Danger escrita por Vespertilio


Capítulo 23
O máscara


Notas iniciais do capítulo

Hello



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Hilton Times Square Hotel, Nova York/ 01h14min.

– Skye! – Ouviu o barulho de seu nome sendo chamado junto de um “blam” e levantou-se sobressaltada.

O homem que se apresentara como seu pai, apareceu e correu até ela, mas sua expressão, que beirava a preocupação doentia, passou para algo próximo a nojo. Então ele estancou e franziu o nariz, fazendo um “não acredito” mudo com os lábios. Ward, que estava ao seu lado, soltou um suspiro pesado enquanto procurava algo pela cama. Suas roupas.

– Er... Família alienígena, não sei se vocês perceberam, mas não é um momento para visitas agora. – Forçou um sorriso enrolando-se ainda mais no lençol – E, não sei como são as coisas lá em Lorien, mas na Terra, as pessoas batem antes de entrar. Elas não arrombam portas. Principalmente quando um casal de namorados está no quarto.

– Namorados? – A voz de sua mãe soou nervosa. – Vocês não podem ser namorados.

– Por que eu estou prometida ao filho de Thor? Quem liga pro filho de Thor?

– Nosso planeta depende disso...

– Eu não ligo pro seu planeta.

– Nosso planeta, Skye. – O homem falou. Algo na voz dele a fez se calar, a atitude dura dele a causava arrepios. – E você não deve namorar este que se encontra ao seu lado. – Olhou novamente para Ward, ele já estava vestido com a calça jeans azul.

– Não? Por que meu pai me proíbe? – Soou o máximo debochada que pode, a vida toda ela quisera encontrar sua família, mas já não tinha tanta certeza se este era um desejo realmente benéfico. – Eu não sou uma criancinha... E você não tem o direito de dizer o que eu posso ou não posso fazer.

– Skye? – A mão forte tocou seu ombro e ela se calou diante do sussurro de Ward. – Suas roupas. – Estendeu o punhado de roupas que estava em sua mão. - E, não brigue com sua família. Não por minha causa. Eu não mereço.

– Não, não merece mesmo. – Uma voz feminina transbordando ódio falou. Skye quase engasgou quando viu a amiga parada na sua frente. Ela não era do tipo que odiava alguém, se odiava nunca demonstrou perto de Skye. Mas agora lá estava Jemma, acusando Ward de algo que ela não sabia o que era.

– Simmons? O-o que você está fazendo aqui?

– Você achou que eu fosse morrer, Ward?

– Achei que você estivesse desaparecida, foi o que Coulson me disse...

– Cala a boca! Cala a boca! – Ela gritou e andou até Ward, parando bem diante dele. Lágrimas escorriam de seus olhos. – Você. Não. Tem. Ideia.

– Simmo...

– Cala a droga da boca! – A amiga gritou mais uma vez antes de estapea-lo.

– Jemma solta o Ward! – Jogou-se em cima da amiga, tivera tempo de vestir apenas a camisa de Ward, que chegava até metade de suas coxas. Jemma virou para ela, ainda mais lágrimas começaram a escorrer pelo rosto alvo. – O que houve?

– O Leo... O Leo, Skye...

– O que tem o Leo, Jemma?

– O Leo... O Leosinho... O Gabriel...

– O Gabriel, o Leo? O que o Gabriel fez ao Leo, Jemma? – Um grito de dor rompeu da garganta da cientista e ela escondeu o rosto com as próprias mãos. Skye olhou para Ward, que permanecia parado, com a mão tocando o lugar onde levara a tapa. Parecia tão confuso quanto ela. – Jemma... – Sacudiu os ombros dela levemente. – Jemma, me diz, o que houve?

– A culpa... A culpa... – Ela respirou fundo. – A culpa é toda sua! – E então levantou a voz novamente virando-se para Ward. – Por que você deixou que eles fizessem aquilo com a gente? Por que você deixou que eles fizessem aquilo com ele? Por quê? Eu gostava de você, eu confiava em você, o Leo também... Você... Você nos traiu.

– O Ward não traiu ninguém! – Protestou em defesa do namorado que permanecia estático. – Fala pra eles, Grant. Fala que você estava aqui comigo, que não fez nada com ninguém... Fala!

– Eu... Eu não fiz nada.

– Não fez nada? Você não engana ninguém aqui, rapaz. Então você escolhe, eu conto a verdade a minha filha, ou você conta?

– Que verdade? – Perguntou baixinho. Não havia verdade nenhuma para ser revelada. Do que quer que Simmons estivesse acusando seu namorado, ela sabia, ele era inocente. Ward podia ter aquele jeito robótico, duro, gélido, mas no fundo era uma boa pessoa. Ele mostrara esse lado para ela, que, por sua vez, apaixonara-se por ele.

– Fale Ward. – Ele ficou calado. – Tem certeza que não quer falar? – Mais silêncio. – Tudo bem, acho que já sabemos o que você escolheu, hã? – Ele sorriu e virou para Skye. – Minha filha, você sabia que Grant Ward foi preso pela morte do irmão mais novo?

– O quê? Preso?

– Se bobear você nem sabia que ele tinha um irmão.

– Na verdade sim, eu sei. Que ele tinha dois irmãos. E que o mais novo morreu ao cair de um brinquedo num parque de diversões. Mas foi um acidente, ele não deveria ter sido preso por isso.

–Sim, querida. Um acidente. Mas Grant aceitou a punição de bom grado, ele se culpava e ainda se culpa, pelo acidente do mais novo dos Wards. – Ela esperou que o pai continuasse, queria saber onde ele queria chegar. O que a história do passado de Ward tinha a ver com Simmons e suas acusações. – Entretanto ele foi o real responsável pela morte do irmão mais velho. E por isso foi preso, mas nunca foi condenado, falta de provas...

– Se nunca provaram que ele matou o irmão...

– Escute tudo Skye. Depois de ser o principal suspeito da morte do outro irmão, Ward foi expulso de casa. É aí que nossa história começa. Ele foi encontrado por Garrett, seu futuro... O.S., como eles chamam na S.H.I.E.L.D. – Garrett salvara Ward das ruas? Aquilo fazia Skye começar a repensar sua impressão dele. Afinal, que mal havia naquilo? – Ele treinou Grant como um soldado, então o arrumou uma vaga na Academia de Operações da qual fazia parte. Quero dizer, nas duas academias da qual fazia parte. – Duas? – Grant Ward, assim como seu mentor, tornou-se um agente duplo.

– Agente duplo? Não... Não...

– O Ward é um traidor, Skye... Um traidor! – Jemma disse com um amargor ainda maior na voz.

– E quem disse isso pra vocês?

– O próprio Garrett.

– O quê? Isso é mentira. –Olhou para o namorado que permanecia em silêncio desde que aquilo começara. – Diga que é mentira, diga a eles!

– Nós estávamos no avião com Garrett e a equipe dele, Skye. – Simmons começou num tom um pouco mais baixo. – Enquanto você, ele e o Coulson estavam aqui conhecendo sua família, nós estávamos lá, envolvidos numa missão da outra equipe. Fomos incumbidos de ajuda-los. Fitz me alertou que havia algo errado, Garrett estava sempre cochichando com Gabriel, mas eu não sei ouvidos. Fomos atrás de umas pistas, e, só para irritar o Fitz, fiz questão de ir com o Gabriel, e fui com ele... E foi aí que começou.

– O que começou?

– Nós estávamos exatamente como eles queriam, separados. Fracos... – As palavras começaram a sair rapidamente da boca dela. – Fiquei andando durante duas horas com o Gabriel e não encontramos nada, enfim ele me disse para voltarmos ao avião, porque tínhamos pegado uma pista falsa... Quando cheguei lá May não estava, havia saído com Tripp e Garrett. Aparentemente atrás da verdadeira pista. Ficamos só eu, Gabriel e Fitz... Gabriel disse que precisava conversar comigo, então ele me levou até o meu quarto... Bem, ele tentou em agarrar, disse que era em nome dos velhos tempos... Eu... Eu não quis, então ele ficou nervoso, me bateu... Eu desmaiei.

– Que horror o que o Gabriel fez...

– Ainda não terminou, meu bem. – Foi a vez da mãe se pronunciar. – Quando Coulson chegou no avião, ele estava no meio do nada. Quem ligou para ele foi Fitz, pedindo por ajuda. Dizendo que Jemma e Gabriel haviam sumido... Bem, tempos depois Gabriel o surpreendeu. O feriu. Coulson o pegou no ato, mas já era tarde de mais para salvar o Fitz... – Tarde. De. Mais? – Gabriel tentou correr, mas foi pego. Acabou confessando onde havia prendido Jemma, e dizendo onde estavam Garrett e os outros. Coulson foi atrás e Garrett acabou falando toda a verdade. Sobre ele. – Fez uma pausa e suspirou. – Sobre o Ward. Sobre o plano.

– Plano? E... Onde estão Coulson, May... O que houve com o Fitz.

– O Ward sabe o que houve... Aliás, ele sempre soube de tudo. Teve a chance de nos contar, de nos salvar... E agora a May está desaparecida e o Fitz...

– O que aconteceu com o Fitz, Jemma? Diz de uma vez.

– O Fitz está entre a vida e a morte.

– O-o Fitz... Morrendo?

– E seu Ward é mais responsável do que você imagina, meu bem. – A mãe continuou.

– Ward não é um bom homem, Skye. – Concluiu o pai.

O soro ... Ele tem algum tipo de efeito devastador em caras maus?

Sua própria voz surgiu como uma lembrança.

Acho que não, ou eu não estaria aqui do seu lado agora.

A voz conhecida de Ward respondeu.

O que você está dizendo, Ward?

Eu não sou um bom homem, Skye.

Ward. Ele sabia de tudo.

Eu não sou um bom homem, Skye.

Ward. Ele não era um bom homem.

– Seu namorado, seu namorado que se fingiu de nosso amigo é... é...

– Ele é da...

– Parem, parem de falar! – Gritou enquanto as lágrimas escorriam por seu rosto. – Eu quero que ele fale... – Parou à frente dele. – Fala. – Ele nada disse. – F-A-L-A. – Nada. – Fale, Grant Ward, fale a verdade! – Silêncio. Olhou para ele e sentiu seu estômago dar um nó. Covarde. Nem para assumir os próprios erros. Colocou as mãos no rosto dele e o forçou a encara-la. Os olhos castanhos que tanto amava estavam vermelhos, o rosto banhado em lágrimas. Aquilo só aumentou a raiva que tinha dentro de si. Sem pensar duas vezes afastou as mãos do rosto dele, só para estapea-lo com força. – Fale! – Mais uma tapa. – Fale agora. – Outra tapa. Então algo saiu da boca dele, um soluço. O robótico Grant Ward desfazia-se em lágrimas bem ali, na sua frente. – Por favor, Ward. Por favor... Fale... – Fez sua última súplica em meio a soluços, porque também chorava.

Ele respirou fundo, esfregou as mãos no rosto molhado e tornou a fechar os punhos. Então olhando bem no fundo dos olhos dela falou. Falou o que ela tanto queria ouvir. O que ela tanto queria que fosse mentira. O que tanto a machucou.

– Eu sou Hidra.

Eu não sou um bom homem, Skye.


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Notas finais do capítulo

Olá, moços e moças.
Estou escrevendo isso porque, penso eu, que vocês devem achar que eu abandonei esta história. Quantas vezes eu já escrevi um aviso desses? Não sei hahaha. Pois bem, eu não abandonei nada. O que acontece é que meu computador foi formatado. Eu, como boa esquecida/cabeça de vento, que tenho predisposição a ser, perdi todos os arquivos, incluindo as fanfics (Chora, Nanda, chora :’c). Outra coisa, que completa perfeitamente o combo “que droga de vida”, eu estou sem internet (digo, uma internet de qualidade). Porque eu me mudei e as coisas ainda estão se ajeitando por aqui - eu adoro esse bairro novo. Enfim, queria pedir desculpas. Desculpas pra variar tsc tsc. Ah! Por essa semana eu devo começar a regularizar a postagem das fics.
Na verdade, eu comecei hoje.
Qualquer coisinha que quiserem me falar, já sabem, é só chamar ><
@bluishnanda.


PS IMPORTANTE:. Amores de my life, cá estou para pedir um favorzão a vocês. Well, eu sou uma participante do programa miniempresa. Eis que a miniempresa da qual eu faço parte (a Voodoo, sim esse é o nome) tem um perfil aqui no Nyah, no qual vamos postar uma história bem legal (pelo menos eu espero que seja legal, porque eu que escrevo heuheuheueh). Este é o favor: Deem uma lidinha na fanfic, please :3 http://fanfiction.com.br/historia/531334/Era_uma_vez/