–Como vai a limpeza, Thompson?

–Ah, oi Jay. O que faz aqui?

–Vim ajudar minha melhor amiga oras. –Ele se sentou do meu lado e pegou um pano.

–Não tem nada melhor pra fazer?

–Tenho sim, mas preferir vir ficar com você. Mas... como não quer ajuda.

–Não, não. Quero ajuda sim.

–Por que você fez aquilo? –Ele perguntou depois de um longo tempo em silêncio. -

Aquilo o que?

–Enfeitiçar o Dallas.

–Ah, você sabe. Ele fez a Lils chorar, podia ter feito muito pior.

–Você é demais.

–Só faço o que posso.

–Dei de ombros e ele riu. Peguei outro troféu e dei uma olhada. Estranho, não sabia que Jay tinha um troféu. Não, esse não era dele. -Jay? Essa troféu não é seu, é?

–Ah, não. Era do meu avô. Descobri isso ano passado, cumprindo detenção aqui. Lembra quando eu discuti com a Parkinson e acabei a transformando em galinha? –Ele disse e eu soltei uma risada. Foi um dia divertido: Parkinson disse que Jay a tinha derrubado no corredor ( o que era verdade) e ele negou, então ele ficou irritado e a transformou em galinha. –Foi naquele dia.

–Sabe Jay, você nunca poderia ter um troféu. Não joga tão bem pra isso. –Sorri e ele me encarou sério.

–Como é?

–Só estou sendo sincera.

–Retire o que disse.

–Não.

–Ah, é? –Ele levantou as sobrancelhas e se jogou em cima de mim me fazendo cócegas.

–James Sirius Potter! Saia de cima de mim!

–Retire o que disse então!

–‘Ta bom. –Disse e ele parou.

–Você até que joga direitinho. –Consegui me levantar e correr pra longe dele.

–Volte aqui! Admita que eu jogo perfeitamente bem. –Ele segurou meus braços e olhou nos meus olhos. Estávamos muito próximos. –Vamos lá, se você disse eu te solto.

–V-você joga perfeitamente bem, James. –O encarei. Estávamos cada vez mais perto.

–E sou secretamente apaixonada por você.

–E sou... O que? -Nada. –E me soltou e voltou para onde estava sentado antes de correr atrás de mim.

–Venha, vamos terminar isso logo.

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Eu e James andávamos muito próximos nos últimos dias. O que era realmente uma surpresa para mim. Mas, Caleb também, ele sempre me pedia para ajudá-lo com algumas coisas e embora James me importunasse o tempo todo por causa disso eu tentava o ignorar.

– Amber eu não gosto muito dele e você sabe disso.

–O problema é que eu não estou nem aí. Você acha mesmo que eu vou parar de falar com ele porque James Sirius Potter não gosta de Caleb Rogers?

– Sim.

– Olha, se você quer realmente que eu seja a sua melhor amiga, deveria para com isso.- James não respondeu, apenas saiu do salão comunal com a maior cara amarrada que alguém podia fazer.

Rose estava mais quieta e cautelosa, o que eu achei bem estranho. Ela passava algumas partes do dia na biblioteca fazendo os deveres e estudando cada vez mais. As primas birutas Weasley, e a mini Potter foram me fazer companhia quando o esquentadinho saiu.

– Como vai Amber?

– Estava melhor antes de vocês chegarem. -Lily deu língua.

– Está sabendo da novidade?

–Rox, acha mesmo que deveria...

–O Caleb vai-

–SE VOCÊ CONTAR EU ACABO COM VOCÊ ROXANNE. -Dominique gritou antes que Rox pudesse terminar. Eles estavam me deixando louca.

– Mas Dominique...

– PAREM – grito sem paciência.- Mas o que é isso? O que podem e não podem me contar? E o que o Caleb vai fazer?

Minha resposta nem foi tão curta: silêncio. Essa foi minha resposta. Nenhuma delas quis me dizer, apenas ficavam cochichando e a curiosidade crescia cada vez mais dentro de mim. Até que Lily e Dominique se levantam e saem de lá, Roxanne sobe as escadas com algumas outras pessoas, e eu fico sozinha no salão comunal. O que estava acontecendo? E por quê eu não poderia saber?

–Amber.

–LILY LUNA POTTER! Que susto. De onde você surgiu garota? Aprendeu a aparatar rápido hein?

–O Caleb quer falar com você. -Ela sorriu e eu saí disparada da sala.

–Oi Amber.

–Oi Caleb.- respondo com um sorriso. -O que aconteceu?

–É que... Eu preciso te perguntar uma coisa.

Caleb chega perto de mim e segura minha mão.

–Amber, você gostaria de namorar comigo?

–O que? Claro que sim! -Eu comecei a sorrir igual uma criança quando entra na Dedos de Mel pela primeira vez. Eu estava muito feliz.

–Então acho que agora posso fazer uma coisa. -Quando eu ia perguntar, ele chegou mais perto e segurou minha cintura, me beijando. Foi meu primeiro beijo. Não sei bem se foi bom, mas não importava, era Caleb. Ele era inteligente, fofo e perfeito. Quando nos soltamos o abracei sorrindo. Tudo estava perfeito até ouvir uma voz conhecida atrás de nós.

–Mas o que é isso? Quando olhei bem era James. Um James muito bravo e irritado.