Melhores amigos. escrita por Lunna


Capítulo 10
Capitulo 10


Notas iniciais do capítulo

Oiii amoras! Aqui estou eu de novo com mais um capitulo!
Obrigada minhas leitoras lindas que comentaram! Estou muito feliz!
Bom espero que gostem e não esqueçam de comentar.
quero muito saber a opinião de vocês, se estão gostando ou não.
boa leitura. bjos.



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Sempre imaginei como seria esse reencontro. Sempre quis saber qual seria a reação do bruno. Nos meus sonhos ele iria dizer tudo que estava guardado, iria gritar com ela e depois se afastaria sem olhar para trás.

Agora Aquele encontro estava realmente acontecendo, depois de um ano agora estavam novamente frente a frente o casal que foi considerado por muitos o mais bonito e popular do colégio. Até a noite em que bruno encontrou a namorada no maior amasso como o melhor amigo.

Lá estava ela, loira e super maquiada, com um vestido vermelho que deixava suas curvas bem evidentes. Não tem como negar que ela era bonita.

Bonita e vaca!Destruidora de corações!

Ela tinha um sorrisinho de superioridade no rosto e olhava toda convencida para o bruno.

E ele continuava parado, sem esboçar nenhuma reação. Vamos bruno faça alguma coisa!Diga para essa louca que você a odeia!

–Bruno? Aline voltou a chama-lo, mas agora seu sorriso já tinha se desfeito.

Bruno reaja! Meu cérebro gritava e eu tinha que morder a língua para não gritar realmente.

–O que você esta fazendo aqui? Bruno perguntou finalmente, mas seu rosto não transmitia nem um tipo de emoção.

–Eu voltei, voltei por sua causa. Aline respondeu, dando alguns passos em direção ao bruno.

–Por quê?

–Por que... Eu te amo! Agora ela estava fazendo uma cara de peninha.

Revirei os olhos de ódio. Como pode ser tão cínica?

–Quando voltou?

–Há alguns dias... Tentei te procurar, mas não tive coragem.

O silencio voltou a reinar, bruno apenas a encarava e eu sentia minha aflição aumentar. Ele estava demorando demais para despacha-la.

–A luna não te falou que eu tinha voltado? Aline agora olhava para mim enquanto falava.

No mesmo instante, bruno olhou para mim também. E era um olhar estranho. Como se ele estivesse... Acusando-me?

Não me olhe assim! Eu não fiz nada!É pra ela que você tem que olhar assim.

Eu queria me defender, falar alguma coisa, mas minha boca não se movia. Estava em choque, nunca esperei que ele olharia pra mim assim.Justo pra mim.

–Vem bruno, temos que conversar. Aline pegou em seu braço.

O loiro parou de me encarar e começou a seguir a vaca.

Como isso é possível?Como assim?

Senti meus olhos ficando embaçados, não era assim que idealizei esse dia.

Meus pés estavam colados no chão, não conseguia move-los, apenas sentia as cotoveladas das pessoas passando por mim, enquanto via o “casal” sumir no meio da multidão. Eu não vou chorar!Não vou chorar! Tentei controlar as lagrimas que queriam sair.

–Ta sozinha, linda? Senti alguém chegando ao meu lado e quando olhei vi que era o Manuel com um copo de bebida na mão.

Sem pensar direito peguei o copo e bebi o liquido que desceu rasgando pela minha garganta num gole só.

–Oh! Que isso?Vai com calma aí, gatinha. Balancei a cabeça negativamente, enquanto devolvia o copo.

–Eu quero mais. Senti minha cabeça rodar um pouco, mas não estava nem aí.

Nada me importava, estava me sentindo rebelde.

Os adolescentes não bebiam nas festas? Então era isso que eu ia fazer.

–Você tem certeza? Manoel perguntou inseguro.

–Eu vou buscar mais. Sai andando pela multidão, mas logo o senti atrás de mim.

–Eu vou com você.

Abri os olhos com dificuldade e encarei o teto branco. Onde estou?Virei meu rosto para o lado e visualizei uma foto sobre o crido mudo, onde aparecia eu e o bruno.

Estou em casa!Mas como cheguei aqui? Fiquei tentando organizar meus pensamentos, mas sem sucesso. Estava tudo em branco.

–Ate que em fim a bela adormecida acordou. Ouvi a voz e num pulo me pus sentada na cama.

Laura estava sentada na poltrona que ficava em frente a minha cama e me olhava com uma cara nada boa.

Senti minha cabeça rodar, meu estomago revirar e antes que pudesse levantar para ir ao banheiro, pus tudo para fora ali mesmo, ao lado da minha cama.

–Que merda, luna! Laura gritou, vindo ao meu encontro.

–Não grita com ela! Ouvi outra voz e percebi que tinha mais alguém no quarto.

Quando terminei o “serviço”, levantei a cabeça e vi a vick. Ela tinha um olhar preocupado.

–Você esta melhor? Perguntou calmamente.

–Estou... Eu acho. Minha cabeça agora latejava.

–Isso foi nojento! Laura falou, novamente alto demais para os meus ouvidos sensíveis.

–Não grita. Pedi colocando a mão sobre a cabeça.

–Eu não estou gritando! Ela gritou.

–Para com isso Laura, vai buscar alguma coisa pra gente limpar isso aqui. Vick olhava seria para Laura, que acabou obedecendo e saiu do quarto.

– O que vocês estão fazendo aqui? Perguntei, assim que vick e eu ficamos sozinhas.

–O que?Vai me dizer que não se lembra de nada?

–Não- Respondi sincera- Estou muito encrencada?

–Muito, muito mesmo.

Droga luna!

Logo Laura voltou com um balde e alguns produtos de limpeza.

Enquanto ela e vick limpavam o quarto, eu tentava me lembrar o que tinha acontecido,mas as lembranças eram vagas e sem nexo,nada se juntava.

–E então, você vai nos contar por que raios você chegou em casa as 5 da manha,com um completo estranho?

Laura perguntou sentando ao meu lado na cama, depois de terminar de limpar.

–O que?

Como assim?Eu não fiz isso!Não posso ter feito!

–Me contem o que aconteceu? Pedi, sentindo minha cabeça doer mais.

Vick respirou fundo e começou a contar.

–Ontem seu pai ligou pra gente já era umas 4 horas da manhã pra saber se tínhamos noticias suas e como não sabíamos de nada, viemos correndo pra cá. Você tinha sumido, não atendia ao telefone e o bruno também não. Já íamos ligar para a policia quando meu telefone tocou, era o seu numero, mas não era você do outro lado da linha, era um cara... Acho que o nome dele era... Manoel. Ele disse que estava com você e pediu o endereço pra te trazer para casa. Algumas horas depois ele chegou trazendo você nos braços.

Assim que ouvi os nomes “Bruno” e “Manoel” as lembranças foram me invadindo. Agora tudo esta claro.

FLASHBACK ON.

–Você já bebeu demais, não acha? Manoel tentou tirar o copo das minhas mãos, mas me esquivei.

–Não!Eu quero beber. Respondi com a voz boba.

–Cadê o bruno que não aparece?Manoel, agora não falava comigo, era mais com ele mesmo enquanto olhava por sobre a multidão.

–Esta comendo a vaca da namorada dele. Eu já te falei que ele me abandonou...

–Já falou sim, um milhão de vezes. Ele me interrompeu, parecendo irritado.

–Desculpa, não precisa ficar bravo. Falei, dando mais um gole na bebida.

–Tudo bem, eu não fico bravo, mas só se você parar de beber.

–Eu paro, mas só se você dançar comigo. Não sei de onde saiu essa luna que gosta de dançar, mas ela era muito animada.

–Dançar?Você não esta em condições de dançar, sua louquinha. Mal ele fechou a boca e começou a tocar “Rolling In The Deep” na versão eletrônica.

–Eu adoro essa musica!Vem dançar comigo. Peguei na mão do garoto e sai o puxando para o centro da multidão.

Comecei a dançar, movia minha cintura rebolando e Manoel apenas me olhava com uma expressão divertida.

–Não fica aí, vamos dançar. Encostei-me nele colocando suas mãos em minha cintura.

–O que você esta fazendo? Ele perguntou no meu ouvido.

–Estou me divertindo. E Sorri, feito uma boba.

Não sei o que estava acontecendo, mas tudo parecia extremamente engraçado para mim. Dançamos colados por um tempo, ate a musica acabar e começar outra.

Soltei-me dele e comecei a girar no meio da pista.

–Luna, não faça isso você...

Ele não teve tempo de terminar a frase. Logo meu estomago revirou e acabei vomitando ali mesmo.

Ouvi as pessoas reclamando, enquanto tentava me recuperar. Manoel logo chegou ao meu lado, me segurando antes que eu caísse.

–Vem, vamos sair daqui. Ele começou a me arrastar para fora da festa.

Foi abrindo espaço entre as pessoas, ate que conseguimos chegar à porta.

Assim que sai, senti o ar puro batendo no meu rosto e respirei fundo.

–Isso aqui é muito bom.

–É mesmo. Ele respondeu sem dar muita importância.

–Pra onde estamos indo?

–Para o meu carro.

–Não eu não quero ir. Fechei a cara e me esquivei dos seus braços, girei meu tronco tentando voltar para a casa.

Esse simples movimento fez minha cabeça rodar e quase cai novamente.

–Você vai vir comigo. Manoel pôs as mãos na minha cintura.

–Eu não quero... Por que você esta sendo tão mal comigo? Eu parecia uma criança birrenta.

Ele não me respondeu, apenas continuou me levando para o carro.

Assim que chegamos abriu a porta e me colocou dentro e depois entrou também.

–Esta melhor? Ele perguntou preocupado, acariciando meu rosto.

–Eu quero voltar pra festa!Esbravejei.

–Calma luna!

–Porque esta fazendo isso?Por que você não gosta de mim? Agora eu gritava e tinha lagrimas nos olhos.

Eu estava muito bipolar essa noite.

–Por que você esta chorando?

–Eu não estou chorando! Respondi aos soluços.

Manoel ficou um tempo me olhando e depois inesperadamente me abraçou.

–Vai ficar tudo bem.

Chorei por um tempo em seu ombro, ate que tudo ficou escuro.

FLASBACK OFF.

–Eu não acredito nisso! Laura esbravejava, andando de um lado para o outro no meu quarto.

Tinha acabado de contar o que tinha acontecido na noite anterior.

–É tudo culpa daquele animal!Do estúpido do seu namoradinho!Eu juro que vou fazer picadinho dele, ele que não apareça na minha frente...

–Não é culpa dele, ele não é meu namorado. Revelei.

–O que?Como não?E todos aqueles beijos na escola? Vick perguntou incrédula.

–Era tudo mentira, só pra Rosana deixa-lo em paz.

–Ele te usou!E depois te deixou sozinha numa festa, pra seguir que nem um cachorro aquela vaca da Aline!Eu disse que ele não prestava! Adivinha que disse isso?Ou melhor, quem gritou.

–Ele não me abandonou, nós só nos perdemos.

Mentira!Porque esta defendendo o bruno? Meu cérebro gritava comigo.

–Meu deus!Você esta apaixonada por ele! Laura de jogou na poltrona.

–É claro que ela é apaixonada por ele. Sempre foi. Vick acariciava meu cabelo enquanto falava.

–Mas ele é um idiota!Você viu o que ele fez?Que tipo de retardado faz isso?

–Nós não escolhemos por quem vamos nos apaixonar, ninguém manda no coração.

–Para de falar essas besteiras românticas, vick!

–Não são besteiras!

–São sim! As duas se encaravam e eu jurava que iriam sair no tapa ali mesmo.

–Meninas, por favor, não briguem. Pedi, fazendo minha cara do gato de botas.

–Não estamos brigando. Vick falou.

–É, estamos apenas conversando.

–Meninas, eu queria pedir uma coisa pra vocês.

–Pode falar o que você quer?

–Será que vocês podem me deixar sozinha?

–Tudo bem, nós vamos sair, mas se precisar de qualquer coisa é só ligar.

Vick me deu um beijo na testa e saiu.

–Liga mesmo. Laura como sempre, apenas acenou.

Com ela é assim, nada de muita melação.

Assim que elas saíram, voltei a fitar o teto e como se fosse uma tela de cinema, vi perfeitamente Bruno e a Aline juntos. Involuntariamente algumas lagrimas surgiram no meus olhos. E ali uma verdade me atingiu, uma verdade que eu teimava em não ver.

Eu estava irremediavelmente, apaixonada pelo meu melhor amigo.


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