KAYA, MACON

–Kaya, você tem certeza que quer fazer isso? – Charles pergunta antes de eu entrar no ônibus que iria me levar ao meu mais novo lar.

–Charlie, eu amo isso, amo ação, amo salvar vidas – Respondo chegando mais perto e dando meu último beijo por um bom tempo – Vou sentir saudades.

–Eu também, apenas, se cuide, viu? – Ele está chorando, eu não. Olha em volta e volta a falar – Sabe, deveria ser você no meu lugar.

Havia várias famílias e casais, mas sempre quem que embarcava era homem, sou umas das únicas mulheres aqui. Beijo-o mais uma vez e o abraço fortemente, viro-o e entro no ônibus, mas antes de sair de vista Charles diz.

–Eu estarei aqui quando voltar, apenas volte, certo?

–Eu voltarei,prometo. –Respondo e sento na primeira poltrona vazia.

Olho pela janela e o vejo, ele fica lá até o ônibus partir da estação.

Sentirei saudades...

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KAYA, SAINDO DE MACON

–Parece que somos os únicos que não estamos chorando – Um homem moreno de olhos escuros senta ao meu lado.

–Somos os únicos que nada nos segura lá. – Respondo olhando para frente.

–Eu vi você com um garoto, parece que tem algo que te segure – Ele fala colocando sua mochila debaixo do assento.

–Eu o amo, mas não sou aquelas pessoas sentimentais. – Olho para ele e digo – Sei que posso nunca mais o ver, porém sei que estou fazendo o que eu quero.

–Gostei de você. Meu nome é Cyrus. Cyrus Thompson. O seu é...?

–Kaya, Kaya Singer – Respondo imintando ao James Bond.

–Bem-vinda, Kaya, ao ônibus da morte.!

–Que coisa mais legal de se falar, hein? – Começo a rir.

–Ele está nos levando ao aeroporto, que irá nos levar ao Afeganistão, corremos risco de morte desde que entramos aqui. – Cyrus vira para mim e sorri – Isso não é legal?!

–Sim, muito...

–Ahh eu sei. Estou muito feliz por nada, mas, sério, vamos lutar para o nosso pais! Isso é uma coisa boa! Tenho certeza que já terei um lugar no céu!

–Sei....

–Mesmo você sendo sarcástica e séria,gostei de você. E para constar: Eu não so gay.

–Eu disse alguma coisa?!

–As pessoas sempre falam isso. Realmente não sei o por que . – Cyrus não para de falar- Acho por que eu faço muita, ou sou feliz. Mas não tem nada de errado ser feliz, concorda?

–Sim...

E isso continua até o Afeganistão.

Um dia de viajem aturando esse feliz.

Que realmente parece gay.