New Age escrita por Rafaela


Capítulo 7
Capítulo 6 - Divisão


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, havia escrito esse capítulo e acabei apagando invés de copiar do word porque sou anta. Desculpem.
Espero que gostem deste capítulo e desculpem se houver erros.
xx



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Sem ligar para os comentários, Lia eu e Samuel saímos uns minutos mais cedo e fomos em direção ao refeitório.

Pode-se dizer que o recinto estava praticamente vazio. Até vermos Thiago sentando-se em uma mesa e fazendo um sinal para que nos juntassemos a ele. Nós fomos.
Sentei-me na frete de Thiago com Samuel e Lia ao meu lado.
–Por que chegaram tão cedo? -Questionou Thiago.
Lia e Samuel olharam para mim, porém eu não me mexi.
–Clima pesado. -Respondeu Lia, por fim.
–Ah, sim. A Cabeça aqui. -Thiago se debruçou em cima da mesa e bagunçou meu cabelo. Permaneci parada, já estava ficando irritada de todos me chamandod e ''Cabeça''.
Ele se sentou e eu ajeitei meu cabelo passando a mão neles. Bufei.
–A Candy está um pouco estressada, não liga. -Disse Lia e eu a olhei incrédula. -Que foi? -Questionou. Revirei os olhos e cruzei os braços em cima da mesa, batendo com os dedos em ritmo. Costumava fazer isso quando não havia nada para se fazer.
–Apenas não ligue, um dia eles param. -Thiago aconselhou-me.
–Eu não ligo. -Respondo dando de ombros.
É estranho, quero dizer, Thiago... Ele... Ele meio que me trava, sabe? Não é medo, nem constrangimento... Só não sei o que é.
Nós ficamos apenas alguns segundos em silêncio e logo Everton se aproxima.
–E aí, cara. Já fazendo uma social com os Transferidos? -Ele faz uma pausa e me olha. -Crânio! -Ele exclama e eu reviro os olhos.
–Deixe a garota em paz, Everton. Seu nome é Candy. -Thiago falou e depois me olhou, discretamente. Senti o canto dos meus lábios quererem se puxar, mas não permiti.

Minutos depois todos os Iniciados chegaram e nós nos levantamos para nos servir. Havia arroz, salada e bife. Nós quase não comemos bife na minha facção, ou nada do tipo que envolva matar animais pois pessoas inteligentes não comem animais, elas sabem que não é o certo.
Pego um pouco de salada e arroz.
–Não vai comer bife? -Questionou-me Lia.
–Eu devo tê-lo comido apenas uma vez na vida. -Falei hesitando se pegaria ou não um pedaço de bife.
–Como...? -Ela me olhou como se eu fosse de outro planeta.
–Os Cabeças não comem bife, são inteligentes demais para matar um animal. -Fala Thiago, saindo não sei de onde.
Balanço a cabeça em concordância. Lia abre mais a boca. Reviro os olhos e nós voltamos para a mesa, que já estava quase lotada.
Nossos lugares haviam sido pegos e sendo assim sentei-me ao lado esquerdo de Thiago. Lia ao meu lado esquerdo e Samuel ao lado esquerdo dela.

–E então, Thiago, o que você faz? Digo, nesta província... -Lia começa a perguntar e eu juro que foi como um flerte. Eu já estava terminando de comer e acabo colocando a mão no rosto como um sinal de 'eu não acredito que está fazendo isso?'. Ela não ligou, deu de ombros e esperou pela resposta.
–No momento apenas ficarei responsável por vocês. -Ele respondeu. E eu dei uma última garfada e coloquei na boca.
–Responsável, é... -Ela soou maliciosa e eu me afoguei. Lia deu batidinhas nas minhas costas e por fim eu olhei para ela como se perguntasse: Que merda você está fazendo?
Olhei para Samuel que estava quase se engasgando de tanto rir.
–Sim, responsável. -Respondeu Thiago e pela sua voz pude notar um tom de divertimento.

Esperei até que Everton ou Thiago nos dissessem o que fazer a seguir, não demorou muito e isto aconteceu.

–Agora nós iremos divídi-los em grupos novamente, os meus, Iniaciados nascidos na Força, podem ir para seus quartos, troquem de roupa e me encontrem aqui em dez minutos. -É o que Everton diz, e logo depois ele sai e o seu grupo sai também.
–Bem, então em dez minutos nós nos vemos no corredor principal. -Diz Thiago levantando-se e saindo também.
Samuel, Lia e eu nos olhamos, damos de ombro e saímos junto com o resto do grupo.

Enquanto todos estão no quarto nós vamos ao banheiro que fica no mesmo corredor que os quartos e escovamos os dentes, sim, os três juntos no mesmo recinto.
Logo após nós vamos para o quarto onde ninguém nota minha presença, o que é bom, troco apenas minha calsa, colocando uma de moletom e amarro uma jaqueta preta na cintura.
Não querendo demorar muito, nós três partimos em busca do corredor principal.

–Tem certeza que é o corredor certo? -Questiona Lia pelo que parece ser a sexta vez.
–Sim, Lia. -Responde Samuel.
Eu estava me balançando sob os pés. Estávamos apenas nós três, nem Thiago havia chegado ainda. E não tínhamos o que fazer a não ser esperar. E estávamos esperando ali pelo menos sete minutos e sim, já devia ter passado de dez minutos desde que saímos do refeitório.
–Veja se não são os adiantados novamente. -Falou uma voz masculina e já conhecida atrás de nós.
Nos viramos e vimos Thiago, parado. Ele cruzou o braço e eu também... Logo percebi que fizemos isto juntos. Apoiei o peso do meu corpo em uma perna.
–Clima pesado de novo? -Pergunto Thiago olhando para mim.
–Nem notaram minha presença desta vez. -Falei quase que dando de ombros.
–Isso é bom. -Disse Samuel. Balancei a cabeça em concordância.
–Ou não. -Murmurou Thiago e então balançou seu pulso.
Ele usava uma regata branca, calsa de moletom e uma jaqueta preta amarrada na cintura assim como nós três. A regata deixava seus musculos expostos e aquela sensação de ser travada apareceu de novo.
Pude ver em seu pulso algo brilhante. Um relógio.
Poucas pessoas tinham relógio, digo, relógio de pulso pois relógio de parede todas as casas tinham. Eram raros os relógios pelo motivo de que era muita coisa para se construír em tão pouco tempo. Um exemplo disso são as ruas, algumas poucas tem asfalto, outras ainda são areia e pedras, e as asfaltadas não são bem asfaltadas.
A coisa mais bonita que tínhamos era o prédio do Governo, que ficava no centro das quatro províncias, e a casa do Prefeito Dark. Ninguém na verdade sabia ao certo seu nome, apenas sabíamos que todos o chamavam assim e ele preferia.
A cara do Prefeito Dark era grande e com dois andares, metade da casa era de porcelanato o que dava um brilho a mais na casa, tinha um jardim bem verdinho com algumas flores na frente. Diferente das casas de pessoas comuns que eram simples, cinzas e com um gramado não tão verde, e não é sobre aquele ditado de que o gramado do vizinho é sempre mais verde, não.
As casas de ajudantes do governo ficavam na mesma rua e também eram mais bonitas que as nossas, perdendo, claro, para a casa do sr. Dark.
–Estão atrasados. -Disse Thiago, afastando-me dos meus devaneios. Pisquei algumas vezes e segundos depois o pessoal começou a chegar. Thiago voltou á aquela postura de líder e nós três, Lia, Samuel e eu, demos alguns passos para trás.
E Thiago começou a explicar o que faríamos.
–Começaremos a treiná-los para que possamos começar com as provas e a eliminá-los e não pouparmos seus tempos.
–Como?- Questionou uma voz feminina.
–O Presidente não dá nenhuma chance para quem não conseguir passar das etapas de provas de sua Província, sendo assim os que não passarem nos teste tornam-se sem-províncias, renegados. -Ele faz uma pausa para que o pessoal fique nervoso -Mas não preocupem-se, isso raramente ocorre. -Ele faz uma nova pausa e o pessoal se sente alíviado enquanto eu apenas ouço. -As pessoas que não passam geralmente são as que morrem enquanto fazem alguma prova. -E todos se olham espantados. Exceto a mim, que apenas continuo no meu lugar esperando Thiago dizer o que iremos fazer desta vez.
Thiago me olha e sustento o seu olhar, dá para entender o porquê de ele me olhar, levando em conta de que sou a única que não estou me lamentando ou tentando controlar crises de choro. Respiro fundo diante a tudo aquilo e volto a encarar Thiago, que continuava a me encarar... Até ouvir a respiração pesada de Lia, quando corto meu olhar com ele novamente e viro-me para ela.
–Está bem? -Questiono. Ela apenas balança a cabeça em negação e respira fundo mais uma vez.
Nunca fui bem em consolar as pessoas, apenas passo as mãos em seu braço e falo que tudo irá ficar bem.
–Tudo bem, gente. Já chega de se lamentarem. Vocês tiveram coragem para escolher a Força ou foram idiotas ao tomarem essa escolha? -E todos se voltaram para ele. -Vamos, o grupo de Everton já deve estar pronto. -E ele se vira para sair. Lia agarra meu braço e nós seguimos ele em silêncio.


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Notas finais do capítulo

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