cada vez mais da prisão. Escondo-me atrás de uma arvore e cometo o erro de olhar para trás, dois zumbis me veem e começam a vir na minha direção, chamando atenção dos outros. Puta que pariu, a sorte mandou beijos. Começo a correr mesmo sem ver pra onde estou indo, olho para o céu e vejo que em breve irá chover. Magnífico.

Corro por uns 15 minutos sem parar, e nesse momento meus pulmões estão quase saindo pela boca. Paro um momento para descansar, olho para trás e vejo que despistei os zumbis, mas agora não tenho a mínima ideia de onde estou. Perfeito, perdida, sem comida e água, somente com um machado. E quando penso que nada poderia piorar ouço novamente os passos dos zumbis, são aproximadamente uns quatro, e quando viro para correr novamente escorrego no que acho que seja um barranco, sinto meu corpo arder, graças aos galhos arranhando minha pele. É um morro realmente alto, já que demoro uns bons segundos para chegar ao final, totalmente arranhada e desorientada.

Acho que toda essa queda associada ao cansaço, falta de água e uma decepção amorosa não me fizeram bem. Fico deitada olhando vagamente para o céu, sentindo gotas geladas batendo contra minha pele e os gemidos cada vez mais perto. Tento levantar, mas aparentemente bati minha cabeça, e agora tudo está girando e girando. Minha morte está chegando, e eu irei morrer dessa maneira fracassada. A última coisa que eu ouço antes de cair na escuridão são passos, passos de humanos.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Muito ruim? Bom? Quem será que encontrou a Kath? E por que será que esse Carl está agindo assim? Deixem suas opiniões nos comentários u.u