As horas passaram o dia ficava cada vez mais chato. Não conseguia tirar o Edward da cabeça. Ele era tão especial que se pelo menos me desse uma chance eu podia fazer-lo feliz.

— ROSALIE! ROSALIE! — me assustei com os gritos da minha mãe.

— Porque essa gritaria? — levantei-me da mesa rapidamente — Alguém morreu?

— Não filha — minha mãe revirou os olhos ironicamente —, seu pai esqueceu o almoço.

 — Isso é motivo para tantos berros? Posso levar até o trabalho dele, se a senhora desejar.

Minha mãe sorriu de uma forma estranha. Um sorriso tão estranho que juro que nunca a vi usando.

— Rosalie, coloque seu vestido branco de organza e desça para eu prender seu cabelo. — que estranho, para que eu vou usar-lo para ir ao banco? — Vamos, o almoço de seu pai vai esfriar.

— Já vou subir.

...

A ida até o banco foi um pouco demorada mais em fim havia chegado ao meu destino – Banco King.

A família King é a família real de Rochester. Royce King é dono do banco onde meu pai trabalha e de quase todos os negócios bem sucedidos da cidade. Meu pai contou há pouco tempo que seu filho, Royce King II irá assumir os negócios do pai.

Meu pai trabalha no banco King desde seus 19 anos. Não sei como agüentou, só sei que é muito tempo. Ele me diz que a vida não o deu oportunidades e por isso continua lá... Acho mentira dele. Todos têm oportunidades, temos apenas que encontrá-las, e ele nunca havia feito isso.

O banco era enorme e por onde eu passava os homens me olhavam inclusivo o Royce King II, que não parava de me observar. Parecia fazer comentários sobre mim para seus amigos e nesse momento passei a provocá-los.

— Rosalie filha. — meu pai falou como quem se gaba — Com essa sua beleza você encontrará um marido rápido.

— Pai! Eu não estou à procura de marido. — o Royce não parava de nos olhar. Ele era tão lindo. Como um príncipe. O cabelo dele era mais claro que o meu, e olhos azuis eram clarinhos, como o céu em um dia de outono.

— Soube que a filha do George está aqui! — August, amigo do papai veio me cumprimentar.

— Oi. — foi à única palavra que consegui dizer. Ele me olhava como se eu fosse... Uma água no deserto.

August era muito conhecido por levar moças para casa. A mulher havia o abandonado faz pouco tempo, e desde então, pegam ele com meninas novas. Tenho medo dele.

— Soube que foi seu aniversario ontem, parabéns. ­— enquanto o August falava, eu olhava para traz discretamente. O Royce e os outros não paravam de me olhar e isso me fazia ficar mais motivada a continuar chamando atenção deles.

— É, foi. — eu balancei a cabeça.

August ficou falando com meu pai e discretamente eu observava o Royce... Tão lindo naquela mesa. Ele era o garoto mais cobiçado da cidade e a moça que casasse com ele viveria num conto de fadas. Vera gostava dele quando éramos crianças. Tenho saudades daquele tempo em que passávamos horas brincando sem se preocupar com o dia seguinte. Eram tardes maravilhosas.