Ladra De Salto escrita por Lily Evans
Notas iniciais do capítulo
Hey, demorei? Só um pouco. Minhas aulas retornaram, e eu estudo em período integral :'(
O capítulo ficou curto e sem graça, mas espero que gostem.
Annabeth.
Os raios de sol invadem o quarto aos poucos pela janela que o mesmo possui. Escuto algumas batidas na porta, mas não me incomodo em levantar para atender.
– Chase você está acordada? – Alguém grita do lado de fora, não reconheço a voz então não respondo.
As batidas continuam até o passo em que eu fico irritada para suporta-las. Decido levantar e atender a porta.
Um garoto que aparenta ser um pouco mais velho do que eu adentrou o quarto.
Ele é bonito. Seus cabelos são loiros como o trigo, e bem cortados. Seus olhos são furtivos, e eu diria que ele é um ladrão - se não fosse pelo uniforme da polícia. O loiro tem uma cicatriz que se estende desde a parte inferior de seu olho até o queixo.
– Meu nome é Luke Castellan, e antes de te deixar sair preciso fazer algumas perguntas. – Ele fecha a porta atrás de si.
– Isso se chama interrogatório. – Sento em minha cama.
– Certo. – Luke sorri de canto. – Vamos lá...
– Quantas perguntas serão feitas?
– No máximo cinco.
Não esboço nenhum tipo de reação. O garoto apoia o caderno em cima do criado mudo.
– Quantas pessoas você já matou? – Essa foi à primeira pergunta.
– Nunca fui tão sangue frio como vocês. – Respondo.
Luke franze a testa sem entender.
– Quantos inocentes você já torturou?
– Inocentes? Nenhum.
O garoto olha para mim.
– Não estamos progredindo. Soube que você é famosa por torturar policiais, alguns já foram mandados para sanatórios por sua causa, é verdade?
Balanço a cabeça concordando.
– Porque você faz isso? Policiais são inocentes. Eles dão o melhor de si para proteger a sociedade.
– Eu tenho meus motivos.
Luke me observa por alguns instantes e em seguida anota algo em seu caderno.
– Terminamos por hoje. – Diz por fim. – O café está sendo servido, o refeitório é no final do corredor.
– Onde estou? – Pergunto.
– Em um acampamento para delinquentes afastado da cidade.
O loiro faz menção de deixar o quarto.
– Luke – eu o chamo, e ele se vira – se os policiais estão lá para proteger a sociedade, porque continuam prendendo e matando os inocentes, enquanto os verdadeiros criminosos estão soltos por aí?
– Você está insinuando que é inocente?
– Não, longe disso. Já torturei muitas pessoas, e se eu fosse você, não ia querer me submeter a ser o próximo da lista.
– Isso é uma ameaça?
– Sua cota de perguntas esgotou. – Sorrio com escárnio, e sigo para o refeitório deixando um garoto embasbacado para trás.
X
O refeitório é simples. Tanto as mesas quanto as paredes são brancas, e isso se aplica também ao uniforme dos cozinheiros.
Poucos dos “delinquentes” utilizam o macacão laranja, na verdade, a maioria possui roupas normais.
Dou de ombros, e me dirijo até a área onde a comida é servida. Alguns cochicham quando eu passo, mas não dou muita importância.
O café da manhã é composto por um pedaço de pão com manteiga e suco de pêssego.
Vou em direção a uma mesa vazia, e me sento.
– Ei novata, essa mesa é minha.
Olho para cima e me deparo com uma garota. Ela tem cabelos castanhos presos por uma bandana, e olhos cruéis. É grandalhona e cheia de músculos.
Arrasto a bandeja para o lado, me levanto do banco e depois sento rapidamente voltando a minha posição inicial.
– Não há nome nenhum escrito aqui, portanto vou continuar sentada. – Respondo dando de ombros e tomando um gole de suco.
Eu sabia que a menina não deixaria barato, pois logo senti uma de suas mãos em meus cabelos. Pelo modo que ela o puxou, e a posição em nos estávamos, a mão utilizada era à esquerda.
Com um movimento forte, puxo sua mão direita por cima do ombro e a garota cai com um baque em cima da mesa.
Subo em cima da mesa, surpresa pelo fato de ela nos aguentar, e chuto a lateral do corpo da garota. Quando me preparo para chutar novamente, ela segura meu pé antes de atingir o local e me derruba.
Meu peito bate de encontro ao chão, provocando uma dor dilacerante. Ignoro a dor, e me levanto. A menina sorri com escárnio, e eu devolvo o sorriso.
Analiso seu corpo. Ela é pesada e alta, o que dificulta a rápida locomoção, mas por outro lado ela é mais forte que eu.
Penso em alguma estratégia, já que planos são o meu forte. Neste momento, o refeitório inteiro nos observa.
A morena corre em minha direção, e eu faço a coisa mais simples; desvio para o lado. Ela para abruptamente e se apoia em uma das mesas. Aproveito que a garota está de costas, e lhe dou um chute.
Ela se vira, os olhos faiscando de raiva, e desfere um soco em meu rosto. Talvez o soco mais dolorido de tantos outros que eu já levei. Ela estava com alguns anéis na mão o que acabou causando um corte um pouco acima de minha sobrancelha.
Eu estava pronta para revidar, quando uma voz ecoa pelo ambiente.
– O que está acontecendo aqui?!
Percy se aproxima, e o silêncio se faz.
– Você mal chegou, e já é a segunda vez que te encontro em uma briga. – Ele passa o dedo indicador sobre meu machucado, e este arde um pouco. – Preciso cuidar disso, vem comigo.
O moreno segura a minha mão, e me arrasta para fora do refeitório.
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Obrigada pelos comentários positivos, vocês são uns amores :3 Até o próximo.