Benvenuto, Miss America escrita por Luh


Capítulo 8
Capítulo 8- Proteção anti-America


Notas iniciais do capítulo

Oi gente tudo bem? Bem estou alguns minutos atrasada, mas to postando. Muitooooooo obrigada pelos comentários, logo os responderei!!
Vamos continuar assim, com vários comentários, nesse capítulo??
Espero que gostem!!!
Desculpe qualquer erro!



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– Victor, meu filho, faça me um favor?-o rei se volta para o filho. – Leve a senhorita America, para uma volta pelo jardim também, por favor?

–Bem, isso não iráme quebrar nenhum osso, certo senhorita America?- Victor fala.

–Vamos dizer que ossos não são o meu alvo predileto.– digo, fazendo com que Victor e eu rirmos.

– Então, terei que tomar cuidado.– fala ele, me conduzindo para longe do grupo depois de termos nos despedido.

– Melhor comprar uma proteção logo.– falo com minhas mãos em seu braço, que se movimenta quando ele ri.

– Que tipo a senhorita me indicaria?– pergunta ele, olhando para a paisagem.

Bem, eu aconselharia para o senhor uma proteção estilo futebol americano. – falo, olhando para ele. Que do nada para a caminhada e se curva com as mãos no peito. E faz uma exclamação de dor. O que eu fiz agora? Busco o rosto dele para ver o quê estava acontecendo e pergunto:

– O que aconteceu?– falo com um toque de desespero na voz.

–Eu pareço velho?– ele fala, ainda com as mãos no peito.

– O quê?– falo um tanto confusa. – Por que o senhor está perguntando isso?

–Ai.– exclama ele.– Eu não sou um senhor.– fala ele, tentando fazer a cara mais jovial possível, bem tentando. Aquilo está mais para uma careta, parece que ele está com dor de barriga, mas está tentando disfarçar. Isso provoca um ataque de riso em mim, como eu não poderia rir diante daquilo?– Meu deus. Eu não sou nada velho, estou na flor da idade. Se é que você me entende.

– Entendo. – o encaro de cima para baixo, não que eu já não tivesse feito isso antes, mas agora eu tinha a permissão para. E, socorro, o que é isso? Ele é magro, mas também muito musculoso, porém tudo isso está escondido por um terno azul marinho e uma camisa branca, muito bem arrumadinha.Tenho vontade de entrar em sua brincadeira, mas tenho que voltar ao foco. Ele é o príncipe, eu uma futura dama de companhia de seu país. Não posso brincar com ele do modo que sempre brinco. – Não vejo nada que faça pensar que é velho, nenhum fio branco, nenhuma ruga, nada.– como eu conseguir prestar atenção nisso em tão pouco tempo?

– Então por que a senhorita insiste em me chamar de senhor?– fala ele se aproximando de mim, que logo dou um passo para trás.

– Pelo mesmo motivo que me chama de senhorita. – falo, o encarando.

– Bem, meu nome é Victor.– ele fala, e balanço a cabeça em concordância. Claro que eu sei que ele se chama Victor, não tenho amnésia. – E não senhor.

– Prefere vossa Alteza?– pergunto, provocando-o. Claro que eu sei aonde ele quer chegar com esse papo. Mas eu não seria America Singer se facilitasse tanto a conversa. Ele faz uma cara de quem não está acreditando, que me faz sorrir. – Ok, meu nome é America. – me apresento novamente. –Mas prefiro ser chamada de senhorita.– Eu tinha que alfinetá-lo novamente. Não sei o por quê disso, mas isso é tão bom. Sentia tanta saudade de fazer isso. Rio, novamente, da cara que ele faz. – Fique a vontade, há uma variedade de formas de se dirigir a minha pessoa, porém, realmente, prefiro ser chamada de America. –falo, sorrindo.

– Como você preferir, America. – meu nome é realmente difícil de pronunciar em outras línguas, normalmente sai uma coisa estranha da boca de um estrangeiro, mas os italianos conseguem acrescentar um quê musical a tudo, e meu nome não é exceção, porém o príncipe acrescenta algo a mais nessa pronuncia que me deixa fascinada.

– Muito obrigada, Victor.– faço uma pequena reverência, mais para deixar teatral do que por necessidade.

Agora, ele está parado ao meu lado. Estamos de costas para a multidão e estamos subindo uma pequena colina. Mais a frente vejo Nicoletta e Lorenzo juntos rindo, conversando como crianças. Minha curiosidade é maior do que minha educação, então resolvo perguntar quando já estou com o meu braço apoiado no de Victor e retomávamos nosso passeio.

– O quê há entre os dois?– falo indicando o par logo a nossa frente.

–Eles?– ele dá uma pequena risadinha, daquelas que nós damos quando nos lembramos de algo no passado. – Para resumir em uma simples palavra: rolo.

– Rolo?

– Sim. Os dois afirmam que se odeiam em um dia e no dia seguinte estão desse jeito:– ele indica os dois que nesse momento estão literalmente enrolados. Nicoletta nos braços de Lorenzo tentando se desvencilhar de seu aperto. Se não fosse o sorriso de minha amiga, eu partiria em sua defesa na hora. – Mas sempre que perguntamos se houve, você entende algo entre eles; negam, mas com aquela cara de: meu deus, eles vão descobrir.

– E você, o quê acha que há entre os dois?

– Acho que eles namoram escondido, tipo aqueles filmes antigos. – ele faz menção a alguns filmes da época anterior as guerras. Um apreciador de filmes, com certeza.

– Um relacionamento escondido é sempre mais excitante do que um normal. – isso me faz lembrar das noites passadas apertadas na casa da árvore, alguns encontros em salas escuras no palácio... Tudo parecendo muito distante agora. – Acho que eles não devem assumir por isso.

– Não, acho que eles não assumem mais por minha causa do que por isso. – fala ele olhando para o horizonte. Com certeza, ele tentou soar o mais tranquilo possível, mas deu para perceber uma mistura de raiva, culpa, ressentimento e dor em sua voz e também do jeito que ele encarava a paisagem.

Espero um pouco que ele fale o por quê deles não se assumirem se sua causa, porém não abre a boca para falar algo algum. Prefiro não insistir, conheço aquele tipo de olhar e tom de voz. Conheço muito bem

Seguimos caminhando em silêncio, por um longo tempo. Pelo menos, foi o que me pareceu depois de rir e sorrir tanto. Ele me leva para cima e para baixo de colinas bem verdes. A esse ponto, eu já havia travado na grama por a causa de meu sapato alto. E sei que ele percebia, porque ria toda vez que isso acontecia. Porém sempre voltava a olhar a paisagem a sua frente, como se aquilo fosse um filme de momentos passando a sua frente. Momentos tanto bons quanto ruins. Vitórias e perdas. Paixões e corações partidos.

E quando percebo, está acontecendo à mesma coisa comigo. Vejo minha vida passar por mim, minha reação quando recebi meu primeiro violino, o choro de ter perdido a minha boneca predileta, a felicidade de ter ganhado uma nota 10 em matemática, infelicidade de saber quando minha melhor amiga me traiu, meu primeiro beijo com Aspen e nossas noites contra lei passadas na casinha da árvore, a noite de nosso termino, quando comi pela primeira vez a torta de morango do palácio, a saudade que senti de minha família, os meus encontros com Maxon e toda a felicidade e tristeza que isso me proporcionou. E mais recentimente, minha chegada a Itália cercada de guardas e as boas vindas de Nicoletta, Noemi, Orabella e Victor.

O meu passado me proporcionou tantas coisas, é sempre bom pensar nele. Pensar nos acertos que fiz e repeti-los e os erros que cometi ao longo desses anos, para tentar nunca mais repeti-los. Tentar. Sempre há tropeços na vida. Mas sempre nos reerguemos, podendo nos reerguer rapidamente ou não. No caso do meu erro mais recente, o de ter me apaixonado por um homem que me traiu, nesse creio que irei demorar a voltar aquilo que eu era. Porem sempre terei pessoas como Nicoletta me apoiando para seguir em frente. Mas Victor não tem.

Ele e eu estamos passando pela mesma coisa, lembro-me de Noemi falando que ele havia terminado o noivado. Não que eu estivesse noiva de Maxon, mas era como se fosse. Pensei que ele havia superado tudo isso, com esse jeito brincalhão e um tanto atrevido, porém agora percebo que tudo é apenas uma armadura. Que em momentos como esse, onde de certo modo o fiz lembrar-se do motivo de seu coração partido se despedaça. Como a minha, só que com um pequeno diferencial, não recorro ao um jeito brincalhão e sim desperto uma determinação sobrenatural. Porque sem isso, com certeza, eu não estaria aqui.

Ou posso estar errada, e só pensando que ele está com o coração partido porque estou desesperada por alguém que possa me entender. Creio que não irei saber muito cedo.

– America?– escuto a voz de Victor, fazendo que eu me concentre nele e não e meus pensamentos.

– Sim?– falo.

– Como é futebol americano?– ele pergunta. Isso me faz rir, havia esquecido que nem todo mundo conhecia o esporte de Illéa.

– Você nunca ouviu falar?– pergunto olhando em sua direção. Ele balança a cabeça em sinal negativo. – Bem, como posso explicar? É basicamente um jogo onde você usa mais a mão do que o pé. Onde não há quase nenhuma falta e você necessita usar capacete, caneleira, ombreira, enfim qualquer tipo de proteção existente. – falo. Sem falar explicitamente o quão violento o esporte é .– Ah, e também você precisa ser um grandalhão para jogar.

– Você não me parece muito grande. – ele fala, olhando me de cima para baixo rapidamente.

–Que isso? Sou apenas uma cabeça menor que você. – Falo olhando para sua cara de incredulidade.– Ok, uma cabeça e meia menos que você sem salto. Mas também não é justo! Você é muito alto. – falo parando e colocando as mãos em minha cintura.

– Você que é muito pequena. - fala ele se segurando para não rir da minha cara quando ele falou isso. Eu não sou pequena! Ele deve ter uns 1,90 ou 1,95 e eu tenho 1,76!! Não sou baixinha.

– Não sou.

– Claro que é. Olhe só eu consigo apoiar meu braço nos seus ombros. – fala ele passando o braço pelos meus ombros. – Te prendi. Tão fácil.

E é nessa hora que o surpreendo. Pego seu braço, fazendo com que ele se aproxime de mim, estávamos tão próximos que eu podia sentir o cheiro de seu perfume, um cheiro cítrico misturado com madeira, encaro seus olhos verdes por um instante que parecem um tanto surpresos pela aproximação abrupta e o derrubo na grama. Mas pela infelicidade do meu pobre vestido, ele me leva junta.

Caio ao seu lado. Rindo. Rindo muito e ele me acompanha.

– Tenho que confessar, você me surpreendeu. – fala ele.– Acho que logo irei providenciar um equipamento de proteção completo anti- America.

– Isso existe?– pergunto, ainda sentindo a grama me pinicando nas costas.

– Eu, pessoalmente, irei desenvolver. Apenas uma pessoa com experiência pode saber o quê é necessário.

Esse comentário faz com que rimos mais, mais alto. Ah quanto tempo não ria assim?

– Nossa, é nessas horas que agradeço que essa parte do jardim não seja filmada. – ele fala ainda rindo.

– Por quê?– falo.

– Porque acabei de ser derrubado por uma dama e também derrubei uma dama. Eu tenho que bancar o príncipe sério na frente delas, e isso não tem nada de seriedade. - fala ele olhando para nós dois deitados lado a lado, caídos na grama verdinha do jardim. Ele se levanta rapidamente e logo estende uma se suas mãos para me ajudar.

–Também acho que tenho que manter certo padrão de seriedade, mas assim está difícil. – falo, passando a mão e meu vestido para tentar tirar a grama dele, Victor tenta me ajudar, mas não dá certo.

– Continue assim, está perfeito. - Não sei se ele está se referindo ao meu comportamento ou ao meu vestido. Como ele está olhando para o vestido, falo:

– Perfeito? Estou com grama em todo lugar. – falo.

– Eu até te ajudaria, mas como percebeu sou péssimo nisso. – fala ele tanto se referindo à tentativa passada de me ajudar a sua calça e terno cheios de grama.

– Bem, ninguém é perfeito. – falo.

Ele logo desiste de tentar tirar os verdes de seu terno e o tira, agora, apenas ficando de camisa. E é assim que retomamos nosso trajeto de volta ao chá da tarde, eu com meu braço no seu e conversando sobre bobagens. E o quê é isso? Cheiro de torta de morango?


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Notas finais do capítulo

Então gostaram? Odiaram? Podem falar, eu não mordo. Espero por reviews seus. Se tiverem qualquer crítica ou sugestão é só falar, não precisam ter medo da autora :) Se quiserem falar comigo em MPs, fiquem a vontade :D
Ah também, recomendem a fic se puderem :D Ficaria tão feliz por com uma recomendaçãozinha :))))

Eai? O quê acharam da conversa dos dois? O quê estão achando do Victor? Será que a Meri está enganada em relação ao que ele está sentindo?
Bjsss



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