Acordei, e olhei para a janela com as cortinas fechadas. Fui até elas, e as abri revelando um céu ainda escuro,procurei pelo relógio,o encontrei na mesa de cabeceira,marcava três e meia da manhã.

Não conseguia mais dormir,talvez pelo fato de não estar acostumada ao fuso horário,já que a diferença de horário de Seattle e Londres é de nove horas. Mas quem eu queria enganar?. A mim mesma pelo jeito.

A insônia com toda certeza não foi causada pela diferença de horário,mas sim pelo nervosismo do dia de amanha, ou melhor dizendo o dia de hoje.

Dia esse,que provavelmente marcará minha vida para sempre. Estava ansiosa,e tinha os mesmos pensamentos de quando estava no avião,que estavam me assustando. Será que hoje iria conhecê-la? Será que ela irá gostar de mim?.

Essas perguntas estavam me enlouquecendo. Oque importava se ela iria gostar de mim ou se iria conhecê-la?. A verdade é que estava com medo,morrendo de medo,de conhecê-la.

Não queria reviver o passado,quando eu a dei para estranhos, a tratei como um objeto que poderia ser descartado. E nem quando ela olhou pra mim,uma única vez,com os olhos me fitando,e sem entender o porque dela ter sido retirada da mãe, sim eu sou sua mãe apesar de tudo,apesar de não me sentir assim,eu sou sua mãe biológica. Aquela puta fodida que não a quis,e a deu sem parar para pensar direito.

Na época só queria me livrar do estorvo que ela seria na minha vida,agora vejo a frieza,e como fui uma puta sem sentimentos.

Quando me dei conta estava chorando,chorando por me sentir uma pessoa tão ruim e sem coração,estava me sentindo a Cruela dos Dálmatas.

Olhei novamente para a janela,e agora estava amanhecendo. Levantei da cama e fui para o chuveiro,tentando tomar um banho relaxante,oque não teve muito efeito,pois logo já estava nervosa novamente,com o fato,da hora que Carlisle viria me buscar,estar se aproximando.

Desci para tomar café no refeitório do hotel. Após o café,me encontro sentada em umas das poltronas pretas de couro,na recepção do hotel. Aguardando a chegada de Carlisle,que poderia ser a qualquer momento.

O tempo passava e minha calma também,quando entrou pelas portas de vidro a pessoa a qual estava esperando,andou até mim e disse:

– Olá Isabella.

– Olá Sr.Cullen-disse.

– Espero que tenha tido uma boa noite,e esteja pronta para irmos?-perguntou.

– Tive uma boa noite,obrigada.Sim estou pronta-menti.

Nos conduzimos para o carro,e fomos ao que eu presumia,em direção ao hospital,para eu fazer o exame de compatibilidade.