Crawling escrita por Angel


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Seja bem vindo a mais uma Fanfic :3

Espero que gostem da maneira que eu escrevo, o enredo e que se simpatizem comigo, pois espero fazer o mesmo com vocês.
Recebo qualquer crítica, opinião ou sugestão, mas tende a ser educados como serei com vocês.

Já tenho dois capitulos prontos, contando com esse, então, se comentarem, irei postar o próximo hoje mesmo :) E, além disso, sou movida à reviews, então, se não tiver um numero significativo de comentários, não terá capitulo ;)

Tenham uma boa leitura,
A.



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Prólogo

A chuva caia silenciosamente no teto do carro. O vidro estava totalmente embaçado, impossibilitando que eu pudesse ver com clareza o que se passava atrás dele.

Respirei fundo. O ar gélido e vazio passou pelos meus pulmões. Forks. Uma cidade que há tempos não vinha e que há tempos me era esquecida. Até agora.

As mesmas memórias, as mesmas dores estavam voltando como um tornado, bagunçando tudo e destruindo. Novamente eu havia perdido alguém que eu amava, mas não era uma simples pessoa, e sim, meu pai.

Morto por um ataque brutal em sua casa; um assalto, como falaram os legistas. “Um tenebroso e brutal assalto que resultou na morte do chefe de delegacia.’’. O fato passava em todos os jornais da região, advertindo todos que deixavam suas janelas abertas durante a noite, filhos nas ruas ou saideiras rotineiras.

Cada palavra que era proferida era como uma facada em meu peito. Eu não sabia se poderia aguentar mais uma perda, mais dores e mais sofrimento. Como alguém pode sofrer tanto? Era como se Deus estivesse brincando com meus sentimentos, fazendo com que eu conseguisse ser feliz novamente e me trazer mais essa tragédia depois.

Respirei fundo novamente, me controlando para o estaria por vir.

Abri a porta do carro lentamente, saindo de dentro dele, sem me importar com a fina chuva que começou a molhar meu corpo translucido. Todos ali estavam trajados com roupas típicas para o momento. Vestidos, casacos, camisas e chapéus pretos, olhos tristes, narizes vermelhos e as mesmas palavras de ‘conforto’.

Todos me olhavam com pena. A filha do chefe Swan, novamente sendo o centro de atrações por conta de sua vida dramática.

A chuva já havia encharcado meu corpo, fazendo com que algumas mechas de meus cabelos ficassem presas em meu rosto, mas não me importei. Nada me importava agora.

Senti braços quentes me rodeando. Olhei para cima e vi os familiares olhos negros, a pele morena e os cabelos negros bagunçados. Só que desta vez, não havia meu sorriso.

Afundei meu rosto na curvatura de seu pescoço, liberando algumas lágrimas dolorosas, que logo encharcaram sua camiseta ainda mais.

- Eu sinto muito Bells. – sussurrou em meu ouvido. – Queria poder mudar tudo isso.

Continuamos assim por algum tempo, até que o Padre da pequena capela chamaram todos para que a cerimônia começasse.

Todos se sentaram diante ao altar, que jazia a caixa de madeira fechada onde se encontrava o corpo de meu pai. O padre logo se posicionou em seu local rotineiro e começou a proferir as palavras de costume.

Eu não conseguia ouvir absolutamente nada, não conseguia nem mesmo sentir os braços calorosos ao redor de meus ombros, não conseguia sentir nem mesmo meu corpo.

Toda a minha visão estava embaçada por conta das lágrimas que escorriam incansavelmente em meu rosto. Soluços fracos começaram a aparecer em meu peito. Aquilo estava me agonizando.

O Padre continuou a falar por mais alguns minutos, então benzeu o caixão e a todos nós, tomando o inicio da procissão até o tumulo de meu pai.

Eu ia à frente, como de costume, junto com minha mãe, que havia chegado a pouco tempo. Ao meu lado também estava Jacob, que estava segurando uma rosa branca, Billy e Sue, que traziam alguns objetos e algumas rosas brancas. Atrás de nós haviam colegas de trabalho do meu pai, antigos amigos da minha mãe e alguns amigos meus e cidadãos da cidade.

Outros amigos de Charlie levavam seu caixão. Todos estavam cochichando ou passando o lenço em seus olhos. Outros, simplesmente andavam, sem se importar com o que estava acontecendo.

A caminhada era lenta, rezávamos várias orações até que o Padre parou na cova já cavada há sua frente, onde havia coroas de flores e a lápide escrita seu nome.

Todos se espalharam ao redor do caixão que já havia sido colocado no mecanismo que o levaria para baixo. Todos colocaram suas rosas e objetos simbólicos em cima do caixão, sussurrando algumas palavras e voltando ao seu lugar.

A única que restou fui eu. Não sabia o que fazer, não sabia se eu deveria apenas colocar a rosa ali e sair ou se falaria alguma coisa. Mas, falaria o quê? Eu tenho tantas coisas para falar, tantas desculpas, tantas que ficaria horas ali, falando.

Respirei fundo e dei um passo para frente, seguindo de vários até a cova. Com a mão tremula, coloquei a rosa em cima das outras. Pensei em alguma coisa, mas nada vinha a minha cabeça.

Olhei ao meu redor e percebi que todos estavam olhando para mim. Voltei o meu olhar para as flores e fechei meus olhos.

- Sinto muito, sentirei sua falta. – sussurrei.

**

Todos já haviam se despedido e entravam em seus carros, indo para casa. Eu estava sentada em um banco velho que dava em direção à floresta. Soprava um vento gelado e a chuva já havia parado, dando um ar de melancolia a tudo ou era simplesmente minha cabeça.

Eu não tinha ideia de que horas eram, mas o céu já começava a ficar em tons alaranjados, deixando que pequenos feixes de céu azul se mostrassem, deixando a paisagem linda. As arvores ao meu redor balançavam fortemente, fazendo com que suas folhas verdes e marrons caíssem ao chão, fazendo um pequeno tapete na terra.

- Bella. – ouvi alguém me chamar atrás de mim.

Me virei e vi Billy um pouco atrás de mim, junto com Jacob e dois homens que eu não conhecia.

Levantei devagar e andei em direção à eles, me sentindo incomodada com os olhares que os dois estranhos dirigiam à mim.

- Olá Billy. – falei me agachando à sua altura, dando-lhe um abraço caloroso.

- Olá Bells, sinto muito pelo que aconteceu.

- É, eu também sinto. – falei dando um sorriso fraco. – E quem são vocês? – perguntei me dirigindo aos dois homens parados atrás de mim.

- Somos Dean e Sam Winchester, somos antigos amigos de seu pai. – falou o homem moreno, vindo em minha direção, apertando minhas mãos.

- Ele nunca falou de vocês. – comentei confusa.

- Porque, na verdade, nosso pai era o antigo amigo de Charlie, nós apenas conversávamos com você. – disse o garoto loiro, Sam.

- Também não lembro de vocês, era raro que eu fosse na casa do meu pai quando criança.

- É explicável. Não quer tomar algum café conosco para podermos explicar o que aconteceu?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado deste capitulo :D

Não se esqueçam de comentar,
A.



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