Small Moments escrita por Becca


Capítulo 2
Jantar - capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Então, gente. Acho que esse saiu bem rapidinho, né. Mas vocês também bateram a meta hahaha :) eu pedi 3 e vcs deram 8



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I know that you are something special
To you I'd be always faithful
I want to be what you always needed
Then I hope you'll see the heart in me

Beautiful Soul, Jesse McCartney

Quando a comida chegou, ele, mesmo sabendo que ela não poderia beber nada que tivesse álcool na composição, ele chegou a encher uma das taças – a que seria dele. Ela protestou quando ele – quase – encheu a outra taça, alegando que não queria beber.

– O que vai beber, então? – ele perguntou, levando a taça de volta para a cozinha.

– Uh, não sei. Chá gelado, talvez. – ela murmurou – Isso. Veja se tem chá gelado na geladeira, Rick.

Ele assentiu, abrindo a geladeira e vendo que – graças a Deus – a comida se fazia presente ali, e dentro da data de validade. Avistou a garrafa de chá gelado – que tinha uma cor meio caramelada – e catou-a, buscando um copo no armário. Uma vez encontrado, o copo transparente foi preenchido com a bebida marrom. Guardou a garrafa e voltou para o sofá, onde ela já comia um rolinho primavera.

– Aqui, Kate – ele sussurrou, beijando o topo da cabeça dela.

– Obrigada – ela sorriu, mas sem mostrar os dentes. – Castle, eu acho que preciso te contar uma coisa.

Os músculos se retesaram e o rosto empalideceu. Agora era a hora, ela ia contar. Ela ia dizer que estava grávida e que eles iam ser pais, e que teriam um filho e... Ele parou de especular quando ela o cutucou.

– Castle! – ela chamou, mais alto do que pretendia.

– Oi! – ele gritou de volta, rindo. Após receber um tapa, se fez de ofendido – Poxa, doeu.

Ela riu, e voltou a mordiscar o rolinho primavera – que já estava quase no final, aliás. Quando o último pedaço do alimento entrou em sua boca, ela suspirou, buscando o copo e deixando que o chá gelado ajudasse a desatar o nó enorme – e a comida também – descesse pela garganta.

– Então – ele murmurou, antes de pôr um bocado de macarrão com legumes na boca –, o que queria me contar?

Fingido, ele pensou. Mas tudo bem, porque de qualquer forma, ela iria acabar contando, porque logo a barriga ficaria maior, e não teria como esconder. E, afinal, o teste estava com ele. Opa! O teste estava com ele! Ele podia mostrar a ela e pedir que explicasse.

– Eu... – ela começou – Castle, isso pode ser bem difícil. Então, se eu empacar, não tente me chamar de volta, ok?

Ele assentiu. Nunca havia visto a noiva empacando antes, e isso era quase impossível, mas se ela dizia, ok. Ela respirou fundo e olhou-o diretamente nos olhos. Os verdes estavam mais escuros, quase irreconhecíveis, e ele sabia que ela estava nervosa, porque as mãos tremiam e o copo batia nas unhas.

– Sabe aquele copo de vinho que tomamos todas as noites? – ela murmurou, ele assentiu – Então, eu não posso mais fazer aquilo.

– Ah, Kate! – ele fingiu indignação – Só porque você toma um copo de vinho todas as noites com o seu noivo – ele frisou a palavra noivo –, não significa que você seja alcoólatra.

– Não é por isso – ela murmurou.

Ele se fingiu de desentendido, porque queria que ela falasse com as três palavras. Vamos, Kate, não é tão difícil!, ele pensou. Kate respirou fundo e olhou-o nos olhos novamente, e ele percebeu que a cor já voltava ao normal.

Ela se aproximou dele e retirou a caixa da mão dele, colocando-a na mesa de centro, onde o resto da comida repousava – assim como o copo que ela tinha em mãos há alguns segundos. Depois, segurou-o pelos ombros, sacudiu-o de leve e pôs uma das mãos dele em sua barriga.

– Eu estou grávida, Rick. – opa, quatro palavras.

Castle levou algum tempo para mostrar reação, porque, o que ele diria? Ah, desculpe, eu já sei porque futuquei sua mesa antes de ir até a cena do crime. Isso seria uma boa frase se ele quisesse um buraco de bala no meio da testa.

– Kate, isso é... – ele não terminou.

Aproximou-se dela e beijou-a de leve. Ela sorriu durante o beijo, acariciando os cabelos dele. Logo, ele deitava-se por cima dela, já tomando cuidado com a criança que crescia dentro dela.

– Isso é maravilhoso – ele concluiu.

Mas, antes que pudesse falar alguma coisa, o objeto branco e cônico caiu do casaco dele, e ela notou, claro. Ela foi mais rápida que ele e pegou-o antes, vendo o que era. Suas emoções passaram de feliz e extasiada para raivosa e nervosa.

– Castle! – ela gritou – Você mexeu nas minhas coisas?

Ele se sentou, ajudando-a a sentar em seguida. O olhar de raiva dela suavizou, e ela continuou olhando para o teste. Hormônios?

– Eu mexi, mas – ele tentou explicar – só porque havia esta ligação, e quando eu fui anotar, não tinha papel e eu anotei numa folha avulsa, mas do mesmo jeito, eu abri sua gaveta pra procurar um bloco. Desculpa.

Ela sorriu, deixou o teste ao lado dos potes de comida e beijou-o suavemente. Os olhos dele continuaram abertos até que ela se atreveu a se sentar no colo dele para que lhe desse mais conforto.

Ele passou as mãos pelas costas dela, segurando-a pela espinha. O beijo se aprofundou, mas não muito. Logo, ela já estava recebendo a comida e o chá na boca. Deixe os mimos começarem, ela pensou, sorrindo – sem mostrar os dentes – enquanto mastigava.

Uma vez que ambos não aguentavam mais comida, ele levou a noiva até o quarto, onde a ajudou a retirar a roupa do dia, e, apesar de estar tentado a deixar aquilo tudo avançar, soube que, depois do caso do dia, donde havia um pequeno feto – talvez até do tamanho do seu bebê – jogado na rua, ainda ligado à mãe estraçalhada, ela não estava muito bem. Deixaria que dormisse e descansasse, desligando-se do pequeno feto.

Quando ela pôs o pequeno pijama de seda, ele a ajudou a se deitar e cobriu-a em seguida. Deu-lhe um beijo de boa noite e foi arrumar a bagunça que havia na sala, afinal, eles derrubavam alguma coisa dos pequenos hachis. E várias vezes seguidas.

O copo quase escorregou da sua mão, mas ele continuou segurando firme, até que chegasse na cozinha e jogasse as caixinhas de papel no lixo. Logo tudo foi feito e ele seguiu para o quarto dela, onde ela já dormia profundamente.

Lembrou-se que havia uma blusa de botões esquecida na casa dela e sorriu, porque não precisaria ir com aquela – que estava suja de molho teriyaki – no dia seguinte. Talvez até pudesse convencê-la de que seria melhor se ficassem apenas na papelada.

Retirou a blusa suja com cuidado, dobrando-a e colocando-a ao lado da cômoda. Fez o mesmo com as calças, mas colocou-a do outro lado, com o cinto sobre ela e com os sapatos ao lado. Sim, ele estaria dormindo com cueca e meias, e não se preocupava quanto aquilo.

Rastejou para debaixo do cobertor com ela e a abraçou, sentindo o calor do corpo dela penetrando em seus poros. Era bom ficar daquela forma – abraçados durante a noite, sem emitir qualquer som, só respirando juntos e estando abraçados.

E, não, ele não acreditou que, um dia, estaria fazendo aquilo. Admitindo que era melhor ficar abraçado com uma mulher do que fazendo certas coisas que normalmente eram feitas toda semana – e talvez, até todos os dias, dependendo da moça.

– Boa noite, Kate – ele sussurrou no ouvido dela, beijando a cabeça da noiva.

Acariciou o ventre dela, onde seu filho estava naquele momento. Suspirou, fechando os olhos e sussurrando mais baixo:

– Boa noite, filho.


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Notas finais do capítulo

Então, acho que alguns de vocês vão ficar tipo: "mimimi, mas pode ser uma menina" sim, pode, eu não disse que não pode. Na verdade, usei o masculino pra generalizar mais u.u
So, três reviews de novo. Não é pedir muito, né gente? HAHAHAH