Meu Mundo É Você escrita por Isabelle Masen


Capítulo 5
C.5 - Pé Quebrado, Bode e Acampamento


Notas iniciais do capítulo

Helloooooooooooooooooooo oooh oh (8)
Um mega agradecimento à minhas princesas divonas que mandaram os reviews, ri muito com a revolta da PUTAnya o/ aguardem pra saber o que vai acontecer com o relacionamento dela com o Edgato hahahaha :>


AVISO: Esse capítulo pode conter doses extremas de comédia. Se seus sintomas persistirem, olhem para uma foto do Justin Bieber (nada contra beliebers babys)

Boa leitura!



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Abri os olhos, porém mesmo que o lugar que eu estou tenha uma luz confortável, os fechei como se o sol estivesse bem diante de meu rosto.



–-- Bella? - ouvi a voz de Edward, que segurou meu rosto. Então consegui abri-los novamente e encontrei a imensidão verde de seus olhos.



–-- Ela está bem? - ouvi a voz de Alice.



–-- Acordou? - e a de Rosalie.



–-- Bella! O que aquela loira psicopata fez com você? - e a de Emmett.



Tentei sentar, mas não consegui e isso só gerou um grito alto de minha parte. Parecia que meu pé pesava uma tonelada.



–-- Calma, você precisa repousar - Alice se aproximou e me encostou novamente na maca, acalmando-me.



–-- Era pra você ficar perto de nós, Bella! Aquela loira filha da… - enquanto Rosalie me dava um sermão, percebi que estava em um hospital. Tremi, sempre achei hospitais assustadores.



Mal percebi e estava dentro do carro de Edward novamente, sozinha com ele a caminho de minha casa. Ele ligou o som e pude reconhecer a voz de Linkin Park.



Meu Deus, será que para entrar nesse carro eu SEMPRE terei que sofrer algum tipo de acidente?



–-- Bella, eu… - a voz de Edward rompeu o silêncio.



Ele acariciou levemente os cabelos sem me olhar.Esperei que ele continuasse, porém ele continuou calado observando a estrada em nossa frente. Calei-me, afinal eu não poderia dizer mais nada a Edward.



(...)



Chegamos em minha casa e sentamos em minha cama. O silêncio predomina o local, eu não tenho o que dizer e nem mesmo ele.



Por sorte, eu não tivera danos nos locais mais perigosos, o que fora um grande alívio, pois se contasse a meus pais seria um inferno: provavelmente me mandariam pra um consultório médico na Suíça ou algo assim.



Queria que Emmett me trouxesse pra casa, porém ele precisava terminar o treino e ”resolver umas paradas” as quais eu nem quis saber o que eram. Alice precisa fazer as unhas, Rosalie o cabelo e eu? Eu vou ficar jogando videogame com as pernas enfaixadas até vomitar ou morrer com os dedos pressionados contra os botões do controle. E, depois, estudar.



O clima está cada vez pior, e se tem algo que eu detesto mais que gritarias é silêncio - estranho, eu sei, mas considerável quando você está sozinha com alguém e seu olhar diz mais que qualquer palavra que você disser.



–-- Olha, não foi culpa sua. Você estava jogando, não tinha nada haver com o que a Tanya fez e…



–-- Eu me sinto tão culpado… - ele murmurou, o olhar perdido em uma foto minha aos 10 anos perto da janela.



Não sei por que diabos fiz isso, mas coloquei uma mão em suas costas e a acariciei levemente na tentativa de acalmá-lo. Ele olhou pra mim alguns segundos depois e eu baixei a cabeça, vermelha.



–-- Não se sinta mal por mim. Sou desastrada de carteirinha - pisquei e ele sorriu um pouco - enfim, vamos esquecer isso, tudo bem?



Ele me observou por alguns segundos e eu, nervosa com a possível continuidade do climão, me levantei apesar da perna enfaixada e precisei pensar rapidamente no que fazer. Meus olhos foram parar direto em um de meus jogos, o que ganhei de presente de Emmett.



“--- Você está fora de forma, e Emmett Cullen não pode ser irmão de uma varetinha cabeluda. Você não precisa fazer nada, só dançar e pronto. Do contrário, eu direi que você é uma psicopata que descobriu meu endereço pela internet e quer me estuprar”



Just Dance 4 parece um jogo infantil de dança para pirralhinhos que não sabem mover as nádegas, porém eu testei e aprovo. Além de eu conseguir uma ótima desenvoltura corporal, também funciona como um tipo de exercício mental quando se está muito nervoso. Não, eu não consultei nada disso na wikipédia.



–-- Hey, que tal jogarmos um pouco? - perguntei colocando a fita dentro de meu xbox 360. Ele permanecia sentado e me olhando.



–-- Just Dance 4? - perguntou com a cara contorcida em uma interrogação, porém tirou o queixo do apoio das mãos, demonstrando certo interesse. YES! Missão concluída.



–-- É, eu ainda não joguei e não danço muito bem, então não queria deixar ele jogado aí sem nenhuma utilidade - menti e dei de ombros selecionando o idioma do game. Ele se levantou e veio pro meu lado.



Na verdade eu sempre fui uma ótima dançarina. Não sei se ele se lembra, mas já até mesmo me apresentei em seu aniversário de 8 anos fantasiada de Marilyn Monroe enquanto Alice era o Elvis Presley.



–-- Tem certeza? Quer dizer, e a sua perna? - perguntou.



–-- Isso aqui? - toquei no meu gesso - sou uma garota forte, Edward.

Ele sorriu, assim como eu.



–-- Então agora você provocou a ira do soberano supremo Edward Cullen - falou enquanto tirava sua jaqueta de couro enquanto eu selecionava uma música que desse pra duas pessoas dançarem.



–-- Qual você quer? - perguntei.



–-- Vou facilitar pra você - pegou o controle de minhas mãos e selecionou I Kissed a Girl da Katy Perry. Meu sorriso se formou de orelha a orelha.



–-- Tudo bem, Cullen. Você começou - falei tirando minha jaqueta verde ficando apenas com minha regata branca e meu jeans preto. Ele ficou um tempo olhando pra algum lugar abaixo de meu pescoço como um leão, mas não entendi e nem quis pensar pois a música já começava.



Eu me mexia com a energia de uma pessoa que corre bastante - o que não é o meu caso, já que tenho a coordenação motora de uma criança de dois anos -, e Edward me observava bestificado e impressionado com minha perfórmance.



A música acabou e marquei 100 Perfects, ou seja, as melhores notas e 0 Errors, nenhum erro. Ele me aplaudiu.



–-- Wow, você foi incrível - falou e eu dei de ombros.



–-- Eu te falei. Mas agora é a vez do “soberano supremo” Edward Cullen, que está sem gesso na perna - provoquei e ele revirou os olhos, selecionando Get Lucky.



Foi uma comédia: ele mexia as pernas, sacudia os braços, se jogava no chão mas nunca conseguia seguir o passo corretamente. Eu até o provocava, entrando na coreografia quando aparecia um outro boneco. Quando a música acabou, ele se jogou na minha cama e bufou, me fazendo rir.



Sentei ao seu lado enquanto ele prendia um sorriso.



–-- Bem, pra não ferir o seu soberano supremo ego, vou ficar calada - pisquei e ele cambaleou, enfiando a cara em um travesseiro. Ri e me deitei ao seu lado.



–-- Está bem, você venceu. Mas eu quero uma revanche - disse virando minimamente o rosto pra mim. Franzi o cenho, esperando pela resposta.



Ele sorriu infimamente com os olhos, como se pedisse “desculpas”.



–-- Me ajuda a estudar para as provas finais? - perguntou e eu relembrei das suas dificuldades para aprender na sala, e me solidarizei.



–-- Claro, contando que seja com os seus livros, pois os meus estão rasgados. Quais matérias?



–-- Todas - disse rápido e analisou meu rosto, temendo algum sinal de reprovação ou pânico. Mas muito pelo contrário, eu estou tranquila, pois li um artigo na internet que diz que ensinar determinada matéria para uma pessoa ajuda o seu próprio autoconhecimento sobre os assuntos, tornando, assim, mais fácil as atividades que fará sobre eles.



–-- Sim, eu te ajudo Edward - sorri tranquilamente e ele abriu a boca em um perfeito O.



–-- Sério? Já é a quinta pessoa que eu peço ajuda! Obrigada, Bella! - ele sentou subitamente e me abraçou forte, me fazendo cair na cama. Assustei-me com seu gesto, mas não estou dizendo que não gostei. O modo como seus braços circundavam perfeitamente meus ombros era incrivelmente confortável, como se fossem moldados para estarem ali. Suspirei e deliciei-me com a sensação de ser abraçada.



Ele encostou o rosto em minha bochecha.

–-- E também faremos uma competição de resistência parquiana - sussurrou em meu ouvido e eu abri os olhos, confusa. Ele se afastou brevemente de mim.



–-- O que?



–-- Podemos ir ao parque e ver quem resiste aos brinquedos mais rápidos - deu de ombros - tem uma ideia melhor para uma revanche?



–-- Gostei da ideia - sorri amarelo - mas nunca fui a um parque de diversões, então…



–-- Espera - balançou a cabeça negativamente, incrédulo - você nunca foi a um parque de diversões? - perguntou como se perguntasse se eu nunca tinha tomado banho. Balancei a cabeça negativamente antes de sua explosão.



–-- Cara! Você precisa ir a um parque de diversões, não há desculpas para que você não vá! Bella, é incrível, você… - ele tagarelava e jurei ver estrelas em seus olhos que nem nos desenhos animados. Minha mente rodava em torno de apenas uma pergunta:



Ele está me chamando indiretamente pra sair?



–--...nesse sábado as 9h dá pra pegar a montanha russa vazia, então nós vamos as 9h.



–-- Você está me - engoli em seco - convidando pra sair?



–-- E por que não? Estou te devendo pelo incidente que teve lá em casa - entortou a boca e eu desviei os olhos, afim de espantar as lembranças.



–-- Ok, então vamos estudar? - perguntei feliz e ele assentiu enquanto eu ia pegar seus livros. Vi a culpa passar novamente por seus olhos, mas ele fez questão de colocar uma máscara pra me deixar mais feliz, o que eu agradeci mentalmente.



E estudamos durante toda a tarde entre risos, brincadeiras e dúvidas. Ele é um garoto realmente inteligente, suas dúvidas são básicas, e na maioria das vezes é algo minúsculo que desencadeia uma maior série de conflitos de aprendizagem. Foi divertido e me senti muito feliz ajudando-o.



–-- E essa regra se aplica a esse assunto e pronto, você aprendeu os conceitos iniciais da geometria espacial - fechei meu livro de geometria e ele franziu o cenho, contente.



–-- Wow, não sabia que era tão fácil.



–-- É, o problema é a concentração. Geometria é simples.



–-- É simplesmente criada pelo capeta para destruir notas de pessoas decentes - falou levantando e eu ri - está com fome? - perguntou arrumando suas anotações dentro de sua mochila e colocando sua jaqueta.



–-- Na verdade sim - falei e tentei levantar mas ele foi mais rápido ao apoiar meus ombros em um de seus braços.



–-- Eu cozinharia pra você… - olhou em meus olhos por um segundo, nossos rostos próximos devido à nossos ombros estarem colados.

–-- Então por que não faz isso? - sussurrei presa em suas íris profundas.



–-- Por que eu só sei fazer miojo, e isso não é uma coisa muito saudável pra uma garota que acaba de torcer a perna - revezou olhares entre meus olhos e meus lábios. Senti meu corpo ondular e minhas mãos fraquejarem com a proximidade perigosa.



–-- Podemos comer… - olhei pra seus lábios entreabertos e me perdi imaginando as possibilidades e maravilhas que ocorreriam se eu pudesse tocá-los com os meus, encobri-los sem pudor. Deixei a frase morrer e quando recuperei uma pequena parte da minha consciência falei a primeira coisa que lembrei que tinha pra comer em casa - cereais com leite - falei e um sorrisinho brotou em seus lábios.



–-- Bella… - ele disse baixinho e meu corpo quis ir ao chão por conta das chamas que subiram e passaram por cada pêlo de meu corpo, deixando-os eriçados com um fogo ardente que nunca senti antes.



Percebendo o que eu tinha, ele apertou ainda mais seu braço contra minha cintura, aumentando a proximidade de nossos rostos. Fechei os olhos, e quando já senti seu hálito bater contra meu rosto…



–-- Béeeeeee. Béeeeeee. - ouvi e depois um tapa em algo que parecia ser uma caixa. Afastei-me de Edward subitamente, assim como ele, que assumiu uma expressão de “puta que pariu”.



Bateram na porta e eu NÃO permiti a entrada de meu irmão.



–-- Bella! Já que está aleijada por um tempo, decidi lhe comprar um… Mas que cacete está acontecendo aqui? - sua expressão mudou para raiva ao ver Edward agarrado a mim. Senti o sangue abandonar de vez o meu rosto.



–-- E-e-e-e-e-e-e-e-e-er…



–-- Eu ia ajudá-la a descer as escadas para comermos cereal com leite - Edward disse com a voz tão confiante que me assustei. Uau! Um dia quero ter a capacidade de mentir assim. Quer dizer, isso é uma mentira?



Fiquei confusa.



–-- Ah, isso explica tudo - Emmett assentiu como se fosse o papai concordando com a história contada pelo irmão mais velho. Como se ele não tivesse invadido o meu quarto e soltado um palavrão.



Gente doida.



Então percebi uma grande caixa de presente ao lado de Emmett.



–-- Que caixa é essa?



–-- Um presente que eu comprei para distrair você enquanto estiver mancando que nem o saci pererê - ele zombava de minha perna, me fazendo bufar.



Me soltei dos braços de Edward - contra a minha vontade - e manquei até a caixa. A rasguei e me joguei no chão quando vi os olhos castanhos vidrados na minha cara. Me joguei pra trás como se tivesse sido fortemente empurrada.



–-- PUTAQUEPARIU QUEM DEIXOU A PORTA DO INFERNO ABERTA? - falei e Edward me ajudou a levantar, e eu, por conta do nervosismo, abracei-o por trás e o usei como um escudo para me aproximar da prova de que satanás as vezes passa dos limites.



–-- É o bode do nosso tio Frank. Ele disse que ele traz sorte - o retardado sorriu de orelha a orelha enquanto terminava de tirar o bicho da caixa.



O animal tinha a cara branca e o resto do corpo que mais parecia que tacaram fogo em toda a extensão. Uma mistura de preto, marrom, branco, cinza e amarelo. Ele tinha os olhos arregalados como duas gudes castanhas e os dentes de baixo expostos, como aquelas caretas ridículas que as pessoas usam para posar pra fotos. E, pra completar o visual bizarro, o bicho tinha um lacinho rosa choque com laranja horroroso amarrado em uma das orelhas.



–-- Emmett - falei baixo, porém assustadoramente - suma daqui com esse animal ou eu…



–-- Eu.. eu só trouxe ele pra te animar - ele abaixou a cabeça, tristonho - eu me esforço tanto pra ser um irmão atencioso, faço de tudo pra te ver feliz… - fez aquele draminha básico de novela mexicana e eu franzi o cenho, cética.



–-- É um bode - falei como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.



–-- E você me agradece assim, me questionando, rejeitando tudo que eu faço… - ele começou a urrar como se estivesse prestes a chorar. Edward me observava tão cético quanto eu mesma.



–-- Emmett…



–-- Por que é pra isso que servem os irmãos, pois nossos pais praticamente nunca dão as caras e eu preciso imitar os dois… - ele sentou na cama com as mãos na cabeça.



–-- Emmett…



–-- Eu aguento tudo, Bella. Aguento você trazendo o Edward aqui no seu quarto no escurinho da cortina e até mesmo saber que ele já rebimbocou a sua parafuseta cabeluda… Esse bode poderia até mesmo prestar a vocês favores sexuais, no entanto…



–-- EMMETT! - arregalei os olhos.



–-- EU NÃO AGUENTO MAIS! EU PREFIRO ME TRANSFORMAR EM UMA REVISTA DA LULUZINHA A TER VOCÊ ME JULGANDO!



Ele se levantou subitamente e abriu os braços, como se esperasse um raio cair do céu. Edward começou a rir da desgraça de meu irmão.



–-- Emmett, você só pode ter fumado alguma coisa na fazenda onde traficou esse bicho. Relaxa, eu sei que você é um irmão bom e que está tentando me ajudar, mas nem isso significa que você deve trazer um animal irracional, inútil e ridículo pra me fazer feliz - falei com a voz calma.



Já basta você, não preciso de outro. Acrescentei mentalmente.



–-- Você sempre quis ter um cachorro, eu só queria realizar o seu sonho - ele disse.



–-- Como uma pessoa pode confundir um bode com um cachorro? - Edward questionou.



–-- Eu posso, tipo: eu confundo você com um urubu cabeludo comedor de irmãs…



–-- Emmett! - adverti, envergonhada - olha, vamos parar com essa conversa? Até parece ter um bode com um lacinho brega é uma coisa normal! - passei as mãos pelos cabelos, bagunçando meu rabo de cavalo - você vai devolver agora esse animal e Edward - virei-me pra ele - vai com ele.



–-- Eu? Por quê? - perguntou, ofendido.



–-- Por que você é mais inteligente e vai ser útil se ele se meter em alguma confusão - empurrei os dois pela porta.



–-- Até parece que eu me meto em confusões com tanta facilidade - Emmett revirou os olhos indo atrás do bode de cara queimada. O bicho, ao notar a aproximação de Emmett, começou a urrar e se agarrou em minha perna.



Arregalei os olhos quando ele começou a acasalar com a minha coxa.



–-- SOCORRO! ESTUPRO! - falei correndo em um pé só - o bom - enquanto o bode estrupador não me largava nem pelo raio que o parta. Edward e Emmett tentaram me socorrer.



–-- Calma, o bichinho só está confraternizando - Edward disse, rindo enquanto corria atrás de mim.



–-- Ele que vá confraternizar na perna da vadia da mãe dele! - berrei, enojada.



–-- Bella, se você correr mais um pouquinho, vou achar que está gostando de levar no couro - Emmett disse e eu parei imediatamente.



Eles dois seguraram o bode enquanto eu me recuperava do trauma. Coitadinha de mim, nem tive a oportunidade de usufruir dos prazeres carnais e já abusaram do meu corpinho contra a minha vontade.




(...)




–-- Se eu ficar grávida, eu mando o ibama prender vocês dois - me referi a Emmett e Edward. Estávamos no carro indo para o local que Emmett comprou, alugou ou pegou o bode. Eu estava no banco do carona, Emmett no volante e Edward no fundo contendo o bicho, que berrava a cada cinco segundos.



–-- Relaxa, você não pode engravidar de um bode. Ele só achou a sua coxa atraente - Edward riu, mas logo ficou pensativo - mas se os seus poros estavam abertos durante a penetração…



–-- Ahhh! - gemi de desconforto e Edward se desmanchou de rir.



–-- Awn, que lindo seria se a Bella desse a luz a bebês bodezinhos. Imagina eles me chamando de papai - Emmett disse e eu juro que comecei a passar mal.



–-- Seria a maior desgraça que o homem já teve o desprazer de presenciar - Edward riu.



Tentei pensar em coisas bonitinhas, tipo unicórnios vomitando arco-íris, um xbox pedindo pra casar comigo, o Mario finalmente salvando a princesa do maldito dinossauro assassino, o que com certeza nunca aconteceu em lugar nenhum.

Abracei meu casaco quando a temperatura do carro subitamente caiu.



–-- PARA O CARRO! - ouvi um grito e logo minha cara, se não fosse pelo braço de Edward, atravessaria o pára-brisa do carro.



–-- Ai… - gemi colocando a mão na cabeça.



–-- Você está bem? - Edward se virou rapidamente e colocou as mãos em meu rosto, analisando minha testa para ver se algo estava fora do lugar.



–-- NÃO, EU NÃO ESTOU BEM! - reconheci a voz que entrava no carro.



–-- Rosalie? - perguntei e Edward levantou um pouco a cabeça para ver que era ela, de braços cruzados e a expressão rígida.



–-- Meu pai simplesmente enlouqueceu! Ele quer me levar para a Alemanha nesse fim de semana! E, pra piorar, uma FAZENDA na Alemanha.



–-- Calma, eu vou dar um jeito para você não ir - Emmett sorriu, freando o carro e fazendo a volta.



–-- Espera, o que está acontecendo?



–-- Eu… AAAAH! - ela gritou ao finalmente notar a presença do bode no carro. Ela começou a pular no lugar que estava tentando subir no teto ou algo assim.



–-- Uma loira correndo de um bode, que irônico - Edward disse e comecei a rir, mas quando o bode ficou assustado com o grito de Rosalie e veio pro meu lado com medo dela, acabei fazendo o mesmo que ela.

–-- AAAAAHHH! - acabei gritando até um pouco mais alto.



–-- Porra, não fodam vocês aí! É só um bode, não uma barata dragonilda assassina - Emmett revirou os olhos.



Continuei gritando até bater o pé ferido com tudo na porta do carro. Calei-me e caí pro lado, derrotada.



–-- Bella. mantenha seu pé de aleijado quietinho aí, por que ele não é hélice de helicóptero pra sair voando quando você roda. Se quiser voar eu te empurro de um prédio sem problema nenhum.



–-- Emmett! - Rosalie reclamou e o carro parou repentinamente. Emmett e Edward saíram do carro.



Edward abriu a porta ao meu lado e entrou colocando o bode ao lado de Rosalie pra ficar mais perto de mim, passando um braço por meus ombros enquanto pegava a perna que tinha o pé machucado e colocava em cima da sua. Senti um estranho formigamento no pé engessado, mas por fim, presumi que eram cãimbras. Levantei os olhos e sorri timidamente pra ele, que retribuiu enquanto fazia um carinho leve em minha perna.



–-- Que putaria é essa? - Rosalie perguntou. Por um instante eu tinha me esquecido de sua presença.



–-- NÃO TEM PUTARIA COMIGO! - acabei gritando de nervosismo puxando minha perna ferida para mim mesma, e para piorar, com os vidros do carro abertos e com duas sombras caminhando até nós. Um grandão e um pequenininho.



–-- Bella, eu sei que você é virgem, mas não precisa gritar isso pra todo mundo o tempo todo - Jasper apareceu na sombra do pequeno segurando um mapa e uma mochila e Emmett do outro, sorrindo.



–-- É, nem tem ninguém aqui pra te comer mesmo.



–-- EMMETT! - reprimi e Rosalie riu.



–-- Tem o Edward aqui que estava passando a mão na perna dela.



–-- Rosalie, a garota está machucada - Edward confirmou o óbvio.



–-- Tirar proveito dos doentes é pecado, seu safadinho - ela deu um tapinha no ombro dele, que riu.



–-- Então eu me aproveito de Tanya, Rosalie - ele riu, assim como todos. Não entendi, então apenas me concentrei quando Jasper entrou no carro no banco da frente sendo seguido por Emmett.



–-- Alguém pode me explicar o que está acontecendo aqui?



–-- Ok, eu vou falar - Emmett suspirou - o bode é só uma desculpa para que pudéssemos viajar juntos para levá-lo ao seu lugar. Vamos eu, você, Edward, Jasper, Rosalie e Alice acampar no Alaska.



–-- ALASKA??? - arregalei os olhos e Edward riu.



–-- Nebraska - Edward corrigiu meu irmão retardado.



–-- Mas são quatro horas de viagem! - reclamei - eu não trouxe roupas! Nem livros! Como vou passar a noite sem ver The Big Bang Theory? Meus livros de HP são tudo que tenho… - funguei e Edward riu ao meu lado.



–-- Já pensamos em tudo, Bella-Magrela.



Olhei pra ele, furiosa.



–-- Como é que é?



–-- Enquanto você dançava com o Edward, não percebeu que entrei em seu quarto pela janela e catei o máximo de roupas que consegui? - deram uma risadinha cúmplice.



–-- BÉEEEEEEEEE.



–-- Aiiiin! - Rosalie gemeu.



–-- Você me traiu! - voltei-me pra Edward, que tinha uma expressão divertida no rosto. Ergueu as mãos em rendição.



–-- Culpado.



–-- E você, Jasper?! Que decepção!



–-- Qual é, meu sonho sempre foi ser um navegador, principalmente se for com a Alice.



–-- O que é que tem a minha irmã? - Edward perguntou, ainda distraído.



–-- Eu disse se for com alite, aquele queijo delicioso que botam na pizza - Jasper gaguejou e eu, como não sou burra, percebi a indireta. Sorri e ele percebeu, mas me censurou rapidamente pelo espelho do retrovisor.



–-- Aham, sei - Rosalie riu.



–-- Edward, você trouxe comida? - desviei o assunto, protegendo Jasper.



–-- Traria se o Emmett não tivesse comido todo o cereal que restou - disse, resmungão.



–-- Calma aí, cabeçudo. Vamos passar em um posto e comprar.



–-- Vou ligar para a Alice - falei pegando meu celular.



(...)




Minha nova amiga saltitou até a porta do carro, cheia de malas. Eu, Edward, Emm e Rose rimos quando Jasper, em um “gesto de cavalheirismo”, tentou ajudá-la.



–-- BÉEEEEEEEEE. - o bode ridículo colocou a cabeça pra fora do carro.



–-- Que porra é essa? - Alice largou a única mala de mão que segurava, fazendo Jazz que estava atrás cambalear até o chão, levando o monte de malas em cima dele.



–-- Um bode. Diga oi pra ela, Rumpelstiltskin - Emmett disse, fazendo um carinho na cabeça do bicho.



–-- Que diabo de nome é esse? - Edward perguntou com a mão ainda em meu ombro, o que não preferi nem me mexer para que ele não o tirasse dali.



–-- PAREM DE FALAR ASSIM COMIGO! - meu irmão fez um drama e começou a chorar.



–-- Que ridículo - bati a mão na testa enquanto Edward ria baixinho em meu ouvido. Jazz o consolou e depois precisou enxotar Alice até ela decidir entrar no carro.



–-- Eu quero sentar na janela - Alice disse, sorridente quando Emmett enfiou o bode entre mim e Edward novamente, o que me deixou profundamente irritada.



–-- Chegou tarde - Rosalie disse e entrou com tudo, empurrando Alice pro lado e batendo a porta.



–-- Ai! Vai colocar essa sua bunda gigante em outro lugar!



–-- Tipo na cara do Emmett - Jasper disse baixo o suficiente pra eu e Edward ouvirmos e começarmos a rir. Até o bode fez um barulho esquisito que eu pensei ser uma risada que mais parecia o som de uma capivara com bronquite entrando em trabalho de parto.



–-- O que você disse? - Rosalie se aproximou ameaçadoramente de Jazz, que se encolheu no banco.



–-- Que você é sexy - Edward respondeu maliciosamente, fazendo Emmett grunhir.



–-- O QUÊ??? - freou o carro com força, me fazendo ir com a cara no banco - AGORA VOCÊ VAI TER UM PAPO DE HOMEM COMIGO, MERMÃO! - meu irmão idiota saiu do carro, vermelho de raiva - VEM LOGO, SUA BICHINHA ENRUSTIDA! MUITO MACHO! - bateu no próprio peito e eu enfiei a cabeça no peito de Edward pra não rir.



–-- Gente, o que foi isso? - Alice perguntou.



–-- Legal saber, sempre quis pegar o Jasper - Rosalie sorriu e balançou os ombros. Vi a cara de Alice fechar, mas logo ela suspirou por algum motivo. Sorri, detectando um novo sentimento em seu rostinho de anjo.



–-- E eu o Emmett - Alice disse rápido, nervosa.



–-- O QUÊ??? - Edward e Rosalie gritaram em coro. Afastei-me dele por conta da voracidade de seu grito. Ele acariciou meu braço, mas seus olhos ainda estavam na irmã.



–-- VAMOS RESOLVER ISSO DE MULHER PRA MULHER! - Rosalie berrou abrindo a porta do carro com tudo, e Alice foi atrás, mesmo temerosa.



Edward me ajudou a sair do carro, para logo o bode sair também.



–-- Oba! Briga de garotas! - comemorei risonha enquanto Rosalie olhava mortiferamente pra Alice.



Logo as duas deram gritinhos agudos enquanto enfiavam as unhas uma no cabelo da outra, com o rosto bem afastado pra trás como se pudessem cair a qualquer momento. E ficaram assim, se arranhando e se estapeando por um bom tempo.



–-- É só isso? - falei, frustrada. Bufei e me soltei de Edward, que agora tentava separar a irmã de Rosalie.

–-- Não acredito que você me escondeu o jogo o tempo todo com essa sua cara de anjinho - ele bufou, puxando Alice pela cintura.

–-- Como se você não gostasse dela! - Alice vociferou de volta e ele a mandou calar a boca enquanto a reprimia novamente.

Fui mancando até o meio do mato, onde comecei a ouvir o choro de Emmett, me deixando assustada. Oh, meu Deus! Será que ele matou o Jasper e agora está arrependido?



Movida com essa dúvida, fui tirando os galhos de árvore da minha frente com a mão até onde o choro estava mais forte.



–-- Calma Emmett - ouvi a voz baixa de Jasper, baixa, mesclando-se aos prantos de meu irmão.

PUTA MERDA! JASPER VIROU UMA ALMA MAL ASSOMBRADA!

E quando tirei a última folha de árvore da minha cara, pude avidar o que menos esperava dos dois babacas: Emmett estava chorando no braço de Jasper, que o consolava. Uni as sobrancelhas imediatamente, me aproximando deles.



–-- O que está acontecendo aqui? Cadê a briga? - perguntei já ficando irritada por ninguém saber brigar nessa droga de lugar. Oras, sou uma garota com a perna quebrada! Preciso de um pouco de entreterimento!



–-- Ele está chorando por que não pega ninguém há quatro horas - Jasper me disse, tristonho.



–-- Isso é preocupante? Pelo amor de Deus! - bati a mão na testa ao ouvir essa idiotice.



–-- VOCÊ NÃO ENTENDE, VOCÊ É VIRGEM BELLA! - ele berrou - EU NÃO AGUENTO MAIS! EU QUERO A ROSALIE! - ele agarrou Jasper com força.

–-- O que é que a Rose tem demais? Um boneco Barney lendário?

–-- Não, vou explicar de um jeito que você entenda - Jasper disse, me olhando - um peixe morreu afogado e o mundo explodiu por causa do arroto do shrek. Acabou o mundo todo e só você e a Rosalie sobraram por que vocês são tão à prova de fogo quanto uma barata, e a Rosalie tem o último videogame do mundo no meio das pernas. É esse videogame que o Emmett quer, é o que todos querem - Emmett assentiu como se estivesse em um velório escutando um relato de alguém sobre a pessoa que estava sendo enterrada.

–-- Jasper, você anda usufruindo de alguma droga ilícita nos últimos tempos? - perguntei.



–-- Bella, isso é sério. Eu amo a Rosalie.



–-- Também amou a Jessica, a Kate, a Irina, a Joanne, a Victoria, a Leah, a Weronica, a America, a Ally, aquela garota que tinha os seios do tamanho de uma televisão… - contei nos dedos até não restarem mais até Emmett segurar minha mão com força.



–-- Não tem nada a ver com isso, Bella - ele disse, circunspecto - eu amo a Rosalie, não apenas gosto dela. Amo ela desde a quarta série, quando ela entrou no colégio e cresci guardando isso dentro de mim, pois não podia fazer nada quando ela estava com outros garotos no armário do zelador, afinal ela acha que sou apenas um idiota. Eu preciso de ajuda, Bella, nunca me senti assim por uma garota que não fosse você ou a minha mãe - ele disse sério, e realmente fiquei surpresa com sua confissão. Jasper parecia igualmente tocado com o discurso de Emmett.



–-- Wow…



–-- Arrumei esse bode em uma fazenda lá em Goldendale com a desculpa de querer levá-lo de volta, consegui comover a Rosalie para poder me fazer companhia e chamei o Jasper para me ajudar a não errar o caminho, comprei cabanas de acampamento gigantescas e até mesmo aprendi a cozinhar esses dias só pra…



–-- Goldendale? São seis horas de viagem! E com que dinheiro você comprou essas cabanas?



–-- Nós vamos revesando, ué - Jasper se intrometeu, me puxando pra sentar em uma pedra ao ver que estava difícil me sustentar em pé.



–-- Bella, você é a única garota no mundo que eu confio pra me ajudar a conquistar a Rosalie.



–-- Mas Emm, eu nunca tive um namorado e…



–-- Você é garota, Bella. Entende dessas coisas, ta no manual das garotas - ele disse, convicto - posso confiar em você? - ele pegou minha mão com os olhinhos tristes e suplicantes, e senti meu coração ser tocado.



–-- Eu…



–-- Por favor… - ele pediu, tristonho, como se fosse voltar a chorar. O caso é que quando Emmett Swan coloca uma ideia na cabeça é aí que ele não para por nada, e também nunca o vi falar tão sério. Eu preciso ajudá-lo, sinto essa necessidade crescente em meu peito.



–-- Eu vou te ajudar - sorri e ele sorriu também, me puxando pra um abraço feliz. Me permiti ser esmagada por ele.



E quando eu menos esperei, ele se afastou e cospiu na mão.



–-- Que diabos…



–-- Vamos fazer o pacto - ele sorriu, abestalhado. Sua mão estava gosmenta e brilhante de baba, e senti meu estômago revirar.



–-- Emmett, eu já disse que vou te ajudar, mas não precisamos fazer essa nojeira - falei com a cara franzida de repulsa.



–-- Eu não vou acreditar se você não tocar. Vem cá, dá uma apertadinha na mão do seu camarada…



–-- Eu faço qualquer coisa, até subo em uma árvore cantando We Can’t Stop, mas não me obriga a isso…



–-- Fique a vontade pra fazer isso para mim qualquer dia, Bells - Jasper riu e eu dei um tapa em seu braço com o olhar fulminante.



–-- Qual é, Bella. Faz isso por mim - e ele disse a palavra mágica.



Trêmula de nojo, cospi em minha mão e fiz uma cara azeda quando batemos as palmas cuspidas uma na outra.



–-- Ugh, que nojo! - gemi com a mão melequenta.



–-- Isso é que é amor! Muito macho! - gritou, batendo no peito. Senti uma imensa vontade de cavar um buraco, me enterrar e fingir que sou uma cenoura.



–-- Aproveitando esse momento lindo de solidariedade - Jasper tossiu, nervoso - poderia me ajudar com a Alice também?



–-- Droga… - resmunguei quando ele se aproximou.


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Notas finais do capítulo

Bem, já sabem o que fazer se quiserem o próximo cap adiantado xD
Beijão e até o próximo cap minhas gatas!