I'm Not the Enemy escrita por Queen B


Capítulo 20
Capítulo 20- Hello Goodbye


Notas iniciais do capítulo

geeeente, quero exclusivamente agradecer aos comentários desse capítulo. fiquei muito feliz e animada! obrigada Nymeria, belsfck, Amor Doce ( Amelia? ) e a Abby. vamos agora a última parte das despedidas... aproveitem :)



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–Eu estou nervosa. -bufei rodando na banqueta.

Era a terceira vez que Bruce me mostrava a foto do mesmo velho de cabelos grisalhos, membro da ALRS, e eu não sabia quem era. Meu humor hoje estava terrível. Na verdade, cada nervo meu sentia medo de ter uma falha ao chegar na Rússia.

–Esse é Djok Bulak... -disse o doutor com uma paciência de dar inveja.

–Porta voz e co-diretor da ALRS e também um dos amigos mais próximos de meu pai. Está foragido, mas já foi flagrado em São Petersburgo. -lembrei completando.

Impulsionei meu pé novamente não chão rodando na cadeira. Bruce pegou outra foto. Um homem vestia grande casaco, barba e bigode bem feitos, olhos escuros e redondos diante de uma plateia pública com vários russos. Era meu pai.

–Hugh Van Morozov, líder da ALRS, antigo espião russo na União Soviética e também o pai da garota mais linda do mundo. -respondo facilmente.

–Você esta indo bem. Acha que está preparada?

–Preparada? Estou com medo. Obrigada por estar me ajudando. Quer dizer, por sempre ter me ajudado desde o inicio. Você foi um grande amigo Bruce!

Ele sorriu agradecido. Clint entrou na sala que se tornou meu laboratório improvisado. O arqueiro segurava um papel em sua mão e começou a ler.

–Natasha está perguntando se pegou os casacos. -avisou.

–Ah sim.

–E se sua mala está pronta. Se pegou os documentos. Droga! Porque ela não veio aqui e falou com você? -resmungou e gerou risos.

–Ela está zoando com sua cara.

–Obviamente.

–Eu preciso fazer minha mala! -Clint havia me lembrado.

–Continuamos daqui à uma hora.

Sorri e acenei para os dois. Eu planejei não levar muita coisa, Quer dizer, a ALRS vasculharia todos meus itens e descartaria aqueles possíveis perigosos. Como se fosse possível esconder um gravador dentro de um sutiã. Então havia um casaco grosso de cor creme, meu diário, minhas coisas de higiene pessoal e algumas roupas. Tudo isso em uma mala pequena de mão. E as flores de Steve eu levaria em minha mão.

–Como que eu posso dar um fim nisso... –pensei alto.

–A senhorita, se quiser, pode doar aos depósitos de materiais da Indústria Stark.

Era perigoso a SHIELD utilizar aqueles dados contra meu pai. Eu nunca daria para a indústria do Tony, seria estúpido. Tive a melhor ideia de todas. Desci para o laboratório principal e peguei, entre as ferramentas, um martelo grande e pesado. Não encontrei ninguém pelo percurso, ainda bem, pois não queria dar explicações.

Piso no cartão de memória para destruí-lo e pego uma tesoura o cortando em pedaços. Jogo no vaso e dou descarga. Era doloroso, as fotos minhas na Rússia provocaram um efeito em mim. Elas pareciam aconchegantes e mostravam um tipo de vida que era meu maior desejo nesse momento. Mas eu não poderia arrisca-las.

–Flyer. Roupas novas para você. -Natasha bateu na porta e me deu sacolas de compras. -Você não pode ir com o uniforme da SHIELD.

Concordei com ela e retiro as peças de roupa examinando.

–Isso não tem nada a ver comigo! -resmungo.

–Claro Flyer, o que tem a ver com você, além das únicas roupas que você vestiu dos pijamas ao o uniforme e roupas simples? -falou impaciente apontando para mim.

–Ok, tem razão. obrigada.

É, elas não combinavam com a Flyer americana, mas sim com a russa. Eu me vestia bem nas fotos e pelas roupas, meu estilo de vida parecia ser bem alto. Entrei no banheiro e deixei a porta aberta para escutar a voz da ruiva enquanto tomava banho.

–Esta levando muita coisa. -foi irônica. -É só isso que precisa?

–Eu não tenho nada aqui. -falo alto.

–Que caderno é esse?

Meu corpo gela. Natasha não se atreveria a abri-lo. Esse diário se tornou meu melhor amigo e principal confidente de sentimentos enquanto estava perdida nos Estados Unidos. Se ela abrisse... Coloco a cabeça para fora do box tentando enxerga-la.

–São coisas do Furry. Ele pediu para que lê-se apenas quando estivesse no avião. -menti muito bem.

–Ah, claro. -ela recuou deixando a agenda de volta na mala.

Relaxo e volto a lavar meu cabelo.

–E o seu namorado? -pergunta tentando me provocar.

Mas sua pergunta me deixou confusa. Ela falava do Steve ou do Klaus? Porque ontem eu havia visto uma suposta foto nossa aos beijos. Natasha teria visto também?

–Que namorado? -pergunto desconfiada.

–Steve. É claro. Tem algum outro?

–Não tem! E nós não somos namorados. Quer dizer, tivemos uma chance, mas agora está tudo finalizado. –suspiro saindo do box e me enrolando na toalha. -E você? -ela exclamou um "eu?" se fazendo de difícil. -Eu apoio você e o Clint.

–Cale a boca Morozov. Somos amigos.

Ri. Eu nem podia acreditar que em poucas horas estaria no avião. Só tive noção quando vesti minha roupa nova e me olhei de uma forma diferente no espelho. Era diferente, era chique. Lá fora, começou a cair uma tremenda chuva.

–Senhorita, posso avisar ao Doutor Banner que acabou de se arrumar? -perguntou Jarvis me interrompendo.

–Sim. Obrigada.

Me olhei pela ultima vez e subi para a cozinha. Minha barriga roncava e Bruce não se importaria se treinássemos ali mesmo. O doutor apareceu e olhou surpreso para meu simples sanduíche. Ele carregava uma pasta verde que organizamos as fotos de todas as pessoas próximas a mim e no verso de cada imagem, havia o nome, emprego e parentesco. Era incrível como a SHIELD possuía todo esse tipo de informação.

–Estou com fome também. -sentou na bancada.

–Não esquenta verdão, vou pedir para nós uma pizza. -Tony piscou. Ainda estávamos brigados, mas o clima estava melhorando.

Ao me distrair com Stark, Bruce pega um pedaço da minha comida. Suspiro e puxo meu prato para próximo de mim.

–As pessoas começaram a achar que somos loucos. Toda vez que Thor volta de Asgard uma nuvem surge com uma terrível tempestade apenas sobre a Torre. -falou Clint me fazendo rir. -O que estão fazendo?

–Estou treinando a memória dela.

O arqueiro vasculhou as figuras da pasta e ergueu a foto da minha irmã gêmea, Gabriela. Depois seus olhos abriram ao ver a foto de uma das minhas amigas.

–Quem é essa?

–Irina, minha amiga do colégio. -respondo confiante.

–Porque estão todos aqui? -questiona Thor.

–Olá Thor. -cumprimenta Tony e senta na cadeira ao lado de Clint.

O deus senta ao meu lado, estávamos todos reunidos menos Natasha. Era bom estar ali, mesmo que a maioria não sabia porque estávamos sentados.

–Flyer, vamos concentrar aqui. -Bruce chamou minha atenção.

–O que é isso? -perguntou Thor e Bruce revirou os olhos me fazendo rir.

Eu expliquei o que eram as fotos pela ultima vez e podemos iniciar o treino. Suspiramos aliviados. As fotos fixaram bem em minha cabeça, reconheci todos! O aperto no meu peito estava se desfazendo, eu poderia conseguir a minha antiga vida de volta.

–Pizza chegou. Precisamos comer em 15 minutos e depois corremos para o aeroporto. -Stark avisou conferindo em seu relógio e depois ergueu o rosto pensativo. -Meu deus! Estou parecido com o meu pai. Preciso mais disso. -apontou para a garrafa de vodca.

–Eu avisei. -sorrio vitoriosa irônica, mas ele sabia que eu falava serio. Nossa briga foi porque Tony se intrometeu muito em minha vida.

–Até quando vocês dois vão com isso? -bufou Clint. -é a despedida da Flyer!

Thor levantou da mesa causando um barulho irritante de arrastamento da cadeira. Seus enormes braços forçaram Tony e eu a um abraço, acabamos cedendo e senti os cabelos macios e a barba dele.

–Ótimo! Com isso perdemos cinco minutos. -apressou Natasha irônica. -Anda logo!

Comi apenas um pedaço. Eu não consegui concentrar muito na conversa, o barulho do meu coração era alto. As batidas me deixaram mais nervosa. Então eu percebi que deveria aproveitar esse ultimo momento na Torre, meus últimos quatro minutos.

–Temos um pequeno presente para você, Flyer. –anunciou Clint.

Olhei incrédula para eles. Um presente? Atrás das costas do Bruce havia a caixa perfeita. Era perfeitamente bem decorada, como um presente exagerado de natal, com embrulho de bolinhas e um laço dourado bem feito. Sinto o peso do presente em minhas mãos. Era extremamente leve.

–Não precisava gente. –isso soou para mim mesma como um não chore.

–Claro que precisava. Pensamos em algo que a ALRS nunca suspeitaria e jogaria fora. É pra você usar sempre. –contou Bruce.

–Abra logo! –Tony resmungou.

Desfiz o laço e o papel de presente. Era um caixa com um óculos de grau. Eu tinha esse problema de vista, mas a SHIELD o resolveu nos primeiros dias me dando uma lente. Mas eu raramente usava, pois era apenas para ler e me deixava irritada. O modelo do presente era de armações grossas e maravilhosas.

–Não precisava, novamente.

–Eu disse que ela não ia querer. Posso pegar de volta? -Clint falou sério e eu rugi:

–NÃO! Eu quero.

E como Thor era o que estava do meu lado e eu não queria que ninguém visse meus olhos lacrimejando, o abracei forte. Ele mexeu em meu cabelo.

–Vocês Midgardianos e suas manias estranhas de abraço.

As risadas causadas por eles me distraíram e não senti nenhuma lagrima escorrer. Logo eu estaria na Rússia, ou seja, minha casa.

(...)

–Tripulantes, pouso autorizado. -anunciou o piloto.

Reclinei a cadeira, como pediram. Eu tentei dormir durante todo o vôo, foram 17 horas assistindo os filmes da TV e quando apagaram as luzes e o passageiro ao meu lado como muitos outros dormiram, mexi nas rosas de Steve. Elas se multiplicaram.

–A senhora precisa de declarar algo? -perguntou a aeromoça e eu neguei.

A SHIELD me deu o luxo de voar na primeira classe. Dobrei o meu cobertor e tirei o tapa olho do meu rosto. Em pouco tempo o avião tremeu ao se chocar na Terra e me preparei para levantar, as pernas doíam.

Depois de passar por toda polícia federal da Rússia e receber o carimbo de volta ao meu país Abri o pacote parto, que Furry havia me entregado, depois de pegar minha mala e peguei a passagem de trem. Eu morava em uma pequena cidade do interior.

–Senhorita? -uma mulher de terno perguntou em russo pelas minhas costas.

Virei para ela distraída, mas feliz por reconhecer a língua russa. Ela usava terno cinza e fone de ouvido e não estava sozinha, havia dois caras atrás.

–Sim. -respondo medrosa e engulo seco.

–Precisa vir conosco.

–Vocês possuem alguma identificação? -pedi tentando parecer confiante e a mulher sorriu.

–Claro. -ela tirou uma espécie de broche com as siglas ALRS do bolso e abriu mais ainda o sorriso. -Seja bem-vinda de volta. O nosso carro está ali.

Um dos grandões pegou minha mala e saiu andando na minha frente. Apressei os passos seguindo-o. A mulher abriu a porta traseira de um carro enorme preto. Ok. Eu não estava sendo sequestrada. Eram empregados do meu pai.

–Onde estão me levando? -perguntei depois de prestar bastante atenção no caminho.

Furry tinha razão, eles viriam atrás de mim.

–Estão a procura de você.


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Notas finais do capítulo

finalmente a tão destemida Rússia! ela realmente se foi... agora vamos ver se ela conseguirá se virar lá. desculpe a confusão, mas tem gente que prefere o Mark Ruffalo como Bruce Banner, mas eu amo o Edward Norton e um capítulo eu coloquei gif do Mark e agora do Norton...
Flyer tem duas propriedades especiais, o óculos e as flores! presentes fofos não?
vejo vocês nos comentários! não me decepcionem...