I'm Not the Enemy escrita por Queen B


Capítulo 44
Capítulo 44- Abismo


Notas iniciais do capítulo

essa guerra nunca vai acabar!
Flyer vai falar com o pai dela depois de anos.



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Suas mãos me envolveram em um abraço. Eu ainda não podia acreditar. Sua barba arranhou levemente meu rosto e o corte que havia ali. Eu não era tão pequena assim igual a antes. Estávamos no mesmo tamanho. Eu tinha imaginado esse momento de tantas formas.

—Você cresceu. –ele reparou, praticamente lendo a minha mente. –Está parecendo uma verdadeira devastadora. Está usando o que te ensinamos a vida inteira?

Claro. Para isso que você me criou, certo? Queria mais alguém em seu exército.

—Sim e mais algumas coisas.

Me viro para olhar a vista lá em baixo e encontro de frente com o Loki. Seus olhos tinham um brilho anormal, sua pele era extremamente branca e seu sorriso era frio e malicioso. Mas não me assustava, eu sabia que ele era apenas um alien alucinado.

—Loki. –digo indiferente.

—Morozov. Creio que quando nos conhecemos você não era bem... Você. –ele sorri.

—Ah sim. Sua apresentação não poderia ter sido não mencionada. Aliás, aquilo salvou a outra eu.

Relembro do encontro no diário. Lembro muito bem. A intrusa havia ido para Asgard depois de quase morrer envenenada em um ataque da ALRS na base da SHIELD. Loki deu um beijo nela e em seguida a esfaqueou, depois contou como ela poderia melhor.

—Raramente falho.

—Flyer! É ótimo você estar aqui, vamos precisar de você. –meu pai coloca a mão no meu ombro o apertando. –Estamos próximos de conseguir o que queríamos, vamos conseguir justiça. Eles são fracos diante de nossa união.

Eu via seus olhos brilhando, mas não aquele sentimento de paixão e saudade. Mas um possuído pela vitória certeira que ele tinha, como estivesse um plano infalível arquitetado e eu seria mais uma soldada entre os centenas que estavam lá em baixo dando sua vida.

—Primeiro preciso de respostas. –exijo e meu pai ri, Loki o acompanha.

—Ela realmente me puxou. Eu precisava de uma aliança, alguém que pensasse como nós. E porque não Loki? Por isso, precisei ficar algum tempo fora e sem contato. Mas agora, estamos mais fortes do que nunca filha. Você também parece muito mais poderosa.

Aproximo da beirada do prédio. As pessoas lá em baixo pareciam minúsculas. Elas estavam minúsculas, mas eu podia identificar a SHIELD e a ALRS.Eles não estavam se atacando, mas entre as duas equipes duas pessoas conversavam. Nick Furry e Djok. Provavelmente, Furry tentaria resolver da forma mais pacifica. Porém, Djok seguir o desejo do Loki e meu pai teria guerra. Eu sentia o clima de tensão. Começar uma guerra seria devastador e eu teria que ataca-los, era o que meu pai estava esperando.

—Eu poderia acelerar as coisas se fosse do meu jeito. –Loki murmurou.

—Djok sabe o que faz. Melhor aguardamos o sinal e Flyer, vou precisar de você como disse antes.

—Para o que? –digo indferente.

—O Hulk. Ele precisa estar ocupado.

—Rá. –dou uma risada irônica. –Ele me perseguiu hoje, será impossível.

—Você sabe o que eu quero dizer Flyer. –Hugh insistiu.

—Quer que eu acabe com ele? –cruzo os braços e ele assente como se fosse simples. –Para isso preciso estar lá em baixo.

—Eu vou com você querida. –Loki coloca a mão em meu ombro.

Em questões de segundos, Loki e eu surgimos na linha da frente da batalha. Minha cabeça havia rodado e minha visão ficado escura. Olho para os lados. O campo estava dividido em dois lados, o da direita, ALRS com Djok na frente em uma conversa com Nick Furry, que do lado esquerdo estava acompanhado pelos agentes da SHIELD e os Vingadores. Eu queria matar Loki, eu precisava falar com meu pai. Só aquilo não era suficiente depois de três anos.

—Nick! Velho amigo. Migard parece linda essa manhã. Sinto o cheiro... De vitória. Vamos acelerar as coisas.

—Acelerar como? –questiono.

—Assim?

Loki abriu o seu sorriso assustador. Sabia que faria alguma coisa para iniciar a guerra. Ele desapareceu do meu lado e surgiu no meio dos agentes da SHIELD, cortando o pescoço de um deles. Meus olhos paralisaram na imagem do sangue jorrando.

—ADIANTE! –ele gritou.

Os membros da ALRS se prepararam para lutar. O olhar de Steve percorreu assustado de Loki para multidão atrás de mim querendo guerra e depois em meus olhos. A cena de Loki foi nojenta, senti um frio no coração. Atrás de mim, centenas de pessoas corriam. Respirei fundo. Meu pai me perdoaria, mas eu não podia deixar acontecer tudo diante dos meus olhos. Ele deve estar hipnotizado por Loki, porque simplesmente ele não podia iniciar uma guerra.

—Flyer. –Djok me repreende sabendo o que eu ia fazer.

Agacho e sinto minhas mãos tocarem a terra. Eu podia fazer isso, não era muito difícil. Fecho os olhos e me concentro nos gritos atrás de mim, em Loki matando o agente e no estúpido do meu pai. Eu não era uma simples arma.

O chão começa a tremer. O alarme de um carro começa a soar. As pessoas se calaram. Sinto apenas o barulho da Terra se ajustando nos novos moldes feito por mim e o cheiro magnífico das raízes profundas de Nova York, a terra nova, o barulho da divisão, cada parte se expandido e dividindo.

—Porque você fez isso Flyer? –Djok pega meu braço.

Sou forçada a me levantar e olhar minha obra. Eu havia criado um abismo. Minhas veias estavam mais verdes impossíveis e ressaltadas. Minha visão começou a embaçar, eu estava zonza e fraca. Os membros da ALRS não corriam mais por causa do abismo que havia entre eles e os agentes da SHIELD.

—MOROZOV! –Loki gritou distante e apontou o cetro para mim.

Uma luz forte saiu de sua ponta, eu me agacho e tampo meu rosto para me proteger, mas a luz não me alcançou. Ao invés disso, o escudo do Capitão América se lança na minha frente. Eu quase me deseauilíbrio no chão, por causa das minhas pernas fracas. Então sinto um corpo avançando sobre o meu e mãos me empurrando. Meus pés deslizam abismo a baixo.

—Você criou a sua própria tumba, Flyer.

 O frio na barriga subiu quando fui jogada pelo buraco. Meu corpo bate nas laterais do abismo, eu tento me segurar, mas minhas mãos se ralavam e a terra se desfazia. Minha sorte foi quando minhas unhas se seguraram a uma raiz larga. Tento subir, mas não tinha força. As veias do meu braço estavam como lixas, gerando um grande desconforto que eu não conseguia me esforçar. Vi que outras pessoas estavam sendo jogadas também. Até que alguém bate no meu braço e a raiz sacode, eu não consgido me segurar e me solto. A ação da gravidade me puxa par abaixo, vai ficando cada vez mais escuro quando meu corpo se choca em algo.

—Peguei você! –sinto alguém em uma velocidade super elevada me agarrar.

—Stark! –digo assustada.

—Os batimentos cardíacos dela estão fracos senhor. –uma voz eletrônica avisou.

—Quem é?

—Jarvis. –Tony respondeu. -Olá senhorita Morozov. Quer voltar para a bela Times Square?

Abro os olhos, estávamos atravessando Manhattan entre os prédios.

—Preciso voltar.

Meu pai me ensinou a vida inteira ir e lutar.

—Você tentou, foi corajosa e surpreendeu todo mundo. Mas sabe que não se pode evitar a guerra.

Eu sabia disso. A vida inteira fui treinada para esse momento e agora eu me sentia mais fraca e despreparada do que já estive em toda minha vida. Tony Stark me deixou no terraço de um prédio onde havia outros agentes da SHIELD e depois foi embora. Eu me senti inútil e deslocada.

—Morozov.

—Agente Ward. –eu o comprimento distante.

Sento no chão e ele mede minha pressão, olha as veias do meu braço. Nunca tinha as visto desse modo, cheguei ao meu nível máximo.

—Está se sentindo zonza? –ele perguntou.

—Um pouco.

Recebo água e me dão um pano molhado para limpar meu rosto. Colocaram curativos em meus cortes. Agora eu me sentia outra.

—Nave da ALRS se aproximando! –uma garota gritou avisando.

Dois agentes se posicionaram segurando duas armas enormes enquanto Ward avistava a aeronave pelo seu binóculo. Eu não conseguia enxergar nada. Mas ele parecia acompanhar algo.

—Está fazendo a curva. Se preparem! –Ward avisou e tirou o binóculo dos olhos.

Finalmente a vi virando e entrando na avenida em que estávamos. Eu já tinha visto esse modelo antes na base de aviação de Moscou. Os dois agentes dispararam suas armas, eram dois mísseis teleguiados atingindo em cheio a nave, que explodiu em seguida. A explosão de chamas, mesmo distante, aqueceu meu corpo e fez meus olhos arderem.

—E o que vamos fazer agora? –pergunto a Ward.

—Ficar aqui. –ele responde frio.

—Ficar aqui? –repito indignada e o agente me ignora. –Não vou ficar aqui e esperar.

—Foram ordens do Fury.

—Ele não manda em mim.

Ward me olha. Ele era mais alto e um pouco menor que Steve. Eu sabia que ele era impaciente, era como a “intrusa” o descrevia em seu diário. Devo acrescentar mandão.

—Você vai ficar aqui. Eles estão por ai te procurando depois que você não ficou do lado do seu pai.

—WARD! Nave da ALRS. –uma garota grita.

Ele me dá um ultimo olhar mortal e esconde seus olhos nos binóculos. Novamente os dois agentes se posicionaram com o lançador de mísseis. Cruzei os braços. Eu podia pular para o terraço do prédio ao lado e fugir. Mas para onde? Eles seriam rápidos para me prender e me manteriam como prisioneira, e não como aliada.

—A nave “Polet” está fazendo a curva. –Ward avisa.

Polet. Polet! Era a nave do Klaus! Ele tinha dado o nome em minha homenagem, porque ele costumava me chamar assim. E Polet significa “VÔO” e Flyer significa aviador. Não sei de onde ele tirou essa relação, mas era ele.

—Ei! NÃO! Ward. É a nave do meu melhor amigo. Ele pode nos ajudar. –digo desesperada e tiro o binóculo dos seus olhos. –Não atire, por favor!

Por mais que Klaus seja um babaca, eu não podia. Ele foi meu melhor amigo, um momento especial da minha vida e ele podia me ajudar. Já que ele é um soldado da ALRS, agora que eu sou tecnicamente a inimiga.

—Mantenham suas posições! –Ward diz rígido aos agentes que estavam confusos.

—Por favor...

Minhas pernas estavam bambas. Klaus não! Por mais que ele esteja do lado da ALRS, eu ainda podia fazê-lo mudar.

—Como ele pode ajudar?

—Se ele me ver aqui, ele não vai atirar. –digo.

—Ele não vai te ver Morozov. Primeiro vai atirar em nós. Somos da SHIELD. Ele nem liga se você está aqui.

—Isso não é verdade! Eu vou pular em cima da nave dele, preciso que se escondam. É o Klaus. Vocês não podem matá-lo. Não podem.

Ward revira os olhos.

—Se escondam rápido nas escadas.

Os agentes se levantam e correm rapidamente para a escadaria que termina no terraço, onde estávamos. Eu esperava que na nave estivesse Klaus. Se não for ele, bom, vou deixar que atirem em mim ou que me capturem e me levem ao meu pai. A Polet fez a curva e ficou visível para mim. Ela era cinza e vi o meu apelido escrito em branco na sua lateral.

—Flyer. –Ward me chama e me manda um gancho.

—Obrigada. –sorrio.

Eu me escondo na pequena mureta do térreo. Pularia apenas quando a nave estivesse em baixo do terraço, se eles me vissem antes, provavelmente atirariam igual Ward disse. Mas como eu estava escondida. O barulho foi se aproximando e aumentando, assim como as batidas do meu coração.

—Agora Flyer. –Ward grita pela fresta da porta.

Levanto e pulo sem olhar para baixo. Meus pés batem rápido na superfície de metal gelada e a velocidade da aeronave me faz cair para trás. Sou arrastada, mas consigo me segurar pelo gancho. Minha queda havia feito um notável barulho, tanto que a porta de saída e entrada da nave se abre. Me arrasto cuidadosamente, a favor do vento, mas com medo de cair. Quando me aproximo assusto com a visão de um homem segurando uma arma e apontando para mim.

—Klaus!


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Notas finais do capítulo

YAYY
ela é mais forte do que parece. o que acharam? comente se gostaram!



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