Son of Hephaestus escrita por Lissandré, Sherllye


Capítulo 2
Chapter 2 - Chimera


Notas iniciais do capítulo

OMG, nem demorei pra postar o segundo cap o.o

GOGOGO



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–Adeus! Vejo vocês em dois dias!- acenou o pai da porta de entrada da casa dos Madison.

–Até mais, bombomzinho!- disse Georgie beijando a bochecha de Bob. Charlie sentiu um leve desgosto da parte da madrasta. Vaca.

–Blergh!- disse Charlie, colocando o dedo indicador na língua, como se quisesse vomitar. Henry riu do gesto.

–Charlotte...-disse o Sr. Madison- comporte-se. Mórfis estará lá caso precise, ok?

–Ok...- disse ela dando de ombros.

–Charlie...- disse Bob advertidamente.- Se esforce...só um pouquinho, ok? Por mim.

–Tanto faz...- bufou ela. Não havia perdoado ele por deixarem prendê-la no quarto. Ela se virou de volta para o carro.

–Charlie...-chamou ele.

–Deixe-a, você sabe como ela é quando esta brava...- disse Mórfis puxando-o para uma conversa particular.

Charlie pegou suas malas e a bolsa de couro e entrou no carro.

–Não acredito que terei de passar três meses em Montauk com Georgie, bem que Mórfis poderia ter conseguido outro carro para ela.

–Lamento, baixinha.- disse Henry sorrindo.

–Cala a boca, Henry, não me chame de baixinha.- respondeu rindo, o que a fez relaxar um pouco.

–Charlie!- disse Georgie alegremente quando se sentou ao lado dela no carro. Mórfis entrou logo depois dela.- Nós duas, juntinhas, em Montauk! Consegue imaginar a diversão?

–Georgine,- Charlie a chamou pelo nome.- já disse quinze mil vezes, não me chame de Charlie.

“E não será nada divertido se você estiver lá!” quis acrescentar, mas achou que seria muito cruel.

Ela sorriu desconfortável. Georgie odiava ser chamada pelo nome original.

–Mas...seu pai a chama de Charlie,Henry e Mórfis, também.

–Isso, meu pai e Henry. Minha família e amigo. Ah, Mórfis, espero que não me chame mais assim. Foi realmente... Horrível... O que fez comigo ontem à noite.- O mordomo não respondeu, agiu como se não fosse importante. O que irritou ainda mais Charlie.

A madrasta se moveu desconfortável ao lado de Charlie. Ela percebeu que Georgie havia franzido os lábios e o cenho. Parecia uma criança fazendo pirraça. Charlie percebeu, de canto de olho, um brilho vermelho relampejar nos olhos de Georgie. Aquilo fez um arrepio percorrer o corpo de Charlie.

Georgie limpou a garganta e voltou a falar.

–Charlotte, eu...- seu tom de voz era mais sério, sem nenhuma falsa animação ou guinchos. Era até mais...sombria. À medida que se aproximaram da auto-estrada, saindo da cidade caótica de Nova York, Charlie pode perceber o céu escurecendo, o tempo fechando.- Eu só estou tentando ser sua amiga. Essa viagem...fui eu quem planejou.

–O quê?! Georgie, eu não quero ser sua amiga, eu não te suporto! Tudo que eu menos queria, agora, é ir pra essa viagem com você!- ela podia sentir seus olhos ficando verde claro. Ódio.- Não tente, eu, realmente, não gosto de você.- Ela finalizou com todo ódio e desgosto que ela podia transmitir pela voz.

Georgie pareceu enfurecida, esses relampejos vermelhos apareciam constantemente em seus olhos. Pela primeira vez, Charlie sentiu medo de Georgie. Ela parecia fora de si.

“Ok...talvez eu tenha pegado um pouco pesado.” Pensou Charlie.

–Bom, Charlotte Madison,é uma pena esse seu...sentimento. Mas você terá de se acostumar, pois eu vou me casar com seu pai.- Um trovão ribombou no céu. Assim como Charlie, ela também deixou aparente o desgosto em dizer essa frase.

Um silêncio decaiu no carro. Por um instante, só se ouvia o vento batendo na carroceria do automóvel. Georgie engoliu em seco, como se tivesse falado sem intenção. Charlie conseguiu ver a velha arrogância da mulher voltando. Ela conseguiu ver nas expressões de Georgie que ela não amava seu pai e que doía profundamente ela dizer aquilo.

–O quê?- perguntou a garota.

–Eu...me desculpe, era surpresa. Seu pai queria lhe contar a novidades no fim de semana.

–Eu não acredito...- falou Charlie rindo. Só podia ser mentira, seu pai nunca faria isso com ela. Ele não podia fazer isso com ela, seria muito mais insensível da sua parte.

–Bem, acredite se quiser...- disse Georgie. Charlie se virou para a janela, irritada. Ainda assim, ela conseguia ver o reflexo de Georgie.- Incrível, igualzinha a mãe. Arrogante! Estúpida! Tola!- sussurrou Georgie para si.

–Espere aí, o que você disse?

–Não disse nada, Charlotte.

–Você conheceu minha mãe?

–O quê? Não, de onde tirou isso?- disse sorrindo falsamente.

–Eu ouvi você dizendo isso. A chamando de arrogante, de tola!

–Você deve estar louca!

–Não, não estou. Você estava sussurrando essas coisas.

A mulher bufou exasperada.

–Ora, quer saber? Eu conheci, sim, sua mãe! Uma vaca estúpida, sempre agindo em nome do amor. Uma tola!

–Você não disse isso.- disse Charlie ameaçadoramente. Quem ela pensa que é para falar de sua mãe?

–Aceite os fatos, Charlotte. Estou te avisando o tipo de gene que leva em seu sangue. Sua mãe não era e nunca foi uma boa pessoa.

–Cale a boca! Cale a boca sua vaca!- Mórfis olhou assustado para Charlie, até ela mesma se assustara com a força que sua voz tinha tomado. Mas ela conseguiu o efeito que queria.- Quem você pensa que é para falar da minha mãe? Você é uma aproveitadora que quer se casar com o meu pai se interessando apenas pelo dinheiro! Você não o ama! Você não me conhece! Você não conhece minha família! Pra mim já deu! Cheguei ao meu limite!

Georgie se encolhera, Mórfis e Henry assistiam a briga assustados, até mesmo hipnotizados. Charlie se olhava, ela podia jurar que um brilho rosa emanava dela. Ela tremia de ódio.

***

–Puta! Vadia! Vaca! Que ódio dessa mulher!- disse Charlie irritada. Já passava das dez da noite, ela caminhava a luz do luar na beira do mar, deixando as ondas molharem seus pés. Ela usava um vestido branco por cima do biquíni e um casaco comprido de cashmere cinza com linhas douradas, a parte da frente era mais comprida. Aquela combinação a deixava impecável. Ela vira uma mulher usando essas mesmas roupas em um sonho, a mulher lembrava um pouco a si mesma. Charlie gostava de pensar que era sua mãe, afinal, ninguém se lembra de um sonho por completo. Mas a imagem da mulher marcara em sua mente durante anos, desde que ela sonhara com isso quando tinha sete anos.

Enquanto andava, lágrimas caiam de seu rosto para o mar. Ela se sentia triste e amarga por dentro. Se sentia mais sozinha do que nunca. Sem amigos, seu pai se casando com uma mulher que só se interessava pelo seu dinheiro, que não o amava. Charlie se perguntava se ele sabia que Georgie falava assim de sua mãe, talvez não. Seu pai se dizia apaixonado pela mãe de Charlie, ele nunca ficaria com alguém que a difamasse deste jeito. O pior é que ela sabia que seu pai nunca acreditaria se ela dissesse o que acontecera no carro. O carro...Henry havia ido embora, também, e Mórfis não falava com ela desde a discussão.

A mão de Charlie se apertou em volta do cabo ornamentado do espelho. Mesmo sem olhar para o objeto, ela sabia que seus olhos estavam uma mistura de vermelho com verde-oliva. Ela já se acostumara com essa cor em seus olhos. Ultimamente é a que mais aparecia. Tristeza. Um trovão a tirou de seus pensamentos. O tempo havia se fechado drasticamente desde a briga com Georgie. Não se via uma estrela no céu, que estava tão escura quanto piche. Nem a luz do luar estava tão evidente. Não que aquilo fosse estranho, o tempo sempre fora meio louco em Montauk. Ela voltou para casa para terminar os últimos preparativos. Aquela seria sua última noite com os Madison.

Ela entrou na “humilde” casa de praia da família dela. Charlie não entendia o por que de esbanjar tanto em uma casa que eles usariam uma vez por ano.

“É pra proporcionar o máximo de conforto, Charlie” respondeu seu pai quando ela perguntou.

“ ‘Conforto’... Muito que eu vou ter conforto com essa múmia montada andando pela casa.”

Uma música ecoava em sua cabeça. Era um rock antigo. Na música, ela conseguia ouvir sussurros da voz de Georgie dizendo: “Vou me casar com seu pai!” e “Sua mãe era uma vaca estúpida!”.

Ela entrou na casa fazendo o mínimo de barulho, todo mundo estava dormindo quando ela saiu e esperava que continuassem assim quando ela fugisse. Não, fugisse não, quando ela fosse embora. A chuva começara a cair torrencialmente lá fora. Trovões sacudiam as janelas.

“Ótimo, vou ter que sair com essa chuva lá fora!” bufou irritada.

Se ela tivesse olhado para fora antes de entrar na casa, ela teria percebido a grande massa negra e disforme que se esgueirava no bosque do outro lado da auto-estrada.

Ela subiu as escadas até o quarto onde ocupava na casa e fechou a porta. Ela se encostou na porta e respirou fundo, seu coração estava acelerado, como se tivesse corrido uma maratona, sua pele estava gelada. Com um nervosismo que só crescia.

–Não desista agora, Charlie.- murmurou para si.

Ela foi até a sua mala, em cima da cama, e a abriu. Pegou uma mochila que ela havia escondido em baixo das roupas, tirou algumas da mala e as guardou na mochila, por último, pegou o espelho e o guardou. Ela colocou a mochila nas costas e pegou sua bolsa. Antes de sair para a rua, deu uma última olhada na casa, onde passou bons momentos com o pai antes de Georgie, suspirou e saiu. Enquanto caminhava, ligou seu ipod para não ter que escutar ou pensar em mais nada e se pôs a andar pela estrada. A chuva caia fria, a fazendo tremer sempre que uma gota escorria em suas costas.

“Devia ter pegado um guarda-chuva” pensou.

–Liberdade! Que coisa maravilhosa!- disse ironicamente, mais alto que a música em seus ouvidos.

Ela teve a impressão de estar sendo vigiada. Ela tirou um dos fones e teve quase certeza de ter ouvido um sibilo baixo.

–Q-Quem ta aí?- perguntou hesitante.

Silêncio. De canto de olho, ela percebeu um movimento entre as árvores do bosque a sua esquerda. Ela virou para frente de novo e começou a andar mais rápido. Pra onde? Ela não sabia. Poderia andar rapidamente para sempre, vai saber quando (se tinha, realmente, alguma coisa a seguindo) ia parar.

“‘Quem ta aí?’ que pergunta idiota, Charlotte. Achou realmente que ia responder ‘Ah sou um assaltante, tudo bem, continue andando sozinha, no meio da noite, com uma chuva do caralho.’” Ela revirou os olhos pensando na própria idiotice e continuou andando rápido. Ela podia sentir seus olhos mudando para castanho claro. Ela chegou à parte mais habitada e mais afastada da praia de Montauk. Casas com luzes acesas e fileiras de carro. Um leve tremor a fez se virar para traz. Ela ficou em choque com o que viu. Um leão. Não, um leão não é tão grande... E também não tem uma cobra no lugar do rabo!

–Mas que mer...?- Charlie não chegou a completar, ela percebeu que o “troço” estava se aproximando rápido demais.

“O que eu faço? O que eu faço?” sua mente estava enevoada pelo medo. “Carro!” pensou.

“Mas eu não sei dirigir!” pensou em desespero. “Boa hora pra aprender!”

Ela correu até o carro mais próximo e tentou abri-lo. Trancado.

–Não! Não! Abre porcaria!- disse ela trêmula.

Ela se abaixou pra pegar uma pedra e jogou no vidro do carro. Ele começou a emitir um alarme alto. Ela entrou no carro.

–Shh! Cala a boca! Desculpa te chamar de porcaria. Por favor, pare. Vai acordar todo mundo, e esse... Essa coisa vai se irritar. Por favor!- disse batendo no painel, perdida. Ela olhou para o espelho retrovisor e ela gelou. O troço estava perto, uns quinze metros. Seu coração acelerou e ela começou a procurar pela chave.

“Claro, Charlotte pare de ser estúpida! Quem guarda a própria chave no carro?”

O carro! Estava silencioso, o alarme parara!

Alguma coisa a fez se lembrar dos filmes de ação/terror, que as pessoas faziam dois fios se ligarem. Ela se abaixou no painel do motorista e procurou dois fios desconectados.

–Fios, fios, cadê vocês, meu amores?- murmurou desesperada, como se gentileza a ajudasse.

Como por mágica eles apareceram. Talvez gentileza não seja tão ruim.

“Serão esses?” pensou. Ela se levantou e olhou no espelho retrovisor: “Sete metros, caralho!”. Ela se afundou no banco outra vez e juntou os fios... Nada... Tentou de novo... Nada.

–Vamos lá!- gritou.

Tentou esfregar os fios e... Nada... Tentou de novo, com mais força... Quase... Tentou outra vez e... Pegou! Ela pisou fundo no pedal do meio, mas o carro não foi. “Pedal errado, cacete!” sua respiração estava ficando mais forte. Olhou de novo no espelho, três metros... Tentou outro, mas só queimou a borracha do pneu. O cheiro a fez ficar nauseada, pra piorar seu coração acelerou mais... Freio de mão! Ela puxou a alavanca que tinha do lado do banco e pisou fundo, o mais forte que pôde. Ela arrancou 5 espelhos retrovisores, inclusive o seu, arranhou alguns outros carros, mas conseguiu fugir na hora que o “troço” ia pular em seu carro.

Ela tremia e ofegava, sua pele estava mais gelada que nunca. Teve certeza que perdeu algumas batidas do coração. Ela chorava de alívio, estava molhada da chuva, de suor e de lágrimas. Mas estava bem... Mas não tão bem quanto deveria, o “troço” ainda a perseguia e estava quase alcançando o carro. Ela pisava mais e mais no acelerador. Mas a seta vermelha mostrava que ela tava quase atingindo a velocidade máxima do carro. Mas o monstro era rápido, estava quase a alcançando.

Cabeça de leão, ela percebeu um corpo de cabra, rabo de cobra... Ela já tinha ouvido falar desse bicho. Mas era uma lenda! Uma lenda antiga grega!

A Quimera!

No momento que ela chegou a conclusão uma parede de chamas acertou o carro. Ela gritou mais ainda.

–Eu to ferrada! Eu to fodida! Eu to morta!

Ela lembrava que um herói a matara... Belerofonte! Ele matou ela num cavalo...num cavalo alado, um pégaso, acho que é o nome, pensou Charlie

“Puta que pariu! Onde é que eu vou arranjar um pégaso?!”

Blénc.

A Quimera a alcançara e estava no teto do carro.

–Não!- ela gritou desesperada.

Ela virou o volante o máximo que pôde e passou a mureta que separava o bosque da estrada. A Quimera caíra do carro, mas Charlie acabou batendo o automóvel numa árvore, que começou a pegar fogo. A Quimera caíra no meio da estrada, mas já estava retomando a consciência. Charlie saiu do carro o mais rápido que pôde e saiu correndo bosque adentro.

–RAAAUR!

Um rugido se ouviu. Aquilo gelou os ossos de Charlie que corria perdida pela floresta.

–Graças aos deuses eu te encontrei!- uma figura corria na direção dela. Ela não quis saber quem era, só corria.

–Socorro!- ela gritou- Alguém me ajude!

–Pare Charlie! Ele está desnorteado. Se gritar, ele vai te encontrar mais rápido.

Ela parou de correr, assustada. Como ela fizera isso, ela não sabia. O medo só a fazia correr mais e mais. Mas ela conhecia aquela voz.

–Patrick? O que está fazendo aqui?

–Não temos tempo, me siga!- disse pegando a mão dela e puxando.

–Isso são pernas de burro?- definitivamente aquilo que eram pra ser as pernas de Patrick, eram pernas de algum animal peludo e com cascos. Ele corria com agilidade entre as raízes, pedras e árvores.

–Burros! Isso são pernas de bode! B-O-D-E! Sou um sátiro! Eu poderia matá-la por essa ofensa. Mas você não sabe de nada e eu sou muito pacífico!- disse sem olhar pra trás.

–Desculpe... Eu acho. O que está fazendo aqui?

–Longa história. Consegue pegar seu espelho?

–Meu espelho? Pra que você quer meu espelho?

–Pra ver se eu to bonito! – disse sarcasticamente. Pra isso ele tem tempo!- É uma arma, Charlotte! Pegue-o logo!

–Eu acho que eu saberia se isso fosse uma arma!

–Você consegue ou não pegar a porcaria do espelho?

–Não sei! Uma arma? Como...

–Eu distraio o monstro. Fuja, suba a colina, lá você vai ver uma casa grande. Corra até ela e só pare quando chegar. Mas tenha a espada preparada caso ele te persiga!

–Não! Eu não vou te deixar!

–Uff...

A Quimera nos alcançara e estava pronta para pular em mim, mas Patrick pulou na frente dela e a puxou, rolando pelo limo e árvores.

–Patrick!

–Me escute, faça... Faça o que eu disse!... Olhe no... Olhe no espelho... Diga espada em grego!- disse ele fazendo força contra os cascos do corpo de bode da Quimera.

–O que? Espada em grego? Eu não falo grego!- disse ela chorando, desesperada. Não queria perder o único amigo que fizera, mesmo que ele tivesse cascos de burro.

“Bode!” se corrigiu.

– Só olhe e diga... Você vai saber! Rápido!

Ela levantou, trêmula, o espelho na altura do rosto.

–Espada!- gritou em inglês.- Não funcionou!

–Em seus olhos... Olhe em seus...- ele desmaiou.

Ela olhou para seus olhos, que estavam castanhos, e os encarou. Ela ficou hipnotizada, o mundo todo a sua volta ficou quieto e escuro. Ela nunca olhara por tanto tempo seus olhos nesse espelho.

“Espada, criança!” disse uma voz feminina. “Rápido!”

–Spathí!- gritou.

O espelho se alongou e mudou, sutilmente, de prateado para dourado. Ele se transformou em uma espada perfeita, com os dizeres Afrodite em grego ao longo da lâmina.

Ela olhou em volta, Patrick perdera a consciência. Ela viu as narinas da cabeça de leão com uma cor vermelha vivo, fumaça saía delas.

“Fogo!” pensou. “Uma distração, é o que eu preciso!”

Ela viu o rabo de cobra “serpenteando” atrás dele. Sem pensar duas vezes ela correu até ele, antes que ela pudesse golpeá-lo, a cobra saiu da mira da lâmina e enfiou as presas na cintura de Charlotte. Num reflexo incrivelmente rápido, ela cortou a cabeça da cobra ainda presa a sua cintura. Ela tirou a cabeça repugnante do animal e jogou longe. A Quimera saiu de cima de Patrick, que estava pálido, e caiu no chão em agonia. Ela correu até a Quimera e, com o punho da espada, deu bateu o mais forte que pôde na cabeça do animal, que perdeu a consciência. Em seguida, enfiou o mais forte que conseguiu a lâmina no tórax do bicho, que se desfez em pó.

–Patrick!- ela gritou, uma mão apertando o local onde a cobra mordera e a outra segurando a mão dele. Ele conseguia respirar, agora sem a Quimera em cima dele, mas continuava desmaiado. Ela, com a pouca força que tinha, colocou o braço dele em seus ombros e mancou até o topo da colina, a dor ficava mais forte a cada passo. Ela chegou ao topo e viu a casa La embaixo, tinha luzes acesas.

–Socorro! Alguém me ajude!- ela tentou gritar, mas sua voz estava rouca. Ela não sentia mais seu corpo. Luzes coloridas brilharam em sua visão. Seus joelhos cederam e ela caiu colina abaixo. Patrick girou e caiu em cima de sua ferida, fazendo-a sentir uma dor muito forte, como se jogassem acido em seu machucado. Ela tentou tirá-lo de cima dela, mas sua força fora drenada, lavada pela chuva.

“Agora esta a salvo, criança!” disse a voz. “Estou orgulhosa.”

–Socorro! Eu preciso de ajuda!- ela gritou, como se a voz tivesse lhe dado um pouco de força. Ela ouviu passos. Sua visão começou a embaçar. Antes de perder a consciência de vez, ela lembra de ter visto dois olhos castanho, meio infantis, a olhando com preocupação.


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado *-* recomendem e/ou review :)

Beijinhos de Amortentia da JGL :*



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