A festa havia chegado ao final e aos poucos os convidados se foram. Carlisle foi a uma emergência e Esme o acompanhou, forçando Edward a ficar na festa. Muito estranho. Porque o Edward ficaria na minha festa sozinho se ele me odeia? Isso é totalmente sem lógica.

—Rosalie filha, — minha mãe interrompeu minha linha de raciocínio— o Edward está de saída. Leve-o até o portão.

—Tudo bem mãe. — eu disfarcei a voz — Mais ele sabe muito bem ir sozinho.

—Filha não seja mal educada. — ela sussurrou em meu ouvido e se retirou.

Eu acompanhei o Edward até o portão. Os dois caminhando lentamente sem se dirigir uma palavra. Não sei o que me aconteceu naquele instante, de repente não consegui ficar em silencio. A curiosidade tomava conta de mim. Eu necessitava perguntar o motivo dele ser tão... Quieto.

—Posso te fazer uma pergunta?

Edward ficou nervoso, como se já soubesse o que eu iria perguntar. Os seus olhos estavam escurecendo, o que era estranho porque juro que estavam castanho-dourados quando ele veio me cumprimentar.

— Rose, é... — ele franziu o cenho — Acho melhor eu ir. Esme está me esperando e ela pode se chatear se eu chegar tarde.

— Então está bem. Conversamos outro dia.

— Até mais Rosálie.

Eu andei para mais perto dele.

— Boa noite. — e então encostei meus lábios nos dele. Ele era gelado e seu cheiro é tão diferente que me fez delirar.

Edward se afastou de mim rapidamente me fuzilando com olhares. Senti-me muito mal, ele é o primeiro que me rejeita.

— Com licença. — Edward falou com grosseria e mesmo assim seu tom de voz era educado. Eu percebi que daqui pra frente era apenas assim que ele iria me tratar.

— ME PERDOE. — gritei, mas apenas o vento me respondeu. O Edward já havia sumido pela floresta.

A caminhada de volta para casa pareceu-me um percurso grande. Andei lentamente pensando no crime que havia cometido. Essa rejeição que me aconteceu só fez crescer mais o sentimento que sinto por ele. Com certeza Edward não merecia o meu amor e eu não sabia como evitar-lo.

— Rose, está frio. Entre. — meu irmão Peter gritou pela janela.

Olhei para a chuva começando a cair e deixei escapar uma lagrima. Decidi que de agora em diante eu não vou mais gostar do Edward. Ele para mim está morto.

— Rose, entre logo. — Peter continuou gritando.

— Peter se você gritar mais uma vez, eu juro que cometo homicídio. Vai dormir menino. — Eu falei ameaçando jogar uma pedra nele.

— Vou mesmo, não sei por que me preocupo com você. — Ele fez careta e finalmente me deixou quieta.

 Continuei andando, dessa vez em direção ao jardim. Não vou para casa. Vou passar a noite aqui. Talvez eu acorde desse pesadelo.