Heart By Heart escrita por Blue Diet Coke


Capítulo 28
Funeral


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora pessoal. Terceira unidade. Assim que eu entrar de férias, a primeira coisa que eu vou fazer é escrever uns dez caps. Juro!



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LER NOTAS FINAIS IMPORTANTE

–Hey Clary, está nervosa? – foi a primeira frase que Leo a disse essa manhã enquanto dava mamadeira ao pequeno Jude.

–Então, preparada? – foi o que seu pai a perguntou no telefone.

–Então, ansiosa? – foi o que Karen a perguntou a ela enquanto a garota entrava no carro.

Clary se perguntava se devia estar nervosa. Quer dizer, claro, ela estava prestes a se envolver de vez com política bruxa para ajudar a depor a vaca que é a sua avó de sua posição do conselho.

Estranhamente, Clary estava achando tudo isso tranquilo.

“Será que eu deveria me sentir ansiosa?” a garota se perguntou. De repente, seu celular vibrou. Uma mensagem de Gina.

“Acabe com eles! Depois, tenho uma surpresa pra você! Te desejaria sorte, mas sei que você não vai precisar! Henry te manda cumprimentos! Xoxo, G”

Clary riu. Sua amiga sabe exatamente como encorajar alguém. E que novidade seria essa? A garota se pegou pensando nas possibilidades enquanto desligava o celular e o botava na sua bolsa preta. Seu olhar se desviou para a paisagem urbana de Nova York. As roupas escolhidas especialmente para a ocasião lhe davam confiança para falar na frente de todas aquelas bruxas de igual para igual. O vestido vermelho com detalhes pretos que se encaixava perfeitamente no corpo, a bolsa preta pendurada no ombro e os saltos pretos de solado vermelho que havia sido um presente de aniversário de seu tio Erik. Afinal, ela não gastaria um dinheirão em sapatos.

Respirou fundo. Que venham as bruxas.

Clary bocejou graciosamente, cobrindo a boca com a mão. “Que tédio”, a garota pensou. Antes de discutir as novas representantes do conselho, outros assuntos maçantes foram discutidos, como o compartilhamento de livros de feitiço e a colégio mais adequado a jovens bruxas.

–Agora, está aberta a votação para nova representante de conselho. Qualquer uma pode se candidatar, mas somente duas serão escolhidas. – Denise anunciou, um sorriso arrogante em seu rosto. Com sua blusa branca e sua saia-lápis de estampa de leopardo, os saltos pretos meia pata e a gigante pasta preta, Denise parecia uma mulher normal e ambiciosa de 50 anos, se não fosse as vibrações que Clary sentia dela. Era pura ganância e más intenções.

Clary analisou seus arredores. Todos estavam sentados a não ser por Denise, que estava em pé atrás de um pequeno púlpito. Para surpresa de todos, Karen se levantou.

–Eu convoco o artigo 1.2.5 do código das bruxas!

Todos a encararam. Clary sorriu. O código das bruxas foi criado para regular o conselho a mais de um século. Esse artigo em especial declara que todas as herdeiras Valdez-Delacour com poderes plenos tem uma cadeira por direito no conselho.

Denise olhou para Karen com escárnio.

–Ah, é? E de onde você tirou essa herdeira? De seus óvulos inférteis?

Duas ou três bruxas, de idade próxima a de Denise, soltaram risinhos. Foram as únicas.

–Não, mamãe – Karen falou a última palavra como se fosse o maior insulto que pudesse imaginar. –Acontece que a senhora tem uma sobrinha. Apresento a todos agora, Clary Valdez-Delacour Thibault, filha de Sandra e Derek Thibault!

Clary levantou-se e sorriu, deixando os olhos amarelos como os de um lobisomem transformado. Não se incomodou por sua tia ter alterado seus sobrenomes, não teria o mesmo efeito se fosse uma Kent.

Afinal, eles não eram parte desse mundo. E Clary faz questão de que continue assim.

Os olhos de Denise se arregalaram. Só havia mais uma vaga no conselho e Karen tinha mais apoiantes do que ela.

Como dizia a tradição, Clary cumprimentou a tia com um aperto de mão. Depois, foi em direção a avó.

–Seu reinado acabou, velhaca. Acabei de te depor. – a garota falou sobre os aplausos das bruxas presentes. O sorriso inocente não deixou os lábios de Clary. Denise sibilou.

–Você não ousaria, pirralha insolente.

–Quer apostar? – Clary sorriu, os olhos faiscando. –...Vovó.

“Você tem uma mensagem que será tocada após o sinal.”

“Alô, Clary? É a Gina! Estou no carro com o Henry indo para um encontro nas cachoeiras! Eu só queria ligar para te falar daquela novidade! Eu não pude espera você me ligar de volta! Preparada? Lá vai: vou fazer o último ano em Nova York! Aaaaaah! Eu sei, não é? Incrível! A Victoria e o Tony se ofereceram para me hospedar e eu consegui uma bolsa, minha mãe não teve como dizer não! Vamos morar na mesma cidade de novo! Estou tão... Ai meu Deus!”

Há um barulho de pneus derrapando. Vidros quebrando. Um grito agudo de Gina. E então a linha cai.

Já fazia um mês que Clary estava na Columbia. Usando somente tons escuros, a garota estava com os olhos ainda um pouco vermelhos e não se sentia bem. Mas ela precisava seguir em frente.

O funeral de Henry Eriksen foi a apenas seis semanas. Gina estava morando em Nova York. Ela, assim como Clary, tentava seguir em frente. As duas sabiam que era isso que Henry iria querer.

O acidente ocorreu por conta de um motorista bêbado que bateu na lateral esquerda do carro, esmagando o motorista. No caso, Henry.

Clary achou que a situação não poderia ficar pior até ela descobrir o que a morte de Henry causou a Gina.

“Ela tem a Visão. Sempre teve. Foi a morte de uma pessoa amada que a ativou. Foi o mesmo comigo.” Essas foram as palavras de Victoria.

A Visão é algo relativo. Alguns tem o dom de ver o futuro. Alguns eram imunes a magia. Gina podia ler a aura das pessoas. Não as emoções, como Clary fazia, mas sim a verdadeira essência. O que realmente a pessoa era por dentro.

Clary sentou em uma das mesas duplas que estavam vazias. Sua aula de Economia Americana estava para começar. Seu amigo, George Bell, chegaria a qualquer instante, com sua jaqueta de couro e seu sorriso de artista de rock. Ele é filho de um dos conselheiros dos humanos e um cara incrivelmente divertido. Ele apresentou a Clary seus companheiros de banda e os dois acabaram virando amigos.

A cabeça de Clary doía. Sempre doía na lua cheia. É um dos efeitos colaterais da poção que estava aprimorando para que não precisasse se transformar contra sua vontade.

O celular da garota vibrou. Ela olhou. Era uma mensagem de Karen.

“Reunião de emergência do conselho hoje à noite. Tem alguma coisa revirando latas de lixo e matando criações de animais nos arredores.”

Clary bufou. Mais trabalho pela frente.


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Notas finais do capítulo

Então, eu vou adicionar uma personagem feminina nova no próximo capítulo. Por isso, quem estiver interessada em debutar como personagem, me mande seu nome e uma resposta para a pergunta: "Quem é seu personagem preferido em Heart By Heart e por que?"
Xoxo



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