Por toda a minha vida escrita por Elle Targaryen


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas!!! Olha eu aqui de novo nesta quarta!!!

*AVISO aos navegantes: esse capítulo ficou meio chatenho.. sem muita coisa pra desenvolver, maaaaas ele é necessário, aviso de antemão que no próximo capítulo vocês descobrirão algo bem legal sobre o Rob.*
Também quero agradecer aos comentários, é muito bom saber que vocês estão gostando, do que gostam e até mesmo do que não gostam e.. é isso!



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Era tarde da noite. Regina tentava entrar em casa sem fazer barulho. Não queria ver ninguém. Não tinha ânimo para responder nenhuma pergunta mesmo vinda de seu filho, única pessoa a quem a morena dava qualquer tipo de satisfação de sua vida. Mas, pra sua surpresa, o silêncio da casa deixava audível as vozes vindas da sala ao lado da porta de entrada.

– Você já disse a ela? Já disse alguma coisa? - Perguntava Henry insistentemente.

– Já! - Afirmava Neal meio impaciente.

– E? Quando?

– Naquele dia em que você fugiu e ela ajudou a te encontrar. A levei em casa, você lembra. - Henry fez um movimento afirmativo com a cabeça enquanto Neal continuava - Nós estávamos meio assim por causa do beijo. Ela passou uma semana me ignorando e... Quando eu decido ter coragem para contar a ela o que sinto... tentei beijá-la e simplesmente não aconteceu nada. - Fala decepcionado.

– Ela disse que te vê como amigo?

– Exatamente.

Henry ficou pensativo. Parecia arquitetar um plano para dominar o mundo, mas queria apenas juntar sua melhor amiga e Neal, fazer todos aqueles que ama serem parte de uma única família. E o garoto se achava muito esperto nesse tipo de situação, um exímio cupido estrategista.

– Você tem de mostrar a ela que é bem mais que amigo. Precisa fazer ela ver você como homem. Atacar emma e a beijar não vai dar muito certo. Tenta... - Henry fica pensativo por alguns segundos - Tenta mostrar a ela que você é maduro, talvez Emma não goste muito dos garotos da idade de vocês, ela me parece bastante adulta, você tem de mostrar o quanto é adulto também. Conversa com ela. Diz que entende que ela te vê apenas como amigo, mas que você vai estar lá sempre que ela precisar. O que acha?

– Onde você aprendeu tudo isso? - Neal questiona de forma divertida.

– Ah... Sei lá. Vendo séries adolescentes. - O garoto ri.

–Acho que isso não vai dar muito certo. Vou me atirar de vez na friendzone. - Fala Neal sem emoção.

– Então já sei o que fazer. - Henry pega o celular:

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Vem jogar vídeo game comigo amanhã? Por favor. Te espero aqui em casa no final da tarde e não se preocupe com minha mãe, já falei com ela e está tudo bem. Abraços, Henry. ;)

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– Pronto! Convidei Emma para vir aqui amanhã. Será uma ótima oportunidade. - Fala ansioso.

– Que fique bem claro, não estou segundo conselhos amorosos de um garoto de doze anos. - Os dois sorriem.

Regina resolve sair de perto da entrada da sala. Já havia ouvindo o suficiente para fazer seu coração rebolar dentro do peito, não admitiria jamais que naquele momento era toda ciúmes.

Não se importou em dizer para o filho ir dormir, apenas subiu as escadas sem fazer barulho, tirou as peças de roupa lentamente e se deixou relaxar em um banho quente. De sua cabeça não saiam as palavras duras dirigidas à Emma:

– Você pensa o que, Emma? Que estou completamente apaixonada por você e estamos vivendo um perfeito romance adolescente? Você vai sair daqui e contar pro seu diário como seu primeiro beijo foi especial e nos imaginar correndo num campo de girassóis? Isso é patético. E você devia parar de aproveitar de momentos de fraqueza meus para jogar sobre mim todo seu sonho infantil idiota. Amor não faz bem a ninguém. Você vai entender isso quando tiver maturidade. Agora pare de me olhar com essa expressão apaixonada ridícula e vamos embora que tenho mais o que fazer.

**

As palavras de Regina não saiam de sua cabeça. Do que exatamente a morena tinha medo? Será possível que realmente pensava tudo aquilo? Emma não conseguia acreditar. Sempre percebia quando Regina estava mentindo ou estava tentando se proteger, mas daquela vez as palavras foram tão duras, a voz da morena tão metálica, tão fria. Talvez sair correndo de lá daquele jeito não tenha sido a melhor forma de mostrar alguma maturidade, mas também, como encarar o olhar gélido de Regina depois de tudo que a morena lhe dissera?

***

– Entra no carro, Emma! Deixa de ser infantil, eu levo você em casa. - Dizia a morena dirigindo sua Mercedes lentamente ao lado da loira que andava apressada pelas ruas de Storybrooke.

Emma não atendia, não olhava para Regina, apenas pisava duro no chão. As lágrimas confundindo-se com a água da chuva em seu rosto.

– Emma, você vai ficar doente. - Dizia a morena.

– E porque você se importa?

– Emma... Por favor.. Entra no carro. - Falou impaciente.

A loira para. Aproxima-se da motorista colocando-se em direção ao rosto de Regina:

– Você tem um apelido, sabia? Todos os alunos da escola, ou melhor, todos os habitantes dessa cidade chamam você de rainha má. Eu sinceramente nunca havia entendido o porquê. Apesar de você parecer tão dura, tão fria, eu via alguma coisa em você, alguma coisa quente, aconchegante, doce, algo bom nos seus olhos toda vez que você olhava pro seu filho... Mas, talvez eu apenas estivesse imaginando coisas ou querendo ver coisas. - Respira tentando conter o choro. - Não se pisa assim no coração de alguém, Regina. Eu não sei o que a vida fez pra você, eu não sei pelo que você passou, mas não se faz isso. Eu tanto quis ver você de verdade, a verdadeira Regina... acho que consegui, né? Se sua intenção era se livrar de mim... - Emma levanta os braços como num gesto de rendição - Você conseguiu. Tenha uma boa noite, majestade. - Sai correndo o mais rápido que pode, a única coisa em que conseguia pensar naquele momento era o quanto queria ficar longe daquela mulher.

***

"Péssima ideia ter se apaixonado por ela, Emma. Tanta gente legal nessa cidade... Na verdade quero voltar pra Boston, quero ir pra qualquer lugar bem longe desse buraco". Odiava ser chama de patética, criança, infantil. Pensava quando ouviu o bipe do celular. Num primeiro momento pensou em não olhar, poderia ser Regina, não queria responder nada a ela, não queria saber o que ela tinha a lhe dizer, já foi demais tudo aquilo. Mas, ainda assim pegou o celular.

A mensagem de henry a deixara meio confusa. Ir à sua casa. E ele já havia falado com Regina? Como assim? Sua primeira reação era dizer não, mas... o garoto não tinha nada a ver com isso.

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Claro que vou. ;). E vai dormir, garoto. Está tarde. Bj

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=**

– Hey, você veio mesmo - Disse Henry abrindo a porta de sua casa para Emma.

– Disse que viria, né. - Emma o abraça.

– Neal vai jogar conosco. Tudo bem pra você?

– Tudo certo!

– Henry... Sua mãe... Ela não se importa? Sei que ela não gosta muito de visitas. - Henry faz uma expressão desconfiada.

– Você não falou com ela, né?

– Não... - Fala sorrindo amarelo. - Mas relaxa, ela não vai te expulsar, ela gosta de você. E também... ela está meio estranha.

– Estranha como? - pergunta Emma.

– Não sei., ela quase não saiu do quarto hoje o dia inteiro.

Gostaria de não ter sentido, mas saber que Regina não estava normal a deixou preocupada e ao mesmo tempo com raiva de si mesma por se preocupar com a morena. "Deixa de ser idiota, Emma. Ela não merece", pensou, e resolveu deixar tais pensamentos morrerem fazendo algo do qual gostava bastante: jogos.

***

O fim de tarde passou rápido. A loira até conseguiu se sentir a vontade ali, a única coisas que a incomodava era a insistência de Henry em deixar ela e Neal sozinhos por longos minutos. Era perceptível que o garoto estava tentando juntá-los de alguma forma. O jeito meio sem jeito de Neal até a agradava, era engraçado, fofo, talvez se já não tivesse se apaixonado por Regina daquele jeito, Neal seria uma boa opção, ele era gentil, divertido, apesar de um pouco submisso à irmã, mas também, quem não seria submisso à rainha má?

Era no que Emma pensava quando uma voz já conhecida falou-lhe do vão da porta:

– Querem lasanha para o jantar? - Disse Regina se dirigindo aos três que estavam sentados no chão da sala com as costas apoiadas no sofá.

– Claro, mãe. Sua lasanha é a melhor.

Emma não tirou os olhos da tela. Não queria fazer contato visual.

– Então.. Vou para a cozinha. Estará pronta em meia hora. Janta conosco, Emma?

Aquela pergunta dirigida a ela a pegou de surpresa, parecia que nada havia acontecido na noite anterior. O que responder?

– Hãn... Não sei... Não quero incomodar.

– Você não incomoda. - Disse Henry- né, mãe?!

Quem tinha sido pega agora era Regina. Tentou disfarçar do olhar do filho e de Emma que agora olhava pra ela, os olhos verdes, perceptivelmente um pouco abatidos. "Era minha culpa", pensava Regina, "era tudo minha culpa". A vontade de ir lá, se jogar no chão e pedir desculpas pela dureza de suas palavras a invadia, desviou os olhos:

–Sim, não incomoda. - falou e retirou-se para a cozinha.

**

– Mãe, você está bem? - Henry pergunta sentando-se no banco da cozinha.

– Sim, por que a pergunta?

– Não sei... Você quase não saiu do quarto hoje e me parece meio triste.

– Não é nada.. Apenas um pouco de cansaço, tenho trabalhado muito. - Regina sorri tentando parecer convincente.

– Precisa de ajuda aqui na cozinha?

– Não. Por que não volta pra sala? Vocês estavam jogando tão concentrados.

– Ah... Eu tenho de dar um tempo pro Neal e pra Emma. Estou tentando juntas os dois.

Regina lembra-se da conversa entre Neal e Henry que ouvira na noite anterior.

– E você acha que consegue juntá-los?

– Claro que sim. Eles já são amigos, bastante amigos. É um passo para se tornarem algo a mais, só precisam de um empurrãozinho. - Fala entusiasmado.

– Mas você sabe se Emma está interessada? Ela pode estar gostando de outra pessoa .

– Hum... - Henry fica pensativo- Acho que não. Acho que Neal tem muitas chances.Adoraria que Emma fosse minha tia. Você poderia me ajudar a unir os dois, mãe.

– Eu? - Regina fala surpresa. - acho melhor não me meter nisso, não seria um bom cupido. - O garoto sorri.

**

A lasanha perfeita de Regina e a expressão de alguém que tenta inutilmente matar uma dor exibindo um sorriso quase fizeram Emma esquecer tantas palavras frias. Conseguia ver no olhar da morena, da sua rainha, o quanto sentia-se mal ou confusa, o quanto tentava se proteger de algo. A garota era muito perceptiva, conseguia ler uma pessoa só de observá-la, quase sempre acertava, mas com Regina era diferente. Emma sempre sabia quando a morena tentava esconder algo, quando estava triste, quando estava preocupada e aquelas expressões de Regina estavam acabando consigo, roíam o peito da loira... "ela não precisa pedir perdão, jamais precisaria pedir perdão depois de lhe mostrar aquela face tão dolorosa".

A conversa seguia entre silêncios.

–Quando nasce o teu irmão, Emma? - Pergunta Henry.

–Faltam uns três meses, mais ou menos. - Responde.

Faz-se um silêncio cortante.

–Ela já tem nome? - dessa vez é Neal a romper a falta de palavras.

–Ainda não. Meus pais preferem olhar pra ele e decidir...

A campainha toca antes mesmo de Emma terminar de falar. Regina retira-se da mesa para abrir a porta. Não podia ser ninguém pior. Alguém que Emma não gostaria de ver ali, o noivo de Regina.

–Pensei que você só chegaria amanhã pela manhã. - Fala Regina recebendo um abraço de Rob.

–Peguei um voo mais cedo, sentiu minha falta? - pergunta beijando o rosto da noiva.

Regina tenta esboçar um sorriso, era perceptível o quanto se sentia desconfortável naquela situação.

–E Henry? - pergunta Rob entrando em casa com suas malas.

–Jantando...

Neste exato momento Henry aparece no hall, olha pro noivo da mãe e em uma expressão de reprovação e sobe as escadas correndo em direção ao quarto.

–Me desculpe. - Fala Regina.

–Tudo bem Reg... já estou acostumado com isso. Com o tempo ele acostuma comigo, você vai ver.

–Espero que sim...

–Você está bem? Parece-me meio abatida.

–Onde está Henry? - Pergunta Emma aproximando-se do casal.

–Subiu, aquele garoto me ama. - Sorri Rob para a loira. - Você é a filha do xerife, certo? Amiga do Henry? Qual seu nome mesmo?

–Emma... - Fala olhando para Regina que tinha o olhar fixo num ponto da parede como se procurasse algo importante ou simplesmente tentasse evitar os olhos verdes da garota.

Novamente o silêncio.

– Eu estou indo. O jantar estava ótimo, Regina. Diz pro Henry que volto outro dia. Boa noite.

–Eu te acompanho até em casa. - Sugeriu Neal.

–Obrigada. Boa noite sr. Hood.

–Sr., não... Me chame de Rob mesmo. - Piscou para Emma.

"Que seja", pensou indo em direção a porta.

Regina que ainda se encontrava a olhar insistente para o nada, evitando qualquer contato, chamou pela loira tocando sue braço Andes de ultrapassar o portal:

–Emma...

O olhar trocado ali, um olhar de segundos que falava mais que qualquer sermão. Era um pedido de perdão que Emma via na íris castanha de Regina? Perdão pelo quê? Pelas palavras de ontem? Por ela ter um noivo idiota? Por ela não estar em seus braços naquele momento? Pelo quê?

–Vamos, Emma. - Chamava Neal do lado de fora da casa.

Emma desvia o contato visual, abaixa a cabeça e segue com Neal até em casa, completamente calada.


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