Heart By Heart escrita por Blue Diet Coke


Capítulo 12
Pai


Notas iniciais do capítulo

Então pessoal! Estou realmente postando rápido, né? Súbitos surtos de inspiração!
Espero que gostem!



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Clary estava uma pilha de nervos.

Ela estava parada em frente a porta do apartamento do seu pai.

Seu pai provavelmente estava a poucos metros de distância.

A garota pensou por um instante em como estava sendo estúpida. E se seu pai não fosse do jeito que imaginou? E se ele na verdade for um idiota?

A mente de Clary imediatamente começou a disparar as mais esdrúxulas possibilidades (que eram surpreendentemente muitas) enquanto encarava a porta. Ela, por um instante, ficou imóvel, paralisada de nervosismo.

Clary sacudiu a cabeça. Ela não tinha vindo do outro lado do país para desistir na porta.

A garota deu quatro batidas meio hesitantes, mas que definitivamente seriam ouvidas.

–Só um instante! – Clary ouviu uma voz grossa gritar do outro lado e logo a porta foi aberta.

Derek não era nada parecido com ela. Quer dizer, os dois tinham os lábios do mesmo formato, mas parava por aí a semelhança. Enquanto Derek tinha uma pele meio morena estilo Taylor Lautner, olhos verdes, todo musculoso e, mesmo que Clary fosse alta, Derek era pelo menos uns vinte centímetros mais alto. O homem estava usando uma camisa dos Vikings, o que fez Clary sorrir. Ela também estava usando uma camisa dos Vikings.

–Desculpe, mas em que eu posso ajudar? – Derek perguntou, confuso.

–Você é Derek Cameron Thibault? – Clary perguntou, os olhos já lacrimejando.

–Como você sabe meu nome de verdade? – Derek perguntou olhando desconfiado para aquela garota estranha que havia batido em sua porta. Pele clara como leite, lábios cor de rosa, um pouco alta para sua idade, cabelos castanhos cacheados e olhos castanhos enormes dolorosamente familiares.

Então ele entendeu.

–Blair? – sua voz soou fraca e insegura. Ele mal conseguia acreditar.

A garota assentiu a cabeça, lágrimas caindo dos seus olhos. Derek a olhava sem acreditar e, então, fez algo que queria fazer a muito tempo.

Derek se aproximou e abraçou a filha, os olhos brilhantes, mas sem cair uma única gota de água. Haviam acabado suas lágrimas.

A garota retribuiu o abraço apertado, sem controlar as lágrimas de felicidade. Lá estava o homem que não a abandonou. O homem que sofreu tanto quanto ela. O seu pai.

É como dizem, o bom filho a casa torna.

Enquanto isso, em Fells Church...

–Não há nada aí Elijah, mas me disseram que há fortes indícios em outras cidades da Virginia.

–Eu não vou sair daqui, Carter. As chances de uma doppelgänger existir são nulas. Me ligue se alguém tiver alguma informação realmente importante.

Elijah desligou, irritado, e olhou para o fundo de tela do celular.

Era uma foto dele junto a Clary quando eles se despediram antes de Elijah a deixa-la no aeroporto. A garota estava radiante, feliz que ia conhecer o pai biológico. Os dois haviam saído para um restaurante fora da cidade e ficaram juntos a tarde inteira. A foto foi tirada no jardim do restaurante, que era excepcionalmente bonito.

Obviamente foi Clary quem insistiu para que os dois tirassem a foto juntos.

Elijah suspirou. Ele já estava morrendo de saudades de sua garota.

Enquanto isso, em Seattle...

–Então você é aluna nota dez e líder de torcida? Incrível! – Derek comentou, bebendo um gole de sua cerveja. Clary e ele ficaram meio distraídos, já que o jogo do Vikings havia começado, mas agora que o jogo estava no intervalo os dois podiam conversar.

–Não é nada demais.

–É tudo demais. No colégio, eu era um total excluído social. Nem sei como sua mãe me notou.

Clary mordeu o lábio, como toda vez em que Sandra era mencionada na conversa.

–Então, com o que você trabalha? – Clary perguntou.

–Eu vendo armas.

–Sério? Que incrível! Eu sempre quis saber sobre armas. Você bem podia me ensinara atirar. Vou ficar em Seattle até domingo à tarde!

–Vai ficar onde? – Derek perguntou, curioso. Será que Blair veio com os pais adotivos?

–Em um albergue mais no centro da cidade! Estadia barata e rápida! – a garota disse, sorrindo.

–Nem pensar.

–Como assim “nem pensar”? – Clary perguntou, olhando para o pai.

–Você vai ficar aqui comigo. Tem um quarto extra, você não vai precisar pagar nada e, sem querer me gabar, o café da manhã que eu faço é o melhor da cidade.

Clary riu.

–Então tudo bem. Eu vou ficar com você.

Algum tempo depois, em Fells Church...

Elijah ouvia o barulho da chamada do seu telefone impaciente. Por que a demora para atender?

–Elijah! Oi! – a voz de Clary soou do telefone, o que fez Elijah automaticamente sorrir. Ele havia sentido saudade da voz dela.

–Clary. Só liguei pra ver como estão as coisas.

Elijah ouviu algumas vozes altas e risadas ao fundo da ligação.

–Onde você está?

–Ah, meu pai me levou para conhecer uns amigos dele! Estamos nesse bar esportivo daqui de Seattle, cheio de fãs do Vikings! Muito legal! – Elijah quase podia ver Clary sorrindo a sua frente enquanto dava, literalmente, pulinhos.

–Blair, sai logo do telefone que o jogo já vai começar! – Elijah ouviu uma voz masculina chamar a namorada, o que o fez cerrar os dentes.

–Quem é que te chamou?

–É só o Haru, filho de um amigo do meu pai, ele tem a minha idade! Já estou com saudades!

–Eu também. Tchau.

–Tchau! – e com isso, Clary desligou.

Elijah suspirou. Ele nunca ouviu Clary tão animada assim. Isso o fez sorrir por um instante. Ela estava feliz.

Mas então o sorriso se desfez.

Por mais que amasse saber que sua namorada está feliz, não ser o motivo dessa felicidade acabava com ele.

Enquanto isso, em Seattle...

–Então, qual é a desse namorado? – Haru perguntou a Clary assim que o jogo acabou, o que fez Clary rir.

–Eu e ele só estamos namorando a alguns dias, mas foram, sem brincadeira, os melhores dias da minha vida!

–Hm... – Haru disse, mastigando pensativamente alguns salgadinhos. Era raro encontrar uma garota que gostasse de esporte e que, ainda por cima, é tão bonita. Mas, infelizmente, ela tem namorado.

–Mas então, o que tem de bom para fazer na cidade? Eu moro em cidade pequena, então não faço a menor ideia!

Haru riu. Aquela garota, definitivamente, não tem filtros.

–Já ouviu falar de festas de luz negra?


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Notas finais do capítulo

Então, opiniões, por favor! Vou dar uma descrição melhor do Haru no próximo capítulo!
Falando nisso, no próximo capítulo de Heart By Heart, Clary vai para sua primeira festa de cidade grande! Será que vai ter choque cultural?



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