In the flesh escrita por Mean, SheWolf, Paperback Writer


Capítulo 7
Vingança Francesa


Notas iniciais do capítulo

Oi oi gente, tudo certo? Comigo ta tudo ótimo depois da minha mudança(Tudo ótimo tirando a saudade dos meu amigos)... Mas enfim aqui está pra vocês mais um cap da Paperback Writer diva
Espero que gostem pq juro que eu gamei nesse cap...
Boa leitura ^^- Mean



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P.O.V Eleanor

Como boa parte do ano em Londres, chovia. E para combinar, o frio era intenso. Em poucas horas eu finalmente falaria com o tal francês.

Lewis Roux era seu nome. Já havia decorado a sua ficha. E como de praxe, ele teve várias amantes. Parecia o cara que te seduziria só pra ter mais um “troféu” na sua estante. Alias, que estante grande....

Mas, como eu não sou a Lola, se eu tentar seduzir alguém, vou parecer o coringa falando pro batman “E ai, rola um sentimento?”.

Mas o fato é, eu não preciso seduzir ninguém. Ele precisa me seduzir. E isso talvez será mais fácil. Eu só preciso atuar bem e não deixar a minha parte “Querido, eu vim te matar” aparecer.

–E ai, Els? – Nick entrou no quarto, parecia bem cansada. Pudera, ela não para de trabalhar.

–Parou de trabalhar?

–Hm... Não. – Ela sorriu – Só vim pegar alguns papeis. Lola disse que tinha alguns aqui.

– Pegue os do final da pilha da direita. Não das outras.

Nick franziu o cenho demonstrando dúvida, mas logo balançou a cabeça e pegou o papel da onde eu havia indicado.

–Lola volta quando? – Perguntei ainda deitada na cama.

–Logo... Ehn... Você acha que vai descobrir mais alguma coisa sobre a.... M-morte da Vic?

–Se eu não descobrir, meu nome não é Eleanor Waters. Nick, nós vamos com isso até o fim. Não vamos descansar até descobrir quem foi o filho duma rapariga.

Ela sorriu e passou a mão pelo cabelo loiro.

–Fome? – Perguntou

Apenas neguei com a cabeça, e ao vê-la sair do quarto, peguei meu celular para ver a hora e percebi que havia uma mensagem de um número desconhecido

Quer tomar um café? Ou está matando pessoas ocupada?

XXX Keith”

Olhei umas três vezes para a mensagem. Como o filho duma garota da vida (Com todo o respeito a mãe dele, era uma pessoa legal) sabia meu número? Ah, dane-se. Ele é uma pessoa estranha.

Eu responderia a mensagem... Se eu saísse viva da casa do francês. O que era praticamente certeza.

Tomei banho e logo depois me enrolei numa toalha, fui até o guarda-roupa e peguei uma roupa da Lola. Creio que ela não fosse se importar. Afinal, era uma questão... Nobre...?

Era um vestido preto dois dedos acima do joelho e com mangas compridas. O decote era um pouco maior do que eu normalmente me permitiria usar. Meia calça e sapatilhas faziam parte da minha roupa. E com muita dificuldade, me convenci a usar lentes de contato. Embora Faster me considere o tipo “Coruja”, minha visão era quase tão ruim quanto a de um morcego. Lentes de contado as vezes irritavam meus olhos. Agora é só rezar para que isso não acontecesse dessa vez.

Passei delineador, rímel e uma sombra preta nos olhos, para finalizar, batom vermelho-escuro.

Ouvi a porta sendo aberta provavelmente por Lola, guardei as maquiagens e penteei o cabelo. Já estava pronta para ir. Só tinha que pegar minha bolsa.

Não, querido leitor. Eu não vou levar um maldito revolver dessa vez. Eu sei matar com outras coisas, como vocês já devem saber.

Peguei minha bolsa (Já com as coisas que eu iria levar) e a coloquei no ombro.

–Você não vai chamar a atenção de ninguém com essa cara de velha viúva, Els. – Lola disse sorrindo

Arqueei as sobrancelhas e ri baixo

– O francês não faz meu tipo. É bonito demais! – Rimos e Lola revirou os olhos

–Okay. De seu show. Só não tenha uma mordida na coxa como eu.

– Eu definitivamente não quero saber como você conseguiu isso. – Comentei – Bom... Tchau pra vocês duas.

Ou os tchaus e fechei a porta logo atrás de mim, desci pelo elevador e chamei um taxi.

Ao entrar no veículo, senti um arrepio na coluna. Meus olhos ficaram fixos no cabelo branco do taxista. Logo o mesmo parou. Entreguei o dinheiro e ele me deu um cartão.

“Moriarty & Taxis” Li, logo depois coloquei na bolsa.

O pub/bar em questão que eu estava indo se chamava “Blue Boar”. Paredes escuras, música alta, barman ao fundo e uma pista de dança espaçosa. O que não faltavam eram garotas de programa penduradas nos canos de Poledance.

Depois de uma pequena vasculhada pelo local, achei o francês na pista de dança.

Merda. Eu não sei dançar.

Cachos loiros curtos, olhos azuis, alto, e não duvido nada de ter um corpo definido por trás do pano branco de sua camiseta. Ele então virou seu rosto para mim, talvez olhasse nos meus olhos. De qualquer maneira, sustentei o olhar com um sorriso nos lábios e vi que ele se aproximava.

–Sozinha? – Ele perguntou sorrindo. Maldito sotaque! Eu concordei com a cabeça. – Ótimo.

–Ah é? Porque?

PUTA QUE PARIU. Eu devo ter algum problema. Eu posso sempre ter uma estratégia, posso saber falar outras línguas, mas quando me passam uma cantada eu respondo isso. Alguém me dê um tapa na cara, por favor?

– Porque as outras garotas interessantes já estavam acompanhadas. – Ele sorriu.

Sorri. Estava sendo mais fácil do que eu imaginava.

Logo senti suas mãos em minha cintura. Fiquei tensa. Odiava quando faziam isso. Se acalme Eleanor... A causa é nobre.

–Pois bem, o que trouxe um homem feito como você para esse lugar?

–Não vou mentir. Foram as mulheres. Uma companheira para a vida toda...

Falso romântico

–É...? O senhor parece alguém que já fora casado.

Ele franziu o cenho. Sua idiota, ele vai desconfiar disso!

–Porque acha isso?

Porque eu li sua ficha, seu idiota.

–Palpite, senhor.

–Senhor não! Você. – Ele disse, me beijando com certa violência. Não havia outra coisa a ser feita a não ser retribuir.

–Eu ainda não sei o seu nome. – Sussurrei ofegante em seu ouvido.

–Lewis Roux. – Como eu já sabia. – E o seu?

–Carolyn Harrison. – Inventei.

–Carolyn? Nome bonito. – Comentou, voltando a me beijar e descaradamente colocando a mão na minha bunda e descendo até a coxa, puxando-a para sua cintura.

Controle-se Eleanor. Não bote ordem na casa...

Puxei a gola de sua camisa social para trás, como se fosse um “acidente”, fazendo-o me soltar e tossir

–Ah meu Deus! – Disse, me afastando como se tivesse me assustado – Foi sem querer!

–Tudo bem. – Ele pegou meu braço – Acho melhor terminarmos em casa, não?

Concordei. Ele me arrastou até o final o bar e me mostrou seu carro. Entramos e eu senti minha bolsa vibrar. Havia trazido meu celular.

–Quem é? Seu namorado? – Perguntou

–Não... – Era Keith. – Minha mãe... Se importa se eu responder?

–Agora você acabou com a chances de transarmos no carro. Mas tudo bem. – Sorriu

Querido, eu não vou te matar num carro. Seria desagradável até para mim

Abri a mensagem

Não precisava me deixar sem resposta, Eleanor. Eu sei que você visualizou, era só responder não.

Keith”

Que inferno Keith! Não precisa me deixar mais culpada do que eu já estou me sentindo!

–Se importa se eu colocar a música? – Ele perguntou.

–Claro que não.

Logo Wish you were here começou a tocar, Lewis pulou toda a introdução e o vocal começou.

Como ele sabia...? Essa música me fazia lembrar Victória. Como eu a desejava aqui! Todos os dias eu sentia uma parte da tristeza que eu ainda tinha martelando em minha cabeça, principalmente quando eu escutava essa música.

Roux não era nenhum idiota. Ele já sabia. Ele me reconheceu.

Parou o carro em frente a uma casa branca, a dele, e abriu sua porta. A minha não abria, comecei a entrar em desespero até ver que ele estava abrindo para mim. Puxou meu braço com delicadeza, fechou a porta e me prensou nela, voltando a selar seus lábios com os meus.

Fiquei imaginando Keith em seu apartamento, com aulas para dar e possivelmente irritado por eu não ter respondido.

Consciência pesada, como eu te odeio!

Lewis se distanciou e sussurrou em meu ouvido

Love me like there’s no tomorrow! – E não havia amanhã. Pelo menos para um de nós dois.

Sorri, mas o mesmo sumiu do meu rosto com o tapa “carinhoso” que ele deu em minha coxa. Ele não tem medo de morrer mesmo...

Abriu a porta de sua casa e me deixou passar primeiro. Agarrei sua gola e o puxei para dentro da casa, beijando-o

Ele desabotoou os botões da própria camisa mostrando seu corpo definido. Eu estava certa.

Pense rápido Eleanor... O homem quer te levar pra cama... O que você faz?

– Eu sou virgem. – Disse nervosa. Sinto muito, agir sobre pressão nem sempre dá certo comigo.

–É...? – Ele perguntou um pouco desanimado. Obrigada Deus!

–Sou. Hm... Mas... Você tem... Alguma bebida? Eu adoraria.

–Claro. – Ele concordou, indo até onde deveria ser a cozinha.

Corri para o quarto. Precisava de algo... Lençol! Claro!

Não tinha nenhuma corda lá e eu queria asfixiar meu querido francês de algum jeito.

–Fazendo o que? – Senti o seu corpo perto demais do meu, seu nariz pelo meu pescoço e um quase chupão.

–Arrumando isso aqui, está uma bagunça! – Ri

– Hm... Você ainda quer beber?

–Claro!

Ele depositou as duas taças e encheu com um liquido alaranjado. Terminei de tirar o lençol, deixando ao meu alcance.

Vi momentaneamente um frasquinho em suas mãos indo diretamente para a bebida. Ele iria me envenenar!

–Sabe Eleanor... – Ele começou a falar e eu gelei – Você é realmente uma garotinha muito interessante...

– Pena que não posso dizer o mesmo de você.

–Eleanor, Eleanor... Estava na cara que eu iria te reconhecer! A grande agente do Faster não desconfiou? Bobinha... Achei que soubesse que a vida é cheia de perigos...

–E eu sei.

–Não Waters, você não sabe! Você mal sabe o que te aguarda lá fora. Você jamais encontrará o assassino da Victória, sua vadiazinha!

Tateei minha bolsa atrás da minha faca, que felizmente eu trouxe, e fui em direção a ele.

–Eu não admito que você cite o nome da Victória!

–Você sai tão fácil do sério... Não é difícil acertar a mira da faca quando se tem raiva?

Ah, ele não vai me manipular... Não mesmo...

Senti meu rosto esquentar e involuntariamente cuspi em seu rosto. Dane-se o profissionalismo. Agora a situação era pessoal.

Senti suas mãos segurarem meu vestido e rasga-lo. Sinto muito, Lola.

O tecido negro desceu até meus pés e ficou lá. Eu estava seminua e sem reação.

–Uma pele descoberta é tão fácil de machucar, Waters... – Ele disse, arremessando uma taça em minha direção. Tentei me proteger, mas o vidro atingiu meu braço direito.

Minha reação foi soltar a faca. A minha bolsa estava na cama, e ele sabia que a minha ideia era pega-lá.

Fomos os dois ao mesmo tempo, mas ele foi mais rápido e me empurrou. Cai do lado do meu braço machucado. Gemi de dor, sentia lagrimas escorrendo pela minha bochecha e o sangue escorrendo junto

Mas a faca ainda estava comigo.

Levantei com dificuldade e com sérios problemas com a minha lente de contado mas ainda sim, fui atrás dele.

O loiro se virou para me dar um soco, mas eu finalmente fui mais rápida, passando a lamina por seu pulso. Ele recuou.

–Maldita! Sua vadia maldita! – Gritou

A faca estava no meio de seu tórax. Era só usar a força.

–Me diz agora. O que você sabe sobre o assassinato da Victória! Diz!

Mudei o ângulo da faca, um pouco abaixo do ombro, e pressionei a lamina sobre a pele dele. Gritou de dor e caiu no chão.

–Não vai dizer? Vai morrer de qualquer jeito! Mas eu ainda posso te fazer sofrer... – Pisei no seu machucado, ele gemeu.

–MOR.... M...

–Mor...? DIZ!

–MORIARTY! RACHE! – Ele gritou, apagando logo em seguida.

Infelizmente não usei o lençol. Uma pena mesmo...

Mas por precaução, chequei se realmente estava morto. Confirmado.

Fui até seu guarda-roupa e tirei de lá um sobretudo, vesti e peguei minha bolsa.

Assim que estava novamente pelas ruas de Londres, disquei o número de Keith. Acho que eu devia desculpas para alguém.

Alô? – Ouvi sua voz cansada do outro lado da linha

–Keith! Aqui é a Eleanor...

Ah... oi Els...

– Aceito tomar um café com você. –Sorri. – Mas preciso que você me busque antes...

Ótimo... Mas onde você tá?

Baker Street.

Não saia dai...

Não durma no volante – Rimos – Até.

Desliguei e mandei uma mensagem para as garotas

Alguém sabe algo sobre um tal de Moriarty? Foi tudo o que eu achei

Ah, sem contar que o francês gritou VINGANÇA em alemão...

XXX Eleanor”

O assassino da Vic estava longe de ser descoberto...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capítulo e eu aceito comentário então bora meu povo... Quero agradecer a odos que estão ledo e dando um chance pra nossa história pq estamos trabalhando nela com muito carinho e muita dedicação.

Até o próximo cap beeeijoos- IasminDuarte



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