Ladra De Salto escrita por Lily Evans


Capítulo 3
Capítulo 3 - Mal começo.


Notas iniciais do capítulo

Hey, demorei? Só um pouco. Minhas aulas retornaram, e eu estudo em período integral :'(
O capítulo ficou curto e sem graça, mas espero que gostem.



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Annabeth.

Os raios de sol invadem o quarto aos poucos pela janela que o mesmo possui. Escuto algumas batidas na porta, mas não me incomodo em levantar para atender.

– Chase você está acordada? – Alguém grita do lado de fora, não reconheço a voz então não respondo.

As batidas continuam até o passo em que eu fico irritada para suporta-las. Decido levantar e atender a porta.

Um garoto que aparenta ser um pouco mais velho do que eu adentrou o quarto.

Ele é bonito. Seus cabelos são loiros como o trigo, e bem cortados. Seus olhos são furtivos, e eu diria que ele é um ladrão - se não fosse pelo uniforme da polícia. O loiro tem uma cicatriz que se estende desde a parte inferior de seu olho até o queixo.

– Meu nome é Luke Castellan, e antes de te deixar sair preciso fazer algumas perguntas. – Ele fecha a porta atrás de si.

– Isso se chama interrogatório. – Sento em minha cama.

– Certo. – Luke sorri de canto. – Vamos lá...

– Quantas perguntas serão feitas?

– No máximo cinco.

Não esboço nenhum tipo de reação. O garoto apoia o caderno em cima do criado mudo.

– Quantas pessoas você já matou? – Essa foi à primeira pergunta.

– Nunca fui tão sangue frio como vocês. – Respondo.

Luke franze a testa sem entender.

– Quantos inocentes você já torturou?

– Inocentes? Nenhum.

O garoto olha para mim.

– Não estamos progredindo. Soube que você é famosa por torturar policiais, alguns já foram mandados para sanatórios por sua causa, é verdade?

Balanço a cabeça concordando.

– Porque você faz isso? Policiais são inocentes. Eles dão o melhor de si para proteger a sociedade.

– Eu tenho meus motivos.

Luke me observa por alguns instantes e em seguida anota algo em seu caderno.

– Terminamos por hoje. – Diz por fim. – O café está sendo servido, o refeitório é no final do corredor.

– Onde estou? – Pergunto.

– Em um acampamento para delinquentes afastado da cidade.

O loiro faz menção de deixar o quarto.

– Luke – eu o chamo, e ele se vira – se os policiais estão lá para proteger a sociedade, porque continuam prendendo e matando os inocentes, enquanto os verdadeiros criminosos estão soltos por aí?

– Você está insinuando que é inocente?

– Não, longe disso. Já torturei muitas pessoas, e se eu fosse você, não ia querer me submeter a ser o próximo da lista.

– Isso é uma ameaça?

– Sua cota de perguntas esgotou. – Sorrio com escárnio, e sigo para o refeitório deixando um garoto embasbacado para trás.

X

O refeitório é simples. Tanto as mesas quanto as paredes são brancas, e isso se aplica também ao uniforme dos cozinheiros.

Poucos dos “delinquentes” utilizam o macacão laranja, na verdade, a maioria possui roupas normais.

Dou de ombros, e me dirijo até a área onde a comida é servida. Alguns cochicham quando eu passo, mas não dou muita importância.

O café da manhã é composto por um pedaço de pão com manteiga e suco de pêssego.

Vou em direção a uma mesa vazia, e me sento.

– Ei novata, essa mesa é minha.

Olho para cima e me deparo com uma garota. Ela tem cabelos castanhos presos por uma bandana, e olhos cruéis. É grandalhona e cheia de músculos.

Arrasto a bandeja para o lado, me levanto do banco e depois sento rapidamente voltando a minha posição inicial.

– Não há nome nenhum escrito aqui, portanto vou continuar sentada. – Respondo dando de ombros e tomando um gole de suco.

Eu sabia que a menina não deixaria barato, pois logo senti uma de suas mãos em meus cabelos. Pelo modo que ela o puxou, e a posição em nos estávamos, a mão utilizada era à esquerda.

Com um movimento forte, puxo sua mão direita por cima do ombro e a garota cai com um baque em cima da mesa.

Subo em cima da mesa, surpresa pelo fato de ela nos aguentar, e chuto a lateral do corpo da garota. Quando me preparo para chutar novamente, ela segura meu pé antes de atingir o local e me derruba.

Meu peito bate de encontro ao chão, provocando uma dor dilacerante. Ignoro a dor, e me levanto. A menina sorri com escárnio, e eu devolvo o sorriso.

Analiso seu corpo. Ela é pesada e alta, o que dificulta a rápida locomoção, mas por outro lado ela é mais forte que eu.

Penso em alguma estratégia, já que planos são o meu forte. Neste momento, o refeitório inteiro nos observa.

A morena corre em minha direção, e eu faço a coisa mais simples; desvio para o lado. Ela para abruptamente e se apoia em uma das mesas. Aproveito que a garota está de costas, e lhe dou um chute.

Ela se vira, os olhos faiscando de raiva, e desfere um soco em meu rosto. Talvez o soco mais dolorido de tantos outros que eu já levei. Ela estava com alguns anéis na mão o que acabou causando um corte um pouco acima de minha sobrancelha.

Eu estava pronta para revidar, quando uma voz ecoa pelo ambiente.

– O que está acontecendo aqui?!

Percy se aproxima, e o silêncio se faz.

– Você mal chegou, e já é a segunda vez que te encontro em uma briga. – Ele passa o dedo indicador sobre meu machucado, e este arde um pouco. – Preciso cuidar disso, vem comigo.

O moreno segura a minha mão, e me arrasta para fora do refeitório.


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Notas finais do capítulo

Obrigada pelos comentários positivos, vocês são uns amores :3 Até o próximo.



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