I'm Not the Enemy escrita por Queen B


Capítulo 34
Capítulo 34- Queda Livre


Notas iniciais do capítulo

ah, finalmente postei esse capítulo. acho que vocês vão gostar, assim como eu. quer dizer, EU AMEI. vamos voltar a estragar as coisas ok? vai ter de tudo.
quero agradecer a Ketly e a Raphaela pelos comentários.



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Gabrielle estava doente. Bruce demorou para me avisar sobre isso, ele não queria que eu ficasse preocupada. Mas eu suspeitava que isso tivesse haver com Natasha Romanoff, já que eu descobri que ela tinha causado algumas feridas em minha irmã.

–Ela sente o que?

–Febre e está vomitando. Estamos cuidando bem dela, ela vai melhorar. –o doutor tentou me acalmar.

Eu nunca fui muito próxima a Gabrielle, mas tínhamos algo em comum. Eu odiava a Natasha, depois que lutamos e agora minha irmã gêmea devia sentir o mesmo. E ela passando mal podia ser um problema, pois talvez ela esteja realmente assim ou está fingindo para tentar fugir.

–Eu não posso vê-la? –pergunto inquieta.

–Da ultima vez que vocês se viram, começaram a brigar e...

–E isso já faz muito tempo. Eu nem lembro do rosto dela direito.

–É só você se olhar no espelho. Ela continua exatamente igual a você. –ele entrou na onda.

–Vou considerar isso um insulto. Mas, agora, estou falando sério. Preciso vê-la. Ela é a minha irmã.

–Me dê um tempo.

Bruce saiu e eu dei voltas no presídio perturbada. E se todas as agressões que ela sofreu tivessem feito ela ficar doente? Como eles foram capazes de fazer isso e ainda omitirem de mim? Esse tempo todo eu estava acreditando que eles estavam sendo gentis e assim como a intrusa, me tratando como membro da família. Mas no fundo, eu era a inimiga e estava trancada aqui.

–Você tem cinco minutos, porém só podem conversar em inglês. Se começarem a falar em russo, serão retiradas de lá.

Eu assenti satisfeita. Bruce, Ward, Clint e Steve me conduziram até a cela da minha irmã, que era bem mais simples que a minha. Não tinha muros, apenas grades. Gabrielle estava deitada na cama, dormindo, sua pele estava mais branca que o normal e seu corpo estava quente.

–Ella? Ella? –sentei no seu colchão e a cutuquei levemente.

–Flyer? Onde nós estamos? –ela estranhou em russo abrindo os olhos e franzindo a testa.

–Nada de russo. –relembrou Bruce sério e eu o ignorei.

–Não podemos falar em russo se não eles me tiram daqui.

Gabrielle virou o rosto para o lado e observou o ambiente desapontada. Ela parecia realmente doente. Até os leves machucados em seu rosto estavam brancos.

–Quero voltar para casa.

–Eu também Ella. Mas não somos nós quem escolhemos. Você logo vai ficar melhor. Tenho certeza que não ficaremos aqui para sempre. –tentei acalmá-la. –Você se lembra quando nos vimos no corredor e eu perguntei como você estava, isso não faz muito tempo. E você me respondeu quem tinha acontecido. –digo essa ultima o mais baixo possível.

No inicio Ella pareceu não entender, mas depois compreendeu.

–É verdade?

–Sim. Tem outras coisas horríveis no meio.

–Nenhuma conversa em código garotas! –Clint bateu na cela fazendo um barulho estridente.

Os olhos de Gabrielle estavam assustados. E finalmente, em muito tempo, vi a garota inocente e infantil que cresceu comigo. Sempre assustada, inferior e dócil. Sua expressão mudou quando ela pegou meu braço e se inclinou um pouco.

–Não se deixe enganar por eles Flyer. –ela falou em russo.

–Nada de russo! –Clint entrou na cela como eles previam se a gente infligisse as regras.

Antes que ele e Ward pudessem nos separar, eu abracei minha irmã. Estávamos juntas nisso. Não importa. Umas mãos tentaram me puxar levemente, mas como viram que eu não soltaria, eles usaram todas as forças. Clint me segurou e Ella caiu no chão sob os pés de Steve.

–Eu avisei Flyer. –Bruce me fitou sério.

–Eu sei. –abaixo a cabeça me abraçando.

Voltei para a minha cela em silêncio. Sentei na cama e depois de um tempo sozinha comecei a chorar. Steve, provavelmente, não viria me consolar esta noite. Olhe para mim, desde quando eu encontrei o diário da Intrusa nada estava normal. Lágrimas não paravam de sair do meu olho, eu estava preocupada com membros da SHIELD, apaixonada por um deles e há pouco tempo atrás eu tinha abraçado minha irmã. Nada estava normal, eu nem me reconhecia mais.

–Você está chorando? –a luz do luar reflete sob o cabelo da ruiva negra, do lado de fora do meu presídio.

Eu levantei meu rosto e voltei a esconde-lo entre as pernas.

(...)

Eu passei grande parte do dia vegetando na cela, recolhida, apenas sai para tomar banho. Fora isso, não tive visitas, nem treino ou qualquer mensagem. Eu também não queria. Sentia que estava entrando em conflito comigo mesmo. Foi quando, de repente, o tapa olho apareceu. Uma visita do próprio Nick Furry. O que era muito raro e pouco provável, porque ele raramente estava no avião, pelo que eu desconfiava.

–Flyer Morozov, como vai?

–Viva.

–Vim eu mesmo convocá-la para uma reunião.

–Agora? –estranhei.

–Sim. Irei chamar sua irmã.

Com meus braços algemados e acompanhada por Natasha, Clint, Bruce e Steve, fomos até o presídio da Gabrielle. No inicio ela estranhou e logo estávamos na sala do diretor Furry. O tapa olho tinha um olhar sério e segurava um envelope pardo das mãos, assim como na ultima vez que estivemos aqui.

–Isso é para você, Capitão Rogers. –Steve inclinou para pegar. –Leia alto e claro. É para todos, inclusive as duas. –os olhos escuros e frios de Furry pousaram sobre mim e minha irmã

Steve retirou um bloco de papel com fotos e grampos. Seus olhos percorreram o bloco em choque. Então, antes que ele pudesse falar algo sobre o que estava escrito, minha irmã levantou da cadeira. Ela iria tentar atacá-los novamente.

Gabrielle tirou o seu anel que ganhamos do nosso pai aos 15 anos com dificuldade e o lançou na Agente Romanoff que estava atrás dela, a ruiva caiu no chão, eletrocutada O anel era uma arma! Por isso meu pai nos deu!

Minha irmã girou os braços, que estavam algemados em suas costas, 180 graus e eles agora estavam em sua frente pegando a arma da viúva negra.

–Furry! –Steve gritou.

Furry tirou uma arma do bolso e apontou para minha cabeça quando eu me levantei, mas peguei a aliança que meu pai havia me dado e lancei nele. Eu nem fazia ideia do que aquele anel era capaz de fazer até hoje.

–Deixe-nos ir. –exigiu Gabrielle apontando a arma para Furry. –Ou eu o mato.

Estávamos perto da saída da sala se não fosse por Bruce. O doutor trocou olhares com Steve e deu alguns passos para o lado, cedendo a nosso pedido. Enquanto eu saia, Gabrielle viu o Capitão tirar algo do bolso. Mas ela foi mais rápida apertando o gatilho. Ele olhou para sua barriga, agora completamente vermelha.

–Gabrielle, não! –eu a empurrei, mas era tarde demais.

O Capitão deixou o bloco de papel cair no chão. Então eu vi o que era, eram fotos da cirurgia que a ALRS havia feito em mim para que a minha amnésia tivesse fim. Eles sabiam de tudo agora, sabiam que eu não era a Flyer boazinha que eles conheceram.

Clint e Bruce estavam abalados também. Minha irmã me empurrou pelo corredor. O som do tiro que acertou Steve ecoava na minha cabeça sem parar e as fotos da cirurgia também. Até que um arco passou pelo meu lado.

–Precisamos ir rápido. –gritou ela em russo.

Eu não queria ouvir-lá. Ela tinha atirado em Steve. Ela tinha tentado tirar ele da minha vida, assim como fez com o Klaus. Ela dormiu com o Klaus. Mais um para a lista dela de Como Ferir Minha Irmã Gêmea.

–Para direita. –viramos no corredor. Enfim vimos uma porta, muito bem protegida. Essa nave não era grande, com portas aviões, e sim uma pequena.

–Precisamos de para quedas.

Começamos a procurar urgentemente e achamos apenas um.

–Clint está vindo! Me dê a arma, vista isso rápido. –indiquei para ela.

Me posicionei observando o corredor quando eu o vi correndo junto com Steve. Aquele tiro não era nada para o Capitão, o que me deixou aliviada. Ele estava bem. Mas agora os dois estavam próximos demais. Atirei sem mirar em nenhum deles, apenas para disperçá-los. Clint agachou e mandou uma flecha que acertou a perna da minha irmã.

–Precisamos ir agora. Não podemos demorar. –eu digo aflita. –Você vestiu direito?

–Acho que sim. –ela tremia por causa da flecha em sua coxa.

–Segure isso. Fique atenta a eles. –entreguei a arma para ela enquanto eu girava a alavanca que abria a porta da saída.

Estava de noite e o vento era extremamente frio. Minha irmã atirou uma vez e meu coração estremeceu temendo que ela acertasse um dos dois.

–Vamos. –digo sentindo minha pele arrepiar.

Passo meus braços pelas alças do para quedas e Gabrielle me abraça. E não sei com qual coragem, mas meus pés correm e pulam no nada. Meu estomago dava voltas inteiras, como nenhum brinquedo de parque de diversão causou em mim, a pressão era tão alta que meu rosto era repuxado para trás, meus cabelos também e meu ouvido parecia estar cheio de água. A velocidade diminuiu bruscamente quando o para quedas se abriu.

–Onde será que vamos descer? Será que estamos em cima do mar? –ela gritava e eu ouvia com dificuldade.

–Não estamos. Tem algumas luzes logo ali.

E quando eu pude ficar mais tranquila, começamos a descer desordenadamente. O para quedas não estava funcionando mais do lado esquerdo. O vento sacudia o tecido e o medo bateu em mim.

–Uma flecha rasgou o para quedas! Você vai ter que parar a gente!

–Como? Está louca?

–Eu não quero morrer! Melhor tentarmos.

Eu sabia do que ela falava. Quer dizer, temia. As luzes se aproximavam mais. Eu não tinha certeza se eu conseguiria usar meu dom para salvar a gente da queda. Ainda mais porque eu fiquei um bom tempo sem treinar. Fechei os olhos, tentando me concentrar. Senti minhas veias ficarem doloridas e ressaltarem, foi quando batemos em vários galhos.


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Notas finais do capítulo

gostaram tanto quando eu?
acho que a Flyer terá sérios problemos, que nem ela mesmo imaginou...
tadinho do Steve, ele levou praticamente dois tiros. um realmente foi um tiro o outro foi porque ele descobriu que ela não é mais quem ele pensava.
e o pai das Morozov, mesmo sumido, ainda está sempre presente...
beijos! vejo vocês nos comentários.