I'm Not the Enemy escrita por Queen B


Capítulo 21
Capítulo 21- Julgada


Notas iniciais do capítulo

ei geeeeeeente, como prometido a quem comentou e obrigada novamente ás fofas, aqui está o capítulo. até postei programado para não desapontar. agora vocês vão sentir o ar da ALRS bem pesado, porque, segundo a visão deles, Flyer é a inimiga. boa leitura, nos vemos lá em baixo.



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Um dos homens sentado ao meu lado passou um detector de metal em mim. Eles eram bastante desconfiados. Em seguida o cara a minha direito segurou minhas mãos amarrando uma corda, tirou o óculos que eu ganhei dos Vingadores e o da esquerda colocou um saco preto em minha cabeça, impedindo minha visão.

–Quero ir para a minha casa! -exigi.

–Silêncio! -pediram.

Minha respiração era profunda. Agora eu estava assustada. E se eles não fossem da ALRS? Esse seria meu fim? Depois de um tempo o carro parou e me puxaram para fora. Fui obrigada a andar arrastada por alguém, subimos de elevador e andamos mais. Fui jogada no chão e escutei o barulho de uma porta se fechando.

–Me tirem daqui! -gritei desesperada, eu estava encurralada.

Tentei sentar e senti meus olhos arderem. O metal da porta rangeu, a porta se abriu e tiraram meu capuz. A sala era azul clara e bastante iluminada.

–Flyer. -um cara barbudo bem vestido acompanhado de dois seguranças entrou. Seus olhos eram negros e redondo. Demoro a reconhecer.

–Djok –exclamo!

Ele era real. Segundo as pesquisas de Bruce, era um dos diretores da ALRS e um dos melhores amigos do meu pai. No entanto, ele estava foragido.

–O que está fazendo aqui? -questionou e pediu para os seguranças se tirarem. Eles fecharam a porta e depois Djok sussurrou: –Está louca? Conhece as regras.

–Eu queria voltar para casa. O que há de errado nisso? -aumento o tom de voz. -Será que não poderia me soltar?

Sacudo minhas mãos e ele tira um canivete do bolso cortando a corda. Por um segundo pensei fosse usar em mim. Sua frieza era tão assustadora que ele mesmo poderia ser capaz de me assasinar. Massagiei meus punhos doloridos.

–Você queria voltar para casa? Como se fosse fácil. Gabrielle nos revelou que você recusou o pedido de ajuda e tentou matá-la. O Conselho é bem severo com quem falha nas missões e principalmente, quem é pego em traição. Estamos tão assustados quanto qualquer um. Mas como o réu é você, eles vão abrir um julgamento antes de decidir qual será a forma em que você irá morrer.

Meu cérebro organizou as informações. Então, o conselho da ALRS assassinava os agentes que falhavam em missões e principalmente, os que trocavam de lado. Então eu seria morta? Enfrentei tudo aquilo para esse final? Bem que eles me avisaram antes.

–Não quero chegar em lugar nenhum. Eu... -fechei os olhos tentando pensar em algo. -Se eu estivesse mesmo do lado da SHIELD, teria matado Gabrielle fácil. E com certeza, se eu tivesse revelado dados á eles sobre a ALRS, vocês já estariam sendo atacados nesse momento e eu estaria contra vocês. Precisa acreditar em mim. Eles me deixaram ir. Perceberam que eu não serviria para nada.

–Continuo desconfiado. Os Estados Unidos te deixarem ir?

Sentei no chão, encostando na parede acolchoada.

–Sim, eles não sabem sobre o que eu sou capaz. Além disso, eles não tinham provas para me prender, apenas me flagraram vigiado o Sr. Bomber e seus documentos. Se eles me obrigassem a falar ou me tratassem de qualquer outra forma, traria problemas à reputação norte-americana. Djok lançou um olhar desconfiado e cruzou os braços encostando na parede também. Sr. Boomber, segundo Natasha, era o homem mais rico dos Estados unidos e estava sendo vigiado por mim! Essa era minha missão quando fui enviada aos EUA.

–Você tem alguns exames a serem feitos. Conversamos sobre isso depois.

Entraram os dois seguranças e me escoltaram até a enfermaria. Eu esperava não morrer de uma forma trágica, Minha ideia de vir para a Rússia virou de cabeça para baixo.

(...)

–Senhorita. Café da manhã.

A porta se fechou com uma bandeija bonita. Aquele quarto era desconfortável e tedioso. Eu sentia falta do ar, da terra, de sair. Eu devia ter ficado para sempre em Nova York.

–Obrigada. -agradeci emburrada.

As panquecas cheiravam bem. Pelo menos o café da manhã era decente. Devorei tudo, minha barriga falou comigo a noite inteira. Se tornou minha companheira mais falante. Escutei uma batida na porta que me deixou animada.

–Flyer. Consegui uma audiência para hoje. -era Djok novamente. -Os testes de ontem saíram. realmente não há nenhum chip implantado em você e nenhum sinal de agressão.

–Esses testes foram super úteis. -ironizei revirando os olhos. –Será que poderiam devolver meu óculos ou entregar algo para eu fazer?

–Você usa óculos? Você tinha um! Não tem mais. Devem ter jogado fora. Vamos. -ele indicou a porta com a cabeça. –Mas antes... –ele me puxou para perto machucando meu braço. –Juro que se você estiver mentindo eu matarei todos que você conhece e seu pai me apoiaria. Você sabe que sim.

Os seguranças acompanharam a gente. Porque eles jogaram meu óculos fora? Comecei a me sentir irritada. Essa ameaça foi como um “bem-vindo” a como as coisas funcionam aqui. E como um pai podia ser tão frio a esse ponto, de aceitar o assassinato da própria filha?

A ALRS é maior do que eu pensava. Entramos em uma sala, que parecia o gabinete do presidente, havia uma mesa longa de madeira com microfones para os membros do conselho e varias cadeiras azuis para as visitas e o réu.

–Eles devem estar chegando. -falou ele olhando o relógio. -Como foi nos Estados Unidos?

Era a primeira pergunta sobre lá. Parecia ignorar totalmente a ameaça alguns minutos atrás. Mas ainda não era um tom de preocupação, como “você está bem?” Estava mais para uma pergunta para passar o tempo.

–Ótimo. Eles não me tratam mal como aqui. E olha que eu era a inimiga lá.

–Não diga isso Flyer. O conselho pode ouvir e mudar de ideia sobre você. -Djok olhou em volta preocupado.

Quatro homens bem vestidos, dois eram barbudos, entraram e se sentaram. Eles cumprimentaram meu o co-diretor com um olhar respeitoso e depois me viram ao seu lado, mas sem cumprimentos.

–Então, senhorita Morozov. Foi capturada há quase sete meses durante uma missão e atacou um membro nosso há seis meses. Está sendo acusada de falha na missão e traição. -o senhor número dois resumiu mexendo na barba.

–Não podemos negar que você é de grande importância para a ALRS. Estava em treinamento até completar vinte anos e recebeu a primeira missão. -o número três percebeu me deixando empolgada, talvez uma chance. –o que é decepcionante diante dessas acusações.

Seu olhar final foi cruel. Engoli seco. Sua fala estava indo tão bem.

–Senhores, na verdade... -comecei a falar, mas o membro número um deu uma martelada na mesa.

–A senhorita não pediu permissão.

–Permissão para falar? -pedi impaciente e eles concederam. -Eu fui flagrada sim. Mas não dei nenhuma informação sobre a ALRS. Eu não tenho como provar isso, mas se realmente eu tivesse dado, vocês estariam sofrendo ataques nesses exatos momentos. A SHIELD apenas me capturou porque eu vigiei um homem. Eles não poderiam me forçar a falar, não tinham provas suficientes para isso. Por isso mesmo, fui liberada. Além disso, alego que feri minha irmã em legítima defesa.

–Algo a mais a acrescentar? -perguntaram e eu balancei a cabeça me sentando.

Os senhores trocaram rabiscos nos papéis e eu lancei um olhar preocupante ao Djok. Observei cada olhar deles atenta. Mas todos tinham a mesma expressão, pareciam mortos ou com uma cara de cachorro caído.

–De pé senhores. -o membro número um pediu. -A réu Flyer Morozov, acusada de flagra e traição, é culpada por seus atos. A pena de morte será nível leve, através de injeção letal, no dia 17 de novembro. O horário ainda será determinado.-decretou o juiz.

Minhas pernas ficaram bambas, eu estava prestes a chorar. Lembrei de Steve e a promessa que ele me jurou, se eu morresse, ele tinha que dar uma chance para outra pessoa. Mas não! Agora essa promessa é errada, estúpida e boba.

–Permissão para falar. -pedi me segurando para não desmaiar, eles se entreolharam.

–Concedida.

–Senhores, peço que reavaliem a decisão final. A minha morte não será como as outras. Eu sou um membro importante da ALRS. Sem querer me gabar, mas sou muito mais poderosa que qualquer outro. E diante de uma guerra com os Vingadores, vocês precisaram mais do que armas para poder vencer. Eu estive lá durante sete meses e percebi o nível ameaça estávamos adiante. Eu também sou filha de Hugh Van Morozov, antigo e fiel membro dessa aliança e um dos fundadores. Eu jurei ser fiel assim como ele é e diante dessa guerra, serei mais útil morrer lutando do que de uma injeção letal.


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Notas finais do capítulo

quem gostou do último gif? perfeito! quem está amando a ALRS? bom, eu gosto deles. eu sempre torcia para os vilões, mas estou mudando esse pensamento. e vocês? o que estão achando da fanfic? qualquer coisa pode falar.