New Age escrita por Rafaela


Capítulo 6
Capítulo 5 - Iniciados


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, tem alguém lendo?
Desculpe se houver erros



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Na hora de ir embora foi pior, cada um saiu com a sua Província. Eu estava atrás de um garoto alto e de ombros largos, ele era da própria Força. Quer dizer, eu nem prestei atenção no que andou acontecendo, mas pelo que percebi, ninguém da Força trocou de Província. E se trocaram, foram poucos.
Ao caminharmos, ao nosso lado estavam outras pessoas. Meus pais e meu irmão. Eu cometi o terrível erro de olhá-los. Thomas não se importou, ele continuava me olhando da mesma maneira que sempre me olhava, mas meus pais... Eles deviam estar furiosos. E eu queria dizer para Thomas que não era para ele se importar com minha escolha, que ele não precisaria ser o filho a ficar. Que ele também podia mudar...
Nós descemos pelas escadas, corremos pela floresta, alguns já nascidos na Força pulavam de árvore em árvore.
–Eles parecem macacos.-Falou uma menina loura de cabelos até o meio das costas ao meu lado. Apenas assenti, observando-os.
–Ei, a propósito, vocês sabem onde fica a sede da Força? -Perguntou um garoto, cabelos entre o loiro e o castanho claro, ele possuía uma pinta perto do queixo.
–E alguém sabe -Questiona a garota. -Prazer, sou Lia. -Ela estendeu a mão, mas estávamos correndo e não deu para apertá-la. Ela mesmo notou e largou.
–Sou Samuel. -Disse o garoto.
–Eu... Ahm.. Sou Candicce.
–Ótimo, agora já nos conhecemos. -Sorriu Lia e abruptamente o grupo todo a nossa frente parou. Fazendo com que eu esbarrasse em alguém a minha frente e tropeçasse quase caindo no chão.
Samuel segurou meu braço, me impedindo de cair para trás. Agradeci sem fazer som algum sair de minha boca, pois, pela primeira vez, os Fortes estavam calados.
–Vocês não estão aqui para brincar, tudo o que fazemos aqui pode ser perigoso e não iremos nos responsabilizar por ninguém caso algo aconteça, portanto prestem bem atenção no que iremos falar. Eu sou Everton e ele é Thiago. Iremos dividi-los em dois grupos. Os iniciados nascidos na Força ficam comigo e os iniciados transferidos ficam com Thiago. -Diz Everton. Ele possuía o cabelo preto levantado para cima, quase como um moicano, piercing na sobrancelha e um no canto do lábio. Uma tatuagem que não consegui ver o que era ao lado no pescoço e possuía ombros largos e braços fortes. O outro tinha uma postura ereta, era musculoso e o cabelo um pouco emaranhado em um tom entre castanho médio e claro. Era bonito.
–A primeira coisa que devem saber é que estamos perto da cerca. -Disse Thiago. -A sede da Força fica logo abaixo. -Ele apontou, e então eu percebi que havia um grande concreto em forma de 'O'. Todos nos aproximamos um pouco e olhamos para baixo.
–Agora eu entendo porque ninguém sabe onde fica a sede deles. -Murmurou Lia. Apertei a barra de concreto com força para não vomitar, eu tinha medo de altura, então...
–Vamos ter que pular disso? -Alguma garota gritou.
–Sim. -Falou Everton. Respirei fundo.
–Alguém para ser o primeiro? -Perguntou Thiago. Todo mundo se afastou da barra, eu não. Olhei para trás. Respirei fundo uma vez e olhei para Thiago e Everton.
–Eu vou. -E então subi no concreto.
Ouvi Everton rindo.
–Uma Crânio? -Ele perguntou. E então eu tirei meu blazer, deixando-o cair no chão. Eu estava com uma regata branca por baixo, dei um impulso e cai.
O vento batia em meu rosto enquanto caia um uma velocidade boa, meu cabelo batia em meu rosto e então eu sinto o impacto e meu corpo doer. Mas eu não estava no chão... Eu havia caindo em uma... Cama Elástica?
Sai dali quase caindo de cara no chão, estava claro mas eu ainda estava me acostumando com a luz, depois de uma queda de... Quantos metros tinha isso? Sete? Dez? Mais ou menos?
Não tinha ninguém ali, então logo percebi mais alguém caindo. Lia. Ela caiu de costas e gritando. Eu sorri, foi legal, queria fazer de novo. Ela se levantou um pouco tonta e eu a puxei. Logo caiu Samuel, ele veio gritando e o impacto foi tão forte e encerrando o grito dele que fez nós duas rirmos.
Logo depois não foi nenhum iniciando que pulou, foi Thiago. Ele caiu de lado, xingando baixinho de modo que eu não consegui entender. Samuel, eu e Lia estávamos lado a lado e não sabíamos se devíamos puxar Thiago ou não.
–Parabéns, Crânio. -Ele disse saindo do meio da rede de proteção, sim tinha uma rede... O que é irônico pois eles faziam coisas mais perigosas que isso sem, por exemplo, usar um capacete ou coisa do tipo...
–Meu nome é... -Eu comecei a falar meio irritada por ficarem me chamando de Crânio e então parei, ele seria o nosso ''líder''. Deveria falar assim?
Ele sorriu..
–Pode pensar, recomece conosco. -Revirei os olhos.
–Candy. -Falei, dane-se se era apelido. Preferia ser chamada de Candy.
Ele ia começar a falar algo, mas então ouvimos alguém caindo. Não conhecia pelo nome. Thiago ajudou-o a sair e os outros que foram caindo e caindo, um por um, até o último. Everton. Não fui com a cara dele por nenhum segundo.
–Agora nós vamos nos dividir. Thiago e o grupo de iniciandos transferidos, eu e os iniciandos nascidos na Força. Venham. -Everton chamou e o grupo dele foi atrás.
–Acho que vocês vão precisar de um tour pela Força antes de se aventurarem sozinhos por aqui. -Disse Thiago começando a caminhar, nós o seguimos.
...
–Ele é bonito. -Falou Lia baixinho, ao meu lado. Olhei para ela como se dissesse: O que você está dizendo?! E ela sorriu.
–Estamos em direção aos dormitórios, agora. Vocês poderão trocar de roupa e nos encontraremos daqui a meia-hora no refeitório. Ainda se lembram onde é? -Ele perguntou. Ninguém respondeu nada. -Quem cala consente. -Ele falou. Nos guiou por mais uns dois minutos e logo estávamos no dormitório.
–Há doze camas, um para cada um de vocês. -Ele disse. -No refeitório, em meia-hora. -Concluiu nos deixando.
–Tô dizendo, ele é um gato. -Falou Lia enquanto colocávamos o lençol de baixo na cama. Tinha seis beliches no quarto. Olhei para ela do mesmo jeito de antes.
–Você está louca, ele é nosso mentor. -Revirei os olhos e voltei ao trabalho. Depois troquei apenas a calça, coloquei uma de moletom cinza e continuei com minha regata branca. Calça de moletom e regata eram as roupas mais comuns aqui.
–Só porque ele é nosso mentor, líder ou sei lá, não quer dizer que não podemos dar uns beijinhos aqui e ali. -Disse ela.
–Oh meu Deus, Lia. -Falei. Lia era dos Vigias, ela não costumava mentir e falava o que pensava, porque era esse o trabalho deles, eles observavam para contar. Para falar.
–Tá, não está mais aqui quem falou. -Ela ergueu as mãos em rendição.
–Talvez a Crânio não seja tão idiota assim. -Disse um garoto dos Vigias e sorriu sarcástico.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.



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