Hand of Sorrow escrita por Sparkly Dark Angel


Capítulo 23
Como tudo começou...


Notas iniciais do capítulo

Gente que saudade senti de postar e de vocês, leitores fantásticos! Queria ter postado quando voltou, mas estava longe do meu computador com a historia, muito triste, mas agora é hora de alegria! Capítulo novinho e razoavelmente grande!! Espero que gostem, boa leitura...



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–-O ser ignorante, você não está aqui realmente, é um sonho conduzido!

Congelo no lugar, o desgraçado me fez dormir no chão apenas para recuperar as memórias? Agora não o ajudo mesmo! Irei matá-lo quando matar a cabeça de vento!

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–-O quê? Me fez desabar no chão naquela neve estranha? De que forma quer morrer? Lenta e agonizante ou lenta e muito mais que dolorosa? –digo irritada.

Novamente ele parece bem calmo e dá de ombros:

–-Não a deixei no mesmo lugar, coloquei no sofá, bem agasalhada, não se esquenta! –ele ri de sua piada sem graça.

Faço careta:

–-Suas piadas são péssimas! – reclamo.

–-Você não é muito melhor... –diz ele dando de ombros.

–-Não quer dizer que irei parar! –minha vez de dar de ombros.

–-Nem eu! – nos encaramos por alguns minutos num jogo de quem pisca por último, isso duraria para sempre, pois é basicamente um sonho e sei me controlar em sonhos, mas ele desviou primeiro suspirando.

–-Me ajude com minhas memórias para que eu possa matar Hannah!

–-Não preciso de sua ajuda, EU irei matá-la!

–-Claro, você que era escravo dela por séculos... Você não passa de uma garota mimada! –ele diz com raiva.

–-Não sou eu quem precisa de sua ajuda, não me importo de ter que matá-lo...

L suspira e segura com as pontas do indicador e polegar a ponte do nariz buscando paciência, então suspira novamente e me encara com uma expressão cansada:

–-Tudo bem, observe apenas minhas lembranças, depois conversamos, quem sabe você pega algo que me ajude...

Ele não espera resposta e o cenário muda, estou com a mesma roupa, mas me encontro sozinha num lugar parecendo uma vila bem pobre, com chão de areia e algumas casinhas de madeira, vejo uma velha senhora correr até uma dessas casinhas e a acompanho por impulso, na casa há uma mulher dando a luz, desvio o olhar com uma careta de nojo, não era necessário eu ver isso, passa alguns minutos e ouço um choro de bebê:

–-É um menino!-- diz a parteira.

A mulher na cama ri orgulhosa e cansada:

–-Meu menino, meu... – sinto que ela havia dito algum nome, mas não consigo escutar.

–-Meu o quê? –pergunto sabendo estar invisível, porém a mulher me olha fixo e a cena ao seu redor congela:

–-O nome dele é... Não se esqueça...

Novamente, nas partes que ela iria falar o nome passa algum tipo de chiado, como uma interferência, algo bem incômodo, de repente a cena volta ao normal e a mulher olha para um homem que se encontrava nas sombras perto da cama observando tudo:

–-Cuide bem dele... –diz a mulher fechando os olhos e o corpo relaxando.

O homem arregala os olhos e grita:

–-NÃO!

A parteira sente o coração da mulher e declara com uma triste expressão:

–-Ela está morta, mas seu filho é saudável...

–-Não quero saber desse assassino em miniatura, quero minha mulher! Traga ela de volta! –O homem estava ensandecido e seus olhos azuis escuros estavam arregalados e vermelhos ao redor, ele sacudia a parteira com agressividade:

–-Não há nada que eu possa fazer senhor, por favor, controle-se! Seu filho precisará de você! –diz a parteira assustada.

–-Ela não pode fazer nada senhor... Mas eu posso! –diz uma voz muito familiar surgindo do outro lado canto, onde o vento estava realmente agitado, Hannah se encontrava numa roupa que deveria ser de enfeite, pois não cobria quase nada além de suas partes intimas e seios, fiquei constrangida apenas de olhar, não é a toa que ela é cabeça de vento...

–-Q – quem é você?! –indaga o pai da criança assustado.

Hannah sorri maldosa:

–-Meu nome não precisa saber, estou aqui para livrá-lo de um futuro peso e quem sabe devolver a vida de sua mulher...

–-Você pode fazer isso mesmo?! –diz agora surpreso.

–-Claro que posso, e muitas outras coisas que agora não vem ao caso... Mas preciso de algo em troca pela vida de sua mulher... Uma vida pela outra...

–-C-claro, qualquer coisa pela vida dela!

Hannah sorri convencida e se escora na parede analisando suas unhas e disse enrolando:

–-Na verdade seria algo muito bom para nós dois... Eu ganharia um escravo e você a vida de sua mulher...

–-Aceito! –diz o homem sem hesitação e Hannah aumenta o sorriso entregando para ele a mesma adaga que havia entregue para minha irmã furar o dedo.

–-Ótimo, agora só um pequeno detalhe antes de eu fazer minha parte... Você deve selar o pacto...

–-E como faço isso...

–-Muito simples meu caro apaixonado... Você deve furar seu dedo da aliança e pingar três gotas na testa da criança dizendo as seguintes palavras: So onaj magi nas.

Arregalei os olhos, eu nunca ouvira falar naquela língua, mas o assustador é que entendi tudo e sabia que ela falava a língua dos demônios, significava: Lhe entrego sua alma, como eu entendi isso? Eu sou um gênio!

–-E minha mulher irá voltar? –pergunta o homem para confirmar.

Hannah sorri maldosa:

–-Como se nunca houvesse partido...

O homem faz o que Hannah havia dito e fala as palavras com hesitação, mas elas saem boas o bastante para fazerem o sentido desejado, a criança abre os olhos e parece que irá chorar, mas um vento forte sopra sobre ele e seus olhos assumem um vazio familiar, Hannah o pega no colo sorrindo:

–-E então, qual é o nome de meu novo escravo?

–-... –fala o senhor olhando maravilhado para a mulher na cama que começava a se mover, novamente não ouvi o nome da criatura, tentei ler lábios, mas apenas entendi que começa com L...

Hannah faz uma careta:

–-Um nome muito desnecessário para sua ocupação, o chamarei apenas de L! –ela passa a mão sobre a cabeça do bebê e há uma alteração no ar, entendo que ela lhe retirou seu nome, seu bem mais precioso que ninguém nunca deveria poder alterar.

A cena vai se desmanchando e encontro-me novamente na masmorra com L me encarando apoiado na cadeira despreocupado:

–-O que achou?

–-Que ela deveria usar roupas melhores... –respondo.

–-Reparou apenas nisso? –pergunta ele irritado e surpreso: --Você deve me ajudar!

–-Não diga o que devo ou não fazer! –Explodo, chega de seguir ordens, já chega disso há muito tempo! Se ele deseja parar de servir Hannah, posso ajudar nisso, matando-o agora!

Preparo-me para atacá-lo, mas ele apenas me olha entediado:

–-Hora de outra cena...


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? Comentem por favor, senti saudades de vocês! Opinião sincera por favor e podem me corrigir a vontade se verem algum erro!



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