Crawling escrita por Angel


Capítulo 2
Capitulo 01 - Free Fallin'


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde leitores, estão todos bem?
Por mais que tenham tido apenas três comentários, houve 75 visualizações e 1 favorito, então, isso me animou para postar esse capitulo.
Sem mais delongas espero que gostem ;)

Boa leitura,
A.



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Capitulo 01 – Free Fallin’

POV Bella

Anos atrás, eu nunca poderia imaginar que as histórias de dormir que minha mãe me contava poderiam ser verdade. A branca de neve, os três porquinhos, o lobo mal... Todas essas histórias, para a maioria das pessoas, são simples contos que passaram por gerações, modificações e, em algumas, contos para educar seus filhos.

E, quando crescemos, percebemos que tudo não passava de contos de fadas, história da carochinha, mas, como sempre, para mim tende a ser diferente.

Excluindo apenas o fato do meu desastroso primeiro e ultimo namoro com um vampiro vegetariano, que brilha ao invés de queimar no sol, tudo o que aconteceu na minha vida pode ser considerado um conto de fadas macabro.

No dia que eu conheci os irmãos Winchester, eu descobri coisas sobre a família de meu pai que eu nunca poderia imaginar.

Todos os homens da família Swan eram caçadores. Mas não caçadores de animais ou feras, e sim de demônios e seres sobrenaturais. Obviamente, demorou cerca de duas semanas para que eu pudesse acreditar em tudo o que eles diziam, com a ajuda dos diários de meu pai.

Desde então, eles me convenceram a viajar com eles, caçando essas coisas que eles costumam. Aprendi muitas coisas com eles, como lutas, por exemplo, artimanhas e como me passar por Agente do FBI. Essa é a parte que eu mais adoro.

Mas, independente de tudo, descobri sobre a vida deles. De um jeito, me liguei a eles, não pela sua família ou pela história, mas como eles reagiam com tudo aquilo, caçando cada vez mais, lutando contra, literalmente, a morte, deuses do inferno e tudo mais para que o mundo continuasse a salvo do Apocalipse.

Com o passar do tempo, descobri que a morte de meu pai foi o resultado de um pacto feito com um demônio, que, em si, era que todas as criaturas que ele tivesse contato ou que estivesse em suas mentes seriam apagadas. Resumindo, ele sairia do mundo das caçadas.

Mas, como em todos os pactos, o demônio queria algo em troca. 18 anos havia sido o preço daquele acordo. E foi isso que havia acontecido naquele brutal ‘assalto’. Isso havia explicado um pouco o porquê de terem demorado tanto para que tivessem certeza que fosse meu pai já que, quando os cães do inferno buscam seus ‘presentes’, eles, literalmente, dissecam o corpo, deixando irreconhecível.

Em questão aos Cullens, eu aprendi com o tempo a esquecê-los. Não poderia passar minha vida inteira lamentando por um namoro que não havia dado certo. A única parte irônica nesta história é que, depois de um ano, descobri que ele havia ido embora para me proteger do mundo sobrenatural. Quem me dera que apenas o fato de que a pessoa que eu amava saísse da minha vida, mudasse alguma coisa.

E como descobri isso? Em uma das minhas viagens ao Alasca, onde encontrei Alice e Rosalie em um dos shoppings de uma pequena cidade. Elas tentaram me convencer a conversar com toda a família, mas recusei gentilmente e pedi para que não contassem que me viram.

Eu acho que elas fizeram isso mesmo, já que ninguém havia vindo atrás de mim desde então.

Agora, estávamos indo para Chicago, em um caso de uma bruxa que gosta de corações de crianças desafortunadas. Como sempre, eu ia no banco da frente, junto com Dean no volante, enquanto Sam ficava no banco de trás mexendo em seus aparelhos em busca de algo sobre o caso.

Além deste caso, estamos atrás do pai dos meninos, John, que está desaparecido há muito tempo. Eles o procuram faz quase dois anos, as únicas pistas que eles tiveram foram descartadas por serem de casos antigos ou espíritos. Mas, nesta cidade, há uma chance de que ele esteja aqui, se Deus quiser.

– Bella? – chamou-me Sam.

– O que foi? – perguntei me virando para trás.

– Estou te chamando à horas, no que está pensando tanto?

– Em nada, o que quer?

(N/A: em toda a Fanfic, terá casos, e nesses casos, a maioria será de minha imaginação ou de ralas pesquisas, então, se algo não condiz com a ‘realidade’, desculpem-me, mas eu quem as criei.)

– Achei em um desses sites de pesquisas que, em determinadas épocas de suas vidas, uma bruxa tende a caçar e capturar crianças, arrancando seus corações para um sacrifício a um altar, em um lugar sagrado, para que possa ser jovial e, em casos extremos, ter a juventude eterna.

– E qual é o nosso caso?

– Apenas para que possa vir a ser jovial. – suspirou. – Mas não é fácil de matar, já que bruxas que fazem esse tido de ritual são as mais poderosas, e só podem ser mortas quando estão mais fracas, ou seja, quando estão praticando o ritual.

– Então temos que esperar que ela mate todas as crianças para que possamos mata-la? – falou Dean se intrometendo.

– Tecnicamente, sim. – falou Sam. – Mas temos que achar logo esse local, já que ela só pode ser feita na Lua Crescente e ela estará nessa fase daqui a dois dias.

**

Paramos em um hotel de estrada e ficamos em apenas um quarto com duas camas de solteiro. Era sempre assim, revezávamos nas vezes para quem ficasse dormindo no sofá e hoje seria meu dia.

Tomei um banho rápido e quente, colocando uma legging, uma regata cinza e nada nos pés, já que o calor de Chicago estava nas alturas.

Peguei dois travesseiros e uma manta e joguei por cima do pequeno sofá, improvisando uma cama não tanto confortável. Sentei e peguei um livro em minha bolsa, abrindo na página marcada.

Ouvi a porta sendo aberta e algo sendo jogado em cima da mesa. Dean sentou na cadeira e abriu um dos pacotes que ele havia colocado em cima da mesa e percebi ser vários sanduiches enormes.

Ele comia rapidamente enquanto tomava seu refrigerante. Aquilo estava sendo nojento de se ver, já que ele comia de seu jeito de sempre. Me levantei, deixando meu livro de lado, e peguei um daqueles sacos, vendo que tinha dois hambúrgueres.

Sentei novamente no sofá e comecei a comer. Eu apenas havia almoçado e já eram quase dez horas da noite.

Depois de comermos, fomos dormir, pois amanhã iríamos vasculhar a cidade a procura do local sagrado para o ritual. Será um longo dia.

**

Nos separamos e comecei a procurar por possíveis locais, sendo igrejas, cemitérios ou locais antigos, mas não havia nada que desse alguma pista que a bruxa poderia estar ali.

Entrei numa velha igreja gótica que havia sido fechada há tempos. Arrombei o cadeado e quebrei algumas madeiras, me esgueirando entre elas e entrando. Vários lençóis cobriam o que deveriam ser os bancos de madeira. Havia vários desenhos nos tetos, mas a maioria deles estava descascados por conta do tempo. Havia também várias pinturas inteiras, retratando fatos histórias que agora eram esquecidos.

No altar, ainda havia algumas taças de prata, com algumas velas usadas e um livro grosso. Subi até lá e percebi que o livro estava em latim, e, em sua tradução, havia invocações de todos os tipos de demônios.

Olhei para o chão a procura de algum pentagrama, e havia vários envoltos do altar, tanto abaixo das escadas quanto atrás de mim. Fechei o livro e peguei alguns artefatos ao redor e coloquei na minha bolsa, indo para a saída.

Quando cheguei no ultimo banco, um demônio apareceu na minha frente, interrompendo a minha passagem.

– Sabia que é muito feio roubar as coisas das outras pessoas? – falou em um tom de reprovação.

– Eu não estou roubando, estou pegando emprestado. – falei dando meu sorriso irônico.

– Sabe, não tem tanto problema você pegar essas coisas velhas, já está tudo feito. – disse andando ao redor de mim. – Mas bem que você podia transmitir um recado para os Winchester, não podia?

– Como sabe?

– Sinto o cheiro deles impregnado em você. – disse chegando mais perto de mim. – Diga a eles que John mandou lembranças.

Senti uma pancada forte atrás do meu pescoço e logo caí ao chão, inconsciente.

**

– Droga, demoramos a noite inteira para lhe achar. – ralhou Dean. – E não conseguimos achar o tal local sagrado.

– Olha, vocês me acharam, não é? E, além de eu ter desmaiado, eu descobri alguma coisa.

– O quê? – perguntou Sam.

– Encontrei alguns artefatos e um livro com invocações demoníacas. – suspirei. – Quando estava saindo com essas coisas, um demônio apareceu e me disse para passar um recado para vocês.

– Qual? – perguntou Dean interessado.

– Que John havia mandado lembranças. – falei apreensiva.

Os dois ficaram quietos por um longo tempo olhando para mim. Sam se encostou na cadeira e respirou fundo.

– Ele disse o nome?

Ela disse. Eu ouvi alguma coisa enquanto caia sobre ela se chamar Meg.

– Vou ligar para o Bobby se ele sabe alguma coisa sobre ela. – disse Dean pegando seu celular. – Você tem certeza que ela não falou mais anda?

– Disse que já era tarde demais, que tudo já havia sido feito.

Peguei a minha bolsa ao meu lado a abrindo, vendo que as coisas ainda continuavam ali. Tirei o livro e os artefatos e coloquei em cima da mesa e Sam já começou a investigar.

Achamos alguns símbolos normais e alguns que nem Sam ou nem eu conhecíamos, então ficamos a noite procurando alguma coisa em livros e em sites. Dean continuava a falar com Bobby, por mais que não estivessem conseguindo nada.

Depois de um tempo, os dois foram deitar enquanto eu continuava a pesquisar. Já se passavam das duas e meia da manhã e eu não havia conseguido nada. Não havia símbolos parecidos com aqueles, parecia que eles simplesmente haviam sido criados na hora.

Desisti e joguei tudo em qualquer lugar, pegando a chave do quarto e indo para fora.

Desde que sai de Forks, fiquei com o péssimo hábito de fumar. Mas eu não era aquela fumante compulsiva, mas fumava apenas cinco cigarros por semana, e forçados.

Mas, nessa hora, meus músculos estavam tão tensos que apenas um banho não iria resolver, então me encostei no capo do carro e traguei um cigarro, sentimento o prazer e o relaxamento que aquilo me trazia.

Fiquei ali até terminar de tragar, mas paralisei quando senti o cheiro de enxofre. Olhei ao meu redor e percebi que não havia ninguém ali. Andei em direção a floresta, vendo que o cheiro estava mais forte ali.

Andei por algum tempo mata adentro, então percebi algumas fumaças e algumas labaredas de fogo um pouco mais a frente, então me escondi atrás de alguns arbustos e observei o local.

Havia várias mulheres ao redor da fogueira, todas desconhecidas, mas havia um pequeno altar onde Meg se encontrava, proferindo algumas palavras em latim. Vi que as outras mulheres formaram um circulo em volta de um corpo inerte, que estava perto das chamas.

As mulheres se levantaram e começaram a falar junto com Meg, fazendo um coro perfeito. Elas começaram a andar para os lados, dando espaço para que eu pudesse ver quem estava entre elas.

Arregalei os olhos quando vi o rosto pálido de John entre elas. Olhei ao meu redor e me lembrei de que sempre trazia comigo uma faca e era própria para matar demônios. Como Meg parecia ser o centro do ‘poder’, me esgueirei até as arvores atrás de si e pulei em seu pescoço, cortando seu pescoço. Seu corpo caiu ao meu lado, inerte.

Tudo ficou silencioso, então olhei para frente e vi que todas as mulheres haviam caído ao chão, como se estivessem mortas. Peguei o celular no meu bolso e liguei para Dean, que demorou a atender, e avisei onde estava e com quem estava.

Me certifiquei que aquelas mulheres não seriam um problema e fui em direção a John. Coloquei dois dedos em sua jugular e percebi que ela estava pulsando.

**

Depois que os meninos chegaram, eles me ajudaram a levar John até o quarto e cuidamos dele. Depois de algumas horas, ele despertou confuso. Como eu estava perto dele, ele tecnicamente pegou a faca que estava em cima da cômoda e me jogou no chão, quase cortando minha jugular.

Como os meninos haviam ido para a lanchonete, eu tive que convence-lo que eu era Isabella Swan, filha de Charlie, mas algo que demorou muito, já que ele estava desconfiado de cada palavra que eu dissesse.

Quando os meninos chegaram, John acreditou e me pediu desculpas, envergonhado.

Depois que eles saciaram a fome e a saudade, fomos atrás da bruxa. John nos ajudou um pouco, mas quem acabou achando o bendito lugar foi Dean. Esperamos dar o horário e atacamos a bruxa assim que ela proferiu as primeiras palavras.

Incendiamos o local e fomos em direção à estrada, indo para a casa de Bobby.

O carro, pela primeira vez, estava animado. Dean havia colocado suas musicas no ultimo volume e conversava com John, que estava no banco da frente. Sam e eu conversávamos sobre banalidades, fazendo brincadeiras um com o outro.

Dean pegou um atalho em uma estrada de chão perto de um lado. Se estivéssemos passando de dia, a vista poderia ser linda, mas apenas o efeito da lua sobre as águas já dava a imensidão da beleza.

Um silencio se instalou no carro. Dean havia abaixado o volume da musica e se concentrava apenas na estrada a sua frente, enquanto os outros faziam o mesmo que eu, aproveitava a vista.

Ouvi uma forte freada a nossa frente, mas não importei em virar para poder ver. Logo depois veio o barulho de um caminhão acelerando e, quando olhei para o lado, apenas consegui ver dois enormes faróis vindos em nossa direção.


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Notas finais do capítulo

Não se esqueçam de comentar gatitos ;)



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