I Am Watching You escrita por laah-way


Capítulo 16
Último Capítulo


Notas iniciais do capítulo

Ok, foi um pouco grande, rs. Mas é o último, tenham paciência de ler até o final, certo? Por favor! Obrigadinha



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Abri a porta e Natalie entrou correndo e me abraçou forte. Não pude controlar o choro. Ela fechou a porta enquanto eu chorava muito, então me olhou e disse:

- Vim assim que recebi sua mensagem. Ah amiga, eu sinto tanto.

Eu tentava dizer alguma coisa, mas não conseguia terminar as frases, estava desesperada.

- Ele te machucou? Ele fez alguma coisa com você? Ai Deus, Mandy você tem que denunciar esse cara.

Sim. Ele me machucou. Ele acabou com meu coração. Foi o que pensei.

- Não. Estou bem. Eu só... - as frases eram cortadas por meus soluços, mas respirei fundo, precisava me acalmar. - Eu me sinto meio perdida, só isso.

Natalie estava quase chorando também, que amiga solidária essa a minha.

- Você tem que ligar pra polícia agora.

- Eu...

- Agora.

- Vou ligar. Vou ligar hoje à noite.

- Por mim você não esperava.

- Não quero tomar nenhuma atitude precipitada, sabe?

- Precipitada? O que tem de precipitado nisso, Mandy? Ele é um psicopata, um assassino, um louco, extremamente perigoso, e você não quer denunciá-lo para não cometer nenhuma atitude precipitada?

- Não é isso, Natalie. É que... já pensou se eu ligo pra polícia e daqui a cinco minutos Henry aparece aqui? Como eu fico? Prefiro ter certeza que ele está em casa, e que ele não vai sair de lá e ligar pra polícia. É mais seguro.

Natalie analisou por alguns instantes, mas concordou comigo.

- É, você tem razão. Mas agora, vamos cuidar de você.

Ficamos a tarde inteira, conversando, debatendo, chorando algumas vezes, mas ela estava lá comigo e isso me fazia sentir melhor. Conseguia sentir-me mais segura, protegida. Mas ela teve que ir embora, e o medo crescente foi tomando conta de mim. Pela primeira vez eu tive medo desde que comecei a morar sozinha. E não foi de espíritos ou fantasmas ou o diabo a quatro. Era de alguém humano, alguém real.

Fui para o quarto e sentei na cadeira do computador, olhando fixamente para o telefone, ciente do que estava prestes a fazer. Cinco minutos se passaram, dez, quinze. Até que o telefone tocou, o que me fez pular da cadeira.

- A-Alô?

- Mandy?

- Oi Henry.

- O que houve?

- Como assim?

- Sua voz...

- Ah... é que... o telefone me assustou, estava muito silêncio e... eu me assustei.

- Hum... Posso passar aí hoje?

- É que... eu não tô me sentindo muito bem, sabe? Acho que vou adoecer ou algo assim. Queria ficar deitada a noite inteira.

- Mais um motivo pra eu ir. Se você está doente, vou aí cuidar de você.

- Acho melhor não. Desculpa, é que eu realmente não estou legal, prefiro ficar sozinha, certo?

A surpresa do outro lado da linha foi evidente.

- Tudo bem então. Tchau, amor.

- Tchau.. Ah, Henry?

- Oi.

- Você vai ficar em casa hoje à noite?

- Por quê?

- Porque... hum... se eu estiver melhor, eu te ligo. Pra avisar sabe. E se for cedo, você passa aqui.

- Ok, pode deixar.

Desliguei o telefone, e fiquei olhando para ele mais uma vez. Eu tinha que fazer isso. Agora. Estava tudo pronto, praticamente. Eu só precisava ligar. Mas primeiro, eu ia comer alguma coisa.

Fui até a cozinha, jantei, lentamente, e fui até o telefone. Fiquei na dúvida se ligaria para a polícia mesmo, 190, ou se ligaria para o chefe de polícia Taylor Moore. Eu ainda tinha o número dele. Não, eu ligaria para a polícia, o sr. Moore não tinha nada a ver com isso, ele tinha a ver com Mark. Disquei. Demorou para atendem.

- Alô, é da polícia?

- É sim, alguma ocorrência?

- Er... tem um cara, hum, me perseguindo.

- Ok, quem está falando?

- Amanda Carter.

- Certo, senhora Carter, precisamos de algumas informações. A senhora tem a impressão de que ele está te seguindo, ou tem certeza?

- Não, eu tenho certeza. Eu entrei no apartamento dele, e há um quarto com fotos minhas por todos os lados. Ele comprou um apartamento em frente ao meu onde ele me observa, ele me segue e...

- Espera aí, você entrou no apartamento dele? Você o conhece?

- Conheço, ele é meu...

E a última palavra ficou perdida no ar, porque a ligação caiu. Olho para o telefone sem entender, quando vi uma mão pressionando o gancho do telefone. Parei de respirar, meu corpo entrou em transe. Eu nunca, mas nunca em minha vida inteira, fiquei tão assustada como eu estava. Henry estava ali, no meu quarto. Ao meu lado. Bem perto. Uma mão estava no encosto da cadeira enquanto a outra estava no telefone. Ele estava lá. Olhando para mim. Senti meus olhos encherem de lágrimas, enquanto eu tentava balbuciar alguma coisa. Minha voz não saía.

- Henry, eu...

E a próxima coisa que senti foi um objeto grande e metálico atingindo minha cabeça e tudo ficou escuro.

-x-

Acordei algum tempo depois, estava sentada na mesma cadeira, mas minhas mãos e pés estavam amarrados. Ainda tonta e sentindo uma dor latejante na parte de trás da minha cabeça, levantei a cabeça e vi Henry, que tinha puxado uma cadeira da sala e estava sentado de frente para mim brincando com uma faca na mão.

- Hen..

- Ah, resolveu acordar?

Eu suava.

- Henry, porque você, porque você... - Antes que eu pudesse terminar a frase, Henry levantou-se e me deu um tapa muito forte no rosto.

- Cale a boca. - Ele gritava, eu chorava. - Cale a merda da sua boca. Você não faz perguntas aqui está entendendo?

Ofegante e tremendo, olhei para ele, sem dizer nada. Então ele gritou ainda mais alto:

- ESTÁ ENTENDENDO?

- Sim. - Respondi rápido, desesperada. - Entendi.

Ele se abaixou até ficar à minha altura, que estava sentada, e me encarou. Sua expressão mudou de asssassina para suplicante. Ele estava quase chorando, e voltou a falar baixo:

- Porque, Mandy? - Ele pôs uma mão em meu rosto e começou a acariciar onde há alguns minutos tinha esbofeteado. - O que a gente tinha era tão... lindo. Porque você fez isso?

- Eu... -Outro tapa.

- Eu disse pra ficar calada. - Ele estava segurando meu braço com força. Até que senti uma dor maior ainda no braço e quando olhei, Henry estava com a faca ali, fazendo alguns arranhões. Eram arranhões leves, mas doíam.

- Henry, para, por favor. - Eu chorava.

- Você me traiu. - Ele continuava me cortando, olhando para o braço, aparentemente sem me ouvir, como se estivesse em outro universo.

- Henry, está doendo muito.

- Você me magoou.

- Henry...

- Sua...

- HENRY.

Ele olhou para mim como se tivesse saindo de um transe e tirou a faca de perto, colocando em cima da escrivaninha onde ficava o computador e o telefone. Então sentou-se de frente para mim novamente e ficou me encarando como se estivesse decidindo o que faria comigo.

- Henry... não faz isso, por favor.

E pela primeira vez, eu vi Henry chorar. De verdade, ele chorou.

- Eu não queria, meu amor. Eu não queria. - Então levantou-se e chegou perto de mim de novo, se abaixou e segurou meu rosto entre as mãos, e encostou a testa na minha, mantendo uma pequena distância entre nossos lábios. - Não quero fazer isso.

- Você não precisa fazer isso. - Tinha usado todo meu auto controle para não chorar e me manter segura e firme ao dizer aquilo.

Ele se afastou mas continuou me olhando. Até que um meio sorriso apareceu em seu rosto e ele me olhou como se dissesse "eu sabia". Não entendi o que ele queria dizer com aquilo, então pedi:

- Me solta Henry, por favor.

Ele se levantou e o fez. Me surpreendi com a facilidade com que ele fez isso, mas fiquei calada. Ele pegou a faca e soltou o que quer que fosse que prendia meus pulsos, o que não me dei o esforço de olhar. Depois fez o mesmo com as pernas. Enquanto eu alisava meus pulsos por causa da dor que aquilo causava, Henry me esbofeteou de novo, mas dessa vez foi tão forte que como eu não estava me segurando em nada, caí no chão.

-Henry.. - Comecei a chorar novamente.

Ele chegou perto e chutou meu estômago. Me contorci no chão, me faltava forças até para gritar.

- Sua vadia.

- Não Henry, por favor... por favor.

Ele se abaixou, e olhou para mim como se olhasse para um cachorro sofrendo e ele se divertia com isso.

- É incrível, vocês todos fazem a mesma coisa. Vadia nojenta.

Chorei mais ainda. Eu não sabia o que fazer. Ele se levantou e saiu do quarto. Eu precisava sair dali. Devagar e com muito esforço, levantei-me e fui me segurando nas paredes, tentando chegar até a porta, ignorando a dor que atingia cada parte do meu corpo. Quando cheguei na sala, Henry saiu da cozinha e foi até mim, e segurou em meus cabelos.

- Henry, para com isso.

Então ele me jogou no sofá, e eu caí de cara, mas virei-me e consegui me sentar. Ele sentou-se de frente para mim novamente. Eu fazia o possível para manter a maior distância que pudesse dele. Então ele começou:

- Eu fui casado um dia, sabia? - Não respondi, mas quando ele me olhou, esperando uma resposta, me apressei em dizer:

- Não.

- É, fui. Sabe qual era o nome dela? - Dessa vez ele não esperou resposta. - Amanda. Amanda. - Ele ficou com aquela cara como se estivesse em transe novamente, repetindo o nome dela e olhando para o chão.

Voltei a chorar desesperadamente.

- Vocês são todas iguais. Iguaizinhas. Ela me traiu também, sabia? Mas não como você. Ela me traiu com um homem. Quando eu soube, eu ... eu não me controlei. Você deve saber o que aconteceu. - Então assumiu uma expressão como se estivesse arrependido pelo que fez. - Quando eu te vi, Mandy, quando eu te vi pela pimeira vez saindo do trabalho... Eu imediatamente me lembrei dela, e foi aí que eu comecei a te perseguir. Você seria minha. E foi. Mas... - Ele começou a apertar a faca com tanta força que cortou um dedo, que estava em cima da lâmina, mas ignorou. - você tinha que fazer isso, não é? Você tinha que ser igual a ela. - Ele tornou a gritar, levantando-se da cadeira com tal ímpeto que a derrubou no chão. Chegou bastante perto de mim, perto o suficiente para que eu sentisse seu hálito quente. - Sua nojenta. Sabe porque eu te soltei? Porque eu lembrei dela. Foi igualzinho, parecia um flashback quando você pediu que eu a soltasse. E assim que o fiz, percebi o quanto vocês eram iguais, o quanto vocês... você é uma vadia, não vale nada, tanto quanto ela. Você.... - Ele apoiou uma mão na parede acima de mim, que estava sentada no sofá. - você realmente achou que eu não percebi que você tinha entrado no quarto? Eu soube Mandy, soube desde o começo. Soube mesmo quando você ainda planejava. Eu soube o que aquela sua outra amiga putinha tinha colocado na sua cabeça, mas eu preferi dar esse voto de confiança, porque achei que você não seria capaz, eu ... - Ele colocou uma mão no lábio e começou a rir, como se estivesse zombando de si próprio por ser idiota. - Você é uma grande atriz, eu tenho que admitir. Mas... - Ele se abaixou, pegou meu queixo com a mão e chegou mais perto ainda. - Na escola que você aprendeu, eu era professor. - E empurrou meu rosto para o lado com força e voltou a se levantar, virando-se de costas para mim.

- Henry, isso não precisa acabar assim. - Então recorri a isso, eu precisava sair viva dali e isso era meu último recurso. - Eu te amo.

Ele se virou, surpreso e me encarou. Pegou minha mão e ajudou-me a levantar do sofá e segurou em minha cintura. Pensei que fosse me beijar, mas apenas chegou perto e falou:

- Como?

- Eu te amo. - Fiz o possível para não encará-lo, mas disse com segurança.

Ele me abraçou forte.

- Repete, por favor.

- Eu. Te. Amo.

E aí eu senti o corpo todo dele tremer, e a próxima coisa que senti, foi Henry me jogando na porta de vidro que dava para a varanda. O barulho foi ensurdecedor, e eu caí em cima dos pedaços de vidro que tinham se formado como um tapete embaixo de mim. A dor era dilacerante. Parecia que milhões de agulhas tinham sido enfiadas em todo o meu corpo. Não havia uma parte sequer de mim que não latejasse. Eu não conseguia nem respirar. Havia vidro e sangue para todo o lado. Antes que eu pudesse recobrar a respiração, Henry me levantou pelo cabelo, o que me fez gritar desesperadamente, andou um pouco comigo até o outro extremo da sala e me jogou novamente no chão, mas pelo menos me tirou de cima do vidro. Só que parecia doer mais. Pelo amor de Deus, eu estava num prédio, será possível que vizinho nenhum teria escutado isso? Olhei para ele suplicante, tentando respirar, tentando falar, mas quem falou primeiro foi ele.

- Você diria qualquer coisa não era? Diria qualquer coisa para que eu te soltasse. Eu... Eu tenho sentimentos, Amanda. Eu realmente tenho. E você me fez sofrer. Toda a dor que você provavelmente está sentindo, não é nem metade do que eu estou sofrendo.

Até que eu consegui falar, respirando lentamente, fazendo o possível para que meus olhos não fechassem.

- Henry... Eu...

- É melhor você ficar calada antes que eu te mate de vez.

Ele estava certo. Não havia nada que eu pudesse dizer que melhorasse a situação. Nada. Fiquei calada, me encostando na parede, fazendo o possível para ficar sentada, mas me levantar doía, respirar doía, tudo doía. E aí eu vi. Havia um pedaço de vidro grande e pontiagudo ao alcance da minha mão. Não olhei para ele uma segunda vez, antes que Henry o visse e percebesse minhas intenções. Henry falava alguma coisa que eu já estava entorpecida demais para ouvir. Eu apenas olhava para ele calada, esperando o mínimo descuido para que eu pudesse pegar minha arma. E assim que ele virou, eu o peguei e escondi atrás de mim.

- Henry...

- Oi?

Balbuciei alguma coisa que eu sabia que ele não podia ouvir.

- O que você quer?

Falei novamente, mais baixo ainda, como se estivesse morrendo ou algo assim. Bom, eu estava morrendo, mas ainda me restavam algumas forças. Como esperado, ele chegou perto e se abaixou, colocando o ouvido perto de minha boca. Então quando finalmente percebi que seria agora, disse com muita raiva.

- Eu te odeio.

E num moviemento rápido e inesperado enfiei o pedaço de vidro quase por inteiro em sua barriga. Rapidamente Henry se afastou, caindo no chão e arrancando o vidro de sua barriga, tapando o corte com a mão, mas logo apareceu uma mancha de sangue em sua camisa branca. Mas para minha surpresa, a reação de Henry foi diferente da que eu esperava. Ele riu. Riu alto. Olhou para mim e disse:

- Espertinha. Muito esperta mesmo. Mas meu amor, isso não vai me matar. - Falou isso e se levantou - Vai me atrasar e dar um pouco de dor de cabeça, isso é um fato. Mas não, não vai me matar. Vou tratar disso. - Mas quando estava se retirando da sala, voltou-se para mim com cara de pensativo. - Mas o que eu faço com você? Sabe, você deveria morrer. Deveria acabar com sua vida agora mesmo. - Eu apenas ouvia, olhando para ele séria, ainda no chão, encostada na parede, quase sentada. - Mas agora não. Não apronte nada, ouviu? Ah, é mesmo. Você não teria forças para isso. - E saiu rindo, mas pude ouvir um pequeno "ai" quando ele chegou no banheiro.

Eu só teria essa oportunidade. Meu corpo estava coberto de sangue, mas todos os cortes foram superficiais. Graças à Deus, nenhum vidro fez um estrago muito grande. Doía muito, e eu sentia que estava sem forças, mas eu conseguiria fazer isso. Por uma coisa chamada instinto de sobrevivência. Todo ser humano tinha isso. Eu precisava disso, eu precisava sobreviver, e usaria todas as minhas forças para isso. Levantei-me, e devagar e sem fazer barulho, fui até o quarto onde Henry tinha deixado a faca em cima da escrivaninha. Para chegar até o quarto, tive que passar pela frente do banheiro, mas Henry estava de cabeça abaixada, fazendo alguma coisa no ferimento que eu não parei para ver. Ele não tinha me visto. Mancando e calmamente, peguei a faca e fui. Eu só teria essa oportunidade. Se eu não tivesse sucesso, ele me mataria, isso é um fato. Mas ele me mataria de qualquer forma, então, eu teria que fazer isso. Tomando todo o cuidado para não emitir nenhum som, cheguei atrás dele, me abaixando o suficiente para que meu reflexo não aparecesse no espelho, e mais rápido e ágil do que qualquer outra coisa que surgisse em minha mente, eu fiz. Cortei sua jugular. Quando ele percebeu o movimento, já era tarde. Já jorrava sangue de seu pescoço, e ele caiu no chão. Segurou-o, tentando estancar, mas era tarde. Heny morreria em poucos minutos.

E foi nesse momento que eu percebi, eu percebi tudo. Eu tinha acabado de matá-lo. E... Eu tinha gostado disso.

Essa era toda a verdade. Eu tinha gostado de matar. Olhei para ele morrendo. Podia sentir a vida se esvaindo, mas o melhor não era esse. O melhor, eram os olhos. A sensação de vê-los olhando para você, suplicando, e depois de um minuto, olhá-los sem vida... Depois de um minuto vê-los perder o brilho, perder o foco. Era inacreditavelmente bom.

Então tudo estava explicado. Era por isso que tínhamos nos dado tão bem, era por isso que havia essa ligação especial, era por isso que mesmo com todas as evidências de que ele era um psicopata, eu ainda me mantinha ligada a ele. Porque a psicopata era eu. Eu havia gostado de matar, e era isso. O arrependimento bateu em menos de três minutos. Eu chorei desesperadamente, eu o tinha matado. Nós teríamos... Nós teríamos feito uma dupla perfeita. Eu...

Rapidamente, fui até o telefone e liguei para a emergência, ainda chorando, desesperada. Os próximos fatos que ocorreram foram apenas a polícia chegando, ambulâncias, hospitais... E eu tive que contar tudo, desde o começo. O único fato que ficou apenas para mim foi que eu era igual a ele. Esse ninguém ia saber.

-x-

7 meses depois.

Eu estava num bar, e como eu planejava, ele sentou-se ao meu lado. Começou a puxar conversa, me fiz de difícil no começo, mas acabei cedendo. Ele sorriu, e o sorriso dele era encantador, arrebatador. Ele me lembrava alguém.

- Nicholas Dawson. - Ele falou e estendeu a mão.

- Amanda Carter. - Sorri, apertando a mão dele.

Então, seria hoje. Tantos meses pesquisando, observando... todo dia saindo com o carro até essa outra cidade, apenas para observar, coletar informações. Seria fácil, eu já tinha planejado tudo, até alguém pra pôr a culpa.

E como eu também planejava, a noite terminou num motel. E para Nicholas, iria terminar literalmente. Quando ele me tocou, Henry me veio à memória. Quando ele começou a tirar minha roupa, eu não pude mais aguentar. Então, rapidamente enfiei uma faca na barriga dele, o que fez com que ele me olhasse sem entender. Ele estava assustado. Eu queria matá-lo naquele exato momento, mas eu precisava dizer isso.

- Sua mulher sabe disso, Nick? Sabe que toda noite você sai com garotinhas enquanto ela fica em casa achando que está fazendo hora extra no trabalho? Tem noção do quanto ela sofre?

- Como você...? - Ele não sabia como eu sabia. Ele não usava aliança, como eu poderia saber que ele era casado?

- Carla Dawson sabe que você está num motel a essa hora, Nicholas? Sabe?

Ele estava desesperado, mas ele não ia mais perguntar nada, ele sabia que eu ia matá-lo.

- Sua...

- Você não vale nada, Nicholas. Nada.

E com várias facadas, estava terminado. Demorou muitas horas para que eu limpasse tudo e implantasse pistas falsas, mas a felicidade que jorrava dentro de mim valia por qualquer coisa. Depois de tudo pronto, e de fazer toda a cena quando saí do motel dizendo "aquele homem é um monstro!", entrei no meu carro, que estava estacionado uma rua depois, sorrindo. Teria que voltar para casa, porque amanhã... Ah, amanhã eu tinha que ir pro trabalho.

 

The end.

 

 

 

 

 

E, terminou. Como já disse aqui, eu não queria que acabasse nunca. Mas a fic chegou ao fim ): Espero sinceramente não ter desapontado ninguém com o final, mas é que eu fiz o possível para não ser clichê, sabe? Eu sei que algumas pessoas podem se decepcionar, é muito difícil agradar a todos, mas eu realmente espero que saibam que dei o meu melhor nessa fic, que eu a escrevi com muito amor.

Gostaria de agradecer a cada um de vocês. Seja você que acompanha a fic desde o começo ou se começou a ler do final, cada um de vocês significam muito pra mim e sinceramente, gostaria de passar toda minha gratidão, mas é impossível. Apenas saibam que vocês que me incentivaram a continuar escrevendo, vocês me ensinaram a fazer uma fic boa, vocês são a peça chave pra que essa fic tenha chegado até aonde chegou.

Nas reviews, eu agradeço a cada um de vocês separadamente. Bom, se alguém notou, sempre que eu vou postar outro capítulo, eu respondo todas as reviews do capítulo anterior. Hoje eu não vou poder fazer isso. É fim de ano, as pessoas vão sair e tudo o mais, e bom, eu vou sair. Passei um tempão escrevendo isso e tô atrasada, não vai dar pra responder hoje, mas prometo que respondo amanhã ou assim que possível.

Peço desculpas também pela demora, meus computadores quebraram, eu fiquei 10 dias sem entrar na internet, sem contar que nessa época de festas e tudo o mais foi difícil entrar aqui.

Mas é isso, eu disse que ia terminar a fic esse ano. E terminei, não foi? (31/12/2009). Aproveitando, feliz ano novo pra todos vocês, felicidades e tudo o mais. Espero que não acabe por aqui, quero sinceramente levar pelo menos alguns amigos. Se vocês me adicionarem, eu aceito, provavelmente lerei suas fics e deixarei comentários. Não fiz isso ultimamente por pura falta de tempo, mas farei. É isso,

Muito obrigada.

Laís.


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