Lembranças - Hayffie escrita por F Lovett
Notas iniciais do capítulo
Olá, amorecos ta Lovett!
Primeiro, queria dizer que quem disse que ia me matar depois do último capítulo, leia este antes para deixarmos tudo lindo e maravilhoso, hein? Aliás, não quero morrer antes de conhecer antes de conhecer a Helena... e a Elizabeth... e a Nicole... e um monte de gente, pfvr!
Acho que vocês vão gostar desse capítulo. Eu me diverti escrevendo xD
Boa leitura!
{Dias depois...}
Estou deitada na minha cama. Por sorte meu apartamento ainda está de pé, exceto pela bagunça em que se encontra agora. Não estou me sentindo em casa. É como se este lugar não fosse mais a minha casa. O endereço é o mesmo, mas a essência não é. Este lugar não tem o que eu preciso. Na verdade, nunca terá. O que eu preciso não está aqui.
– Acha que conseguimos alguma coisa para os amantes desafortunados hoje? – perguntou Haymitch, pondo uma dose de whisky no seu copo.
Virei-o de frente para mim e comecei a ajustar sua gravata.
– Se conseguiu uma vez, pode conseguir duas – pisquei e sorri. – Agora é melhor você ir em frente – acrescentei, apontando com a cabeça alguns dos patrocinadores. – Melhor não perder tempo.
– Não mereço nem um beijo de boa sorte? – perguntou, inclinando um pouco a cabeça.
– Na frente de todo mundo, não! – respondi, contendo o riso, olhando em volta.
– Então vem cá – disse Haymitch, largando seu copo na mesa e pondo as mãos na minha cintura. Foi empurrando-me até o corredor ao lado, dobrando em outro corredor deserto. – Pode me dar agora?
Ri brevemente e selei meus lábios nos dele.
– Mas isso não foi um beijo de boa sorte – reclamou.
– Claro que foi, olha – beijei-o novamente. – Boa sorte! - pisquei, com um sorriso brincalhão nos lábios.
Haymitch não deixou de rir comigo.
–Ainda não valeu – ele disse, se aproximando mais, quase me prensando contra a parede.
Fiquei na ponta dos pés para alcançar seu ouvido.
– Então me mostra qual é o que vale – sussurrei.
Em resposta, Haymitch me pressionou com um pouco mais de força na parede, puxando minhas pernas, encaixando-as ao redor da sua cintura. Apoiei minhas mãos nos seus ombros e me inclinei para beijá-lo. Nossas bocas se abriram, deixando espaço para nossas línguas brincarem. À medida que o beijo ficava mais intenso, minhas unhas afundavam em seus ombros.
Nos separamos um bom tempo depois, ofegantes. Meu vestido – para variar – estava todo amassado. Mas dessa vez não me importei tanto assim.
– Que a sorte esteja a seu favor – eu disse, e pisquei.
– Ela está! – respondeu, piscando também. Eu o acompanhei com o olhar até ele ir conversar com os patrocinadores. Encostei-me na parede mais próxima e disse:
– Uau!
Esperei alguns segundos até sair do corredor e me instalar à mesa novamente. Comecei a comer alguns doces quando solucei ao ser surpreendida por Plutarch.
– Eu não o vi aí – comentei, tentando controlar minha respiração após o susto.
– Desculpe-me se a assustei – ele disse, gentilmente. - Não foi minha intenção, juro!
Plutarch riu, sem graça, e eu o acompanhei.
– Eu me senti na necessidade de dizer que está deslumbrante hoje, Srta. Trinket – disse Plutarch, fazendo uma reverência. Ri um pouco da situação e agradeci o elogio.
Plutarch segurou minha mão e me fez girar uma vez.
– Apesar de sempre conviver com pessoas atenadas à moda, preciso confessar que você dá de dez a zero em todas elas, Trinket – ele continuou, ainda segurando minha mão. Não tive como evitar um sorriso.
– A Srta. Trinket está realmente encantadora – ouvi uma voz atrás de mim e não precisei me virar para ver de quem se tratava. Haymitch parou entre mim e Plutarch, fazendo-o largar minha mão. - De longe você pode perceber esta coisa cor-de-rosa.
Lancei-lhe um olhar desaprovador e cruzei os braços. Essa aparição repentina teria sido pelo que eu estava pensando?
– Aliás, Plutarch – continuou Haymitch – acho que estão sentindo falta de você lá fora. Por que não aproveita e dá em cima de todas?
Com um sorriso de triunfo, Haymitch acompanhou Plutarch com o olhar enquanto ele se dirigia até onde estavam os patrocinadores parecendo um pouco cabisbaixo.
– Haymitch Abernathy com ciúmes – eu disse, com um sorriso nos lábios. - Por essa eu realmente não esperava!
– Quem está com ciúmes aqui, princesa? - indagou, levantando uma sobrancelha.
– Você, é claro!
Haymitch balançou a cabeça negativamente e começou a olhar em volta, tentando evitar meu olhar. Cruzei os braços, esperando até que ele se voltasse para mim novamente.
– O quê?
– Confessa, Haymitch! - dei dois passos em sua direção e parei ao seu lado. - Se você não confessar – baixei meu tom de voz, olhando ao redor – eu posso fazer greve.
– Greve? - ouvi sua voz confusa.
– Greve de beijo – respondi. Olhei de lado para Haymitch e o vi rindo.
– Eu continuo roubando mesmo se você fizer greve – retrucou, dando um gole na sua bebida.
– E se eu não deixar? - perguntei.
– Sou mais forte que você.
Nossos olhares se encontraram por um momento e eu aceitei o fato de que ele vencera.
– Vem cá – eu disse, puxando-o pelo braço, indo em direação ao corredor deserto novamente.
Não faço ideia de que horas são. O telefone tem tocado o tempo inteiro, mas sequer movi um dedo para atendê-lo. No momento ele está tocando novamente.
Reviro os olhos e me levanto vagarosamente da cama, rumando até o telefone.
– Alô? – atendo, com a voz mais sonolenta que alguém possa ter.
– Alô, Effie? – acho que é a voz da Katniss. – Effie, o que houve? Estamos tentando falar com você há dias e nada! O que aconteceu?
– Eu só... eu... – tento falar alguma coisa, mas bocejo. Nada me vem a cabeça agora.
– Esquece, Effie – diz Katniss, do outro lado da linha, parecendo impaciente. – Estamos voltando ao Distrito 12 hoje e queríamos nos despedir de você – ouço, então, outra voz, provavelmente a de Peeta, cochichando alguma coisa e Katniss prossegue: - E mais uma coisa, Effie: Haymitch está péssimo. Ele andou tendo pesadelos e passa a noite inteira gritando seu nome. Por favor, venha o mais rápido que puder... acho que só você sabe como resolver...
– Olha, Effie – agora é a voz de Peeta no telefone. – Se você gosta realmente dele, por favor, ajude a gente. Ele está num estado deplorável.
– Ta, ta bom, ta bom – é o que consigo dizer. – Onde encontro vocês?
– Vamos pegar o trem dentro de duas horas, mas chegaremos mais cedo.
– Cheguem na hora certa, por favor – e desligo. Fico um ou dois minutos parada, olhando para o nada, tentando decidir o que faço primeiro, até que corro ao banheiro e tomo um banho rápido. Não faço ideia de como me vestir.
Olho para a minha cama e vejo uma peruca cor-de-rosa jogada. Caminho até ela e a seguro nas mãos.
Espera um pouco, digo para mim mesma. eu não preciso mais disso.
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Gostaram? Não gostaram? Ainda querem me matar? Digam pra Lovett e me deixem feliz ♥