Royals escrita por Lady Winter


Capítulo 3
Riding on Air


Notas iniciais do capítulo

I-I-I'm walking on air (8)

Boa leitura, galera!



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Bianca POV

CARA!

Na moral.

Imagine uma pessoa que está "soltando fogo pelas ventas", como diz a Julie.

Estava dando TUDO CERTO, TUDO MESMO! Minha aula de esgrima tinha sido maravilhosa, o novo instrutor de montaria em pegasus é muito bom mesmo, o meu chalé estava do jeitinho que eu deixei. Mas ai, antes que eu pudesse ficar um pouco animada, melhor, antes que eu pudesse se quer PENSAR em me animar, tudo desandou. Tudo por causa DELE!

Tá, eu sei que não foi culpa dele, não diretamente. Mas, entenda, eu preciso de alguém para colocar a culpa quando as coisas dão errado, é apenas o meu jeito de lidar. Enfim, vou contar o que aconteceu.

Eu estava dando uma volta de pegasus, sentindo o vento no cabelo, vendo a vida por outros olhos, vendo como a brisa se vai, tão rápida quanto o tempo.... Ok, chega de tentar parecer profunda.

Eu estava indo... Relativamente rápido. Mas não me culpe, a adrenalina é maravilhosa, e uma vez dentro de mim, é difícil escapar dessa sensação. Tanto que, sempre que isso me invade, a neve é liberta. Eu voava e podia ver alguns flocos de neve ao meu redor. Na rédea, aonde minhas mãos estavam, podia-se ver o puro gelo. E eu não poderia estar mais feliz. Não poderia sorrir mais do que estava sorrindo.

Eu havia ouvido falar de que, depois de um trabalho excessivo na forja, Leo havia ganhado "músculos" e, consequentemente, fãs (cegas), e que elas costumavam ficar naquela região do lado de fora das forjas, tentando encontrá-lo num trabalho, ou algo do tipo. Eu não culpo as tentativas desesperadas das meninas. Ele era o "bambambam", o solteiro da profecia dos 7. Jason era meio fechado, mas até uma múmia caolha veria a queda que ele tinha pela Arya. E até uma abelha cega já devia ter visto Nico e Piper num canto escuro fazendo coisas que não quero nem imaginar. Percy estava com Annabeth, Frank com Hazel, quem sobrava era ele. E, sim, alguns casais são bem diferentes do que o livro cita, mas entenda, em 2 anos, sentimentos mudam, pessoas consideram possibilidades e todos crescem um pouco.

Enfim. O que elas queriam era a popularidade que Leo poderia oferecer (todas afirmavam que ele agora estava maravilhosamente lindo. Qual o conceito de beleza da atualidade?), e fariam tudo por isso. Inclusive subir numa árvore, esperar ele passar e se jogar em cima dele. A merda é que eu estava passando nesse momento. Foi por impulso, mas desviei Ludmil (um pegasus marrom claro muito amigável), numa tentativa de não bater na garota em cima do galho. E, nessa, quem voou fui eu.

Eu só fui perceber que havia caído uns cinco minutos depois, quando me vi sentada no chão sendo sacudida ferozmente por uma mancha de cabelo escuro.

– Aaaahn... - minha vista ainda se adaptava. Eu só via borrões, sentia sangue escorrendo pelo meu braço e minha cabeça latejava.

– Você está bem? - a voz grave mas suave retumbou meus ouvidos, e eu quase pude ouvir um eco no meu cérebro.

– Eu cai de uma altura de pelo menos três metros. Parece que estou bem? - Estava voltando a enxergar aos poucos. E foi só ai que eu reparei que quem estava na minha frente era ninguém mais ninguém menos que o próprio "elfo latino" dono do harém afrodisíaco. Leo Valdez. Ao lado dele, que estava abaixado com um joelho no solo e o pé da outra perna lhe dando apoio para o braço, havia uma filha de Apolo que me fuzilava com os olhos. Claro, eu cai três metros, arrebentei minha cara, passei vergonha publica para salvar a pele dela, mas o que importa é que estraguei o seu plano BRILHANTE de se jogar de uma árvore em cima de um garoto todo sujo de graxa. Eu acho que ele soltou uma risada nessa hora.

– É, você está bem. - levantou, e ofereceu a mão para me ajudar. Eu encarei feio, o analisando de cima a baixo, tentada a recusar a ajuda. Porém, se eu ousasse tentar levantar sozinha, tenho certeza que meu pai receberia uma certidão de óbito de sua querida filha naquele mesmo dia. Me ouvi resmungar ao aceitar a ajuda, levantando, e o desastre aconteceu. Tudo começou a rodar, minha visão voltou a ficar turva e adivinha?

EU DESMAIEI. Nos braços daquela praga!

Eu não sei se foi o tombo, o sangue, minha cabeça, ou o fato do garoto estar em uns 39 graus enquanto eu estava em uns 35. Só sei que cai, e só acordei no dia seguinte. Eu estou na enfermaria agora, ouvindo uma filha de Apolo repassar os cuidados com meus curativos e a quantidade de néctar que vou ter de tomar nos próximos 3 dias. Cara, que vergonha.

Não quero sair daqui pelos próximos 4 anos. Que coisa mais ridícula, na moral. Desmaiar. E ainda por cima, cair em cima de um cara! Quase consigo me equiparar a aquelas filhas oferecidas de Afrodite. A diferença é que eu tenho cérebro.

Eu nunca havia desmaiado antes. Por QUAL MOTIVO DE ZEUS tinha que ser na frente do cara mais zoeiro e mais implicante do acampamento inteiro? Meu santo Hadinho, o que eu faço? Do jeito que a peste é, vai usar isso contra mim até eu morrer. E a Arya vai ficar me encarando daquele jeito insinuador maldito. Eu só queria ter caído de uma altura maior, e morrido ali mesmo.

Até a próxima, galera. E boa sorte pra mim.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capítulo, ufa.
Até a próxima!



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