Small Moments escrita por Becca


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Então, tive essa ideia hoje - e acho que foi mais adubada porque Castle é a melhor série de drama, desculpa haters, e a Stana (nossa shipper queen) é a melhor atriz de drama, haters gonna hate, mas enfim.
Depois de "daqui a algumas Ações de Graças, talvez teremos alguns Bennys nossos" ou alguma coisa assim, fiquei meio *O* então, adios, enjoy :3



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Assim que ela se sentou, o objeto branco saiu de seu casaco. Ela fitou o resultado por algum tempo, apenas esperando que aquilo se modificasse, mas quando não aconteceu nada, ela sorriu, e colocou o objeto na gaveta – o local onde ninguém ousara pôr as mãos.

- Beckett! – ele gritou – Temos um caso na quinta avenida. Você vem, ou vai esperar o Castle?

Ela fitou a escrivaninha e – principalmente – a gaveta. O sorriso desapareceu de seu rosto e ela pegou o casaco. Como Ryan preferiu ficar alguns dias com a esposa, Espo estava sem parceiro, e nem ela nem Castle se importavam de ficar com ele.

- Eu vou. – ela murmurou, saindo apressada ao lado dele.

Eles esperaram o elevador, mas como estava demorando demais – e como o suspeito que apreenderam na cena do crime parecia estar bem nervoso –, eles resolveram descer pelas escadas. Desceram em completa sincronia, conversando como há muito tempo não conversavam. Rindo e tagarelando até chegarem ao carro.

Mas, enquanto isso, o elevador já chegara ao piso, e quando ele pôs os pés próximo a mesa dela, o telefone começou a tocar. Ele se sentou na cadeira da noiva, pouco se importando que alguém o visse, afinal, todos já estavam por dentro do relacionamento dos dois.

- Polícia de Nova York, aqui é – ele pausou – o parceiro da detetive Beckett, como posso ajudá-lo?

A pessoa, completamente desesperada, começou a gritar e falar um endereço, então ele abriu a gaveta. Esperou enquanto a pessoa se acalmava e anotou numa folha avulsa. Quinta avenida, blá blá blá. Enquanto a menina começava a se acalmar, ele procurava um bloco na gaveta.

E foi quando ele viu. Quase cônico, branco e com os dizeres positivo e um + na telinha. Seu coração acelerou de imediato, e foi quando a realidade bateu sobre ele. Desligou o telefone rapidamente, ignorando a menina solenemente. Se era mesmo aquilo que ele estava vendo, ele teria que vê-la.

Catou a folhinha e observou o endereço. Ela, provavelmente, já estava lá. E foi quando Ryan apareceu, sorridente e com a camisa meio manchada. Castle resolveu não perguntar, apenas o puxou pelo braço.

- Preciso de uma carona, Ryan – ele pediu – Pelo amor de Deus.

O detetive não recuou. Deu meia-volta com o escritor e eles desceram pelas escadas juntos. Afinal, alguém precisava consertar aquele elevador. No estacionamento, Castle correu direto para o carro, abrindo a porta do carona – o que fez o alarme soar.

Ryan apertou o botão da chave, cessando com aquele barulho insistente. Quando deram partida, ele começou a sorrir, contando a Castle como era bom e como ele já devia ter se cansado de escutar aquilo, de como era bom, mas ruim ao mesmo tempo, ter um filho.

Mas, ele não estava no carro, totalmente. Sua cabeça estava em outro lugar. Nela, e também naquele objeto branco, que, agora, repousava no bolso de seu casaco. Escondido de todos. E ele já havia bolado um plano perfeito. Quando chegasse, pediria a Esposito para explicar as coisas ao Ryan e ele puxaria Kate para um canto, mostraria o teste e pediria explicações.

Não que ele imaginasse que ia conseguir ser tão duro. E, não, ele não conseguiria. Pois assim que Ryan parou o carro, ele pulou para fora, correndo até a cena – ou quase, porque alguns guardas o barraram.

- Beckett! – ele gritou – Espo!

Os dois detetives deram um sorriso para os policiais que o barraram, e logo a passagem lhe foi concedida. Kate caminhou até ele, retirando as luvas e sorrindo de leve.

- Achei que você não ia vir hoje – ela murmurou.

- Eu não ia, mas percebi uma coisa estranha – ele respondeu – Vem comigo.

E ela foi. Não pediu explicações, não pediu a ele que esperasse até que o corpo fosse levado ao necrotério nem nada. Apenas foi. Talvez, ele pensou, ela saiba do que eu estou falando. Talvez, ela queira que eu a mostre que eu sei.

Uma vez bem afastados de todos os policiais, ela continuou olhando para ele, séria. Castle fez o mesmo, e ela sorriu.

- Castle, por que me trouxe aqui? – ela perguntou, pondo as mãos na cintura.

- Eu – as palavras sumiram – não sei.

Ela sorriu, beijou-o de leve, voltando a caminhar para a cena. Como ele não conseguiu falar com ela sobre aquilo? Algo tão natural! Algo tão bonito, algo que possa mudar tudo. Mas, não. Não agora. Ele sabia que teria que esperar até que estivessem juntos, à noite, em casa. Bebendo alguma coisa que não contenha álcool, mas ele terá que oferecer, para que ela não desconfie.

E, sorrindo, ele foi caminhando até a cena. Deu de cara com um corpo completamente estraçalhado, sem rosto, sem dedos, só sangue e alguns membros. A bile subiu pela garganta, mas ele engoliu, sentindo a queimação e o gosto horrível.

Que bom que ela me beijou antes, ele pensou. Kate olhou para ele, com os olhos cheios de culpa, mas ele fingiu que não viu, e continuou olhando para o corpo, pensando numa piadinha ridícula para fazer sobre a vítima, mas não conseguiu.

- O quê, Castle? – brincou Espo.

- Sem piadinhas infames hoje? – retrucou Lanie, sorrindo para ele.

Ele sorriu, e deu língua para a legista, que riu e continuou futucando o corpo. Espo foi conversar com os outros dois detetives, e ele se ajoelhou para ver o que Lanie tanto futucava.

- Já sabe alguma coisa sobre essa pessoa? – perguntou ele.

Lanie levantou os olhos do corpo e olhou para ele. Assentiu, ainda meio tensa. Castle percebeu, e perguntou o quê.

- Bem, o nome dela é Allison Pullman, tinha trinta e cinco, e estava grávida, e é tudo o que posso dizer, por enquanto – ela murmurou, voltando ao corpo.

- Espere – ele interviu – Como sabe que ela estava grávida?

Lanie se levantou e caminhou até uma caçamba de lixo, apontando para a trilha de sangue que se seguia até lá, juntamente com um cordão – que saía do que restara da pobre Allison –, e, logo ao lado, um pequeno feto.

- Céus – ele murmurou.

A legista assentiu e voltou ao corpo. Castle olhou para Kate, que estava encostada numa parede, com os olhos fechados, respirando fundo várias e várias vezes. Ela parecia em paz, e ele não pôde deixar de notar quando ela juntou as mãos sobre a barriga.

- Castle? – chamou a legista.

- Sim? – ele respondeu, aproximando-se dela.

- Leve-a para casa – ela sussurrou – Acho que casos que envolvem fetos não ajudam muito no emocional dela.

Ele assentiu, sorrindo para a médica e caminhando até a noiva, que respirava com dificuldade. Rick tocou o ombro dela, que abriu os olhos rapidamente, tamanho foi seu susto. Os olhos dela estavam com as pupilas dilatadas, e ela o abraçou.

- Vamos para casa – ele murmurou, aspirando o perfume dos cabelos dela.

- Vamos – ela murmurou de volta, beijando-o no pescoço.

°°

Juntos, eles entraram no apartamento dela, e ele se certificou de que ela estava bem posicionada no sofá enquanto ele ia ao telefone pedir algo para comerem. E, enquanto tocava, ele se certificou de que o teste ainda estava em seu bolso. Queria que ela o dissesse da novidade, não queria confrontá-la.

- Sim, eu queria... – ele fez o pedido.

Ela jogou a cabeça numa almofada, pondo as mãos na barriga discretamente. Não sabia se estava preparada para aquilo, e, do mesmo jeito, pouco se importava, porque, depois daquele menininho, Benny – fazia tão pouco tempo, Deus! –, Castle a importunava para terem um bebê.

Mas, eis que, ela só não sabia como contar para ele.


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Notas finais do capítulo

Sim, é isso o que vocês estão pensando *O*, mas desculpem se eu fiz meio confuso, porque eu acho que ficou mesmo. Mas enfim, eu quis dar meio que a visão de cada um deles, mas explicando em terceira pessoa porque fica bem mais fácil.
Três reviews é pedir demais?



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