Lembranças - Hayffie escrita por F Lovett


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Olá, olá, amorecos da Lovett!

Primeiro tenho que agradecer aos LINDOS 90 COMENTÁRIOS *---------------* Vocês realmente sabem fazer a tia aqui felizona, hein?

Mas vamos lá, acho que está bem óbvio que já estamos na reta final da fic, mas acredito que vocês vão gostar dessa fase de adaptação da Effie no D12, cheia de loucura xD

Como já tinha dito antes, tenho mais projetos Hayffie por aí, então não vamos ficar tristes, porque eu mesma nem quero abandonar esses dois!

Mas vamos parar de bla bla bla e vamos ao que interessa: a fic!

Boa leitura! ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/470707/chapter/13

Estamos desembarcando e de certa forma me sinto feliz em chegar aqui. Apesar de me trazer lembranças das colheitas em que estive presente, agora meu propósito é outro, totalmente diferente.

Conseguimos um carro para nos levar até a Aldeia dos Vitoriosos. Haymitch está sentado ao meu lado, segurando minha mão. Sentada do outro lado dele está Katniss, olhando pela janela, com bastante atenção, todos os lugares por onde passamos. Peeta está no banco da frente, sério, analisando os lugares assim como Katniss.

Se antes este lugar já tinha o ar triste, agora tem mais ainda. Vejo as pessoas nas ruas olhando para o carro de uma maneira estranha. Eu diria que a tristeza do lugar está apenas na paisagem em si, pois os habitantes trazem um brilho diferente no olhar.

Vejo um grupo de crianças brincando na rua, correndo de um lado para o outro, rindo. Então noto a felicidade estampada no rosto delas. Nunca precisarão saber o que é a colheita, ou que são Jogos Vorazes, muito menos Massacre Quaternário. Elas nunca precisarão passar por isso. Elas têm muitos motivos para estampar esse sorriso no rosto.

Não demoramos até chegarmos à Aldeia dos Vitoriosos. Parece estar exatamente da mesma forma que da última vez em que estive aqui, para preparar os garotos.

Saímos do carro e paramos todos na frente da casa de Haymitch, pousando nossas malas no chão.

– Lar doce lar – diz Haymitch, olhando para cima e sorri, admirando a casa.

Olho para a sua casa também e faço uma careta. Imagino como deve estar por dentro e balanço a cabeça, tentando afastar a ideia por enquanto.

– Deve estar tudo uma bagunça – diz Katniss, também fazendo uma careta.

– Com certeza – concorda Peeta. – Então acho melhor irmos andando e começarmos a arrumar tudo, porque não é pouca coisa – acrescenta, pegando suas malas para ir a sua casa, mas vira-se para Haymitch e eu novamente. – Espero que dessa vez você arrume a casa, Haymitch! – ele aponta para mim. – Agora tem quem te induza a fazer isso.

Haymitch se direciona para a porta e gira a chave para abri-la.

– Pois é, agora eu não tenho saída! – ele diz e abre a porta, deixando-me entrar primeiro.

Mal coloco os dois pés dentro da casa e soluço de susto: está tudo uma bagunça! A casa inteira foi tomada pela poeira, mas já era de se esperar. Olho de um canto a outro, procurando ao menos um lugar que estivesse em boas condições, mas foi impossível encontrar. Estava realmente tudo sob poeira.

– Isso é mogno! – digo boquiaberta após ele fechar a porta. Ficamos algum tempo estudando o ambiente da casa, tento imaginar como será limpar tudo isso.

– Bom – ele diz –, nós só precisamos nos livrar do pó.

– Não, não mesmo! Esta casa está uma bagunça! Precisa de uma arrumação!

– Mas eu não me incomodo com ela assim!

– Mas eu me incomodo! – retruco. – Eu vou morar aqui também. Esta casa precisa, ao menos, estar organizada!

– Tudo bem, tudo bem, oh senhora organização – ele diz, levantando as mãos como quem se rende.

– Ótimo – digo, olhando de um lado para o outro. – E onde está a pessoa que vai fazer isso? – pergunto e olho para Haymitch, que me encara como se a pergunta fosse óbvia.

Nos encaramos por alguns instantes e ele arqueia as sobrancelhas, então entendo o que quer dizer.

– Eu? – indago, querendo não acreditar.

– Sim, você. Por que não?

– Eu não acredito que você me trouxe até aqui para ser sua empregada! – berro, sentindo nojo só em pensar em estragar minhas unhas tendo que limpar tudo aquilo. – Como se pode morar na Aldeia dos Vitoriosos se não há sequer uma pessoa disponível para tais serviços? Achei que os vitoriosos tinham alguma regalia depois de vencerem os Jogos!

– Talvez tenhamos tido, há muito tempo – diz Haymitch, mantendo sua voz calma, mas isto me irrita. – Mas todos aqui estamos acostumados com isto, então trate de se acostumar também, benzinho. Eu disse que ia ser difícil, mas não impossível – e pisca para mim.

– Quem diria – começo, olhando para cima. Ponho as mãos na cintura e passo a língua nos lábios. – Eu, Effie Trinket, fazendo faxina – balanço a cabeça, desacreditando. – Eu mereço.

Olho para o lado e vejo um Haymitch sorridente. Parece estar se divertindo bastante com a situação.

– Nem comece a rir, porque se eu tenho que limpar, você também tem. Aliás, a casa é sua, queridinho – cruzo os braços e levanto uma sobrancelha.

– Mas e o meu braço machucado?

Sorrio e caminho em sua direção. Seguro de leve seu braço enfaixado e toco levemente seus lábios com os meus.

– Ele pode aguentar até terminarmos – respondo. – Assim poderei ver o que posso fazer com ele – Haymitch me olha de uma forma estranha, mas deixo passar. – Mas até lá, mãos a obra! Porque se as minhas unhas aguentam tudo isso – e as mostro para ele – o seu braço também pode aguentar.

{...}

Não sei que horas da noite ou da madrugada já são, mas finalmente terminamos de arrumar a casa. Confesso que nunca fiquei tão cansada em toda a minha vida. Considerando que tivemos não apenas que tirar a poeira que dominava todo o ambiente, também colocamos móveis em seus devidos lugares, ou seja, arrumamos tudo que poderíamos.

Estamos sentados no sofá, olhando para o nada, extremamente cansados do trabalho que tivemos hoje. Tudo o que eu quero no momento é uma cama quente e confortável, mas antes, um bom banho.

Não quero nem saber como deve estar o estado do meu cabelo.

– Ai – Haymitch geme ao meu lado, segurando seu braço enfaixado. Ele faz uma careta e começo a achar que realmente está doendo.

– Ah, seu braço! – digo, sentando-me mais próxima a ele, também segurando seu braço. – Precisa tirar essa faixa, Haymitch. Você tem mais faixa aqui?

– Devo ter no armário da cozinha – ele diz, apontando com a cabeça. – Aquele cinza ali.

Me levanto e vou a passos rápidos até o armário que ele disse e encontro um kit de primeiros-socorros que achei bastante útil para o momento. Levo tudo até a sala e volto a me sentar no sofá, observando-o retirar a faixa que envolve seu braço.

– Está doendo muito? – pergunto, aguardando ele retirar a faixa por completo para analisar seu problema.

– Um pouco – ele murmura, mas sei que a dor está um pouco maior do que ele quer aparentar estar sentindo.

Finalmente ele retira toda a faixa e consigo ver alguns cortes um pouco fundos pelo seu braço. Eu o pego e viro para ver melhor, vendo que os cortes ainda não cicatrizaram. Balanço a cabeça em reprovação.

– Não pode deixar enfaixado o tempo inteiro – digo, olhando em seus olhos e logo após voltando a olhar para os cortes. – Ficar abafando só vai piorar a situação. Você tem que deixar um tempo assim para ajudar na cicatrização, ou seu braço vai demorar a sarar.

Haymitch deixa escapar uma breve risada e eu levanto meu olhar, franzindo o cenho.

– Não sabia que também era enfermeira, Srta. Trinket – ele diz e balanço a cabeça, sorrindo.

– Não, eu não sou – respondo. – Mas todos precisam saber ao menos o básico.

Termino de analisar os cortes e solto seu braço.

– Acho melhor tomar um banho antes de fazermos algum curativo ou enfaixar novamente. Estou me sentindo imunda e você também deve estar.

– Claro, claro – ele concorda. – Então, vamos?

– Vamos...?

– Não posso tomar banho sozinho com esse braço assim, não acha? – ele diz, fazendo cara de cachorro sem dono.

– Quer que eu o ajude com seu braço? – pergunto.

– Com o braço e com o resto do corpo, se quiser, é claro – ele acrescenta e sorri marotamente. Mordo o lábio, pensando na resposta.

– Por que não?

Haymitch sorri e seguimos em direção ao banheiro. É verdade que ele precisa de ajuda com o braço, mas, é claro, não é só do braço que eu cuido.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gente, essa Effie super fresca pra arrumar a bagunça do Haymitch! xD

Eu tinha dito lá no twitter que esse capítulo tinha ficado beeem grandinho, então decidi deixar o resto para o 14, que vai ter uma parte super fofa da Effie cuidando do braço do Haymitch *-*

Mas vamos parar os spoilers, né?

Então, gostaram? Comentem aqui e digam o que acharam pra tia Lovett :D