Melhores amigos. escrita por Lunna


Capítulo 21
Capitulo 21


Notas iniciais do capítulo

Oiiii!
volteiii!
amores desculpa a demora,mas é que o meu pc resolveu parar de funcionar e só hoje voltou!Bom ,mas vamos ao que interresa.Boa leitura



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O carro balança enquanto passava por estradas cheias de cascalhos, minha cabeça balançava também, mas tenho a leve impressão que isso tem mais a ver com o garoto sentado ao meu lado do que qualquer outra coisa.

Bruno esta aqui, perto demais para que eu possa aguentar e em silencio demais. Silencio sufocante. Eu não me atrevia a olhar em seu rosto, mas de vez enquanto sentia seus olhos sobre a minha pele e aquele olhar queimava.

Porque ele esta aqui?Porque meu deus?Será que ele estava fazendo isso só pra me irritar?Só pode ser!

–Eí vocês dois!Qual é o problema?Estão sérios demais! Meu pai nos observava pelo retrovisor enquanto falava.

–Não foi nada pai! Respondi sem paciência.

–Ainda esta de mau humor, dona Luna?Minha mãe perguntou com um sorrisinho.

–Não mãe, eu estou ótima! Encostei minha cabeça no banco e fechei os olhos.

Novamente o silencio voltou a reinar no carro que continuava balançando.

–E você bruno?Esta tudo bem? Meu pai perguntou depois de um tempo.

–Esta sim, tudo bem.

–E a namorada?Não quis vir acampar com a gente?

Meus nervos ficaram tensos. A ultima coisa que eu queria ouvir era o Bruno falando sobre a coisinha.

–Eu não tenho mais namorada.

Ótimo!Meu cérebro resolveu pregar peças em mim!Por alguns instantes delirei que Bruno dizia que largou da... Peraí!Eu não delirei, ele disse isso mesmo. Meu coração acelerou e minhas mãos começaram a tremer. Será que é isso mesmo que estou ouvindo?Será?

Preste atenção, LUNA! A voz no meu cérebro mandou, fazendo cara feia pra mim. E tentei voltar a me concentrar no que o meu pai e o Bruno falavam.

–... E foi assim. Foi só o que ouvi Bruno falar.

E foi assim como?Repete, por favor!

–E o futebol, você assistiu ontem? Meu pai disse, já mudando de assunto.

Eu realmente odeio quando fico com a cabeça no mundo da lua e não ouço o que interessa.

Continuei com os olhos fechados, sentindo o carro chacoalhar pra lá e pra cá e acabei adormecendo.

–Luna, acorde, já chegamos.

Conseguia ouvir a voz ao longe, como se fosse apenas mais uma voz no meu sonho.

–Luna...

Abri os olhos de repente e dei de cara com o Bruno que estava quase sobre mim.

–O que você...

Comecei a falar sonolenta, mas Bruno logo saiu do carro sem me deixar terminar.

Olhei em volta e vi que não tinha mais ninguém no carro, reuni forças e sai.

Estávamos numa espécie de estacionamento ao ar livre, tinha vários carros estacionados sob as arvores e muitas pessoas pegavam as malas. Meu pai me entregou a mochila quando me viu e seguimos para dentro do enorme parque aonde íamos acampar. Tudo tinha um cheiro ótimo, cheiro bem típico de matas.

Logo chegamos ao local onde montaríamos as nossas barracas. Minha mãe e eu fomos preparar alguma coisa pra comer, já que estávamos famintos, enquanto meu pai e o Bruno iam montando as barracas.

Depois do almoço eu já tinha sido picada por quatro mil tipos de insetos e meu mau humor só aumentava, já meus pais e o bruno pareciam apenas se divertir, aff!

–Que tal fazermos uma trilha?Meu pai propôs.

–Não pai! vamos ficar por aqui mesmo. Reclamei, mas claro, fui ignorada.

–Eu acho uma ótima ideia. Bruno, puxa-saco falou quase dando pulinhos.

Meia hora depois já estávamos na trilha, observando as arvores e meu pai com a maquina fotográfica na mão tentava tirar foto de todo tipo de pássaro que via.

–Eu soube que tem uma cachoeira linda aqui por perto. Minha mãe comentou.

–Eu também fiquei sabendo, dizem que é uma maravilha. Meu pai falou, enquanto tirava foto de mais um pássaro.

–Você e o Bruno deviam ir lá. Agora minha mãe olhava para mim.

–E por que não vamos todos juntos? Perguntei.

–Porque seu pai vai demorar tirando essas fotos e eu tenho que ficar com ele.

–Podemos ir lá depois.

–Luna, você tem que desmanchar essa cara feia e aproveitar um pouco, não acha?E alem disso, aposto que o Bruno quer ir conhecer a cachoeira.

Olhei para o Bruno, na esperança de que ele dissesse que preferia beijar um porco a ter que ficar sozinho comigo, mas o que ele disse foi:

–Eu ia adorar e ta o maior calor, se refrescar seria bom.

Respirei fundo e contei ate dez.

–Que seja então. Respondi ríspida e comecei a andar pela trilha a fim de ir logo pra tal cachoeira.

Logo ouvi os passos de Bruno atrás de mim, mas nem sequer me virei para olha-lo, apenas continuei andando.

–Será que você pode me dizer por que esta tão brava?Bruno perguntou algum tempo depois.

–Eu não estou brava.

–Luna... Qual é?Você não pode ficar com raiva de mim pra sempre.

–Eu tenho esse direito.

Comecei a andar mais rápido e Bruno se distanciou. O restante do caminho foi em silencio, o único som que ouvíamos eram das folhas sendo esmagadas sob os nossos pés.

Alguns metros depois, ouvimos os primeiros sons da cachoeira e alguns passos a frente chegamos ao nosso destino.

A cachoeira realmente era linda, um grande espetáculo da natureza. Me sentei numa enorme pedra perto do riozinho e coloquei meus pés na água,relaxei um pouco enquanto inspirava o ar gostoso.Meus pais tinham razão eu devia mesmo aproveitar esse acampamento.Foi então que me lembrei do Bruno,ate aquele momento ele não tinha dito nada.Olhei em volta e o vi ainda perto da trilha...TIRANDO A ROUPA!

–O que pensa que esta fazendo?

–Eu vou dar um mergulho. Você não vai? Ele sorria de canto enquanto tirava que a calça(aquele sorriso lindo).

Agora ele estava apenas de sunga, esfregando aquele abdômen tanquinho na minha cara. Engoli em seco e tentei controlar meus pensamentos.

–Não, eu vou ficar aqui. Respondi nervosa e voltei a olhar a cachoeira.

Será que ele percebeu meu nervosismo em vê-lo sem roupa?Claro, luna!Só se ele fosse idiota para não perceber.

Ele pulou dentro da água e começou a andar. Juro que tentei não olhar para ele, mas era impossível. De repente ele emergiu da água e surpreendeu o meu olhar.

–Você vai ficar ai?Bruno jogou um pouco de água em mim.

–Vou, vou continuar bem aqui sentadinha.

–Que isso Luna?Entra logo, você não sabe o que esta perdendo!

–Nem quero saber, estou bem aqui.

Ele respirou fundo e veio em minha direção.

–Luna, qual é?Lembra que nós já fomos amigos?Sou eu o bruno, seu amigo desde os três anos, eu prometo que não vou fazer nada, vamos apenas nos divertir como nos velhos tempos.

–Não somos mais amigos...

–Mas, vamos fingir que somos só hoje. Pode ser?

Pensei um pouco, olhando aquele belo par de olhos azuis e descobri que sentia saudade da amizade do Bruno, era tão bom quando riamos de tudo e não nos importávamos com quase nada. Era bom fazer planos com ele e sonhar com um futuro lindo a nossa frente. Eu sentia saudade ate passar a tarde toda assistindo filmes com ele e comendo brigadeiro. Então porque não, nem que for por alguns momentos aproveitar essa oferta de paz?Não tinha nem um mal nisso?Tinha?

–Tudo bem, mas é só como amigos.

–Claro, só amigos.

Tirei minha roupa e fiquei apenas de calcinha e sutiã, já que na tinha trago biquíni. Pulei na água o mais rápido que pude, mas mesmo assim ainda percebi o olhar de bruno sobre mim.

Passamos momentos ótimos naquela cachoeira, brincamos e rimos e naquele lugar que aprecia mágico, tudo tinha voltado ao normal. Éramos simplesmente Luna e Bruno outra vez, sem Manoel e principalmente sem a Aline.

Já estávamos bastante cansados e resolvemos sentar nas pedras que cercavam o rio.

–Viu?Não foi tão ruim assim. Bruno comentou.

–Foi ótimo.

–Devíamos fazer isso mais vezes, sabe ficar juntos...

–Você sabe que isso nunca mais vai acontecer. O interrompi com amargura vendo toda a magia entre nós se despedaçar.

–E porque não?

–Não se faz de idiota Bruno, você sabe muito bem o porquê. Virei meu rosto para o outro lado para ele não ver os meus olhos marejados.

–É por causa do Manoel? Ele perguntou cauteloso.

–NÃO BRUNO!É POR CAUSA DA ALINE!

Explodi e as lagrimas agora já estava no meu rosto.

–Não é assim...

Levantei e fui pegar minhas roupas. Eu tremia tanto que mal conseguia vestir a calça. Porque eu baixei a guarda desse jeito?Porque me aproximei do bruno se sei que ainda não o esqueci?

Porque você é uma idiota, Luna!

–Aonde você vai?Bruno estava perto de mim e segurava minhas mãos.

–Eu vou voltar para o acampamento. Soltei minhas mãos das dele e continuei vestindo a roupa.

–Você não pode ir embora assim... Eu terminei com a Aline, nós não estamos mais juntos.

Então o que eu tinha ouvido no carro era verdade!

–E daí?Isso não muda nada!Agora já não adianta, já é tarde pra nós dois, perdemos a nossa chance.

–Não luna!Nós ainda temos chance...

–Para com isso!Eu estou com o Manoel e amo ele.

Voltei para a trilha que levava ao acampamento e segui sozinha. Praticamente corri, não queira mais ficar sozinha com o bruno.

Quando cheguei às barracas, meus pais já estavam lá, achei estranho, já que eles deviam ter indo encontrar comigo e o Bruno.

–O que vocês estão fazendo aqui? Perguntei.

Meus pais se entre olharam.

–Seu pai machucou o pé e voltamos para cá. Minha mãe respondeu.

Franzi o cenho achando tudo aquilo muito estranho, por alguns instantes cheguei a pensar que eu o Bruno sozinhos na cachoeira fosse algum tipo de armação, mas não,não podia ser.

–E o Bruno cadê? Meu pai perguntou.

–Ele esta vindo... E o seu pé, como esta?

–Pé?Ah, sim... Esta melhor foi só um susto.

Fiquei ainda mais desconfiada, mas isso só deve ser coisa da minha cabeça. Bruno chegou e sentou junto do meu pai, ele não parava de me encarar. Peguei meu celular, coloquei o fone de ouvido e entrei na minha barraca.

A noite logo chegou e depois de jantarmos eu fui direto para minha barraca,eu queria dormir logo e esperar que o domingo chegasse para poder voltar pra casa,voltar para o meu quarto e para o Manoel que já deve ter chegado e principalmente voltar a ficar longe do Bruno.

já era de madrugada, quando ouvi alguém me chamar do lado de fora da barraca. Acordei assustada e vi uma sobra preta na porta, abri o zíper da barraca e vi bruno todo ensopado.

–O que esta fazendo aqui?

–Ta a maior chuva e a minha barraca rasgou, será que eu posso ficar ai com você?

–Ficar aqui?Comigo?

–Luna, eu juro que não iria te incomodar, mas não tenho para onde ir.

Respirei fundo e dei espaço para ele entrar.

–Obrigado.

–De nada, toma pega essa coberta, se não você vai ficar resfriado.

O loiro tirou a camiseta encharcada e se enrolou na coberta.

–Valeu.

–Tudo bem, agora vê se dorme. Me virei para o lado e cobri minha cabeça.


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Notas finais do capítulo

E aí?Mereço comentários?
obs:Vou postar o outro capituloo ainda hoje pra compensar a demora!

bjinhos



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