Por toda a minha vida escrita por Elle Targaryen


Capítulo 42
Capítulo 42


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas.. desculpem pela demora. Dessa vez foi difícil terminar de escrever o capítulo. Vcs verão que ele é o maior que já postei, se não me engano e, vcs verão tbm, lá no final do cap., que eu fiz uma maldade muito maldosa. *não pulem direto pro final do cap* tô de olho, hein!

PS: esse cap vai para a Alrac Swan Mills que me pediu mais Arctic Monkeys na fic. Obrigada pelas sugestões, Alrac. e pra todas vcs que não aguentavam mas ver a amizade de Emma e Mulan do jeito que estava e me pediram pra que elas se entendessem logo. :D

Agora..., boa leitura!



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No quarto do hospital a família rodeava o pequeno Paul que passava de mão em mão.

–É minha vez agora. – Diz a loira fazendo bico.

David entrega o pequeno nos braços de Emma que o aninha no colo carinhosamente.

–Emma, Emma..., eu sou Emma. E-M-M-A! – Fala tentando se fazer entender.

–Emma ele ainda não fala. – Diz Mary, sorrindo.

–Eu sei. Emma será o primeiro nome que ele dirá. Tá ouvindo, Paul? Pode ficar com ele na cabeça: Emma, Emma...

Os pais sorriem.

Um casal de filhos era o que sempre planejaram desde antes do casamento. É certo que Emma veio de surpresa, quando ainda eram adolescentes e, por esse motivo, a vida dos dois não foi fácil. Agora, depois de dezessete anos, que estavam começando a estabilizar a família e poderiam tranquilamente receber um novo membro.

–O que deu em você pra deixar Emma escolher o nome? – Mary pergunta a David enquanto ele, pai coruja, apreciava os filhos com um sorriso largo no rosto.

–O combinado era eu escolher já que você escolheu o da Emma, mas..., ela pediu...

–E você sempre faz tudo que ela quer...

–Sim. – Concorda segurando a mão da mulher em cima da cama.

–Vou voltar a trabalhar quando ele crescer.

–Não, não pense nisso. Estamos muito bem agora, o salário de xerife é muito melhor do que imaginei que seria, nem mesmo entendo o motivo, já que nessa cidade não acontece nada. – Diz com curiosidade.

–Ele tá chorando! – Emma fala interrompendo a conversa dos pais. – Toma. – Diz entregando o bebê à mãe.

–Agora você não quer mais, né? Sabe que vai ter de me ajudar com ele.

–Eu sei. Só não gosto quando ele chora. – Fala fazendo careta.

–Os dois terão. – Diz apontando o indicador para o marido.

–Emma...! – David chama a atenção da filha e aponta para a garota que a chamava do lado de fora do quarto.

Emma vira os olhos na direção do vidro e enxerga Mulan que lhe enviava um sorriso amarelo.

–Já volto! – Emma diz saindo do quarto.

Mulan caminha até a sala de espera ali em frente aos quartos. Senta-se calada enquanto a loira recria seus passos e senta-se numa das poltronas ao seu lado.

–Fiquei sabendo que seu irmão nasceu na quarta-feira. – A morena fala meio acanhada.

Emma a observava e não conseguia crer no que via. A garota parecia ter descarregado todo aquele orgulho bobo que trazia sempre consigo como um saco de batatas.

–Pois é. O nome dele é Paul, como Paul McCartney, eu escolhi.

A outra sorri:

–Bem sua cara mesmo!

O silêncio se faz presente por quase um minuto quando Emma resolve quebrá-lo de uma vez:

–Quer conversar? – Pergunta se ajeitando mais para o lado da outra.

Mulan olhava para os próprios pés:

–Já tem um tempo que sim. – Diz levantando os olhos na direção de Emma.

–Então?

–Emma... – A morena se ajeita da melhor forma que seu acanhamento permitia. Vira-se de frente pra loira e num misto de receio e vergonha, continua: - Queria pedir desculpas. – Fita os olhos da loira que ao invés de surpresos ou irritados, como esperava, irradiava, ao contrário, firmeza e compreensão. – Fui muito boba me irritando com você por nada e depois muito orgulhosa em admitir que discutimos por besteira. Desculpa. Eu..., eu nem sei mais o motivo de nosso desentendimento, só sei que..., que sinto falta da nossa amizade.

Emma pega as mãos da morena e as põe entre as suas:

–Eu te desculpo do que você quiser desde que me desculpe também.

–Pelo quê? – Pergunta curiosa.

–Se eu não tivesse me irritado não teríamos brigado, certo? Eu entendo que você queria apenas me proteger, é o que os amigos fazem, né? Eles tentam nos proteger quando nos veem caindo numa cilada.

–É. – Confirma com os olhos fixos nos da loira. – Não está com raiva de mim?

–Já estive. Não estou mais. Consegui refletir sobre o que me disse e você tinha razão, eu não podia parar minha vida por causa da Regina. Não podia fazer da minha vida como Emma, uma extensão do que tenho com ela. Por isso te peço desculpas, eu extrapolei um pouco e até falei coisas que não devia.

–Tudo bem. Eu também fiz isso.

–Amigas? – Emma pergunta abrindo os braços para a morena.

Mulan pisca um dos olhos, dizendo:

–Hum..., loirinha, acho que eu mereço mais que um abraço. – Fala com uma expressão serelepe.

–Agora sim você é você. – Emma fala sorrindo e abraça a amiga.

–Agora me diz, não foi só por isso que veio falar comigo, tenho certeza. – Emma fala se arrumando na poltrona.

–É, não foi só por isso. Ruby é péssima em conselhos. Pra ela tudo parece se resumir a sexo. – Diz revirando os olhos.

–Quando te conheci imaginei que pra você também era assim.

–Na verdade é. – Diz sorrindo maliciosamente. – mas é mais como uma máscara, entende?

–Hum..., conte-me mais. – Emma pede cerrando os olhos e estendendo as costas sob a poltrona.

Mulan revira os olhos e sorri.

–Emma Freud? – As duas abafam o riso alto.

–Então.., - Mulan prossegue. – Aurora veio me procurar.

–E? – Pergunta curiosa.

–Disse que quer retomar nossa amizade e que sente falta de nós de uma forma que ela ainda não compreende.

–Por que diz isso com essa cara tão murcha? Parte pra cima! – Emma diz empolgada.

–Você tá parecendo a Ruby! Não é tão fácil assim.

–Por que não? Você a quer e ela não sabe ainda direito o que sente, vai lá e mostra pra ela o que você sente e faz ela sentir o mesmo.

–Emma..., não é assim desse jeito. Eu demorei anos pra por minha vida no “eixo” - Faz as aspas com as mãos. Fica calada por um tempo curto. Emma não se atrevia dizer nada. Esperava por ela. Esperava que ela lhe dissesse o que queria dizer. Na sua cabeça as coisas eram muito simples, se você quer alguém, mesmo que essa pessoa não saiba ainda que te quer, você só tem de ir lá e tentar. Foi o que fizera com Regina e era o que faria na situação de Mulan. Não conseguia perceber nenhuma complicação nisso, ainda não.

– Sabe aquela coisa que as pessoas falam: “você vai esquecer”, “isso vai passar”, “um belo dia você vai acordar e aquela pessoa estará no passado”?

–Sei.

–Pois é. Ainda tô esperando esse belo dia e às vezes parece que ele não vai chegar. Consegui, não esquecer, mas superar; acho que é a palavra certa, e não quero viver aquilo de novo. Não quero reatar uma amizade que vai me fazer sofre. Aurora e Phillipe sempre viveram numa corda bamba, terminam e voltam, terminam e voltam, infinitamente. Já estive várias vezes nessa corda, fui ombro amigo, fui confidente, só não fui cupido por que seria demais. Não quero mais isso.

–Tenho uma certa culpa nisso. – A loira confessa com os olhos meio baixos.

–Culpa? Por quê?

–Ela veio me procurar já tem um bom tempo. Pediu conselho. Disse que queria se aproximar de você e eu falei que não serviria de ponte entre vocês porque ela tinha de decidir o que queria de verdade e ela mesma falar contigo. Acho que ela decidiu, ou não.

–Não, ela não decidiu e nem vai decidir. Prefiro acreditar que não.

–O que vai fazer?

–Nada. – Fica calada por alguns segundos. Os cotovelos apoiados nas coxas seguravam o queixo entre as mãos. Continua:

– Entende que não é uma questão de ser cabeça dura? Não quero reviver uma coisa que já aconteceu. Fui muito apaixonada e ela me dava esperanças, isso antes do Phillipe aparecer e fazer a cabeça dela; depois tudo ficou nesse vai e vem e eu no meio disso tudo quicando meus sentimentos de um lado pro outro com bola de basquete. Isso não é vida.

–Então não precisa de conselho. Já sabe o que vai fazer.

–Sim. Só precisava contar isso pra alguém. E quero saber tudo que você tem feito ultimamente, principalmente o que tem feito com aquela gostosa da Regina! – Mulan fala fazendo uma expressão safada quando, no mesmo momento, ouve uma voz rouca e forte bem na entrada da sala de espera:

–Boa tarde senhorita, Lee. Swan... – Parada no portal de entrada, em mãos um pequeno vaso com uma orquídea branca, Regina cumprimenta as garotas.

As bochechas de Mulan tomam um tom vermelho tomate em menos de um segundo.

–Bo-Boa Tarde... –Gagueja.

Emma sorri do desconcerto da amiga.

–Quarto de Mary? – Regina pergunta à loira.

–106. – Responde com um sorriso enorme no rosto e em retribuição, Regina solta-lhe um beijo no ar e segue batendo os saltos pelo corredor.

–Desculpa. Meu deus..., que vergonha. – Diz colocando o rosto entre as mãos.

–Imagina. Ela deve estar rindo internamente, sério. Regina sabe que é gostosa e sabe que todo mundo sabe disso.

–Senhor..., você diz que eu sou louca por pegar geral as menininhas, mas..., tu é bem mais doida! – Fala de forma divertida. – Não te culpo por nada, essa mulher deve ser um vulcão. Já te disse que, desculpa por isso, mas ela povoa meus sonhos mais maliciosos desde sempre.

–Mulan...! – Emma repreende a amiga fazendo um leve bico de falsa chateação.

–Ok, ok. Desculpa. – Pede sorrindo.

–Tá, vamos lá ver meu irmão! – Emma levanta da poltrona e puxa a outra pelo braço.

–Ah..., acho que você só quer ir lá por que um tal “furacão” apareceu!

–Mas é claro! – Diz numa piscadela.

***

–Senhorita Mills, é muito gentil de sua parte. – David fala arrumando o pequeno vaso de orquídea na cabeceira da cama de Mary.

–Imagina. É o mínimo. E me chame de Regina, por favor. Não estamos num local para tantas formalidades. – Pede sorrindo.

A morena se aproxima do pequeno Paul.

–Quer segurá-lo? – Mary pergunta.

–Posso?

–Claro. – Diz entregando o bebê nos braços de Regina. – O nome dele é Paul.

Regina sorri.

–Aposto que foi escolha da Emma. – Fala meio sem pensar.

–Exatamente. – David confirma meio desconfiado. – Como sabe?

–Ela comentou algo sobre Beatles durante a viagem à Boston. – Sai-se da própria armadilha com maestria.

–É. Ela tem bom gosto, como eu. – David fala convencido.

–Por falar em viagem, ela se comportou bem? Não tivemos tempo ainda de falar a respeito.

–Sim. Muito bem. É uma ótima garota.

–Fico feliz que ela e Henry se deem tão bem. – Mary comenta.

–Sim. Emma fez muito por Henry desde que chegou à cidade. Ele é um garoto mais sociável agora e mais seguro. – Diz olhando o pequeno em seu colo. Lembrava de Henry quando tinha aquele mesmo tamanho e do tempo em que não pôde ter o filho nos braços. Da briga judicial com Cora que já se estendia por mais de dez anos.

Distrai-se dos pensamentos quando ouve a aporta do quarto abrir.

Emma entra com Mulan e seus olhos vão exatamente à direção da morena. Era lindo vê-la com aquela criaturinha no colo, balançando o pequeno levemente como uma mãe. Quanto tempo demoraria para que aquele momento fosse apenas delas? Três filhos? Todos com nome de músicos: Jimmy, Elvis, Janis, sim, seriam esses os nomes e com certeza a morena não concordaria.

–Trouxe Mulan pra ver o Paul! – Fala se aproximando da cama da mãe e depositando um beijo em sua testa. David sentado ao lado da esposa não conseguia não sorrir ao ver a felicidade da filha. Os olhos de Emma brilhavam numa intensidade luminosa.

Aproximam-se, as duas, de Regina. Mulan olha o pequeno Paul:

–Parece um recém-nascido. – Comenta.

–Ele é um recém-nascido, senhorita Lee. – Regina fala meio impaciente olhando-a nos olhos e lhe fazendo lembrar do comentário minutos antes.

–Eu sei. Todos os recém-nascidos parecem iguais pra mim. – Fala escondendo o desconcerto.

Regina revira os olhos.

–Ele lembra a Emma quando nasceu – Mary comenta.

A morena repara no formato do rosto do pequeno e em seguida olha para a loira e sorri discretamente. Nesse momento uma enfermeira resolve entrar para dar fim a pequena “festa”. Já tinha passado da hora de visita, mãe e bebê precisavam descansar.

David e Emma despedem-se de Mary com um beijo e junto de Mulan e Regina saem do quarto.

–Pai..., vou dormir na casa da Mulan hoje à noite. – Emma comenta enquanto os quatro caminhavam pelo corredor.

–Sem problemas. – Diz bagunçando os cabelos da filha e sorrindo para Mulan. – Vou em casa tomar um banho e volto para ficar com sua mãe até a hora de dormir. – Diz.

–Você foi assim também quando eu nasci? Superprotetor?

–Bem mais. – Fala sorrindo.

***

Emma se joga na cama com os braços abertos. Olha o lustre no teto do quarto e sorri enquanto reprisa em pensamentos todos os detalhes daquela tarde no hospital.

–Minha vida não podia estar melhor, sabia? – Comenta sem tirar os olhos da luz.

–Hum..., esse motivo se chama Regina? – Mulan pergunta se juntando a ela na cama.

–Sei que vai dizer: “meu Deus, Emma..., você não pode dedicar a felicidade da sua vida apenas à Regina blábláblá...”, mas não é só isso. Nunca antes tinha me sentido como se tudo se encaixasse de forma perfeita. - Diz virando de lado para fitar a amiga. – Isso envolve mais que a Regina, apesar de ela ser grande parte da minha felicidade atualmente. Minha família vai bem, tenho um irmão que nasceu forte e saudável, está tudo ótimo, nem parece verdade. – Sorri.

– Não quero cortar seu barato, loirinha, mas já pensou como será quando Sr e Sra. Swan descobrirem seu romance secreto?

–Já, e na minha cabeça eles aceitarão muito bem.

–Na sua cabeça? – Pergunta levantando uma das sobrancelhas.

–Sim. Meu pai sempre faz tudo por mim e sempre entende mesmo com todo esse sentimento super protetor e minha mãe..., bem..., ela já desconfiou que tenho uma “namorada”.

–Já!? – Pergunta surpresa.

–Sim. Até perguntou se era a Ruby e me pediu pra contar apenas quando estiver à vontade. Sinto vontade de contar a ela. Às vezes ensaio as palavras, mas na hora elas falham.

–Sei como é. Mas ainda assim é uma questão complicada. Se fosse alguém da tua idade a chance de teus pais aceitarem seria bem maior, mas Regina..., é uma mulher, tem o dobro da tua idade, um filho adolescente, dirige uma escola, é tua professora e tem um “noivo”.

A loira olha a amiga com um bico nos lábios. Ela sabia de tudo aquilo. Sabia das chances de seus pais aceitarem ou não e até mesmo tinha consciência que talvez Regina poderia não querer revelar nada mesmo depois dos dezoito anos completos. Ia dizer para a amiga o quanto não importava com “detalhes” naquele momento, quando ouvem batidas na porta do quarto e logo Ruby entra sorridente com uma mochila visivelmente recheada nas costas.

–Oi... .- Diz animada colocando a mochila no chão e jogando o corpo na cama entre as duas. - Agora o trio está completo novamente. - Sorri estendendo os braços. Emma se encaixa de um lado do corpo da morena e Mulan do outro.

****

–É sério que precisa de tudo isso pra jantar na casa da Regina? – Mulan pergunta olhando as roupas que Ruby trouxera.

–Não tudo, né..., eu acho que você devia usar algo bem curto e sensual. – Ruby fala cerrando os olhos.

–Não mesmo! – Emma diz sorrindo.

–ok, Olha esse então. – Fala tirando da mochila um vestido vermelho não muito curto, sem mangas a parte de cima com um decote discreto com a cintura marcada e a saia levemente rodada. A loira aceita a sugestão da amiga e em menos de uma hora está vestida adequadamente para um jantar com Regina Mills.

–Parece uma pin-up recatada. – Ruby comenta olhando Emma.

–É..., tá comportada e sexy. – Mulan fala numa piscadela.

Emma vira-se para as duas sentadas na cama. Respira fundo e sorri. Se encontrar com Regina, mesmo que para um jantar em sua casa, a deixava nervosa. Aquela morena sempre a deixava nervosa. Era inevitável.

–Acho melhor você ir ou se atrasará. – Ruby fala sorrindo para a loira. – E não esqueça os sapatos. – Conclui estendendo um par de saltos pretos.

–Não aguento meia hora em cima disso. – Fala e calça os saltos contrariada.

****

A loira respira fundo e afunda os dedos no buquê de rosas vermelhas. Olha para todas as pétalas que seus olhos alcançavam, pareciam frescas e macias. Tenta acalmar as batidas em seu coração e logo toca a campainha da mansão. Ouve os saltos de Regina se aproximando do outro lado da porta.

–Olá..., dezenove horas, você foi pontual e está linda! – A morena diz num tom descontraído.

Emma sorri sentindo as bochechas queimarem. Beija-lhe as bochechas carinhosamente e lhe estende o buquê.

–Você é uma princesa encantada. – Regina comenta ao receber as flores.

–Sua princesa encantada. – Fala adentrando o hall, fechando a porta atrás de si e tomando os lábios da morena num beijo leve.

–Vou colocá-las num jarro. – Fala ao se desvencilhar dos braços da loira.

Emma fica observando Regina andar até a cozinha. Seus saltos, suas pernas torneadas, seu vestido acima do joelho, preto meio colado ao corpo, fazendo o desenho exato de seu quadril e de sua cintura. Era lindo como aquela mulher se mexia e ao mesmo tempo mexia com todos os sentimentos dentro dela a fazendo sorrir aparentemente sem motivos.

Segue a morena e lhe abraça por trás encostando seu corpo no balcão da pia.

–Emma..., você está muito ansiosa hoje. – Regina diz terminando de arrumar as flores num jarro. A loira não solta seus braços da cintura da outra, alisando seu abdômen por cima do vestido.

–Emma... – A morena diz fechando os olhos num sussurro. Era impossível resistir ao toque da garota.

–Só quero ficar aqui colada em você. – A loira fala com os lábios próximos da orelha da outra.

Regina vira-se de frente apoiando os braços nos ombros de Emma e enrolando seus cabelos com a ponta dos dedos.

–Quero ficar sempre colada em você. – Diz e a beija garota logo em seguida aproveitando lentamente do gosto de sua boca e o seu cheiro de canela misturado ao desejo que lhe subia de forma instantânea.

–Vamos pro quarto. – Emma pede num intervalo e outro.

–Não...! – Regina fala olhando sério para a garota. – Fiz um jantar pra nós e vamos comer! – Conclui de forma séria.

Emma sorri. Regina era uma excelente cozinheira daquelas que jamais aceita que se pule o prato principal direto para a sobremesa.

–Ok.ok. – Concorda soltando a cintura da morena e dando um pequeno passo para trás. – Você só tem que parar de ser tão irresistível que eu aguento todo o jantar sem ir direto à sobremesa. – Fala mordendo levemente o lábio inferior.

Regina revira os olhos sorrindo. Pega o jarro de cima do balcão e chama a garota até a sala de jantar.

Regina havia preparado um prato francês, daqueles que Emma julgava muito requintados. Estava bom, claro, não reclamara em nada da comida e nem teria motivos para tal. Com aquela companhia comeria qualquer coisa em qualquer lugar o que importava mesmo era ouvi-la falando do que fosse. Ouviu atenciosamente as aventuras da universitária Regina Mills pela Europa. Não entendera direito o motivo de ela ter ido tão cedo estudar no exterior, mas conseguira ao menos imaginar que algo realmente desagradável a fizera querer sair de Storybrooke.

Durante todo o jantar não conseguia tirar seus olhos do rosto da morena nem por um segundo. Seus cabelos, olhos, nariz, boca, voz..., era tudo perfeito e se encaixava com maestria. Ao fundo uma “baladinha” escolhida por Emma tocava lenta preenchendo o ambiente com mais intimidade e descontração. O som parecia flutuar entre as duas tornando ainda mais suave o tom das vozes, a troca de olhares, os sorrisos abertos, a respiração...

“In a foreign place

The saving grace was the feeling…”

–Gostei dessa música. – A morena comenta prestando atenção ao que ouvia.

–Escolhi esta porque me faz lembrar você?

–Sério?

–Sim. Pode parecer estranho, mas tudo que ouço me lembra você. – Fala sorrindo.

Regina abaixa a cabeça graciosamente sorrindo com o canto dos lábios ao mesmo tempo em que punha uma mecha de cabelo atrás da orelha.

–Você é uma graça, Emma. – Diz ainda sorrindo. Seguram o olhar de forma profunda por quase um minuto, daqueles minutos que poderiam facialmente ser vividos uma vida inteira. –Você mudou minha vida completamente. – Diz alcançando a mão da loira em cima da mesa.

–Pra bom?

–É. Se virar o mundo de alguém de cabeça pra baixo a ponto de fazer loucuras é bom, então é bom. – Sorri e continua: - Você me faz sentir como se eu vivesse novamente e tudo que quero e penso é em continuar vivendo, sorrindo, olhando pra você.

–Não fala assim que eu fico meio besta. – A garota fala com uma expressão tímida.

Regina cerra os olhos.

–Boba. – Diz beijando a costa da mão da loira.

“And the fierce excitement
The eyes are bright.”.

Sou sim, totalmente boba por você e poderia passar a noite inteira te olhando.

–Só olhando? – Pergunta provocativa.

–Não...! – Responde no mesmo tom levando as mãos pelo braço de Regina até seu ombro.

A morena leva a ponta dos dedos até o queixo da outra e lhe sorri um de seus sorrisos mais bonitos:

–Às vezes é até difícil de acreditar.

–Sei exatamente como se sente. É como se o peito fosse explodir de tanto sentimento bom. – A loira fala sorrindo passando os dedos leves no braço da morena.

–Sim, é como se fosse explodir. – Concorda sorrindo.

–Eu queria que todos soubessem.

–Eu também, mas...

Rapidamente Emma levanta o tronco e beija os lábios da morena lhe impedindo de terminar a frase.

–Não existe mas..., não agora – Diz logo em seguida.

Regina concorda com balançando a cabeça positivamente.

“You are the only ones who know”

***

Jantar, sobremesa, risadas, uma dancinha de leve pelo corredor até a sala de estar, gargalhadas soltas preenchendo os espaços vazios dos cômodos, segredos revelados no calor dos beijos roubados que estalavam pelo ar. Emma se joga no sofá e a morena a acompanha deixando o copo de cidra em cima da mesinha de centro.

–Não aguento mais esses sapatos. – Fala colocando os pés pra cima, desobedecendo qualquer regra de etiqueta para encontros que Ruby lhe havia repetido tantas vezes.

Lentamente Regina abaixa-se em frente a loira, lhe retira os saltos e massageia seus pés.

–Já disse que está linda nesse vestido?

–Humm..., acho que sim. Umas três vezes.

–Só três vezes? – Pergunta enquanto sobe as mãos pelas cochas da loira.

–Ahan..., só. – Responde fechando os olhos levemente ao sentir as mãos da morena por suas pernas. Regina sobe um pouco o vestido vermelho e encosta os lábios carnudos na pele branquinha da garota fazendo-a arrepiar-se da cabeça aos pés. Lentamente seus lábios vão tomando espaço, subindo cada vez mais a medida que suas mãos subiam o tecido vermelho.

–Regina... – Emma sussurra acariciando os cabelos da morena.

–Oi? – Pergunta deliciando-se com a expressão relaxada nos olhos da outra.

Emma curva-se até ela. Põe as mãos em seu rosto.

–Amo você. – Diz fitando seus olhos castanhos profundamente.

A morena levanta. Senta-se ao lado da outra levando seu corpo para mais perto lentamente, dizendo:

–Também amo..., amo a forma como você me encaixa em ti de forma tão doce e segura. Amo a tua pele, o cheiro que ela tem e cada detalhe, sinal, curva do teu corpo macio. – Diz desenhando o contorno do rosto da loira com a ponta dos dedos. - Amo o contorno do teu rosto e esse sorriso lindo que só você tem. E os seus olhos e os cabelos. Amo suas expressões, todas elas, até mesmo a mais birrenta. Amo tudo e quero cada pedaço de você em mim, começando pelos teus lábios. – Conclui com a voz rouca e mansa selando seus lábios carnudos nos de Emma vagarosamente. Naquele momento o peito da garota não suportou mais e explodiu em todos os sentimentos bons que Regina conseguia fazê-la sentir. Nunca tinha ouvido aquilo da morena, não daquele jeito, não com aquela voz tão amável.

Regina era dela, não podia ter mais certeza.

Deita no sofá recebendo o corpo da morena sobre o seu. O desejo, o nervosismo, as borboletas no estômago, estava tudo completamente livre. Aos poucos as peças de roupa são jogadas pelo chão e os corpos se tornam cada vez mais uno.

A casa agora era preenchida por gemidos roucos e , soltos pelo ar.

***

A manhã de sábado ia alta. Emma abre os olhos lentamente. Apalpa a cama macia a procura da morena, levanta a cabeça esfregando os olhos e presta atenção no ambiente. Como haviam parado no quarto de Regina? Não lembrava muito bem. A madrugada após o jantar fora tão intensa que parecia ter ido à um outro universo e retornado agora.

Ouve o barulho do chuveiro. Levanta-se ainda cheia de sono enrolando o corpo nu no cobertor e caminha até a porta.

Em baixo da ducha a morena lavava o cabelo de costas para a entrada do banheiro. Mais uma vez Emma se deixou ficar parada observando-a

–Quer companhia? – Pergunta alguns minutos depois.

Regina vira-se para encará-la. A garota trazia no rosto uma expressão meiga e safada ao mesmo tempo.

–Não me oponho. – Fala sorrindo.

O cobertor fica no mesmo lugar, caído no portal, enquanto a loira se aconchega ao corpo molhado da outra.

–Como você consegue ser tão irresistível? – Pergunta deslizando as mãos dos quadris à cintura da morena.

–Não sei... – Regina diz num gemido sussurrado.

A loira encosta a mulher contra a parede. Os abdomens colados um no outro. As pernas entrelaçadas. O sexo da morena começava a escorrer em sua coxa. Emma aperta mais forte os quadris de Regina contra seu corpo; ela ofegava cada vez mais enquanto a garota espalhava beijos, pequenos chupões e mordiscadas por seu pescoço, ombro, colo, seios.

As mãos passeavam pelo corpo molhado da morena enquanto a boca bebia seus lábios com avidez.

–N-Não me tortura, Emma – Pede fechando os olhos, sentindo o desejo lhe consumir e amolecer todo seu corpo no vaivém que Emma conduzia entre seu sexo a coxa dela.

Sem mudar de posição a garota fecha o chuveiro e conduz a morena até a cama. Sem preocupação com nada, jogam-se molhadas. A loira se põe por cima e, sem mais torturar sua morena, desde todo abdômen com beijos rápidos até seu sexo a fazendo sua mais uma vez.

–Meu travesseiro tá molhado e boa parte da cama também. – Regina comenta sorrindo para a loira deitada com a cabeça em seu braço.

–Agora que você percebeu?

–E você me deixou perceber antes?

–Hum..., acho que não. – Responde com uma expressão serelepe e continua: - Que horas Henry vem pra casa?

–À noite. Ao menos foi o combinado.

–Temos muito tempo ainda. – Diz sorridente subindo na morena com segundas e até mesmo terceiras intenções.

Regina ri alto.

–É, temos muito tempo para fazer o café ou o almoço visto o avanço da hora. – Fala fitando o relógio no criado mudo.

–Aaaaah... – A loira reclama fazendo bico.

Minutos mais tarde as duas dividem a cozinha. Emma, usando as roupas da morena, tentava mostrar para a mulher todos os seus dotes culinários enquanto a outra se divertia com o jeito atrapalhado da garota.

–Ah..., não ri. – Pede ao queimar mais uma vez as panquecas que tentava fazer.

–Tá vendo? Não me deixou ajudar. Vou pedir comida pra nós, ok? – Regina fala rindo, levantando da cadeira, dando um beijo na bochecha de Emma e indo em direção ao telefone.

A loira suspira contrariada.

–Ok. Mas pede pizza! – Fala alto.

No mesmo minuto lembra-se que havia combinado com Mulan que a miga ligaria caso alguma coisa desse errado e seus pais lhe fossem procurar. Sai da cozinha apressada em direção a saída da mansão e vai até o fusca estacionado no final da rua. Menos de dois minutos retorna correndo com o aparelho em mãos.

–Onde você foi? – Regina pergunta vendo as bochechas rosadas da garota.

–Fui pegar o celular.

–E?

–E voltei rápido pra não perder nem um segundo com você. – Fala aconchegando a morena em seus braços.

Regina sorri relaxando os ombros.

–Me deixou preocupada. Pensei que tivesse acontecido alguma coisa.

–Vai acontecer. – Diz num ar misterioso.

–É, o quê?

–Você vai assistir comigo um filme que sei que vai “adorar”. – Diz num sorriso meio irônico.

–Qual?

–Surpresa. – Fala beijando os lábios da morena. – Pediu comida?

–Sim.

–Ótimo. Vamos assistir a um filme. – Diz animada. – O melhor filme de todos os tempos. – Conclui.

–Até imagino... – Diz antes de ter os lábios tomados mais uma vez.

***

–'O senhor dos anéis' melhor filme de todos os tempos? – Regina pergunta enquanto a garota prepara a sessão.

–É. Você vai gostar.

–Eu conheço e confesso que é um ótimo sonífero. – Fala revirando os olhos.

–Ah..., Regina. É um filme épico. Como você pode não gostar? – Diz se aproximando da morena. Senta ao seu lado em meio as almofadas espalhadas pelo chão. Regina se ajeita no ombro da garota.

–Justamente por isso que não gosto. São pessoas andando de um lado pro outro enquanto poderiam resolver o problema de uma forma bem mais fácil. – Diz.

–É mas aí não teria historia nenhuma. Você tem cara de que gosta daqueles filmes antigos ou clássicos mega chatos, acertei? – Pergunta.

–Acertou. – Responde sorrindo. – Qualquer dia desses veremos o que eu escolher.

–Tá certo mas não me culpe se eu dormir. – Fala num tom de brincadeira.

A morena sorri também se aconchegando ainda mais nos braços da loira. A grande verdade era que Regina não se importava muito com o filme que veriam. Gostava de estar ali com a sua garota mesmo que lhe parecesse tão diferentes, e o eram.

Ela com seu estilo clássico, requintado. A morena era daquelas pessoas que mesmo em dias mais casuais mantém a postura ereta e os gestos bem dosados. Claro que nem sempre fora assim, aprendera ser assim e Emma lhe trazia uma parte esquecida de si mesma como aquele momento simples e divertido de sentar no chão e comer uma pizza vendo um filme. Quanto tempo não fazia aquilo? Não tinha ideia. Emma era um oposto dela em quase tudo: gerações diferentes, visões de mundo diferentes, ideologias diferentes, postura, gírias, gosto musical e mais uma lista imensa de diferenças, mas, os olhos, quando se encontravam, era claro que não havia no mundo encaixe mais perfeito.

***

–Regina? – Pergunta baixinho quando sente o ombro doer com o peso da cabeça da morena. – Regina!? – Diz aumentando o tom de voz.

–Oi? – Pergunta meio sonolenta.

–O filme terminou.

–Sério?

–ahan..., você dormiu. Aposto que nem lembra qual o nome da comitiva do anel.

–Eu sei. – Diz ainda de olhos fechados contando cada personagem nos dedos: - Gandalf, O Cinzento, Aragorn, Legolas, Boromir, Frodo e Sam. – Diz quando finalmente abre os olhos e fita os verdes brilhantes a sua frente.

–Nossa! – Emma fala surpresa. – Por essa eu não esperava!

–Tenho uma ótima memória senhorita, Swan.

–Então da próxima vez veremos O Hobbit, quero ver você decorar o nome de todos os anões. – Diz num tom de desafio.

–Não senhora eu escolherei o próximo. – Fala se inclinando sobre a garota. Emma recebe o peso do corpo de Regina e deita-se no chão. Ficam ali naquele minuto infinito, a morena com as pernas entre o quadril da outra, fitavam-se com carinho, um carinho de soltar faíscas.

–Não faz assim, Regina..., depois você reclama dizendo que não cosegue aguentar meus hormônios adolescentes, mas olha o que você ta fazendo!? -Fala levando as mãos a lateral do quadril da morena.

– O que estou fazendo? – Pergunta num sussurro no pé da orelha da outra.

Emma não responde. Fecha os olhos enquanto as mãos traçam um caminho lento por debaixo da camisa da morena em direção aos seios.

Rapidamente a loira muda as posições. Beijam-se devagar num desejo latente. Emma só conseguia pensar no quanto era impossível não querer aquela mulher a qualquer momento em qualquer hora e lugar, seu corpo todo respondia ao corpo dela de forma instantânea. Perguntava-se se para a morena também era daquela forma e confirma positivamente e com um sorriso nos lábios quando seus dedos encontram o sexo da morena.

****

As cortinas tapavam a entrada de luz. O cinema improvisado ainda abrigava os dois corpos deitados no chão: a loira embaixo e a morena em seu ombro. Emma rodava os cabelos curtos de Regina entre os dedos.

–Está quase na hora. – Diz a morena.

–De quê? – Pergunta.

–De você ir. – Responde num tom baixo.

–Nããão..., não quero. – Fala fazendo bico e trazendo mais pra perto o corpo da outra.

–Daqui a pouco o pai do amigo do Henry liga dizendo que vai trazê-lo.

–Eu sei..., queria mais finais de semana assim..,, na verdade queria a vida inteira, todos os dias assim.

Regina sorri. Vira de bruços ao lado da loira. Encosta sua testa na dela:

–Eu também.

O momento é cortado pelo telefone de Emma.

–É melhor você ver quem é. – Diz a morena.

Emma faz novamente seu bico de chateação e se levanta devagar alcançando o aparelho em cima do sofá.

Fica um segundo olhando a tela como se pensasse profundamente no que fazer. Resolve por não atender.

–Quem era? – Regina pergunta já de pé recolhendo as almofadas do chão.

–Zelena. – Responde já esperando uma reação negativa de Regina.

–Zelena?

–Sim.

–O que ela poderia querer com você hoje? – Pergunta tentando não alterar a voz, mas não conseguira.

–Eu tinha falado algo pra ela sobre irmos tirar fotos de árvores nesse final de semana e esqueci. Ela deve querer saber se ainda vamos. – Diz meio sem jeito.

–Tirar fotos, com Zelena? Não sabia que ela gosta de fotografia. – Fala de costas para a loira ainda tentando parecer indiferente, mas a voz metálica de Regina era inconfundível para a loira que conseguia perceber seu desconforto.

–Pois é..., acho que não se interessa muito, por isso me deu uma câmera que encontrou em casa, antiga mas ainda funciona bem. – Diz ajudando a morena a arrumar a bagunça.

–Te deu uma câmera? – Regina pergunta virando-se para encarar a garota e, agora sim, sem tentar disfarçar nada.

– Foi. – Fala meio sem entender a reação de Regina. Sabia que a morena tinha uma relação complicada com a família. Mas aquilo parecia mais que uma simples complicação. – Está com ciúmes? – Pergunta se aproximando da morena e a abraçando.

– Não! – Regina responde áspera soltando-se dos braços da loira.

–Então o que foi? – Emma pergunta.

–Quer saber o que foi? – Pergunta parando no meio da sala. Põe uma mecha de cabelo atrás da orelha, olha na direção de Emma com uma ruga de preocupação na testa, dizendo: - Ela gosta de você e você parece não perceber isso. Como você não percebe? Ela tá rodeando você, Emma.

–Do que você tá falando?

Regina respira fundo fechando os olhos.

– Já tem semanas que Zelena procura por você o tempo todo. Já vi isso na escola. Te abraça sempre que pode, te dá coisas, tá sempre em cima. Você não percebe?

–Regina..., não é assim. Eu sou o que ela tem mais próximo da amizade. Você só está com ciúmes, ciúme bobo. – Fala mais uma vez tentando se aproximar da morena que se esquiva.

–Não...! Tá, eu estou com ciúmes, sim..., mas não é só isso. Zelena é perigosa. Já imaginou o que ela pode fazer se descobre sobre nós? Você pode não ver agora, pode conseguir ver apenas um lado carente de afeto, uma menina que passou e passa por muita coisa difícil, e realmente é assim. No começo achei muito bonita sua intenção, mas ela tá se aproximando demais. – Diz numa voz que beirava a dor. Se aproxima da garota, põe as mãos nas laterais de seus rosto: - Existe um motivo para Zelena não ter amigo, Emma. Ela é traiçoeira.

–O que ela fez pra você? – Pergunta curiosa.

–Pra mim? Se eu contar você não acredita. – Fala encarando a garota com os olhos sérios.


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Notas finais do capítulo


Espero vocês nos comentários!



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