Heart By Heart escrita por Blue Diet Coke


Capítulo 10
Onde o passado se encontra


Notas iniciais do capítulo

Então pessoal! OIE!
Então, minha explicação sobre o porque da falta de cenas hots do capítulo anterior.
Clary é virgem e eu detesto essa melação de "eu vou devagar para não te machucar" e essa coisa de "tenho que esperar que seja um príncipe encantado".
E eu não queria chamar atenção para o fato de Clary ser virgem. O que eu queria chamar a atenção é a ligação meio não cociente que Clary e Elijah sentem um pelo outro (isso também explica a rapidez de Clary em perder a virgindade com Elijah).
Então, essa é minha explicação.
Haverá cenas hots DE VERDADE quando a fanfic sair dessa primeira fase, que é só uma introdução. Vou avisar quando isso acontecer.
Por enquanto, favor contentem-se com cenas de agarração leve.
Obrigada quem leu até aqui.
Eu amo você.



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–Har-Har Infigar – Clary murmurava para a caixa de madeira que ela havia umedecido com álcool especialmente para praticar esse feitiço. Se ela usasse magia da natureza, seria tão fácil como piscar, mas agora ela estava usando magia ancestral, o que requeria palavras mágicas.

Era como um tiro no escuro.

A garota estava sentada na mesa de mármore do quintal, tentando fazer uma caixa de madeira pegar fogo.

Ela preferia mil vezes estar com Elijah.

Logo memórias da noite passada encheram sua cabeça.

–Então... o que nós somos? – Clary perguntou para Elijah. A garota estava deitada em cima do peito de Elijah, e sentia agradavelmente cada respiração leve que o homem dava, mas, estranhamente, não conseguia ouvir seu coração.

Elijah demorou um pouco para responder.

–Depende.

–Do quê?

–Se você quer ser minha namorada.

Clary inclinou a cabeça para cima, avaliando a expressão de Elijah. Ele estava sério, como sempre.

–Você não está me pedindo em namoro só porque foi minha primeira vez, não é? Por que se for por isso, não precisa. – Clary disse, abaixando o olhar. Ela não queria que Elijah se sentisse na obrigação de ser um príncipe encantado para ela só por causa da droga de um hímen rompido.

Elijah segurou o seu rosto e gentilmente o levantou, de modo que ela pudesse ver claramente seus olhos castanhos.

–Desde a primeira vez que te vi, soube que você era especial. No instante em que você entrou naquele bar, eu senti que minha vida estava prestes a mudar de uma maneira maravilhosa. Então nunca, nunca, duvide dos meus sentimentos por você. – ele disse e Clary não soube o que dizer. Então o beijou, o que aparentemente era a solução para todos os seus problemas.

Talvez eles estivessem indo rápido demais.

Talvez ela vá se arrepender.

E talvez ela acabe de coração partido.

Mas, por enquanto, a única coisa em que ela podia pensar era em como Elijah seria o melhor namorado de todos.

–Foco. – Clary disse, sacudindo a cabeça. Ela precisava entrar em contato com os seus ancestrais desconhecidos.

Interrompendo seus xingamentos mentais para com os seus malditos antepassados desconhecidos, Clary ouviu a campainha tocar.

A garota se levantou para atender. Ajeitando o short curto e a blusa de Doctor Who que Gina havia lhe dado, a garota abriu a porta dando de cara com dois estranhos.

O primeiro era um homem alto, de pele clara, cabelo louro e olhos castanhos. Já a segunda, era uma mulher negra baixa de cabelos cacheados pretos e olhos castanhos profundos.

–Blair. – a mulher, com os olhos lacrimejantes, disse, correndo para abraçar Clary, que se assustou.

O homem, sorrindo, disse:

–Olá, meu nome é Anthony e essa é minha esposa, Victoria. Nós somos amigos dos seus pais biológicos, Blair.

Enquanto isso, em um bar sujo e mal frequentado de Seattle...

Se ressaca fosse capaz de matar, Derek já estaria morto a muito tempo.

Os olhos do lobisomem se abriram lentamente, memórias da noite passada ainda confusas. Havia uma ruiva... Ou seria uma loura? Ele sacudiu a cabeça. “Definitivamente não era uma morena” ele pensou consigo mesmo enquanto abria os olhos.

Duas garotas estavam deitadas ao lado dele no chão sujo do bar. Uma loura e uma ruiva.

“Quais eram os nomes delas mesmo? Bem, não importa. Provavelmente não vou vê-las de novo.”

Derek com cuidado pegou sua jaqueta de debaixo da loura e os sapatos que estavam perto da ruiva. Saiu em silencio, para que nenhuma das duas acordassem.

Ao sair, ele foi direto a cafeteria mais próxima, a já muito frequentada por Derek, Anne’s Place. Não conseguiria pensar direito sem um copo de chai latte (N.A.: Chá preto com leite e especiarias).

O homem pediu sua bebida acompanhado de um cookie e sentou-se em uma das mesas, esperando e tentando lembrar-se da noite passada.

Ele havia tentado falar com Antony, mas estava fora de área, então saiu com Joe. Os dois foram assistir ao jogo dos Knicks em um bar esportivo. A última coisa que se lembrava era sua décima bebida.

Derek suspirou. Sua rotina pelos últimos dezesseis anos havia sido a mesma. Trabalhar, sair com Antony para jogos o Joe para noitadas, casos-de-uma-noite e transformações a lua cheia.

E essa cafeteria.

–Aqui está o seu pedido. – uma garçonete morena de olhos castanhos deixou o prato e o copo em cima da mesa de Derek, que murmurou um rápido obrigado. A mulher assentiu e foi atender outras mesas.

Quando a mulher já estava longe, ele resolveu olhá-la. Cabelos castanhos cacheados amarrados em um rabo-de-cavalo, olhos castanhos grandes e expressivos, pele clara e feições delicadas. Em seu crachá estava escrito Sandra Watson.

Derek voltou-se para seu prato. Sandra Watson não conhecia Derek. Sandra Watson não tinha magia e nunca se envolveria com o sobrenatural. Sandra Watson tinha uma vida normal, uma mulher solteira estudando Psicologia e Filosofia a noite na faculdade local e trabalhando no Anne’s Place.

Para Sandra Watson, Derek Parker, era somente um cara que frequentava constantemente a cafeteria que trabalhava e sempre vinha com cheiro de bar vagabundo (mais precisamente, vinho e perfume barato) e que era meio gato.

Derek suspirou.

Sandra Watson nem ao menos sabia seu sobrenome verdadeiro.

Derek Thibault suspirou e bebeu um gole do seu chai. Não sabia porque continuava se martirizando, vindo ao lugar onde Sandra trabalha.

Ele a havia esquecido. Havia seguido em frente.

Mas mesmo assim ainda sentia a necessidade de vê-la.

Ao contrário do que Sandra pensava, seu sobrenome não é Watson e ela não é solteira.

Seu nome é Sandra Delacour Thibault, casada com Derek Thibault. Ela tinha uma filha chamada Blair e era uma das bruxas mais poderosas do século.

Mas Sandra não sabia disso.

Somente Derek sabia.

O homem deu uma mordida no biscoito. Se sentia atraído para essa cafeteria, que sempre o deixava triste e para baixo.

Pensou sobre Blair. Como ela seria? Derek imaginava uma cópia de Sandra adolescente por aí. Ele imaginava o que estariam fazendo se eles tivessem sido uma família normal. Derek provavelmente estaria se preparando para buscar a filha na escola depois do trabalho, para então discutir com ela sobre a vitória dos Knicks no jogo da noite passada e ouvi-la reclamar sobre alguma matéria da escola.

Derek suspirou e terminou o biscoito. Pensar no que poderia ter sido não mudaria. Ele devia se concentrar no agora. Respirou fundo, tomou o resto da bebida e saiu, deixando uma nota de vinte dólares em cima da mesa.

Afinal, tinha que trabalhar, assim como todo mundo.


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Notas finais do capítulo

O feitiço usado por Clary foi tirado de um anime/mangá chamado Magi: The Labyrinth Of Magic, que uma amiga me obrigou a assistir e eu acabei amando.
Pessoal, talvez os capítulos demorem um pouco para sair por causa das aulas e provas (TODO SÁBADO NO MÍNIMO DUAS PROVAS, BUAAAAA)
Então, não estranhem se alguns capítulos demorarem.
É isso gente, Xoxo



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