I'm Not the Enemy escrita por Queen B


Capítulo 45
Capítulo 45- Guerra Adiada


Notas iniciais do capítulo

gente, eu reviso os capítulos, mas para mim algumas coisas que eu escrevo ainda saem sem sentido ou faço erros achando que estou certa. então me desculpem, estou confundindo as línguas já!



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O Klaus abaixa a arma e mostra o seu rosto com a testa enrugada. Ele me reconhece.

—Flyer!

Sorrio e continuo rastejando sobre o teto na aeronave da ALRS cuidadosamente. Qualquer esforço exagerado faria com que o vento me levasse. Quando chego no limite entre o teto e a porta aberta, meu corpo se congela.

—Vem! Vou te segurar. –ele assegura.

Solto o gancho e pulo, sua mão pega meu braço e me puxa para dentro, quase desequilibrando. Ele toca meu rosto de leve, principalmente em meu machucado.

—Você está machucada.

—Estou bem.

—O que está acontecendo? –um membro da ALRS aparece.

Nossos olhos se encontram. Ele posiciona a arma para atirar em mim e eu puxo Klaus na minha frente como escudo de defesa.

—Temos a missão de matá-la.

—Não, ela está do nosso lado. –Klaus disse esticando os braços para ele se acalmar.

Missão de me matar? Os membros da ALRS deveriam me matar? Minhas pernas ficaram bambas. Se foi uma ordem, com certeza algum sócio importante da aliança ordenou. Mas ela não seria aceita sem a aprovação do Djok, meu pai ou Burlem. Obviamente eu desrespeitei as ordens do meu pai quando eu quis evitar a disputa entre as duas organizações. A Aliança se preparou anos por isso.

—Se você aproximar, eu atiro nele. –ameaço apontando minha arma nas costas do Klaus.

Eu não mataria Klaus.

—Stevin, abaixa a arma.

—Não posso Klaus. Se eles souberem que ela esteve aqui, estaremos mortos.

Eu não ligava mais para qualquer membro da ALRS que estava defendendo essa crueldade que eles promoviam. Empurro Klaus para frente e atiro quatro vezes em Stevin, seu corpo cai no chão e atiro outra vez. Meu ex me olha indignado e agacha próximo do seu parceiro.

—Porque fez isso?

—Ele está me atrasando.

—O que você quer fazer? –ele diz irritado se levantando.

—Precisamos ajudar os Vingadores. Eles estão do nosso lado. A ALRS se aliou ao Loki. Loki não é uma boa pessoa, ele tentou dominar nosso planeta, tentou me matar e agora vai  usar a nossa Aliança para conseguir o que quer e controlar a gente.

—Calma, Flyer. –ele segura meus braços. –Flyer. –seus olhos fitam os meus e sua voz é lenta e suave. –A SHIELD está te manipulando.

Reviro os olhos furiosa. Não tínhamos tempo para ficarmos discutindo no ar. Estavamos no meio de uma guerra e eu queria ajudar. Eu sei que podia. Eu precisava convencer a meu pai e a Gabrielle que Loki era o verdadeiro manipulador. Ele nunca se uniria aos humanos, talvez agora sim, mas depois que ganharem a guerra, com certeza ele vai destruir meu pai e seu legado.

—A ALRS está manipulando você. Precisamos achar os Vingadores.

Ando em direção a cabine e ele entra na minha frente me impedindo.

—Flyer. Não!

Klaus me dá o olhar que ele sempre fazia quando queria me convencer. Ele erguia apenas uma das sobrancelhas, não mostrava os dentes e ficava mais sexy impossível. Mas eu simplesmente não senti nada.

—Klaus...  –não vai funcionar –Saia.

—Não.

—Saia. –aponto a arma para ele

—Sei que não vai fazer isso

Ele me conhecia bem demais. Melhor do que eu mesma. Eu não ia fazer isso. Eu o amava, mas não estava apaixonada.

—Por favor. Entenda. Para o seu bem.

—Você sempre odiou a ALRS por que seu pai sempre se ocupava lá e quando ele sumiu, você entrou na Aliança e me trocava por treinos. Achava tudo incrível. Agora quando é a minha vez... Seu pai finalmente gostou de mim.

—Você conversou com o meu pai? –olho desacreditada.

—Sim. Obviamente. Ele veio me parabenlizar.

Eu mordo o lábio. Acho que todos já sabiam do meu pai. Mas eu não podia brigar com Klaus nesse momento.

—Klaus. Eles querem guerra. Todos os soldados vão morrer para que ele, Loki e outros membros importantes fiquem vivos. Eu poderia estar com eles, mas não estou. Sabe a Intrusa que esteve no meu lugar e fingiu passar por mim? Eu li o diário dela. Mais de uma vez. Sei que ela te pediu ajuda. Ela sabia, como eu sei agora, o que a ALRS é capaz. E ela sabia que você podia entender isso. E agora eu espero o mesmo. Sou a única que preocupa com você.

Minhas palavras foram firmes e fortes. Klaus anda em círculos e passa as duas mãos na cabeça, ele estava em uma briga interna. Mas parou e me olhou.

—Vou te dar uma chance.

(...)

 Como Zachary não podia parar sua nave perto de algum agente da SHIELD, porque eles provavelmente nos atacariam, ele me deixou perto de onde havia um carro. Era uma Merceds preta de janelas escuras.

“Minha Central está me direcionando a perto da ponte do Brooklyn” –Zachary me envia pelo comunicador que ele me deu, parecia mais um antigo pager.

“Para o que”

“Todos os aviões estão indo para lá. Acho que é um encontro de toda ALRS. Melhor você parar um pouco de dirigir, os aviões vão atirar em tudo que for suspeito”.

Fiz o que ele disse e estacionei o carro. Senti varias aeronaves da ALRS passarem por cima de mim. Elas estavam em todos os lugares. Depois de um tempo, liguei meu carro. Eu fui em direção ao antigo prédio Stark, exatamente no coração de Manhattan. Estava praticamente todo destruído, apenas restava o primeiro andar cercado de ruínas. Os Vingadores estavam reunidos próximo a uma lanchonete.

—Srta. Morozov, o que conseguiu para nós? –Stark pergunta.

—Uma nave chamada Polet da ALRS e um dos pilotos.

—Estou impressionado. E onde estão? –disse Clint.

—Na reunião da ALRS. Ele vai me informar tudo.

Acontece que todos os Vingadores estavam lá e eu nunca imaginei em toda a minha vida lutar ao lado deles. E ainda por cima contra meu pai e toda a sua Aliança que eu sempre fui extremamente fiel. Eu nem acreditava da existência deles. Para mim era um golpe de marketing. Mas estavam todos presentes, sujos da luta e cansados.

—Precisamos focar aqui. –falou Natalia.

—Não precisamos fazer como eles e planejar. Vamos avançar.

—Espere. Flyer, você tem alguma ideia do que eles podem fazer? –Steve me olha com aqueles olhos.

Seu rosto estava levemente sujo, o que o deixava mais bonito.

—Não. –digo pensativa.

Não. Eu não me sentia parte da ALRS mais. Armaram tudo por minhas costas. Eu sentia que eu havia esquecido quem sou eu. Todos os meus ideais estavam errados e essa troca de lados estava me deixando confusa. Meu coração estava confuso.

—Flyer. –Bruce coloca a mão no meu ombro e me assusta. Eu estava voando enquanto todos discutiam. –Você está bem?

—Eu estou bem. –respondo meio rude.

Por mais que Bruce fosse o melhor amigo da intrusa, ele não ia ser o meu. Eu não era ela. Precisava deixar bem claro. Estava escurecendo e começou a chover forte. Eu estava exausta, com fome e sede. Entramos em um prédio comercial, onde encontramos uma máquina de balas. Meu bolso vibra. Olho para meu comunicador.

—Me mandaram uma mensagem dizendo que eles vão se recolher.

—Se recolher? –Natalia.

—Que tipo de guerra as pessoas se recolhem?

Meu comunicador apita de novo.

—“Sem ordens de ataque por hoje. Eles disseram que será outro dia, ou outro lugar.” –leio a mensagem.

—Acho melhor permanecemos aqui. –Clint dá ideia. –Isso está estranho.

—Eu concordo. –

Steve olha meu comunicador. Estava em russo. Nós trocamos olhares rápidos. Começo sentir frio por causa da chuva. Achamos um outro prédio para nos abrigamos. Acho que todos estavam exaustos. Encontramos comida armazenadas nos escritórios dos prédios que ainda existiam.

—Eu nunca pensei que Loki voltaria. –falou Thor abismado sentando em um balcão.

—Ninguém nunca. Ainda mais se aliando ao papai psicopata russo dela. –Tony comentou procurando alguma coisa na sala.

Eu o encaro séria. Não tinha graça. Parecia que meu pai havia esquecido de mim. Depois de todos esses anos que eu passei procurando ele. Eu era só mais uma arma.

—Stark. –Steve o repreende.

Então Tony encontra o que ele procurava, escondido em um armário, uma garrafa de uísque. Ele sorri satisfeito. Acho que apenas o Capitão Rogers sabia do quanto a verdadeira eu passou horas procurando por Hugh e toda a minha trajetória de iniciação na ALRS. Do quanto que eu sofri por ele.

—Como podemos confiar em um alcoólatra como você? –cuspo.

Tony Stark me olha como se estivesse entediado de mim, como se eu fosse fraca. Bufo e saio do prédio Stark, passando pela porta giratória de vidro quebrada. Eu precisava dar uma volta. Por trinta minutos ando pelas ruas no escuro, o cheio de queimado e fumaça eram fortes. Nova York destruída era devastador.

É como os Estados Unidos destruído e por mais que fosse um sonho meu alguns anos atrás, hoje não é mais. Só de imaginar quantas pessoas evacuaram correndo. Volto para o prédio onde todos estavam.

—Flyer. –Steve vem me receber. –Você me assustou.

—Eu estou bem. –digo e o puxo para um abraço.

Eu o pego de surpresa. Ele acaricia minhas costas.

—Furry pediu para nos separarmos, caso haja um ataque essa noite. Você vai ficar com Clint e Thor ok?

—O que? E você?

—Vou ficar com o Dr. Banner, Natasha e Stark.

—Não vou ficar sozinha.

—Você não vai.

Steve mexe no meu cabelo.

—Eu não confio neles.

—Está bem. –ele olha nos meus olhos.


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Notas finais do capítulo

o que vai acontecer com essa guerra adiada?
o que vai acomtecer com a Flyer?
xx



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