Son of Hephaestus escrita por Lissandré, Sherllye


Capítulo 5
Chapter 5 - The Garden's Murder


Notas iniciais do capítulo

Guess what? NOVA CAPA! Gostaram?

Adivnha o que a gente tem aqui? Um capítulo novo, yay! Ok, parei. Quero pedir desculpas pela demora. Tive que esperar o feriadão de Carnaval pra poder escrever :/ Mas está aí. Espero que gostem

GOGOGO



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–Fale, Calipso.- suspirou Leo, cansado, se aproximando da menina.

Ela estava parada de braços cruzados e olhando irritada com uma sobrancelha levantada.

–Quem é a garota?- perguntou ela.

–Que garota?

–A que você estava babando, lá em cima.

–Ah, é a Charlie...- disse ele lançando um olhar por cima do ombro, para onde Charlie estava parada, ainda com o brilho rosado.- Espere, babando? Até você?

–Como assim “até você”?

Houve uma pausa onde Leo suspirou pesadamente e passou a mão pelos cabelos.

–Nada, Calipso, nada... O que você quer?

Ela o encarou, irritada, por alguns instantes, mas depois sua expressão se suavizou tornando-se um sorriso.

–Eu estava com saudades, ué... Faz algum tempo que eu não conseguia mais te ver.- disse ela meigamente, arrumando a gola da camiseta de Leo.

–Com saudades?- perguntou ele, incerto.

Ela afirmou sorrindo e se aproximou, abraçando-o.

–Own, que coisa mais fofa esses dois.- disse Piper quando passou pelos dois, Jason ria ao seu lado. Se não fosse o comentário de Piper na mesa de jantar, mais cedo, Leo não teria entendido o tom de sarcasmo em sua voz.

Calipso sorria abertamente, achando ser um comentário positivo. Leo estava totalmente desconcertado e com uma enorme vontade de matar Piper.

O acampamento inteiro se dirigia aos seus chalés, dando fim a fogueira. Charlie estava no fim da fileira de campistas ao lado de Ally e um garoto loiro e alto que conversava alegremente com elas. Charlie mantinha os braços cruzados tentando se esquentar, agora que tinha os braços nus com aquele vestido. O garoto loiro percebera e oferecera seu casaco, que Charlie aceitou agradecida.

–Boa noite, Leo.- murmurou ela sorrindo para Leo e dando um aceno com a cabeça para Calipso que sorriu afetadamente por educação, mas depois que Charlie estava longe bufou e revirou os olhos.

Leo sentiu algo em seu peito afundar até o Tártaro. Algo naquele sorriso de Charlie, que parecia um tanto diferente, e o gesto do outro garoto, o fez se sentir estranhamente minúsculo e culpado... E irritado.

Ele esperou toda a procissão de campistas passarem para continuar sua conversa com Calipso.

–Qual é o seu problema, Calipso?- perguntou Leo calmamente enquanto afastava ela gentilmente.

–Como assim?- perguntou ela na defensiva.

–Eu estou bravo com você, esqueceu? Você...

–Por que está bravo comigo?- interrompeu-o

–Você sabe o porquê.- disse ele, começando a se estressar. Odiava quando ela se fazia de desentendida.-Eu só te peço pra não vir com esse papinho meigo e que estava com saudades pra cima de mim, por que não vai funcionar.

–Argh, não me diz que é aquela história do Percy de novo!

–Sim, Calipso, é exatamente isso! Você fica agindo que nem uma idiota quando ele está por perto e isso irrita!- defendeu-se ele.

–Eu já falei bilhões de vezes que isso é coisa da sua cabeça! Eu não gosto do Percy! Você tem que entender que, se eu gostasse daquele garoto, você nunca teria saído daquela ilha!- gritou ela.

–As coisas mudam, Calipso, e você sabe disso. Você ficou lá naquela ilha, pensando nele, durante anos até eu aparecer. Você realmente acha que nada ia mudar no momento que você encontrasse seu querido “herói” outra vez?- perguntou ele com toda a raiva que sentia. Houve uma pausa, na qual Leo a encarou esperando que ela respondesse. Ela o olhou estupefata.

–Eu esperava que você, mais do que todos, fosse entender que quem eu realmente amo é você.- disse ela olhando para baixo, visivelmente encabulada, sua voz não passava de um sussurro. Leo se sentiu um estúpido tendo um ataque de ciúmes naquele momento, sentiu pena dela por parecer tão escroto e insensível. Mas então se lembrou de quando ela viu Percy pela primeira vez, o quanto o sorriso de Calipso se abriu e o quanto ela pareceu magoada vendo ele todo cheio de amores com Annabeth.

–Lamento, Calipso, nem você acreditou no que disse... Eu não sou burro, eu vi o quanto ficou feliz em revê-lo. Tenho certeza de que todo mundo que estava na volta percebeu. E eu? Como fico? Eu gostava de você Calipso! Me preocupei com você, sozinha e solitária naquela ilha... Eu... Eu não vou ficar fazendo papel de palhaço, aqui. Lamento.

–O que quer dizer com “gostava”? Você não sente mais nada por mim?

–Boa noite, Calipso.- disse ele em tom definitivo.- Vou dormir, não quero continuar com isso.

–O que quer dizer com “gostava”, Leo? Responda!- disse ela, ignorando o que ele tinha falado.

–Eu disse: Boa noite.- respondeu ele se virando e andando em direção aos chalés.

Ela se dirigiu irritada até Leo, sentia um nó em sua garganta e sua visão já estava embaçada pelas lágrimas. Ela puxou o braço dele.

–Me responda, você não gosta mais de mim, é isso?

–Eu não disse isso.- defendeu-se ele.- Mas não quero e nem vou discutir isso com você agora.

Ela o encarou fixamente seus olhos, Leo desejou que ela não fizesse isso, pois ele se sentia destruído por dentro, vendo ela com os olhos cheio de lágrimas e o lábio inferior tremendo levemente. Ela o soltou relutante e viu ele se afastar lentamente.

Ela sentia uma raiva aflorar em seu peito. Raiva por se sentir culpada, por Leo tê-la deixado ali, por saber que parte daquela história era verdade, por sentir que estava enganando-o. Mas ela gostava de Leo. Mas como ela gostava dele?, pensou ela. As lágrimas já corriam por seu rosto quando ela gritou com a voz embargada:

–Eu te odeio, Valdez!

***

–Temos que escolher uma arma para você.- disse Annabeth. Ela acabara de se aproximar da mesa de Afrodite que estava vazia com exceção de Charlie, que terminava seu café da manhã.

–Eu já tenho uma arma. Meu espelho. Aliás, peça para Quíron me devolver.

–Charlie! Pare de ser teimosa!- disse Annabeth, rindo.- Anda... Você sabe que ele não é seu.

–Mas está comigo desde que eu era pequena, então, tecnicamente, é meu!

–Charlotte, você sabe que ele não está com você desde pequena. Quíron acha que alteraram sua memória, então, tecnicamente, não é seu.- replicou Annabeth.

Charlie a encarou por alguns segundos, mas sorrindo, disse:

–Touché.

–Vamos, termine seu café... Oh, Allycia!- chamou Annabeth quando a garota ruiva saía do Pavilhão do Refeitório.

Ela se aproximou da mesa do Chalé 10.

–Bom dia.- disse sorridente.

–Allycia , nós...

–Ally- interrompeu-a.

–Como?- perguntou Annabeth confusa.

–Ally. Me chame de Ally.

–Ah, ok... Enfim, eu tenho que ajudá-las a escolher um armamento para as duas. Vocês têm que começar a treinar! Depois do café vou levar Charlie ao Arsenal e você vai vir junto.

–Tudo bem... disse Ally, rindo do modo autoritário de Annabeth.

–Ok, terminei.- disse Charlie tomando o último gole de suco.

Elas caminharam calmamente até o Arsenal, onde Charlie percebeu que faltavam algumas armas. Ganchos na parede e mesas estavam vazias, tornando o lugar um tanto vazio.

–Algumas se extraviaram na batalha contra Gaia.- disse Annabeth percebendo o olhar de Charlie para as paredes vazias.- Sabe como é, muita gente precisando de armas... proteção...- suspirou ela olhando em volta. - Aqui, Charlie, experimente essa.

Ela entregou uma espada de bronze com o punho rosa, tinha pequenos detalhes de flores e borboletas. Logo que Charlie a pegou, percebeu que a espada era um tanto pesada, o que a deixava desconfortável.

–Pesada, não é?- perguntou Ally.

Charlie afirmou enquanto Annabeth pegava a espada.

–E bem máscula, diga-se de passagem.- comentou rindo.

Ally olhou em volta quando percebeu uma pequena mesa que chamou sua atenção, nela havia um simples arco preto com uma aljava de flechas com o corpo prateado e a ponta de bronze.

–Tente essa, Charlie- disse Annabeth, entregando outra espada de bronze, um pouco menor e menos pesada.

–Ela é... Leve demais.- concluiu.- Mas guarde, caso eu não ache nada melhor.

E assim foi, os próximo dez minutos foram de Charlie testando e experimentando espadas. Não conseguia atirar com um arco ou manejar uma adaga, o que só dificultou a escolha.

–Acho que vou ficar com a segunda. É mais cômoda.- decidiu Charlie.

–É...- concordou Annabeth- Vamos para Ally agora. Ally por que você...

–Quero tentar esse arco.- disse ela, decidida.

–Ok... Tudo bem. Mas, normalmente, por segurança, arqueiros têm uma segunda arma para defesa, caso suas flechas acabem.

Annabeth foi até a mesa onde Ally estudava o arco e começou a conversar sobre a escolha da adaga, como usá-la...

Charlie guardou a espada em seu cinto e foi até a entrada, encostando-se à balaustrada. Viu campistas correndo, parecendo atarefados. Viu Nick, o garoto gentil que conhecera noite passada por intermédio de Ally, na linha de tiro de arco e flecha.

–Como vai a garota dos olhos coloridos?- perguntou Leo, se aproximando.

–Muito bem, Leo, obrigada.- disse sorrindo.

–Vejo que achou uma espada.

–É... Não é o ideal, mas foi o que consegui. Preferia mil vezes meu espelho... E você? Qual sua grande arma?- perguntou ela sorrindo. Leo percebera que, quando ela sorria abertamente, mordia levemente o lábio inferior. O que o fazia sorrir, também.

“Foco, Valdez, foco.” Pensou ele.

–O meu charme, obviamente.- respondeu Leo.

–O seu charme?- perguntou Charlie incerta, começando a rir.

–Não acredita? Olhe, garota, não me subestime. Roubei uma placa de bronze celestial de um pseudo-Brad Pitt que tinha uma procissão de fãs querendo me matar usando apenas o meu charme. Fiz elas virarem... Você sabe, do Time Leo.

–Do Time Leo?- perguntou Charlie rindo mais. Leo se sentiu um idiota por estar meio hipnotizado pela risada dela.

–Pois é, eu faço muito sucesso. Além disso, solto fogo pelas mãos, posso me auto incendiar intencionalmente, sou imune ao fogo, construo coisas úteis e tiro o que quiser do meu “cinto de utilidades”.

–Você é bem multiuso, não é Batman?- sorriu ela.- Espere, você disse que pega f-fogo?- perguntou Charlie, dando um passo para trás.

Quando ela tinha 5 anos sua casa pegou fogo por culpa de uma empregada descuidada que deixara o forno ligado após retirar o jantar. Aquilo traumatizara Charlie, as imagens do fogo consumindo sua casa, seu pai entrando desesperado na casa em chamas para salvas seus pais, as vigas caindo e o desespero dela para o pai sair dali. Infelizmente, fora tudo em vão. Naquela noite, seus avós morreram, presos dentro da casa.

–Algum problema?- perguntou Leo, percebendo o olhar assustado de Charlie.

Mas antes que pudesse responder, Annabeth se aproximou com Ally, que segurava o arco preto com a aljava.

–Bem, Charlie, eu vou...- ele apontou para algum lugar por cima do ombro.- Eles precisam de ajuda nas... forjas, eu acho...- com um aceno com a cabeça, ele se afastou sorrindo levemente para a área onde os filhos de Hefesto ficavam a maior parte do tempo.

Charlie olhava ele se afastar, sorrindo sonhadoramente.

–Alguém está imaginando mil formas de matar você o mais dolorosamente possível. Se eu fosse você, tentava esconder esse olhar bobo pro garoto de reparos.- Sussurrou Annabeth para Charlie. Ela sentiu seu rosto queimar.

Ela piscou e olhou em volta, a procura da pessoa com olhar assassino. Infelizmente a encontrou. A garota de cabelos castanho claro que estava abraçada em Leo na noite passada, estripava a terra que estava preparando para o plantio com um olhar de mais puro desgosto para Charlie.

–Quem é a garota?- perguntou Charlie no caminho para a Arena de Combate com Annabeth e Ally.

–Calipso.

–Ela é... Ela é namorada de Leo, ou algo assim?- Hesitou, com medo da resposta.

“Não que eu goste de Leo,” pensou ela. “Só não gosto da ideia de ele ter uma namorada.”

–Eu, sinceramente, não sei mais. Quero dizer, eles andam meio afastados ultimamente. Desde... Desde que ela viu Percy outra vez. Ele tinha sido...

–Um dos heróis que acabaram caindo em sua ilha.- Annabeth e Charlie se viraram para Ally com o cenho franzido.- O quê? Eu converso com meu irmão durante a noite. Ele me contou histórias sobre as missões de vocês, Annabeth.

–Às vezes eu esqueço que você é minha... Cunhada, digamos assim.

Elas continuaram o caminho, escutando o modo como Percy contava as histórias para Ally. Annabeth intervia algumas vezes para adicionar algo ou sorria abertamente, como se ela se lembrasse dos perigos e sentisse saudades dos momentos que passava correndo com Percy e Grover, o sátiro que ficou encarregado de trazê-los em segurança. Charlie tentou o máximo esconder o alivio e, até mesmo, a felicidade por Leo não estar tão bem com a garota assassina de jardins.

Annabeth desviou o caminho até a entrada da construção que devia ser a Arena. Segundo a filha de Atena, ela e o Arsenal já haviam sido 100% reconstruídos para estarem preparados caso algum meio-sangue novo chegue ao acampamento, o que era o caso de Ally e Charlie.

Antes de chegarem à entrada da construção, elas conseguiram o barulho de espadas retinindo e o grito dos semideuses que treinavam.

–Venham. Vamos ver se são boas com armas e defesas.- sorriu Annabeth.


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Notas finais do capítulo

Lembra aquelas palavrinhas maneras que deixei nas notas finais do último capítulo? Pois é, vale aqui tbm.

Plz, comentem, quero saber se estão gostando ou se to escrevendo apenas para encher linguiça :p

Bjão de Amortentia da EP :)



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