Son of Hephaestus escrita por Lissandré, Sherllye


Capítulo 3
Chapter 3 - Camp Half-Blood


Notas iniciais do capítulo

Tipo, desculpem a demora, eu tava "aperfeiçoando" o capítulo. Eu ainda estou em um meio termo com ele :p
A Laís disse que gostou, então isso é o que vale e por isso eu vou postar. Logo eu posto o 4º

GOGOGO



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“Um sonho?” pensou Charlie. Ela havia acabado de acordar, mas ainda estava de olhos fechados, com preguiça. “Foi só um sonho?... Claro que foi um sonho, afinal, quem luta com Quimeras enquanto corre com um sátiro?” Ela sorriu com um pensamento, enquanto se levantava da espreguiçadeira que estava deitada. O movimento a fez sentir uma pontada de dor na altura da cintura, aquilo a fez abrir os olhos alarmada, ela tinha sido picada por um tipo de cobra na cintura nesse sonho.

–Oh, você acordou!- disse um menino atrás de Charlotte. Ela estava num quarto muito aconchegante. Paredes cor de creme com quadros de paisagens, o chão de madeira, deitada numa espreguiçadeira com desenhos dourados. A luz do sol inundava o quarto com uma cor alaranjada.

Ela se virou com cuidado para poder enxergar o menino, ele aparentava ser um pouco mais alto que ela, cabelos pretos, sorriso malicioso do tipo “tem uma bomba em baixo da sua cadeira e você nem sabe.” Ele não parecia ter mais de 15 anos.

– Meu nome é Leo, e o seu?

Charlie o estudou atentamente, ela poderia ter dito “Sou Charlie, por acaso tem alguma bomba em baixo do lugar onde estou sentada?” ou somente “Sou Charlotte Madison.” Mas tudo que disse foi:

–Bonito cinto se utilidades, Batman.

–O quê? Oh... Não, não, não. Isso não é um simples cinto de utilidades, minha cara. Assim você me ofende profundamente.- disse com uma mão em seu peito, como se estivesse realmente mortificado pelo que ela disse.

Ela riu, o que a fez se curvar de dor. O sorriso de Leo se desfez e ele, rapidamente, se aproximou dela.

–Desculpe, eu tenho esse problema de ser sempre engraçado...

–Você ta me fazendo rir mais.- disse ela, realmente segurando o riso.

–Desculpe- disse ele dando uma pequena risada.- Vamos começar com algo mais básico, continuaremos com a pergunta de “Qual seu nome?”, ok?

–Charlie...Quero dizer, Charlotte. Charlotte Madison.

–Valdez!- disse uma voz no outro cômodo. Em seguida, ouviu-se um clop, clop, clop e um cara montado num cavalo apareceu na soleira da porta.

Não, definitivamente, não era um cara montado num cavalo. O cara era o cavalo, pelo menos da cintura para baixo. Depois, tinha um homem de meia idade, com barba desgrenhada e olhos que passavam um conforto irreal, raciocinou Charlie.

–Oh, não. Deveria ter avisado ele quando você acordasse.- sussurrou Leo para Charlotte, ele estava de olhos fechados como se estivesse rezando para sair vivo. O que, na opinião de Charlie, era meio estranho já que o homem não parecia realmente bravo com ele. Talvez fosse alguma outra piada.

–Então você acordou, senhorita... Qual é mesmo seu nome?

–Charlotte Madison... Você é um centauro?

O homem olhou para baixo, onde deveria haver suas pernas, e suspirou como se esquecesse desse pequeno detalhe.

–Sim, sim. Meu nome é Quíron, naturalmente.

“Nossa, super natural. Todo mundo sabe o nome de cada centauro que ande pelo mundo.” Pensou Charlie. Mas, secretamente, ela esperava que ele fosse o único, centauros eram um pouco... Intimidadores.

–Quíron?...Tipo aquele cara que... Ajudou o Hércules e etc.?-disse Charlie tentando se lembrar do único filme, que se lembre, onde “Quíron” fora mencionado.

“Esse cara não parece nada com o gordinho mal-humorado que ajudou o Hércules naquele filme da Disney.” Pensou.

–Exato...- sorriu Quíron.

–Ok... Eu vou voltar a dormir por que, obviamente, eu ainda estou sonhando.- disse Charlie.- Até parece, eu falando com centauros e... garotos legais?- disse ela, olhando para eles com o cenho franzido.

–Garoto legal?- disse Leo, com a cabeça levemente inclinada.

–Receio que não seja um sonho, Charlotte. Esse é o Acampamento Meio-Sangue.

–Acampamento Meio-Sangue?- perguntou começando a rir, o que doeu.

–Leo, pegue um pouco de néctar para a Srta. Madison, sim?

Ele ainda me encarava com a cabeça levemente inclinada, quando Quíron o chamou, ele piscou, parecendo ter sido acordado, Leo suspirou e saiu.

–Desculpe-me pelo Leo, às vezes ele fica distraído muito fácil...

–Ele é seu ajudante?

–Oh, não, apenas um campista do Chalé 9.

–Chalé 9?

–O Chalé dos filhos de Hefesto.

–Então, se ele é só um campista, por que está aqui sendo minha babá?

–Bem, foi ele quem te achou ontem à noite. Ele ficou um tanto quanto assustado, vendo você tão machucada...

–Ele me salvou?

–Sim, foi sorte sua ele aparecer no momento que voltava para seu chalé. Ele, bem, passou a noite ao seu lado. Obviamente, preocupado.

–Wow, me lembre de agradecer ele...

Quíron deu uma leve risada.

–Então, Charlotte...

–Pode me chamar de Charlie.- interrompeu ela.

–Então, Charlie, você sabe alguma coisa sobre Mitologia Grega?- perguntou ele, abordando esse assunto, do nada.

–Pouco, realmente, muito pouco. Sabia da Quimera por que li em algum livro. Mas acho que só sei sobre você, Zeus e Hades. E só sei disso por causa daquele filme da Disney. Por quê?- Quíron riu com gosto, acho que ele se lembrou do pseudo centauro que era Quíron.

–Eles são reais, tudo da mitologia grega.- disse simplesmente..

–Tudo? Tipo o Minotauro, Zeus e Hades?

–Naturalmente.

“Lá vem ele de novo com o naturalmente, não é tão natural seres divinos realmente existirem.” Pensou.

–Ok... E o que seria esse tal de “Acampamento Meio-Sangue”?

–Bem, os Deuses, de vez em quando, tem casos com mortais, dando origem aos semideuses. Obviamente, você é um deles... É para cá que os semideuses vem, para serem treinados e instruídos a lutar contra esses monstros, que tem um... apetite, por esse tipo de pessoa.

“Obviamente? Ele só pode ta brincando com a minha cara!” pensou Charlie.

–Obviamente?- perguntou.

–Sim, afinal você lutou com uma Quimera, o que nenhum mortal comum faria. Além disso, seus olhos mudam de cor, o que pessoas comuns também não fariam.

–Como você... Patrick.- concluiu.

Quíron riu.

–Sim, seu sátiro, Patrick, me informou sobre isso.

–Informou você sobre meus olhos, mas não o meu nome?

–Bem, ele teve de sair às pressas logo que chegou. Afinal, você estava fugindo de casa. Corria perigo e você precisava de ajuda.

–E ele está bem?

–Oh, sim. Nada grave.

Charlie suspirou, aliviada.

–Então,- disse ela se recompondo.- então meu pai é um Deus, tipo o Hefesto?

–Não, sua mãe é uma Deusa. Seu pai é um mortal comum, apenas com a diferença que teve um tipo de relacionamento com um Deus.

–Isso é impossível, minha mãe morreu quando eu era pequena.

–Eu receio que não... Os Deuses são imortais, sabe?

–Então meu pai mentiu pra mim?

–Talvez... Alguns fazem isso para diminuir o lado semideus dos filhos, pensar na segurança. Mas isso não é possível...

–Ok, então quem é minha mãe?

–Ainda não sabemos. Ela terá de te reclamar até a fogueira, hoje à noite.

–Hum... Ok. Não que eu me importe, mas alguém da minha família sabe que eu estou aqui?

–Patrick foi encarregado disso. Isso me lembra, sobre seu espelho, onde você o arranjou?

–Eu... Eu o tenho desde que era pequena... Meu pai disse que minha mãe me deu antes de... Morrer.

–Impossível... Charlie, você não deveria estar com isso. Ele pertence a Afrodite, ela está brava. Está culpando os outros Deuses. Ela não é de cultivar rancor ou raiva, sabe, sendo a deusa do amor, esses sentimentos são abomináveis. Mas pegaram algo realmente importante para ela.

–Hum, sentimentos abomináveis? Mas eu tenho memórias desse espelho desde que era pequena, como...?

–Eu não sei, Charlie, realmente não sei. Talvez algo ou alguém tenha mexido com a sua mente, é impreciso.

Ela engoliu em seco, algo sobre aquele centauro (Falar isso é tão estranho, pensou ela) dizia que era raro ele não saber de alguma coisa.

–Néctar! Desculpe a demora. Quíron, chegou outra. Está na sala do final do corredor.

Quíron assentiu, e olhou para Charlie.

–Creio que algo importante vai acontecer com você, de agora em diante. Fique preparada... Agora, Leo, já que você foi tão útil ontem à noite, pode levar Charlie para conhecer o acampamento?- disse Quíron antes de sair da sala.

–Ahm, claro. Mas, Charlie, beba o néctar, sim?

Ele indicou com a cabeça para beber. Ela levou o copo aos lábios, mas o gosto não bateu com a aparência. Tinha gosto de panquecas com calda de chocolate, o favorito dela. Ela afastou o copo, franzindo o cenho.

–O que é isso?

–Néctar, ele tem esse gosto de tudo que você gosta. O que te faz mais confortável, acho. Eu sei que é bom pra curar semideuses, assim como ambrosia. Mas em excesso, parece que faz seus ossos queimarem e sua pele derreter, ou algo do tipo...- disse ele dando de ombros.

–Reconfortante... - disse Charlie, ironicamente. Leo riu.

Ela bebeu o resto do líquido, apreciando o gosto das panquecas. Era o mesmo gosto das quais seu pai fazia nas manhãs antes de Georgie aparecer.

“Georgie... deve estar lá,, se aproveitando mais de papai. Agora que eu estou longe de lá... Deve estar felicíssima.” Pensou Charlie, tristemente.

–Então, seus olhos mudam realmente de cor.- comentou Leo, mexendo em engrenagens em suas mão.

–Estão verdes, não é?- perguntou ela. Leo afirmou.- Bem, vamos, me mostre esse tal Acampamento Meio-Sangue...- disse Charlie se levantando, se sentia revigorada após beber o líquido com gosto de panquecas.

Leo guardou as engrenagens no seu cinto do Batman e olhou para Charlie sorrindo. Ele estendeu o braço, como os antigos cavalheiros, e a acompanhou até a sacada que rondava a casa.

–Wow!- suspirou Charlie.

O lugar era enorme, seria incrivelmente lindo se não estivesse um tanto destruído. Charlie se perguntou se o que via daquela sacada era tudo. Um lago de canoagem enorme, uma quadra de vôlei com a rede caída, enormes construções de mármore quebrado, estábulos chamuscados com alguns cavalos na volta (voando?, se perguntou, talvez aqui eu arranje um pégaso), colinas enormes com plantações de morangos que deixavam pelo vale uma brisa com o cheiro da fruta, alguns campistas de camiseta laranja andavam pelo acampamento, era um lugar tão incrível mas estava tristemente destruído em algumas partes.

–O que aconteceu?- murmurou ela para Leo.

–Bom... Digamos que houve uma pequena guerra contra Gaia, a deusa-terra, antes de você chegar.

–Uma... Uma guerra?- esganiçou-se Charlie. A sua mente, vieram cenas de soldados, armas e barricadas com sacos de terra.

–Oh, não, não o tipo de guerra sangrenta do Iraque, ou algo do tipo.- disse Leo, como se lesse sua mente.- É muito pior e surreal, por causa dos monstros.

–Meu deus... Deuses, sei lá.

–Estava pior... Com a ajuda dos campistas está melhorando.

Eles voltaram a encarar tristemente o acampamento. Charlotte simplesmente suspirou maravilhada com o lugar, mesmo destruído, lhe parecia fascinante e um tanto libertador.

–Bem vinda ao Acampamento Meio-Sangue, Charlie.- murmurou Leo.


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Notas finais do capítulo

Nada tão emocionante aconteceu, mas espero que tenham gostado (O Leo apareceu, aah :3)

Bjs de Amortentia da JGL



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