Heart By Heart escrita por Blue Diet Coke


Capítulo 16
Lua cheia, portas e Visão


Notas iniciais do capítulo

Oi! Gente, os reviews diminuíram no último capítulo! Eu fiz algo errado? Bem, espero que vocês curtam o capítulo!
E eu não apoio menores de idade bebendo. Mas acontece. Fazer o que.



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Na floresta de Fells Church...

“Correntes? Ok. Muda de roupas para amanhã? Ok. Algo para comer? Ok. Analgésicos? Ok. Saber o que falar para o Elijah quando o vir de novo? Não faço a mínima ideia.”

Presa a correntes, usando uma das antigas blusas de Henry que deveria ir para o lixo e uma calça de moletom que ela já estava planejando se livrar, Clary tinha tempo o suficiente para pensar enquanto tomava vários goles de mata-lobos misturados com analgésicos. Seu pai havia dito que a quantidade ideal, mas para ela ter cuidado já que esse remédio era geralmente utilizado para acalmar animais de grande porte, então ela não deve consumir demais.

A garota suspirou e deitou no chão da floresta. Ela definitivamente devia ter trazido alguma coisa para se distrair. Agora ela só conseguia pensar em Elijah e na transformação.

Ele é um Original. Mil anos. Ele viveu por mil anos e, mesmo assim, se interesso por uma garota qualquer de cidade pequena. E o que raios um vampiro de mil anos veio fazer em Fells Church.

“Se eu tivesse mil anos e a habilidade de compulsão, eu definitivamente estaria aproveitando minha vida em Paris ou Roma.”

Então seu lado pessimista-neurótico-paranoico tomou conta. E se Elijah, desde o instante em que a viu, soubesse de seus poderes? E se fosse tudo uma espécie de plano para usá-la?

Clary suspirou e olhou o relógio que ela havia trazido. Uma hora para a lua cheia.

“Vai ser uma looooonga hora.”

21 anos atrás, em Manhattan...

–Sandy! Que bom que você chegou! – Jennifer cumprimentou a amiga, que sorriu. As duas estavam com roupas um pouco mais curtas do que o considerado adequado, porém Sandra estava com um vestido e Jennifer com saia e blusa.

–Obrigada por me convidar, Jen, minha mãe estava me deixando louca.

–Sem problemas! Agora, vamos dançar!

E com isso, Sandra foi arrastada para a pista de dança.

Thriller tocava a todo volume e algumas pessoas realmente copiavam a coreografia do videoclipe, o que fez tanto Sandra quanto Jennifer rirem.

–Hey, vou pegar um salgadinho na mesa de comida. Quer alguma coisa? – Jennifer perguntou para Sandra depois de algum tempo em que as duas estavam dançando e comentando as músicas tocadas pelo DJ.

–Pode me trazer alguma coisa doce? E também, acho que eu vou pegar uma bebida no bar. Vai querer alguma?

–Um Hi Fi.

Assentindo, Sandra foi até o bar, que ficava na direção oposta à mesa de comida.

–Um Hi Fi e um Cubra Libre, por favor. – a garota pediu ao bartender, que fez os pedidos sem realmente se importar com a idade da garota.

–Está acompanhada?

Sandra virou. Quem havia perguntado era um garoto moreno de olhos verdes com sorriso leve. A blusa de manga curta deixava à mostra os braços musculosos do garoto, o que fez com que Sandra se perguntasse se ele tem ou não um tanquinho; não julguem; a carne é fraca.

–Só uma amiga minha. – ela disse enquanto pegava as duas bebidas.

–Acha que ela se incomodaria se você dançasse uma música comigo? – o garoto perguntou, direto.

–Não sei. Afinal, eu nem te conheço.

O garoto riu.

–Juro que não sou um serial killer.

–Mas mesmo assim não sei o seu nome.

–Meu nome é Derek. Derek Thibault. E o seu?

Sandra pensou por um instante. O jeito que aquele garoto agia definitivamente mostrava que ele era um mulherengo. Ela sorriu.

–Meu nome é Mary Jane Watson. – Sandra teve que se segurar para não rir. Só ela mesma para escolher o nome da namorada do Homem Aranha.

–Então, Mary Jane, guardaria uma música para mim mais tarde?

–Não vejo porque não.

Atualmente, em Fells Church...

Mais uma ligação de Elijah. Gina suspirou. Clary deixar o celular com ela foi uma péssima ideia. Gina não fazia ideia de como colocar a droga do celular no mudo e toda hora tinha que ouvir o toque de Time After Time, da Cyndi Lauper, tocando. Sério mesmo, Clary?

Gina revirou os olhos. Quando ela ligava, o toque era Wannabe. Que abuso.

A garota pôs o celular debaixo de uma pilha de roupas. Ela já estava cansada e queria dormir.

De repente alguém toca a campainha.

A garota bufou e foi atender a porta.

E para sua surpresa, lá estava Elijah, esperando que ela atendesse.

–Desculpe incomodar, mas... Clary está?

–Não.

–Ah. Bem, posso entrar e esperar ela chegar?

Gina ficou desconfortável. Clary havia dito para que ela nunca deixasse ninguém entrar em casa. E ela havia avisado que Elijah não poderia entrar sem ser convidado.

–Na verdade, não. Tenha uma boa noite.

E, assim, Gina bateu a porta na cara de um vampiro Original.

Enquanto isso, na floresta...

–AAAAAAAAAAAAAAARGH! – Clary gritou, sentindo os ossos das suas costas se moverem lentamente. A transformação já estava durando uma hora e garota estava para morrer. Seja lá quem criou essa maldição, Clary espera que essa pessoa esteja queimando no inferno.

–PUTA QUE PARIU! – a garota xingou alto ao sentir os dois ombros se deslocarem ao mesmo tempo. Clary definitivamente estava irritada. Principalmente por que a droga dos dopantes não estavam surtindo nenhum efeito aparente.

“Merda de assaltante”

77 anos atrás, em Londres...

–Victoria... – mulher chamou a menina, que apertava sua mão com força. A velha humana mal conseguia mais falar, de tão doente. Logo ela morreria.

–Sim, vó Cass?

A velha sorriu.

–Eu não sou sua avó, Victoria. Não precisa me chamar assim.

A garota sorriu tristemente.

–Tudo bem, Cassidy.

A velha senhora riu, mas a risada logo se transformou em uma tosse dolorosa.

–Não tenho muito tempo. Vou morrer logo. Mas antes, tenho que fazer algo.

–O que?

Cassidy Clarke apertou com mais força que o normal a mão de Victoria Baudelaire. A garota sentiu uma energia estranha passando do corpo de Cassidy para o dela, até que a senhora parou de apertar sua mão.

Victoria piscou, se sentindo estranha. Diferente.

Então percebeu.

Cassidy havia lhe dado a Visão.

A garota então começou a chorar. Se ela havia ganhado a visão então queria dizer que a mulher que a havia criado, Cassidy Clarke, estava morta.


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Notas finais do capítulo

Gente, esse flashback com Victoria parece inútil, mas se você prestar atenção, mostra fatos interessantes. Por exemplo, Victoria tem mais de 80 anos de idade. E a Visão é algo que você adquire e não nasce com. Isso vai ser muito importante mais para frente.
Cometem o que acharam! Próximo capítulo, teremos mais uma festa! Só que dessa vez, a comemoração tem motivo, o meu feriado americano favorito, St.Patrick's Day!