CAPÍTULO 6 - ACAMPAMENTO E LUZ DAS ESTRELAS

(...)

–-- Agora é o fim: acabei de perder uma noite dormindo em minha casa com Rose e Alice e, de quebra, minha primeira ída a um parque com...- levantei as mãos, exasperada enquanto voltávamos para o carro.

–-- Parque? Com quem? - Emmett perguntou, todo sorrisos por conta do nosso pacto feito há algum tempo. Fiquei rubra, fechando os olhos em repreensão por ter falado demais.

–-- E-eu disse parque? - ganhei tempo enquanto pensava em uma desculpa.

–-- Aham - Jasper disse enquanto ainda tinha meu braço em seu ombro enquanto andávamos de volta pro carro.

–-- Não, eu disse… pamonha! - falei a primeira coisa que me veio a mente.

–-- Você nunca comeu pamonha? - Emmett riu.

–-- Não comeu e nem foi comida - Jasper disse, fazendo ele e o palhaço gigante atrás de nós rir escandalosamente.

Não respondi, já tive sorte o suficiente para eles terem esquecido da minha burrice.

Logo estávamos na frente dos faróis do carro na estrada. Demos de cara com uma Rosalie e uma Alice rindo, enquanto Edward bufava de braços cruzados. Os meninos ainda riam, mas assim que pisei na estrada empurrei Jasper com toda a minha força, fazendo ele cambalear e cair em cima de Emmett.

–-- O que aconteceu com a feminilidade? - Jasper me perguntou, bravo e vermelho por ter caído na frente de Alice.

–-- Desapareceu com a sua educação - bufei, limpando minhas mãos fazendo Alice rir.

–-- Gente, já está de noite. Acho melhor seguirmos estrada - Emmett tentou soar responsável e Rose levantou os olhos pra ele.

Fui em direção ao carro, me sentando no fundo.

–-- Espera aí, cadê o bode? - Edward perguntou e todos olharam pros lados, procurando o animal desgraçado.

–-- Não estava aqui com vocês? - perguntei.

–-- Achei que ele tinha seguido o Emmett - Rosalie disse.

–-- Eu estou de boa, ainda bem que aquela fera selvagem se mandou pra sempre - Alice cruzou os braços na frente do peito e passou andando na frente de Jasper, deixando-o literalmente babando.

–-- Pra sempre? - Emmett desmanchou a pose forçada de responsável e começou a chorar novamente, batendo no teto do carro.

–-- Lá vamos nós denovo - Jasper revirou os olhos.

–-- Alice, fala com ele - Edward pediu entredentes, irritado com a situação.

–-- O que eu tenho que falar? Não queria mesmo que aquele curico desdentado ficasse no mesmo carro que eu - ela e Rosalie andaram pra perto de mim enquanto os meninos tentavam consolar meu irmão.

–-- Com toda essa confusão, acabamos não dormindo na minha casa - sorri amarelo, mudando de assunto. Rose ergueu os cantos da boca em um sorriso e acariciou meus cabelos presos.

–-- Não esquenta, linda. Assim que voltarmos teremos todo o tempo do mundo para dormir na sua casa.

–-- E todas as roupas do mundo também - Alice sorriu e todas nós riram.

–-- Meninas, obrigada. De verdade - falei com sinceridade e elas me abraçaram de ambos os lados.

–-- Espera só essa sua perna melhorar que vamos a uma boate de verdade - Alice piscou.

–-- Gente, vamos precisar organizar uma equipe de buscas pra caçar o bode - Jasper apareceu do nosso lado revirando os olhos.

–-- Ta falando sério? - Alice disse, mal humorada.

–-- Infelizmente - Jasper fingiu estar bravo, mas só eu pude ver o joinha em seus dedos perto do quadril.

–-- Vamos lá, Rosalie, eu e você iremos para aquele lado - Emmett apontou para a esquerda - e Jasper e Alice para aquele - apontou para a direita - Edward você vai ficar aqui e montar as barracas e acender a lareira, e também cuidar da Bella - apontou com a cabeça pra mim e nossos olhares se encontraram por um segundo - sem abusar, hein? - Emmett continuou, ríspido.

–-- E quem disse que eu vou sair nesse mato escuro sozinha? - Alice cruzou os braços e Jasper murchou, se encolhendo - não Jazz, eu não quis dizer isso... Eu só…

Sorri um pouco quando ela o chamou de “Jazz”.

–-- Tudo bem, eu vou com você.

–-- Rosalie, não vai dizer nada? - perguntei, já que ela era a que mais se queixou durante o caminho.

–-- Não, o Emmett é grande o bastante pra proteger nós dois - ela deu de ombros andando na frente.

Eu e Jasper olhamos para a esperança e a alegria nos olhos de Emmett.

–-- Vamos lá, pessoal! Temos duas horas até escurecer totalmente! - Emmett disse indo atrás dela, Alice acompanhou Jasper e eles sumiram pela estrada.

–-- Então restamos só nós - Edward sorriu indo até a mala do carro e tirando de lá três barracas montáveis e alguns fósforos. Senti minhas mãos gelarem com os milhões de significados ocultos na palavra “nós”.

–-- É - consegui responder.

–-- Vamos perder mesmo o nosso enc… nossa ída ao parque - disse montando a primeira barraca, nervoso.

Suspirei alto.

–-- Sim - disse, tristonha.

Observei-o arrumar as outras barracas, brincando com a mecha presa de meu rabo de cavalo enquanto conversávamos sobre coisas aleatórias e ríamos de nada.

POV Narrador

Do lado esquerdo, Emmett e Rosalie andavam para cada vez mais longe do carro e entrando em todos os espaços de mato que tinham ali.

–-- Cocoricó, cocoricó - Emmett imitava uma galinha o tempo inteiro enquanto Rosalie bufava.

–-- Emm, eu já disse mil vezes que esse não é o barulho que os bodes fazem!

–-- Mas bodes gostam de comer galinhas, certo? - respondeu com um sorriso, fazendo-a morder o lábio enquanto olhava uma de suas covinhas aparecerem. Tinha um incrível fraco por homens com covinhas, o que era uma verdadeira sandice, mas se você olhar bem de perto vai notar que todos os namorados que já tivera possuíam a imaculada marquinha nas bochechas.

–-- Faz sentido - ela deu de ombros, tentando ser casual.

Eles entraram em um novo local.

–-- Terminou com o Riley?

–-- O que? - Rosalie deu um pulo, como se tivesse tomado um susto. Emmett tinha a mania de sempre perguntar o que queria para as pessoas sem rodeios, e essa era uma mania bem desagradável.

–-- É, soube que vocês estavam ficando.

–-- S-sim, eu não sentia nada por ele, foi só uma ficada. Sempre foi assim com todos - ela assentiu freneticamente.

Emmett virou-se e ergueu uma sobrancelha.

–-- Srta Rosalie Hale, a loura mais linda e sexy da escola nunca namorou? - um sorriso irônico brotou nos lábios dele, fazendo ela ficar rubra. Um ataque de irritação e nervosismo tomou seu ser.

–-- Mas o que você tem haver com isso? - ela foi ríspida.

A expressão do garoto passou de irônica pra preocupada.

–-- Nada, eu só…

–-- Não tem o direito de me fazer essa pergunta, afinal nem mesmo amigos nós somos! - foi plácida.

Dizer aquilo doeu tanto nela quanto nele, mas ela sabia que precisava ser assim. Afinal ele é Emmett Cullen, o famoso pegador da escola. Não precisava sofrer com ele mais do que já sofreu.

O sorriso de Emmett e todo o seu bom humor de um tempo atrás voltou às cinzas enquanto ele continuava a procurar o bode.

*

Do lado direito, Alice e Jasper estavam com os braços dados, ou ela estava nele, é dificil dizer, mas os dois estavam com muito medo.

–-- Alice? - perguntou olhando para todos os lados. Estava mais do que feliz com a garota que é apaixonado agarrada ao seu braço, mas nem isso aplacou seu medo, pois ele era o macho em questão dali e se alguma aberração aparecesse ele é quem teria de defendê-los.

–-- Sim?

–-- Se não morrermos aqui hoje, será que poderíamos ter um… ham… - ele coçou a nuca, parando de andar.

–-- Um o que, Jasper? - ela perguntou, nervosa e com medo.

–-- Um… Aquela coisa que a gente coisa e depois coisa, sentindo aquela coisa… - ele disse, gesticulando pra tentar organizar as frases. Mas Alice o olhou, maliciosa como era, e a palavra “coisa” fora instantaneamente substituída por coisas maldosas referentes à sexo.

Ela o empurrou e lhe deu um tapa no rosto, esquecendo das possíveis criaturas malignas que poderiam atacá-la.

–-- Não é educado dizer uma coisa dessas para uma garota, seu tarado! - ela repreendeu e ele arregalou os olhos, surpreso com sua reação. Ela andou a pés firmes pela escuridão sem medo, até que ele tocou seu pulso com uma coragem que nem ele mesmo sabia que tinha.

Ela se virou, surpresa com o seu toque.

–-- Não é isso, é que estou nervoso por que nunca convidei uma pessoa que eu gosto pra sair - ele confessou com um meio sorriso e ela franziu o cenho, cética.

–-- E o que me diz da Maria? E da Rosalie?

–-- Eu disse que nunca convidei uma pessoa que eu gosto - as feições dela ficaram rubras com o pedido.

Por mais simples que fosse o pedido e por mais que estivesse acostumada a todo o tipo de cantadas para ser convidada para sair, ficou mexida com aquele simples convite.

Ela sorriu, abobalhada.

–-- Ah, mas claro que eu topo sair com você, seu lindo - ela piscou e ele suspirou de alívio.

–-- Ufa, até que não foi tão difícil - disse pra si mesmo, sorrindo de orelha a orelha.

–-- Mas ainda não esqueci o que você disse sobre a Rosalie - ela se emburrou novamente e lhe deu outro tapa no rosto, voltando a andar. Jasper ficou estupefato, tentando digerir o que aconteceu.

POV Bella

Edward e eu estávamos um pouco afastados do carro com todas as barracas devidamente montadas, uma lareira acesa no centro delas e um vinho que tinha escondido no carro de Emmett nos deixando bem mais desinibidos tanto nas conversas quanto no corpo.

Estávamos fazendo uma sessão de perguntas engraçadas um ao outro, e se não respondêssemos, teríamos que pagar uma prenda imposta pelo outro.

–-- Comida favorita? - ele perguntou sentado na grama perto de uma das cabanas, bebendo um gole do vinho ainda risonho.

Levantei-me e fui até a mala do carro, encontrando minhas roupas.

–-- Hm… O que dê pra mastigar eu to comendo - falei e rimos juntos - banda predileta?

–-- Red Hot Chilli Peppers - falou e eu franzi o cenho, olhando pra ele.

–-- Também amo essa banda - sorrimos um para o outro e ficamos um tempo assim até eu me tocar do que estava procurando. Abri uma sacola preta e achei minhas roupas, mas quando vi o estrago de Emmett sussurrei um “droga”.

–-- O que foi?

–-- O Emmett só colocou roupas curtas nessa porcaria - falei e peguei uma regatinha preta que deixava meu umbigo, ombros e um decote comportado à mostra. Um short xadrez lilás e soltei os cabelos rapidamente, eles estavam lisos e com algumas ondas. Passei os dedos na franja e a coloquei toda pro lado, parecendo que eu o havia escovado.

–-- Não olha! - gritei olhando pra trás e ele ergueu as mãos em rendição, enquanto eu deslizava minha blusa para cima deixando apenas meu sutiã de fora. Olhei pra trás discretamente e vi que ele olhava para o céu enquanto bebericava o vinho. Seus olhos brilhavam, mesmo de longe, com a luminosidade da lua.

Sorri e abaixei meu jeans e o chutei pra dentro da mala, colocando a regatinha e o short que encontrei. Olhei pra trás e arregalei os olhos quando o peguei desviando os olhos de meus cabelos.

–-- Ei, você olhou! - falei, rubra demais. Me escondi atrás do carro.

–-- Não olhei, fui apenas pegar o vinho - ergueu sua taça - se você pediu pra não olhar, eu não olho.

–-- Vou confiar em você, mas qualquer coisa, eu falo para Emmett hein - cerrei os olhos e ele balançou a cabeça.

–-- Confie, Bella - falou quando saí de trás do carro. Ele analisou cuidadosamente minhas roupas, com uma expressão que se misturava entre alguma coisa feliz com fome, a qual não consegui reconhecer.

–-- E agora? O que vamos fazer? - falei sentando ao seu lado, tocando nossos braços.

–-- Sei lá, ficar aqui com você é bom o suficiente - ele sorriu e eu corei. Ele riu olhando para minhas bochechas e eu deitei na grama, com ele ao meu lado. Ficamos um longo tempo ali, nos observando em silêncio. Eu olhava para cada detalhe de seu rosto, memorizando cada um de seus traços suaves.

–-- Você fica linda quando está corada.

–-- Você fica tão receptivo quando bebe ou quando bate a cabeça que começa a falar coisas sem sentido - ri e ele balançou a cabeça, fitando as estrelas.

–-- Sabia que na verdade as estrelas não brilham? - questionou ainda fitando o céu. Virei-me, olhando sua expressão.

–-- Sim, o que nós vemos é uma ilusão de ótica causada por turbulências em nossa atmosfera fazendo com que parte da luz emitida que chega até nós seja desviada, produzindo um efeito cintilante - expliquei e ele me olhou, bestificado.

–-- Como você sabe?

–-- Eu estudo - dei de ombros e ele sorriu, balançando a cabeça.

Ficamos um tempo em silêncio.

–-- Você já namorou, Bella? - ele me perguntou de repente e eu virei a cabeça pra ele, nervosa.

–-- Hã? - fingi desentendimento, mas se ainda estivesse com o vinho na boca, certamente o cuspiria como um dragão.

–-- É, ainda estamos no jogo, certo? - piscou e eu engoli em seco.

–-- C-claro.

–-- Então…?

Seria absolutamente vergonhoso admitir que não namorei enquanto ele já tinha conquistado a maior porcentagem de garotas da escola, e não era preciso estar sóbria para concordar comigo mesma.

–-- Posso passar essa? - sorri amarelo e ele balançou a cabeça negativamente, com um sorriso brincando em seus lábios observando minha reação nervosa à sua pergunta.

–-- Ou responde ou faz algo que eu mando - relembrou e eu bufei, me levantando e colocando as mãos na cintura em sua frente. Ele passou os braços para trás da cabeça, me observando.

–-- Ok, o que quer que eu faça? - perguntei sorrindo, numa tentativa de aliviar a prenda dele.

–-- Hmm - ele analisou meu corpo de cima a baixo, pensativo - vou facilitar as coisas pra você. Que tal uma aposta? - falou se levantando e se colocando ao meu lado, arregaçando as mangas da blusa.

–-- Que tipo de aposta? - falei, fingindo medo. Ele fitou a árvore ao nosso lado e sorriu.

–-- Vamos nos segurar nesse galho pelo máximo que conseguirmos. Se você aguentar mais do que eu, eu te pagarei trezentos dólares.

–-- E se você ganhar? - larguei o copo de vinho e fiquei em sua frente, risonha.

–-- Se eu ganhar, posso pedir o que eu quiser - sorriu com malícia mas eu não me importei. Subitamente - efeito colateral do álcool em meu sangue - senti uma confiança avassaladora nele. Ou algo mais, não sabia distinguir.

–-- Mas isso é injusto - tentei fingir aborrecimento fazendo um biquinho, que ele ficou olhando com olhos famintos.

–-- Você prefere uma corrida? - ergueu uma sobrancelha e eu estiquei os braços, pulando na árvore.

Revirei os olhos pela lembrança frustrante de minha péssima coordenação motora.

Ele riu e pulou também, se segurando no mesmo galho que eu. Estávamos bem próximos, e aos poucos as nossas risadas foram cessando e nossos olhos ficavam ainda mais presos um no outro. Apesar de minha visão estar turva de bêbada e de sono, conseguia estudar seu rosto calmamente, gravando cada traço másculo em minha mente.

Ele ainda tem o mesmo cabelo, os mesmos olhos e o mesmo jeito direto de dizer as coisas. No fim das contas, ele não mudou muito; o tempo apenas fez crescer a barba e provavelmente em outras partes.

Percebi que Edward também me examinava, porém não olhava apenas para meu rosto. Senti minhas bochechas queimarem e meus olhos piscaram várias vezes, chamando a sua atenção. Ele devolveu seus olhos aos meus, enquanto tentávamos adivinhar os pensamentos um do outro. Percebendo que me deixara constrangida, fitou o céu.

–-- Olhe para as estrelas, Bella - pediu com a voz suave e eu o obedeci - olhe para os pontos brancos que tem inveja do sol.

Eu ri com vontade.

Até que uma pergunta veio à minha mente, e como mente de bêbado é transparente, acabei soltando:

–-- Por que você está com a Tanya? - perguntei com a voz baixa.

Eles não possuíam nenhum valor em comum e raramente conversavam, o que é bem estranho para um casal, apesar de eu desconhecer totalmente a vida “à dois”.

–-- O que? - uniu as sobrancelhas, voltando a se perder em meus olhos.

–-- É, vocês não parecem muito com um casal apaixonado.

–-- Não precisa gostar da pessoa pra estar com ela, Bella - ele suspirou, olhando pra algo em minha barriga.

–-- Mas se você não gosta dela, não deve nada a ela e não a quer com você, o que te prende? Chantagem? - perguntei e ele riu, levantando o olhar novamente. Era enrubescedor ver seu sorriso tão de perto, tão detalhadamente. E o seu hálito confundiu minha cabeça, deixando-me tonta. Senti meus pés irem ao chão enquanto eu continuava fitando aquela boca convidativa.

–-- Você perdeu - ele falou, descendo também. Ficamos um pouco mais próximos que quando estávamos. Por causa do pulo, um fio de cabelo voou na minha cara, e Edward tocou meu rosto tirando-o dali. Senti o local que ele tocou entrar em chamas e congelar ao mesmo tempo, um formigamento deleitoso e afável em uma deliciosa sincronia. Um misto de raios de choque foram aplicados em diversas partes de todo o meu corpo, gritando para que eu fizesse algo.

–-- O que vai pedir? - perguntou se aproximando um pouco mais, roçando nossos narizes. Fechei os olhos e soltei o ar pela boca, estremecendo meu corpo como uma árvore de Internation Falls. Senti ele enlaçar minha cintura com um de seus braços, enquanto sua outra mão segurava minha nuca. Minhas pernas fraquejariam se eu não desejasse aquilo tanto quanto ele.

–-- Acho que você é esperto o suficiente pra saber - falei e ele sorriu, quando pressionou meus lábios contra os seus em uma dança igualmente conduzida. O vinho me deixou desinibida, dando liberdade à minhas mãos que pousaram em sua nuca.

Não sei exatamente o que senti com aquele beijo, mas no momento em que ele me colocou deitada naquela grama, sabia que aquele era o lugar em que eu deveria estar naquele momento.