Heart By Heart escrita por Blue Diet Coke


Capítulo 13
Bebuns e maldições


Notas iniciais do capítulo

Então pessoal, esse capítulo tem de tudo. Romance, drama, comédia...
Bem, pelo menos eu tentei por um pouco de tudo.
Pessoal, a Clary vai entrar em uma nova fase, mas a fic ainda mal começou. Sério.
Para vocês que estranharem algumas atitudes dela daqui pra frente, me avisem nos reviews. Vou ficar feliz em responder.



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Corpos brilhando, mexendo o corpo no ritmo da música eletrônica e que o DJ tocava.

Clary sorriu ao olhar tudo isso. Era incrível.

–Então? Gostou? – Haru gritou em seu ouvido, por causa do volume absurdo do som.

–Amei! – Clary gritou, rindo.

Uma festa de luz negra era, basicamente, uma rave. Só que todas as pessoas estavam sendo pintadas com tinta neon por profissionais da festa, causando um efeito incrível com a luz negra.

–Corpo ou rosto? – uma das pintoras da festa perguntou a Haru. Ele olhou para Clary por um instante e então rasgou a camisa, deixando seu tanquinho de academia a mostra.

–Corpo.

Clary não estava prestando atenção. Ela sacudia o corpo no ritmo da música, esperando sua vez para ser pintada. Até que outra das pintoras a chamou.

–Então, vai querer corpo ou rosto? – todas as meninas que Clary havia visto haviam pintado apenas o rosto, mas a garota não via graça nisso. A menina sorriu e tirou a blusa de gola canoa, deixando à mostra seu top rosa, que ficou neon a luz negra.

–Corpo!

Haru e outros homens ao redor encaravam a garota com desejo, mas Clary não se importava. As únicas coisas que lhe passavam pela cabeça era como seria incrível se fosse Elijah pintando ela ao invés de uma estranha.

Logo que terminou de ser pintada em tons de rosa e verde neon, entrou, junto a um Haru pintado de azul, na festa.

Os corpos dançando juntos, colados, o ritmo, a sensação de calor, as luzes, o chão vibrando pelo som. Tudo aumentado pelos sentidos de lobisomem deixava Clary extremamente animada, mesmo que ela ainda não tivesse bebido nem um gole de álcool, o que ela não pretendia fazer.

–Está curtindo? – Haru perguntou para Clary, gritando. A garota havia se esquivado das cantadas dele sem perceber a noite inteira.

–Amando! – Clary respondeu. Era a mais pura verdade. A única vez em que se sentiu tão viva foi quando estava aos braços de Elijah. Mas eram duas sensações quase que completamente diferentes. O calor que sentia com Elijah era acolhedor. Ali, no meio de uma rave, Clary se sentia selvagem. O fogo era perigoso e Clary sabia que podia se queimar. E era exatamente isso que o deixava tão atraente.

Mas mesmo assim Clary preferia o fogo de Elijah.

De repente Clary sentiu o celular vibrar no bolso. A garota foi olhar quem era.

A garota sorriu e gritou para Haru:

–Preciso atender, mas já volto.

Ele respondeu com um “Okay!”, mas Clary já havia saído.

–Alô? – Clary atendeu no banheiro, onde o som da música era mais abafado.

–Clary? – a voz de Elijah soou do telefone. –Clary, você consegue me ouvir?

–Consigo, não se preocupe. Que bom que ligou, estou morrendo de saudades!

–Que barulho é esse? – Elijah perguntou.

–Lembra do Haru? Eu comentei com você ontem, ele é filho de um amigo do meu pai... Então, ele me levou hoje pra essa festa incrível!

–Festa?

–Bem, ele disse que é uma festa, mas eu tenho a impressão que é uma rave.

O silencio de Elijah do outro lado da linha comprovava. Ele estava irritado.

–Queria que você estivesse aqui. É uma festa de luz negra, mas só consigo imaginar o quão bom seria se fosse você pintando o meu corpo. – Clary tentou aliviar um pouco da raiva de Elijah falando a mais pura verdade. Geralmente funcionava.

Silêncio do outro lado da linha. Clary ficou um pouco nervosa.

Até que ouviu Elijah rir do outro lado.

“Pelo menos ele não está bravo.”

–Eu também Clary, acredite. Então, me conte, como foi seu segundo dia em Seattle? – Elijah perguntou depois de terminar de rir.

–Bem, meu pai me ensinou a usar armas.

–Típica atividade pai e filha.

–Obviamente – Clary disse, rindo. –Depois ele me levou para passear pela cidade. Nós conversamos um bocado e ele prometeu que iria me visitar em Fells Church.

–Que bom, Clary. Fico feliz por você.

Clary sorriu.

–Estou morrendo de saudades. Estou tão ansiosa para me encontrar com você amanhã.

–Acredite, eu estou contando os segundos. – Elijah disse, o que fez o coração de Clary dar pulinhos de alegria (figurativamente, claro).

–Beijos. Boa noite.

–Boa noite. Mal posso esperar para amanhã.

Clary desligou o telefone. Sorrindo, a garota virou-se para o espelho e tirou uma foto. Havia adorado a pintura feita em seu corpo, mesmo que não tivesse sido feita por Elijah.

A garota voltou para a festa, que estava tão cheia que parecia desafiar as leis da física.

"Pelo amor de Deus, dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço."

Haru estava quase completamente bêbado. Ele, enquanto Clary estava tendo uma conversa civilizada com seu namorado, havia bebido 5 shots de tequila. Isso definitivamente não vai dar certo.

Algumas horas depois...

–Haru, vamos embora, você está completamente chapado. Além disso, aquela menina é claramente lésbica. Não consegue ver ela encarando os meus peitos enquanto nós conversamos? Ela não vai transar com você. – Clary falou, irritada. A festa, rave, o que quer que seja, já estava esvaziando há tempos, mas Haru não queria ir embora, já que “aquela mina está totalmente na minha. Nós temos tanto em comum!”.

“Claro, ela até gosta da mesma fruta.”

Clary se segurou para não soltar os vários comentários maldosos que sua mente pensava. Por que ela tinha que ser tão parecida com Caroline?

Haru resmungou algo inteligível.

“Desculpe, eu não falo embriaguez.”

–Vamos campeão. – Clary disse, praticamente arrastando o garoto para fora da festa/rave. Sério mesmo?

Saindo de lá a primeira coisa que Clary fez foi, no mínimo compreensível.

–Aqua pures invocales.

No mesmo instante, um jato de água deixou Haru tossindo e completamente encharcado.

–Hey! – o bebum de Seattle reclamou. Pelo menos isso o deixou um pouco sóbrio.

–Vamos embora, Haru. Está escuro e pode ser realmente perigoso esse horário.

Haru riu.

–Blair, não sei como é cidades pequenas, mas aqui não tem essa de horário perigoso ou... – Haru parou de falar, pois de repente sentiu um tubo frio em sua cabeça.

–Passe a grana agora, ou eu juro que eu atiro.

Uma hora e meia depois...

O telefone estúpido interrompeu o sono de Derek.

Quem diabos liga as sete da matina?

–Alô? – Derek disse, a voz rouca de sono.

–Pai... – Derek pode ouvir a voz de Clary do outro lado da linha.

–Blair, o que foi que aconteceu? Fique calma, não importa o que seja, eu vou estar aqui para ajudar.

Derek pôde ouvir alguns soluços no outro lado da linha.

–Pai... Eu ativei a maldição de lobisomem.


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Notas finais do capítulo

Então? O que acharam? Quem aqui acha que isso não vai dar certo? Qual a opinião de vocês sobre o Haru? Conversem comigo gente, eu não mordo (a menos que você seja do mal. Aí eu mordo)!